Praxis Educativa
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(FIVE YEARS 1)

Published By Universidade Estadual De Ponta Grossa

1809-4309, 1809-4031

2022 ◽  
Vol 17 ◽  
pp. 1-21
Author(s):  
Carlos Manique da Silva

O artigo procura analisar o impacto que o encerramento de escolas unitárias e as medidas de concentração associadas (construção de centros escolares) tiveram numa zona geográfica de Portugal Continental – o Pinhal Interior Sul (PIS), território de baixa densidade e rural –, no início do século XXI. O objetivo, mobilizando um conjunto de fontes estatísticas (demográficas e educacionais) e, também, recorrendo às cartas educativas dos municípios, foi o de perceber se esse processo obedeceu a razões sociais, económicas e pedagógicas fundadas na ideia de desenvolvimento rural numa perspetiva integrada. No fundo, que visão de desenvolvimento foi difundida? Aquilo que se conclui é que não só não se inverteu o recuo do mundo rural (intensificou-se, aliás) como a tipologia centro escolar parece não ter aumentado a capacidade pedagógica das escolas.


2022 ◽  
Vol 17 ◽  
pp. 1-18
Author(s):  
Glenn C. Savage ◽  
Jessica Gerrard ◽  
Trevor Gale ◽  
Tebeje Molla

Este artigo reflete sobre o que significa fazer sociologia crítica das políticasna mudança de contextos teóricos, empíricos e metodológicos da educação. Concentramos nossas lentes analíticas em duas considerações principais.Em primeiro lugar, refletimos sobre a política da criticidade, examinando diferentes afirmações e debates sobre o que significa fazer pesquisa crítica e ser um pesquisador crítico da política educacional, prestando atenção especial a como os sociólogos das políticas posicionam seu trabalho em relação ao poder da elite e às redes de políticas.Em segundo lugar, apoiamo-nos sobre essas bases para considerar a tendência de pesquisar mobilidades dentro da sociologia crítica das políticas, de modo a argumentar que a pesquisa “siga a política” contemporânea corre o risco de orientar os pesquisadores para os problemas e as agendas já estabelecidas por agentes políticos de elite e organizações, enquanto obscurece as forças não tão móveis que continuam a definir as políticas e as práticas educacionais.Também levantamos questões sobre as redes de elite e os níveis privilegiados de recursos normalmente necessários para conduzir esse tipo de pesquisa. Em conclusão, convidamos a uma discussão mais aprofundada sobre a política de produção de conhecimento e os desafios para os sociólogos das políticas que buscam ser críticos em contextos de mudança.


2022 ◽  
Vol 17 ◽  
pp. 1-26
Author(s):  
Iara Tatiana Bonin

Nas últimas décadas, houve um aumento gradual da presença de estudantes indígenas nas universidades brasileiras. Esse crescimento deve-se, principalmente, às ações e às reivindicações de povos indígenas que, entre outras estratégias, têm investido na Educação Superior como espaço político para o reconhecimento de suas identidades, bem como para a afirmação de suas ciências e de seus saberes ancestrais. Assim, grande número de graduados pode prosseguir seus estudos no âmbito da Pós-Graduação. Contudo, a Pós-Graduação brasileira é marcada por intensas desigualdades, aspecto que justifica a criação de políticas de ações afirmativas. O objetivo do presente estudo é discorrer sobre ações voltadas ao ingresso de estudantes indígenas em cursos de Mestrado e Doutorado em Educação de universidades públicas. A pesquisa, de base documental, realizou a análise de resoluções de Conselhos Universitários de 35 universidades públicas e de editais de seleção dos seus respectivos Programas de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado), publicados entre 2017 e 2021. A análise mostra que a autodeclaração é a estratégia principal para acessar as vagas reservadas, mas são variáveis as formas de validação e de aferição da pertença indígena. Observa-se, também, a existência de diferentes modalidades de oferta de vagas, respeitando as diferenças regionais, institucionais e se resguardando-se, assim, a autonomia universitária.


