Rebeca - Revista Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual
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Published By Rebeca - Revista Brasileira De Estudos De Cinema E Audiovisual

2316-9230

2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 370-377
Author(s):  
Geraldo Blay Roizman

     Se fossemos localizar O Rei do Cagaço, 1977, dentro do universo cinematográfico de Edgard Navarro, ele faria parte, de forma mais geral, do chamado surto superoitista no Brasil, e do grande ciclo de filmes realizados em Super-8 na década de 70 que participaram de festivais da época, especificamente das chamadas Jornadas de Cinema da Bahia, e que possuíam, em geral, um forte teor provocativo ao mesmo tempo poético e político, e principalmente um sentido muito preciso de despojamento na flexibilização da linguagem possibilitada pela novidade da bitola.


Author(s):  
Gabriela Machado Ramos de Almeida

Editorial Rebeca 19


2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 315-338
Author(s):  
Maria Alzuguir Gutierrez

Este artigo propõe a recuperação dos debates sobre as relações entre cinema e ideologia desenvolvidos na França na passagem entre os anos 1960 e 1970, sobretudo nas revistas Cahiers du Cinéma e Cinéthique. Para tanto, elabora-se uma resenha dos principais artigos e discussões de então. Depois disso, com base em trabalho recente de um dos principais artífices daqueles debates, Jean-Louis Comolli, e em questionamentos sobre a produção audivisual contemporânea, reivindicamos a importância e a atualidade da assim chamada ''teoria do dispositivo''.


2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 111-135
Author(s):  
Agnes Cristine Souza Vilseki ◽  
Jamil Cabral Sierra

Este artigo busca entender como discursos de gênero e sexualidade podem ser estabelecidos através da linguagem cinematográfica – especificamente a direção de fotografia – no filme brasileiro O céu sobre os ombros (Sérgio Borges, 2010), um híbrido que opera com procedimentos da ficção e do documentário. Propomos, desta forma, articular os efeitos de real construídos e tensionados pela linguagem, estabelecidos pela direção de fotografia, em diálogo com as noções de gênero e sexualidade presentes no filme. Para desenvolver e sustentar esta análise, nos apropriamos dos conceitos de dispositivo de sexualidade de Michel Foucault e de performatividade de gênero de Judith Butler, enquanto ferramentas teóricas e categorias analíticas, que nos possibilitam investigar como a fotografia cinematográfica atua construindo discursos que operam entre capturas e resistências em relação às questões de gênero e sexualidade encenadas no filme.


2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 292-314
Author(s):  
Leonardo Gomes Esteves

Este artigo investiga a origem e o significado do “cinema violento”, proposto nas páginas da revista Opus international em junho de 1968. Sob o impacto do Maio de 68, o periódico faz uma espécie de dossiê sobre a violência, pensando em sua abrangência sobre diversas modalidades artísticas. No cinema, destacam-se os “Quatre manifestes pour un cinéma violent” e o engajamento do principal teórico por trás da publicação, Alain Jouffroy. Como conclusão, são apontados dois possíveis desdobramentos do “cinema violento”.


2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 136-158
Author(s):  
Carlos Frederico Bustamante Pontes
Keyword(s):  

O trabalho em questão teve como eixo de análise o filme O beijo da mulher aranha (Kiss of the Spider Woman, Héctor Babenco,1985) e, como ponto de partida, o espetáculo teatral homônimo, de 1981, dirigido por Ivan de Albuquerque. A proposta do artigo foi analisar o filme sob o enfoque dos estudos de gênero e sexualidades e averiguar, criticamente, se a construção de cada um dos personagens centrais do filme, Molina e Valentin, bem como o relacionamento entre eles, apontam para identificações positivas e/ou negativas dos sujeitos LGBTQAI+ com a obra. Construídos em moldes de comportamento dissidentes e hegemônicos, concluiu-se que os dois personagens citados e o filme como um todo favorecem tanto para a discussão cada vez mais atual e necessária acerca do lugar do cinema nos processos de constituição subjetiva dos/as espectadores/as quanto para avaliarmos sua atuação sociocultural enquanto veículo de reafirmação e/ou de desconstrução dos modelos de sexo e gênero dominantes.


2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 365-369
Author(s):  
Hanna Cláudia Freitas Rodrigues
Keyword(s):  

Yves São Paulo retoma o lugar-comum da concepção de cinefilia para desenvolver um livro por vezes difícil em seu vocabulário academicista, de linguagem sofisticada, explorando filosoficamente a cinefilia como emoção. Em A metafísica da cinefilia (2021), Yves São Paulo parte do pressuposto de que o espectador aborda o filme munido com um arsenal de experiências e ideias que o fazem colocar a obra em perspectiva. Para além disso, uma parte desta base de relação com o filme compreende a algo de ainda mais elementar, apresentado desde o princípio pelo título enigmático da obra, a metafísica. Aqui entra em ação também o subtítulo do livro, uma leitura bergsoniana do cinema, apontando o caminho do sentido de metafísica que será tratado ao longo do livro.


2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 268-291
Author(s):  
Solange Wajnman

Bertrand Bonello constrói o filme Saint Laurent (2014) a partir de uma lógica de inspiração intermidiática pautada no trânsito entre várias esferas (ficção e não ficção, arte e cultura de massas, masculino e feminino) e diversas mídias (vídeo, fotografia, pintura, desenho e ópera), trazendo em termos de sintaxe plástica fílmica, a inovação cultural desencadeada pelo estilista e reconstruindo, pelo olhar poético do cineasta, a importância de Yves Saint Laurent no contexto da cultura midiática. Pautamo-nos sobretudo pelos estudos de Gumbrecht, Müller, Rajewsky e Benjamin.


2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 339-351
Author(s):  
Andre De Paula Eduardo ◽  
Felipe Abramovictz

Entrevista com o cineasta, poeta e jornalista Otoniel Santos Pereira


2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 352-364
Author(s):  
Antoine D´Artemare ◽  
Bruna Freitas

Encontra-se aqui a tradução do primeiro capítulo do livro La lumière au cinéma (1991), do teórico francês Fabrice Revault d’Allonnes. Neste livro, o autor desenvolve uma reflexão teórica sobre a questão da iluminação no cinema, elencando seus diferentes regimes e suas diversas funções. Ele também retraça um panorama histórico da direção de fotografia, assinalando as diversas inovações decorrentes de mudanças tecnológicas ou estilísticas. Inédito em língua portuguesa, o livro é uma referência para os estudos de direção de fotografia. Neste primeiro capítulo aqui traduzido, Revault cunha dois conceitos para a análise da luz no cinema: o de “iluminação clássica” e o de “iluminação moderna”. Se o autor inscreve essas noções em um quadro histórico em que esses tipos de iluminação emergem, ele, no entanto, não as restringe a determinados períodos da história do cinema. Esses conceitos dizem respeito, antes de tudo, à possibilidade de significar ou não através da luz. Para o autor, a luz clássica é aquela expressiva, dramatizada, teatral, metaforizada, que carrega luminosamente um sentido pleno e transparente em conflito com o mundo. Nesse primeiro regime, faz-se falar a luz, expressa-se através dela. Por outro lado, é a luz moderna que, como argumenta o autor, possui uma essência documental, inexpressiva, não dramatizada, recusando-se a produzir sentido e indo ao encontro, dessa forma, da insignificância da luz no mundo e de seu caráter absurdo. Trata-se de uma reflexão sobre as possibilidades de produção de sentidos através da luz no cinema que possui, ainda hoje, grande relevância.


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