Estudo de análise superficial em materiais poliméricos para uso em biomedicina

2017 ◽  
pp. 60-67 ◽  
Author(s):  
Michele A Saito ◽  
Sergio Y Araki ◽  
Rodrigo Stoeterau ◽  
Eduardo G P Bock

O Laboratório de Bioengenharia e Biomateriais (BIOENG) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP-SP) está desenvolvendo o projeto de uma Bomba de Sangue Centrifuga Implantável (BSCI) e estuda materiais para proporcionar maior durabilidade e confiabilidade em componentes de bombas de sangue, que realizam a Assistência Circulatória Mecânica em pacientes com Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). O Polietileno de Ultra Alta Massa Molecular (PEUAMM) apresenta características importantes, devido à biocompatibilidade, acabamento superficial e alta resistência ao impacto e ao desgaste proveniente da configuração de sua estrutura polimérica e devido seu longo comprimento de cadeia. Componentes como eixos e mancais devem apresentar resistência ao desgaste e impacto, devido à solicitação de cargas mistas solicitadas durante o trabalho da BSCI. Os ensaios de desgastes e atrito foram realizados em corpos de prova de PEUAMM, em meio de água pura para evitar contaminação dos componentes, na Bancada de Ensaios de Atrito e Desgaste (BEAD) que foi desenvolvida pelo IFSP-SP. A utilização de análises gráficas devido à evolução no desenvolvimento de métodos matemáticos em equipamentos de caracterização possibilita a planificação gráfica em 3D da superfície do material e o gráfico de perfil do corpo de prova, após teste de desgaste na bancada. Foi realizada uma análise superficial com perfilômetro Taylor Hobson CCI para estudo do polímero utilizado nos componentes da BSCI. Foi observada no microscópio a formação de pistas na superfície dos corpos de prova sem redução de massa após ensaio na BEAD e a análise no Perfilômetro Taylor.

Objetivo: Identificar pacientes com IC que necessitem de cuidados paliativos, a partir da Escala de Performance Paliativa (PPS) e Escala de avaliação de Sintomas de Edmonton (ESAS). Métodos: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e transversal, realizado em um hospital público de uma cidade no interior do estado de São Paulo em 2019. A população alvo foi os pacientes com IC, amostra por conveniência, e os critérios de inclusão foram de acordo com a classe funcional III/IV, e idade maior que 50 anos. Para coleta de dados, foi adotado um questionário com identificação e dados da doença, a escala PPS para avaliar a funcionalidade dos participantes, e a ESAS para avaliar os sintomas. Resultados: Participaram 47 pacientes,idade 71,04 + 10,58 anos. Observou-se que 38,3% se enquadravam nos critérios mais prevalentes para necessidade de cuidados paliativos, sendo 66,7% do sexo feminino, uma média de idade total de 74,2 anos ± 10,22, cerca de 3,9 internações durante o curso da doença e das etiologias identificadas a mais frequente é a chagásica com 27,7%. Conclusão: A partir dos resultados obtidos, percebeu-se que há necessidade de rastrear, a partir das escalas utilizadas, os pacientes que necessitam de cuidados paliativos como parte do tratamento.


2011 ◽  
Vol 31 (9) ◽  
pp. 737-746 ◽  
Author(s):  
Saulo A. Caldas ◽  
Tiago C. Peixoto ◽  
Vivian A. Nogueira ◽  
Ticiana Nascimento França ◽  
Carlos H. Tokarnia ◽  
...  

