scholarly journals Bioatividade de produtos fitossanitários utilizados na cultura do tomateiro (Lycopersicon esculentum Mill.) a Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (Hymenoptera: Trichogrammatidae) nas gerações F1 e F2

2003 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
pp. 261-270 ◽  
Author(s):  
Geraldo Andrade Carvalho ◽  
José Roberto Postali Parra ◽  
Gilberto Casadei Baptista

A bioatividade de dezoito produtos químicos utilizados no controle de pragas e doenças do tomateiro, sobre duas linhagens de Trichogramma pretiosum Riley, 1879 (L9=Alegre, ES e L10= Venda Nova do Imigrante, ES), nas gerações F1 e F2, foi investigada em laboratório. Ovos de Anagasta kuehniella (Zeller) contendo o parasitóide em diferentes estágios de desenvolvimento (ovo-larva, pré-pupa e pupa) foram tratados por meio de imersão nas respectivas caldas químicas. Os inseticidas triflumuron, clorfluazuron, deltametrina, Bacillus thuringiensis, lambdacialotrina, teflubenzuron, acefato, pirimicarb e ciromazina, e os fungicidas benomil, iprodiona, clorotalonil e dimetomorf, independente da linhagem, não reduziram a longevidade das fêmeas de T. pretiosum da geração F1. Os inseticidas abamectin, cartap, metamidofós e lambdacialotrina afetaram a razão sexual de indivíduos da geração F1, e não reduziram a taxa de emergência de parasitóides da F2, independente do estágio de desenvolvimento e da origem da população de T. pretiosum. Parasitóides de Venda Nova do Imigrante, ES (L10) mostraram-se mais susceptíveis que os de Alegre, ES (L9) aos efeitos dos compostos avaliados. De modo geral, a fase de pupa de T. pretiosum, independente da população, apresentou maior tolerância aos produtos testados. Recomenda-se a realização de novos testes para outras populações desse parasitóide que serão utilizadas no controle de pragas, pois podem responder de forma diversa aos produtos fitossanitários avaliados.

2003 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
pp. 295-304 ◽  
Author(s):  
Geraldo Andrade Carvalho ◽  
José Roberto Postali Parra ◽  
Gilberto Casadei Baptista

Duas populações de Trichogramma pretiosum Riley, 1879, provenientes de Alegre, ES = L9 e Venda Nova do Imigrante, ES = L10, foram submetidas aos principais produtos fitossanitários utilizados na cultura do tomateiro, após serem multiplicadas em ovos de Anagasta kuehniella (Zeller). Os ovos desse hospedeiro foram tratados e oferecidos ao parasitismo decorridas 0, 24 e 48 horas após o tratamento, e mantidos em câmaras climáticas a 25 ± 2ºC, UR de 60 ± 10% e fotofase de 14 horas. Os inseticidas deltametrina, abamectin e metamidofós, independentemente da linhagem de T. pretiosum, reduziram a longevidade de fêmeas da geração maternal. Triflumuron, clorfluazuron, benomil, clorotalonil, Bacillus thuringiensis, mancozeb, dimetomorf, tebufenozide, teflubenzuron, acefato, pirimicarbe, iprodiona, metamidofós e ciromazina não afetaram a capacidade de parasitismo de T. pretiosum na geração F1, independentemente da origem da população, e não afetaram a porcentagem de emergência dos indivíduos da geração F2, das duas linhagens.


2021 ◽  
Vol 37 (2) ◽  
pp. 177-193
Author(s):  
C.O Ojesola ◽  
A.K Akintokun ◽  
P.O Akintokun ◽  
A.R Oloyede

Tomato (Lycopersicon esculentum, Mill) is a rich source of vitamins, minerals and lycopene, which has many health benefits. However, its production is hampered by bacterial wilt caused by Ralstonia solanacearum resulting in significant yield losses. Use of chemicals in the control of plant pathogens has detrimental effects on humans and the environment in terms of leaving residues in soil which later find their way into underground waters. Therefore, it is desirable to find an alternative to chemical control of this bacterial pathogen. This study investigates the potential of native Bacillus thuringiensis (Bt) for biological control of Ralstonia solanacearum (Rs) under laboratory conditions. B. thuringiensis was isolated from cultivated soil, non- cultivated soil, stagnant water, sawdust, horse dung, grain dust, dead leaves and poultry manure. R. solanacearum was isolated from stem exudates of bacterial wilt infected plants and its pathogenicity assay was carried out using 2-week-old seedlings of Beske tomato variety. The Bt and R. solanacearum isolates were then characterized phenotypically. Bt isolates were further identified using endospore and parasporal staining techniques. All the Bt isolates were tested for in-vitro antagonistic activity on R. solanacearum using agar well diffusion method. Isolates Bt2, Bt16, Bt17, Bt32 and Bt34 were confirmed as Bacillus thuringiensis while isolate Rs was confirmed as R. solanacearum. Beske showed wilting symptoms from the fourth day of inoculation and eventual death of seedlings. The zone of inhibition exhibited ranged from 0.0 mm to 20.0 mm. Keywords: Bacillus thuringiensis, In-vitro, Bacterial wilt, Ralstonia solanacearum, Tomato


