scholarly journals Parasitismo de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) em diferentes hospedeiros e cores de cartelas

2012 ◽  
Vol 79 (1) ◽  
pp. 55-60 ◽  
Author(s):  
G.O. Magalhães ◽  
R.M. Goulart ◽  
A.M. Vacari ◽  
S.A. De Bortoli

Espécies do gênero Trichogramma são dos inimigos naturais os mais estudados e utilizados atualmente no mundo. A qualidade e o desempenho desses agentes de controle produzidos massalmente podem ser influenciados por alguns fatores, tais como a escolha do hospedeiro adequado para multiplicação do parasitoide e a utilização de diferentes cores de cartelas, haja vista que estes parasitoides podem utilizar estímulos físicos como cor para facilitar a localização do hospedeiro. O objetivo desse trabalho foi avaliar à influência de cores de cartelas no parasitismo de Trichogramma pretiosum que foi submetido a ovos do hospedeiro alternativo Anagasta kuehniella e duas populações de Plutella xylostella, sendo uma delas criada no substrato brócolis e a outra em couve. Ovos dos hospedeiros foram aderidos às cartelas de papel cartão, sendo que as cores selecionadas foram: azul, amarela, verde, rosa, vermelha e preta. Para cada tratamento foram observadas 20 repetições, cada uma composta por 30 ovos dos hospedeiros. Posteriormente, as cartelas foram expostas às fêmeas do parasitoide individualizadas em tubos tipo Eppendorf® de 2,0 mL que continha uma gotícula de mel para alimentação delas por 24 horas, em teste de confinamento. Foram avaliados o número de ovos parasitados e a porcentagem de emergência. A linhagem Tp-8 de T. pretiosum apresentou maior parasitismo em ovos de A. kuehniella. Os substratos de alimentação de P. xylostella (couve e brócolis) não influenciam o parasitismo de T. pretiosum. As cores de cartelas indicadas para a condução da criação massal de T. pretiosum são azul, verde e branco.

2006 ◽  
Vol 73 (3) ◽  
pp. 311-315
Author(s):  
H.X.L. Volpe ◽  
S.A. De Bortoli ◽  
R.T. Thuler ◽  
C.L.T.P. Viana ◽  
R.M. Goulart

RESUMO A importância do gênero Trichogramma no controle biológico tem intensificado sua utilização em muitos países, tornando cada vez mais relevante o conhecimento de seus hospedeiros. Dessa maneira, objetivou-se com este trabalho avaliar a especificidade de Trichogramma pretiosum em relação a três espécies hospedeiras habitualmente parasitadas, Anagasta kuehniella, Spodoptera frugiperda e Plutella xylostella. O ensaio foi realizado no Laboratório de Biologia e Criação de Insetos da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal – UNESP. Foi realizado teste sem chance de escolha para o parasitóide em relação aos ovos daqueles hospedeiros. Verificou-se que para a primeira geração houve diferença significativa para o parâmetro biológico número de ovos parasitados, onde ovos de A. kuehniella foram os mais parasitados. Para a segunda geração, a porcentagem de emergência e o período de desenvolvimento ocorreu de forma análoga à da 1ª geração nos 3 hospedeiros, não havendo diferenças estatísticas entre os eles. O maior número de ovos parasitados foi observado para os hospedeiros A. kuehniella e S. frugiperda, diferindo estatisticamente de P. xylostella. Pelos resultados conclui-se que a linhagem Tp-8 de T. pretiosumtem melhor adaptação ao hospedeiro A. kuehniella apresentando condições para utilização em programas de controle biológico, tanto de S. frugiperda como de P. xylostella.


2008 ◽  
Vol 75 (1) ◽  
pp. 69-77
Author(s):  
R.M. Goulart ◽  
S.A. De Bortoli ◽  
R.T. Thuler ◽  
D. Pratissoli ◽  
C.L.T.P. Viana ◽  
...  