2022 ◽  
Vol 17 ◽  
pp. 1-21
Author(s):  
Keylla Amélia Dares Silveira ◽  
Wilson Alviano Júnior

A Educação Física, como componente curricular obrigatório da Educação Básica, fomentou, por muito tempo, a construção e a manutenção de normas racistas, por meio de preceitos eugênicos, marginalizando e negligenciando os conhecimentos oriundos das populações afro-brasileiras e indígenas. Assim sendo, afirma-se, neste artigo, a necessidade da inserção da Educação para as Relações Étnico-Raciais no contexto desse componente curricular, a começar pela formação inicial de professores. Destarte, este trabalho teve por objetivo compreender como a temática das relações étnico-raciais tem sido introduzida nas pesquisas sobre a Educação Física e a formação inicial de professores. Para tanto, construiu-se um estado do conhecimento a partir de levantamentos, de seleções e de análises de pesquisas disponíveis no Portal de Periódicos e no Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Notou-se a existência de pesquisas profundamente relevantes na área. Contudo, ao analisar-se o tempo em que as legislações foram criadas, pôde-se inferir que ainda é um trabalho exíguo e que demanda investimentos.


2022 ◽  
Vol 17 ◽  
pp. 1-22
Author(s):  
Anna Stetsenko
Keyword(s):  

Ao abordar o desafio persistente de integrar totalmente as dimensões individuais e a subjetividade humana dentro da Teoria da Atividade Histórico-Cultural, este artigo sugere várias etapas para revisar seu núcleo ontoepistemológico em uma abordagem expansiva denominada posicionamento ativista transformador. Essa abordagem delineia a dialética sutil dos planos individuais e coletivos da práxis humana, em que cada indivíduo é moldado pela história coletiva e por práticas colaborativas enquanto, ao mesmo tempo, os molda e os percebe por meio da contribuição para sua materialidade coletiva e dinâmica, indo além do status quo. Ao capitalizar as pessoas sempre transcendendo o que existe no “aqui e agora”, de forma não adaptativa, com base em um compromisso e visão de como o mundo “deveria ser”, a subjetividade individual é reivindicada, em si própria, como um processo material-discursivo totalmente social e corporificado. A subjetividade individual e a agência ganham status ao contribuir para mudanças nas práticas “coletividual” como a ontoepistemologia primária de um domínio unitário que é ao mesmo tempo individual e social/coletivo.


2022 ◽  
Vol 17 ◽  
pp. 1-18
Author(s):  
Matilde Ribeiro

Este artigo contém três eixos: a determinação pela vida digna; 33 anos de organização nacional e internacional; e a criatividade a serviço da construção acadêmica do conhecimento. A organização é histórica, e, na busca de ampliação da plataforma feminista, antirracista e anti-homofóbica, as mulheres negras teceram inúmeras críticas quanto à invisibilidade de sua ação política nos movimentos sociais (em especial o negro e o feminista) e na sociedade. A contestação mais direta refere-se à maneira secundarizada no tratamento de sua opressão e organização. Desse modo, seja por meio dos discursos políticos, dos comportamentos e/ou da produção teórica, as mulheres negras apareceram historicamente como sujeitos implícitos. No período contemporâneo, motivadas pela busca de superação do racismo, sexismo, LGBTfobia e desigualdades sociais, econômicas e sociais, as mulheres negras têm tido êxito em seu processo organizativo com o ativismo político, social e acadêmico.


2022 ◽  
Vol 17 ◽  
pp. 1-20
Author(s):  
Branca Jurema Ponce ◽  
Alice Rosa de Sena Ferrari

O artigo aborda os resultados de uma pesquisa que envolveu educadores de uma escola pública. O objetivo é apresentar a necessária introdução da Educação para as relações étnico-raciais nos currículos escolares a partir de práticas descolonizadoras e de reconhecimento e pertencimento dos sujeitos. O texto insere-se na luta contra o silenciamento do racismo e no enfrentamento de violências que naturalizam o preconceito e a discriminação. A pesquisa assume uma abordagem qualitativa, cujos instrumentos foram definidos a partir de Gil (2008) e Brandão (2003), e a análise de conteúdo baseou-se em Bardin (2016). Os preceitos da Justiça Curricular e os princípios da Educação para as relações étnico-raciais formam a base teórica para as abordagens analíticas realizadas. Na conclusão, o artigo destaca a Justiça Curricular e a Educação para as relações-étnico raciais como possibilidades de luta pela superação do racismo.


