Partindo de uma obra específica, Toute une nuit (1982), de Chantal Akerman, proponho discutir em que medida um repertório imagético pervasivo, saturado de significações – o das imagens do amor no cinema – pode suscitar um engajamento afetivo. Busco argumentar que, mediante procedimentos tais como a fragmentação, a repetição e a serialização, o filme logra desprender um excesso que nos leva a adiar a assimilação de tais cenas ao âmbito do já visto, a fim de explorar os gestos que presidem as interações entre os amantes, encontrando aí potencialidades expressivas renovadas.
Chantal Akerman was a Belgian filmmaker, artist, and film professor known for her austere, minimalistic style, her feminist themes, and her depictions of alienation, dislocation, and repression, all masterfully expressed in her best-known film, Jeanne Dielman 23, quai du Commerce 1080 Bruxelles (1975).