Esse estudo teve por objetivo demonstrar experimentalmente que Tetrapterys acutifolia Cav. (fam. Malpighiaceae) é capaz de provocar aborto em bovinos e caracterizar as alterações clínico-patológicas nas vacas e nos fetos. Estas plantas são responsáveis por significativo número de mortes em bovinos com mais de um ano de idade, especialmente nos Estados de Rio de Janeiro e São Paulo, mas até agora não havia sido comprovado experimentalmente seu efeito abortivo em bovinos. Os experimentos foram realizados no município de Barra do Piraí, RJ. Quatro vacas de descarte receberam brotos e folhas novas frescas de T. acutifolia, coletadas em propriedades vizinhas, nas doses de 2,5g/kg/dia, 5,0g/kg/dia (2 vacas) e 10g/kg/dia, até ocorrer o abortamento. O quadro clínico nas vacas caracterizou-se por arritmia cardíaca, tremores musculares, anorexia, ascite, jugular ingurgitada, edema de peito e barbela e aborto (23-76 dias após o início da ingestão da planta); todas as vacas abortaram. Das quatro vacas apenas uma (a que recebeu 10g/kg/dia) morreu 36 dias após o abortamento, com sintomas de insuficiência cardíaca. O exame necroscópico dos fetos/natimortos revelou hidrotórax, hidropericárdio, hidroperitônio e congestão hepática; ao corte do miocárdio, verificaram-se áreas pálidas. No exame histológico havia edema intersticial com fibrose incipiente. Na vaca que recebeu a maior dose e foi a óbito, bem como em outra intoxicada naturalmente, os achados de necropsia foram similares aos observados nos fetos, exceto pela dilatação dos vasos da base do coração e mais acentuada palidez do miocárdio. Observaram-se ainda edema subcutâneo nas regiões cervical e esternal, bem como veias jugulares ingurgitadas. Os achados histopatológicos foram necrose e edema intersticial com acentuada fibrose no miocárdio, espongiose da substância branca do encéfalo e, no fígado, congestão e leve fibrose. Adicionalmente, observou-se na vaca intoxicada espontaneamente, 17 dias após o aborto, arritmia cardíaca, jugular ingurgitada, edema de peito e barbela, anorexia com morte 43 dias após o aborto. Este estudo demonstra que Tetrapterys acutifolia é capaz de induzir aborto e, dependendo da dose, ainda causar a morte das vacas que abortarem.


2021 ◽  
Author(s):  
Herica Felix de Oliveira ◽  
Aline Silva Da Fonte Santa Rosa De Oliveira ◽  
Suely Lopes De Azevedo ◽  
Maria Lucia Costa De Moura ◽  
Natalia Anisia Costa Marques

Introdução: As doenças cardiovasculares são as principais causas de óbitos no Brasil. Entende-se por doenças cardiovasculares grupos de afecções que afeta o coração e os respectivos vasos sanguíneos. Os fatores de risco correspondentes são: tabagismo, obesidade, sedentarismo, álcool, hipertensão, diabetes e hiperlipidemias. Principais sintomas: dor torácica, edema, dor no membro, palpitação e síncope. A Sociedade Brasileira de Cardiologia estima que, ao final deste ano, quase 400 mil cidadãos brasileiros morrerão por doenças do coração e da circulação. As patologias mais comuns no Brasil relacionam-se o infarto agudo do miocárdio e a insuficiência cardíaca. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico das doenças cardiovasculares no Brasil. Material e Métodos: Pesquisa quantitativa, transversal, retrospectiva sobre o perfil epidemiológico da população brasileira acometida pelas doenças cardiovasculares. A coleta de informações foi realizada no dia 25 de maio de 2021, a partir de pesquisa eletrônica dos dados obtidos no portal do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Para classificação da morbidade foi considerado o CID-10, capítulo IX. Resultados: O número de óbitos por doenças cardiovasculares corresponde a 154.638 casos com taxa de mortalidade de 3,00%, sendo 3,12% do sexo masculino e 2,83% do feminino, com predominância superior a 80 anos. Ressalta-se que a região Sudeste tem maior ocorrência de óbitos por doenças cardiovasculares. O estado de São Paulo, registrou, em 2019, 95.805 casos, com taxa de mortalidade de 209,9%, e, em 2020, um total de 97.119 óbitos com taxa de mortalidade 210,8%. Os indivíduos com insuficiência cardíaca, em 2021, totalizaram 663, sendo 327 do sexo masculino e 336 do feminino, em relação ao infarto agudo do miocárdio a mesma região apresenta 448 casos de óbitos, com 233 casos do sexo masculino e 195 do feminino. Conclusão: Evidencia a importância de conhecer o perfil epidemiológico das doenças cardiovasculares no Brasil, uma vez que a maior frequência da incidência de comorbidades cardiovasculares e óbitos relacionam-se a estas patologias, sendo a população idosa a mais acometida. Estudos epidemiológicos são relevantes para que medidas de promoção em saúde e investimentos sejam incrementados para ações de promoção, prevenção, diagnóstico precoce e tratamentos eficazes.


2017 ◽  
pp. 93-99
Author(s):  
Mariana M A P Hernandes ◽  
Evandro Drigo ◽  
LF Souza ◽  
Breno Y T Nishida ◽  
Eduardo G P Bock ◽  
...  