RESUMO Objetivou-se estudar os efeitos de inseticidas químicos sobre Trichogramma pretiosum e Trichogramma exiguum em diferentes hospedeiros, utilizando a metodologia do Laboratório de Biologia e Criação de Insetos (LBCI), baseada na metodologia proposta pela IOBC/WPRS para estudos de seletividade. Os inseticidas utilizados foram: triflumurom, (20 mL/100 L), etofenproxi, (47 mL/100 L) e endossulfam (750 mL/100 L), como testemunha foi utilizada água destilada. Utilizou-se delineamento inteiramente casualisado em esquema fatorial 4 x 3 (inseticidas x hospedeiros) em 20 repetições. Nos testes utilizaram-se cerca de 100 ovos de Anagasta kuehniella, delimitados em uma área de 0,2 cm2, 30 ovos de Spodoptera frugiperda e 30 ovos de Plutella xylostella por repetição, todos fixados em cartolina, que foram imersas em caldas químicas. Avaliou-se o número de ovos parasitados, a porcentagem de parasitismo, porcentagem de emergência, longevidade e razão sexual das gerações F1 e F2 de T. pretiosum e T. exiguum. Endossulfam foi extremamente tóxico aos parasitóides, inibindo o parasitismo em todos os hospedeiros. Etofenproxi demonstrou menor seletividade aos parasitóides. Triflumurom foi seletivo aos parasitóides quando se utilizou ovos de S. frugiperda e de P. xylostella.


2007 ◽  
Vol 25 (2) ◽  
pp. 286-290 ◽  
Author(s):  
Dirceu Pratissoli ◽  
Ricardo Antonio Polanczyk ◽  
Cácia Leila Tigre Pereira ◽  
Idana Soraya de Andrade Furtado ◽  
Juliéder Goronci Cocheto

Plutella xylostella é considerada a praga mais importante das crucíferas. O método de controle mais utilizado para essa praga é o químico. Contudo, esta espécie de inseto vem desenvolvendo resistência aos inseticidas aplicados. O controle biológico com espécies do gênero Trichogramma é considerado uma alternativa no controle dessa praga. Porém, poucos são os trabalhos que mencionam aspectos biológicos desse parasitóide sobre esta praga. Neste trabalho avaliou-se a influência da fase embrionária dos ovos do hospedeiro P. xylostella sobre fêmeas de T. pretiosum com diferentes idades. Fêmeas do parasitóide foram divididas em cinco lotes, compostos por espécimes recém-emergidos com 24; 48; 72 e 96 horas de idade. Cada lote continha dez fêmeas de T. pretiosum. Para cada fêmea de cada lote, foi oferecida uma cartela contendo 30 ovos de P. xylostella com um, dois e três dias de idade. As maiores taxas de parasitismo foram observadas em fêmeas com idade superior a 48 horas, independente do desenvolvimento embrionário do hospedeiro. Em ovos com três dias de desenvolvimento embrionário verificou-se que, para fêmeas recém-emergidas e com 48 horas de idade, a taxa de viabilidade foi superior apenas em relação àquelas com 96 horas de idade. Ao se avaliar os descendentes de T. pretiosum provenientes de ovos com um dia de desenvolvimento embrionário, verificou-se que os maiores valores de longevidade foram obtidos quando as fêmeas desse parasitóide eram recém-emergidas.


2003 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
pp. 261-270 ◽  
Author(s):  
Geraldo Andrade Carvalho ◽  
José Roberto Postali Parra ◽  
Gilberto Casadei Baptista

A bioatividade de dezoito produtos químicos utilizados no controle de pragas e doenças do tomateiro, sobre duas linhagens de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (L9=Alegre, ES e L10= Venda Nova do Imigrante, ES), nas gerações F1 e F2, foi investigada em laboratório. Ovos de Anagasta kuehniella (Zeller) contendo o parasitóide em diferentes estágios de desenvolvimento (ovo-larva, pré-pupa e pupa) foram tratados por meio de imersão nas respectivas caldas químicas. Os inseticidas triflumuron, clorfluazuron, deltametrina, Bacillus thuringiensis, lambdacialotrina, teflubenzuron, acefato, pirimicarb e ciromazina, e os fungicidas benomil, iprodiona, clorotalonil e dimetomorf, independente da linhagem, não reduziram a longevidade das fêmeas de T. pretiosum da geração F1. Os inseticidas abamectin, cartap, metamidofós e lambdacialotrina afetaram a razão sexual de indivíduos da geração F1, e não reduziram a taxa de emergência de parasitóides da F2, independente do estágio de desenvolvimento e da origem da população de T. pretiosum. Parasitóides de Venda Nova do Imigrante, ES (L10) mostraram-se mais susceptíveis que os de Alegre, ES (L9) aos efeitos dos compostos avaliados. De modo geral, a fase de pupa de T. pretiosum, independente da população, apresentou maior tolerância aos produtos testados. Recomenda-se a realização de novos testes para outras populações desse parasitóide que serão utilizadas no controle de pragas, pois podem responder de forma diversa aos produtos fitossanitários avaliados.