2022 ◽  
Vol 17 ◽  
pp. 1-19
Author(s):  
Iris Verena Oliveira ◽  
Jeane Matos Araújo Lima ◽  
Geniclécia Lima dos Santos

Este texto trata dos encontros ocorridos entre universidade e escola, atravessados pela literatura produzida por escritores/as negros/as, com destaque para a obra de Conceição Evaristo. A partir de interpelações apresentadas por professoras da Educação Básica em atividades acadêmicas na universidade, o genocídio da juventude negra é abordado como questão de currículo na formação de professores/as. Nesse sentido, apresenta-se o relato da realização de uma Mostra de Literatura, a partir de articulações construídas no espaço escolar e na universidade, mobilizadas pelo acesso à arte. Defende-se que os impactos curriculares da Mostra extrapolam o tratamento de questões étnico-raciais na escola como temática, pela proposição de experiências estéticas produzidas pelo encontro. Os desafios metodológicos na pesquisa em Educação são vistos de modo a propor o conceito de “escrevivências” como operador teórico-metodológico atravessado pelas concepções de afecto e pelos agenciamentos coletivos.


2022 ◽  
Vol 17 ◽  
pp. 1-19
Author(s):  
Florisbete de Jesus Silva ◽  
Leonardo Lacerda Campos

O objetivo deste artigo foi analisar como o negro é significado em atividades didáticas desenvolvidas para alunos/as do Ensino Fundamental, expostas na rede social Pinterest, para serem aplicadas em salas de aula no Dia Nacional da Consciência Negra. As discussões foram fundamentadas por teorias sociais que versam sobre a Lei No 10.639, de 9 de janeiro de 2003, e sobre as questões raciais. O aporte teórico de análise foi a Semântica Enunciativa do Acontecimento, teoria semântica desenvolvida pelo Professor Eduardo Guimarães, a qual considera o estudo da enunciação como o lugar onde o sentido é historicamente construído na relação do sujeito com a língua, no acontecimento, e o texto é visto como uma unidade complexa de significação que integra enunciados, os quais apresentam no seu funcionamento uma consistência interna e uma dependência relativa, que os fazem significar. Os resultados da análise demonstram que as atividades publicadas na rede Pinterest são marcadas por estereótipos que significam as pessoas negras com os mesmos sentidos de séculos passados, legitimando a discriminação e a invisibilidade, frutos do racismo ainda vigente na sociedade brasileira.


2022 ◽  
Vol 17 ◽  
pp. 1-16
Author(s):  
Adriana Regina de Jesus Santos ◽  
João Fernando de Araújo ◽  
Martinho Gilson Cardoso Chingulo ◽  
Luiz Gustavo Tiroli ◽  
Bernadete Lema Mazzafera

O objetivo deste artigo é compreender como as questões étnico-raciais estão sendo trabalhadas no cotidiano escolar da Educação Básica, tendo como parâmetro dados obtidos em dissertações e teses da área da Educação. A metodologia utilizada possui como base a abordagem crítico dialética, com foco nas categorias conteúdo e forma, e como pressupostos os estudos de Cury (1985) e Gamboa (2012). As questões étnico-raciais são tratadas à luz dos postulados de Hall (1990), Quijano (2005), Silva (2000) e Nájera (2018). Os resultados revelam que as práticas pedagógicas desenvolvidas no cotidiano escolar e no âmbito dos cursos de formação continuada de professores necessitam ter como base teórico-metodológica a perspectiva intercultural, a qual possibilita buscar a constituição de uma postura de igualdade de tratamento que a modernidade prometeu por meio do contrato social e que, infelizmente, na sociedade contemporânea, ainda não se cumpriu efetivamente.


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