2017 ◽  
Vol 16 (1) ◽  
pp. 43 ◽  
Author(s):  
DANIEL SPAGNOL ◽  
ANDERSON DIONEI GRÜTZMACHER ◽  
RODOLFO VARGAS CASTILHOS ◽  
RAFAEL ANTÔNIO PASINI ◽  
RONALDO ZANTEDESCHI ◽  
...  

RESUMO - Plantas de milho transgênicas que expressam toxinas da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) são uma alternativa para o controle de insetos-praga na cultura. No entanto, estas toxinas podem ser encontradas no pólen do milho, e organismos não alvo, como os inimigos naturais, podem ser prejudicados. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do pólen de três híbridos de milho transgênicos sobre parâmetros biológicos de adultos do parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum em condições laboratoriais. Fêmeas recém-emergidas de T. pretiosum foram individualizadas em tubos de Duran contendo como alimento mel acrescido do pólen dos híbridos de milho transgênico AG 8011 YG (Cry1Ab), AS 1551 VT PRO (Cry1A. 105 + Cry 2Ab2) e Status Viptera (Vip3Aa20), e de seus respectivos isogênicos convencionais. Diariamente, foram ofertados, em cada tubo, ovos de Anagasta kuehniella para parasitismo. Os parâmetros avaliados foram: longevidade das fêmeas expostas ao pólen, taxa de parasitismo total, taxa de emergência e razão sexual da progênie. Os híbridos transgênicos: AG 8011 YG (Cry1Ab), AS 1551 VT PRO (Cry1A. 105 + Cry 2Ab2) e Status Viptera (Vip3Aa20), bem como seus isogênicos convencionais, não causaram efeitos deletérios sobre a longevidade e capacidade de parasitismo das fêmeas de T. pretiosum expostas aos respectivos pólens. A emergência e razão sexual da progênie também não foram negativamente afetadas, possibilitando assim a compatibilização dos transgênicos avaliados com o controle biológico natural e aplicado exercido por este parasitoide.Palavras-chave: Bacillus thuringiensis, transgenia, manejo integrado de pragas, controle biológico, Zea mays.COMPATIBILITY OF TRANSGENIC CORN WITH THE PARASITOID Trichogramma pretiosumABSTRACT - Transgenic corn expressing Bacillus thuringiensis (Bt) toxins is an alternative for pest control in corn fields. However, some non-target organisms such as natural enemies can be impaired by corn pollen containing toxins. Therefore, the aim of this work was to evaluate the effect of the pollen from three transgenic corn varieties on biological parameters of the egg parasitoid Trichogramma pretiosum under laboratorial conditions. Emerged females of T. pretiosum were placed into Duran tubes and fed with honey + pollen of corn hybrids AG 8011 YG (Cry1Ab), AS 1551 VT PRO (Cry1A. 105 + Cry 2Ab2) and Status Viptera (Vip3Aa20), as well as their respective isogenic. Daily, eggs of Anagasta kuehniella were offered in each tube for parasitism. The parameters evaluated were longevity of females exposed to pollen, total parasitism, progeny emergency and sex ratio. The transgenic hybrids AG 8011 YG (Cry1Ab), AS 1551 VT PRO (Cry1A. 105 + Cry 2Ab2), Status Viptera (Vip3Aa20) and their isogenic showed no deleterious effect on longevity and parasitism capacity of T. pretiosum females exposed to respective pollen. Emergency and sex ratio from progeny were also not adversely affected, thus enabling the compatibility of the evaluated transgenic with biological control by this parasitoid.  Keywords: Bacillus thuringiensis, transgenes, integrated pest management, biological control, Zea mays.


Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document