2004 ◽  
Vol 34 (6) ◽  
pp. 1669-1674 ◽  
Author(s):  
Fabricio Fagundes Pereira ◽  
Reginaldo Barros ◽  
Dirceu Pratissoli

Este trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho de Trichogramma pretiosum Riley e de Trichogramma exiguum Pinto & Platner submetidos a diferentes densidades de ovos de Plutella xylostella (L.). Para cada espécie, grupos compostos por uma, duas e quatro fêmeas do parasitóide, foram confinadas em tubos de vidro juntamente com 15, 30, 45 e 60 ovos de P. xylostella por 24h. A duração do ciclo (ovo-adulto) foi uniforme e exatamente igual a nove dias, tanto para T. pretiosum como para T. exiguum. A porcentagem de parasitismo de T. pretiosum e T. exiguum mais elevada foi encontrada nas combinações de 15 ovos quatro fêmeas-1 e duas fêmeas 15 ovos-1, respectivamente. A viabilidade do parasitismo para T. pretiosum e T. exiguum não foi afetada pelas combinações de parasitóides e ovos para ambas as espécies. A razão sexual foi igual a um para T. pretiosum e variando de 0,6 a 0,8 para T. exiguum. O número de parasitóides emergidos por ovo, de modo geral, foi um. As maiores porcentagens de deformação foram de 33,9 e 17,5% dos descendentes para T. pretiosum e T. exiguum, nos tubos contendo quatro fêmeas para 15 ovos, respectivamente. A combinação mais indicada para T. pretiosum e T. exiguum foi uma fêmea 25 ovos-1 e duas fêmeas 15 ovos-1, respectivamente.


2012 ◽  
Vol 42 (1) ◽  
pp. 17-23 ◽  
Author(s):  
Getulio Jorge Stefanello Júnior ◽  
Anderson Dionei Grutzmacher ◽  
Daniel Spagnol ◽  
Rafael Antonio Pasini ◽  
Cibele Bonez ◽  
...  

As altas produtividades na cultura do milho têm sido alcançadas em função de vários fatores técnicos, sendo o controle de pragas um dos mais importantes. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a persistência de agrotóxicos utilizados na cultura do milho ao parasitoide Trichogramma pretiosum. Foram avaliadas as persistências de sete inseticidas e três fungicidas, os quais foram diluídos separadamente em 200L de água e pulverizados sobre folhas de videira. Essas folhas foram levadas ao laboratório e utilizadas dentro de gaiolas aos 3, 10, 17, 24 e 31 dias, onde permaneceram confinados os adultos do parasitoide para contaminação. A mortalidade dos adultos de T. pretiosum foi mensurada indiretamente em função do menor número de ovos parasitados do hospedeiro alternativo Anagasta kuehniella. Os resultados foram comparados com o tratamento testemunha e os agrotóxicos classificados conforme categorização da IOBC. Foram utilizadas quatro repetições para cada tratamento. Os fungicidas Opera, Priori Xtra e Folicur 200 EC foram de vida curta (classe 1). Os inseticidas Match EC e Sumithion 500 CE foram de vida curta (classe 1); Lorsban 480 BR e Safety foram moderadamente persistentes (classe 3) e Engeo Pleno, Karate Zeon 50 CS e Tracer foram persistentes (classe 4) aos adultos de T. pretiosum.