O Laboratório de Bioengenharia e Biomateriais (BIOENG) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) trabalha no desenvolvimento de projetos de Dispositivos de Assistência Ventricular (DAV) e pesquisas relacionadas ao tema. O objetivo principal desses dispositivos é o tratamento de pacientes portadores de insuficiência cardíaca congestiva auxiliando o coração a bombear o sangue. A importância da análise do escoamento é essencial para o desenvolvimento do protótipo, evitando áreas de estagnação e turbulência que podem acarretar na formação de trombos e hemólise, respectivamente. O emprego de análises computacionais auxilia a otimização do projeto e desenvolvimento de DAVs e podem ser conferidos com resultados experimentais de estudo de velocidade através das imagens de partículas. O estudo de visualização de escoamento foi realizado utilizando um estroboscópio com laser verde com comprimento de onda de 540nm e potência de 5000mW, fotografado e analisado com o programa PIVLab. Os resultados foram utilizados para validação de simulações numéricas utilizando Método dos Elementos Finitos no Ansys Fluent. Os testes em computador e em bancada tiveram resultados semelhantes com velocidades máximas de 3,5 m/s validando o método experimental e os resultados em Ansys Fluent.


1997 ◽  
Vol 69 (6) ◽  
pp. 375-379 ◽  
Author(s):  
Antonio Carlos Pereira Barretto ◽  
Mauricio Wajngarten ◽  
João Batista Serro-Azul ◽  
Humberto Pierri ◽  
Amit Nussbacher ◽  
...  

2013 ◽  
Vol 47 (4) ◽  
pp. 922-930 ◽  
Author(s):  
Maria Teresa Silva de Freitas ◽  
Vilanice de Araújo Alves Püschel

Pesquisa de natureza qualitativa que teve como objetivos caracterizar pessoas com Insuficiência Cardíaca (IC) segundo perfil sócio-demográfico, de saúde e de tratamento e analisar o conhecimento sobre a doença e tratamento. Foram entrevistados 42 pacientes com IC, em um hospital de cardiologia de São Paulo, foi utilizado questionário semiestruturado e análise de conteúdo dos dados. Predominou sexo masculino, idade maior que 45 anos, classe funcional II, comorbidades associadas e tratamento farmacológico. Da análise de conteúdo emergiram as categorias: conhecimento sobre a doença e conhecimento do tratamento. O conhecimento é ilustrativo, diagnóstico e explicativo, sendo atribuídos muitos significados à doença. A maioria desconhece nome, dose e frequência de uso dos medicamentos. O tratamento não farmacológico está relacionado às orientações dos profissionais de saúde sobre alimentação, sal e ingesta hídrica. Os resultados abrem perspectivas para intervenções educativas sistematizadas que possam contribuir para um melhor enfrentamento e manejo da doença.


2015 ◽  
Vol 49 (spe) ◽  
pp. 101-108 ◽  
Author(s):  
Natália Alencar de Pinho ◽  
Rita de Cássia Burgos de Oliveira ◽  
Angela Maria Geraldo Pierin

RESUMO Objetivo Comparar pacientes hipertensos com e sem doença renal e identificar fatores associados à condição clínica e tratamento anti-hipertensivo. Método Estudo transversal realizado com pacientes admitidos em clínica médica de um hospital universitário da cidade de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de análise do prontuário. Valores de p<0,05 foram considerados significantes. Resultados Dos 386 pacientes avaliados, 59,3% eram hipertensos e destes 37,5% tinham doença renal crônica. Houve associação independente da presença de doença renal crônica para antecedentes de diabetes (OR 1,86; IC 1,02-3,41) e de insuficiência cardíaca congestiva (OR 3,42; IC 1,36-9,03); além do fato de viver com companheiro (OR 1,99; IC 1,09-3,69). Quanto ao tratamento anti-hipertensivo, houve diferença (p<0,05) entre os hipertensos com e sem doença renal em relação a fazer acompanhamento de saúde (93,2%vs 77,7%); uso contínuo de medicamentos anti-hipertensivos, (79,1% vs 66,4%); maior número de medicamentos anti-hipertensivos; uso de bloqueadores beta-adrenérgicos (34,9% vs 19,6%), bloqueadores dos canais de cálcio (29,1%vs 11,2%), diuréticos de alça (30,2%vs 10,5%) e vasodilatadores (9,3% vs2,1%). Conclusão Os hipertensos com doença renal crônica apresentaram perfil clínico mais comprometido, porém em relação ao tratamento anti-hipertensivo as atitudes foram mais positivas do que os sem doença renal.


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