2003 ◽  
Vol 46 (1) ◽  
pp. 27-32 ◽  
Author(s):  
Arlei Maceda ◽  
Celso L Hohmann ◽  
Honório R. dos Santos

The influence of temperature on lifetime attributes of Trichogramma pretiosum Riley and Trichogrammatoidea annulata De Santis (Hymenoptera: Trichogrammatidae) was evaluated at four constant temperatures (15, 20, 25, and 30º C), RH 70 ± 10%, photophase 14 h. Anagasta kuehniella (Lepidoptera: Pyralidae) eggs were used as hosts. Developmental times of both parasitoid species were similar when exposed to 20, 25, or 30º C. T. annulata, however, developed slightly faster than T. pretiosum at 15º C. Emergence rates of both species were above 89%. The temperature threshold for T. pretiosum and T. annulata was 11º C and the number of degree-days required for their development was 126.9 and 122.3, respectively. Parasitization was maximal at 25º C. T. annulata, however, parasitized significantly more hosts than T. pretiosum in the entire temperature range. Temperature had no effect in brood size.T. annulata progeny consisted predominantly of males, except at 15º C, whereas in T.pretiosumitconsisted predominantly of females, except at 30º C. Parental females lived longer than males.


2003 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
pp. 295-304 ◽  
Author(s):  
Geraldo Andrade Carvalho ◽  
José Roberto Postali Parra ◽  
Gilberto Casadei Baptista

Duas populações de Trichogramma pretiosum Riley, 1879, provenientes de Alegre, ES = L9 e Venda Nova do Imigrante, ES = L10, foram submetidas aos principais produtos fitossanitários utilizados na cultura do tomateiro, após serem multiplicadas em ovos de Anagasta kuehniella (Zeller). Os ovos desse hospedeiro foram tratados e oferecidos ao parasitismo decorridas 0, 24 e 48 horas após o tratamento, e mantidos em câmaras climáticas a 25 ± 2ºC, UR de 60 ± 10% e fotofase de 14 horas. Os inseticidas deltametrina, abamectin e metamidofós, independentemente da linhagem de T. pretiosum, reduziram a longevidade de fêmeas da geração maternal. Triflumuron, clorfluazuron, benomil, clorotalonil, Bacillus thuringiensis, mancozeb, dimetomorf, tebufenozide, teflubenzuron, acefato, pirimicarbe, iprodiona, metamidofós e ciromazina não afetaram a capacidade de parasitismo de T. pretiosum na geração F1, independentemente da origem da população, e não afetaram a porcentagem de emergência dos indivíduos da geração F2, das duas linhagens.


2009 ◽  
Vol 76 (4) ◽  
pp. 627-633
Author(s):  
J.P. Brito ◽  
A.M. Vacari ◽  
R.T. Thuler ◽  
S.A. De Bortoli

RESUMO O objetivo desse trabalho foi avaliar a biologia de Orius insidiosus alimentado com ovos de Plutella xylostella e Anagasta kuehniella. Os insetos foram provenientes da criação estoque do Laboratório de Biologia e Criação de Insetos do Departamento de Fitossanidade da FCAV/ UNESP. O experimento foi conduzido com ninfas de O. insidiosus, com idade entre 12-24h, uma por placa, num total de 50 ninfas (50 repetições). Em cada placa foram colocados, diariamente, ovos de P. xylostella ou ovos de A. kuehniella e um chumaço de algodão umedecido com água destilada. As avaliações foram realizadas diariamente. Os insetos que chegaram à fase adulta foram separados em casais, sendo colocados em placas. Foram avaliados os aspectos biológicos: duração, viabilidade e consumo dos estádios ninfais e da fase ninfal; longevidade de machos e fêmeas; consumo diário e total da fase adulta; ovos por dia; fecundidade das fêmeas; fertilidade dos ovos; período embrionário; períodos de pré-oviposição, oviposição e pós-oviposição. Além disso, também foram avaliados os parâmetros da tabela de vida de fertilidade. O predador O. insidiosus não apresenta diferenças significativas para suas características biológicas quando alimentado com as duas presas, porém melhores parâmetros de tabela de vida de fertilidade são observados quanto é alimentado com ovos de P. xylostella, sugerindo a sua possibilidade de utilização em criações massais desse inseto.


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