Biodiversidade Brasileira - BioBrasil
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(FIVE YEARS 1)

Published By Instituto Chico Mendes De Conservacao Da Biodiversidade - Icbbio

2236-2886

2021 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
Author(s):  
Ricardo Gonzales Rocha Souza ◽  
Katia Torres Ribeiro

 As unidades de conservação (UCs), além da conservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, proporcionam significativa conexão das pessoas com a natureza, com inúmeros benefícios de caráter social, cultural, espiritual e para a saúde física e mental. O uso público nas UCs promove ampla gama de desafios, que se agudizam no caso da acessibilidade e inclusão das pessoas com alguma deficiência, que correspondem a quase ¼ da população brasileira, ou 6,7% com deficiência mais severa. Trazemos um diagnóstico sobre acessibilidade em parques e florestas nacionais do Brasil, categorias cujos objetivos de gestão ressaltam o uso público e que contam, na esfera federal, com dados recentes sobre condições para o turismo. Foram obtidas 70 respostas aos questionários enviados a equipes de 140 UCs, e foram entrevistados 19 usuários com demandas de acessibilidade. Os resultados foram comparados com os dados de condições para a visitação perante o rol de oportunidades de uso público. A existência de iniciativas tem relação direta com o número total de visitantes, bem como com o grau de implementação do uso público. Alguma iniciativa de acessibilidade foi reportada por 36% das UCs com respostas, sendo muitas vezes derivadas de demanda local, nem sempre previstas em plano de manejo ou uso público. Foram informadas experiências bem-sucedidas que mostram ampla gama de possibilidades e alternativas práticas e viáveis para viabilizar a acessibilidade, e mesmo com as dificuldades atuais, os usuários valorizaram as visitas realizadas. Com ações avulsas e relacionadas a atitudes mais pessoais, ficou clara a premência de institucionalização do tema nos órgãos gestores das UCs, promovendo diretrizes e fomento específico. 


2021 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
Author(s):  
Luciana Gallo ◽  
Marcela Uhart ◽  
Alice Pereira ◽  
Patricia Pereira Serafini

 A presença de resíduos antropogênicos em águas oceânicas e sua ingestão por aves marinhas tem sido alvo de um crescente número de estudos. Os Procellariiformes são particularmente suscetíveis à ingestão de plástico, uma vez que se alimentam preferencialmente de pequenas presas na superfície da água, onde os plásticos tendem a flutuar e se acumular. Após revisão bibliográfica e aplicação prática de técnicas em campo e laboratório, apresentamos um protocolo padronizado de amostragem para a avaliação da ingestão de plásticos por Procellariiformes que inclui recomendações para opções de tipos e fontes de amostras, além de adaptações à coleta para atender a diversos objetivos de pesquisa. As amostras podem ser coletadas de animais mortos oriundos da captura incidental em atividades de pesca; encalhes de praia; aves mortas nas colônias ou centros de reabilitação; animais vivos em colônias ou centros de reabilitação; ou amostragem não invasiva por meio das fezes, bolos alimentares e ovos não eclodidos. Além disso, sugerimos tipos de análises possíveis, materiais necessários e rotinas de limpeza para evitar a contaminação durante a coleta e processamento. O uso de protocolos padronizados aumenta a consistência, comparabilidade e a reprodutibilidade, permitindo comparações entre estudos em escalas temporais e espaciais diferenciadas. 


2021 ◽  
Vol 11 (3) ◽  
Author(s):  
Inês Ribeiro Machado ◽  
Keila Rêgo Mendes ◽  
Maria Kellen Da Silva Moço Tavares ◽  
Anália Arêdes ◽  
Homero De Giorge Cerqueira
Keyword(s):  

 Carapanaúba (Aspidosperma nitidum) é uma árvore com até 25m de altura e 40 a 60cm de diâmetro, reta e com tronco estriado. É uma planta muito resistente, bastante fácil de se trabalhar, utilizada principalmente para fabricar cabos e ferramentas. Além do uso dessa espécie na indústria madeireira, essa planta possui muitas propriedades medicinais. Entre as propriedades farmacológicas estão as atividades antinociceptivas, anti-inflamatórias, antimicrobianas, antioxidantes, atividade inibitória da acetilcolinesterase, gastroprotetiva, antitumoral e antimalárica. Os metabólitos responsáveis pela atividade antinociceptiva não foram encontrados na literatura investigada. Para atividade anti-inflamatória foram encontradas possíveis atividades dos compostos lupeol, sistoterol e estigmasterol. Para atividade antimicrobiana, os alcalóides, esteróides, triterpenos e pentacíclicos podem estar envolvidos no processo. Os alcalóides podem estar relacionados à atividade antioxidante. Em relação à atividade inibitória da acetilcolinesterase, o éster carbonílico talvez possa ser responsável por tal atividade. Para atividade gastroprotetora e antitumoral, os alcalóides também foram encontrados na literatura como possível envolvidos no processo. Quanto à atividade antimalárica, não foram encontradas as substâncias responsáveis pela atividade citada. O presente trabalho revisou as propriedades etnobotânicas e farmacológicas de Aspidosperma nitidum.   


2021 ◽  
Vol 11 (4) ◽  
pp. 12-20
Author(s):  
José Albuquerque ◽  
Jessivaldo Rodrigues Galvão ◽  
Maria Helena Moraes ◽  
Mateus Augusto de Carvalho Santana ◽  
Leonardo de Almeida Oliveira ◽  
...  

Com vistas ao planejamento agrícola sustentável, foi determinada a erosividade das chuvas do município de Castanhal, localizado na região nordeste do estado do Pará. Foi utilizada uma série contínua de 39 anos de registros pluviométricos para cálculo dos coeficientes de chuva, os quais foram utilizados na determinação da erosividade das chuvas através de equação ajustada com as condições pluviométricas de Belém, com disponibilidade de dados pluviográficos, com semelhança climática e distribuição de chuvas verificada através de análise de correlação (r = 0,97). A erosividade média anual para a localidade estudada foi estimada em 22001 MJmm.ha-1.h-1.ano-1, com probabilidade de retorno de 49,6% a cada 2,02 anos. Os valores de retorno para os períodos de 5, 10, 20, 50 e 100 anos foram 24162, 25908, 27601, 29782 e 31406 MJmm.ha-1.h-1.ano-1, respectivamente. 


2021 ◽  
Vol 11 (4) ◽  
pp. 98-108
Author(s):  
Tiago Bentes Mandú ◽  
Ana Lucia Da Silva Nascimento ◽  
William Duarte Jacondino ◽  
Ana Carla Dos Santos Gomes

Ondas de calor têm sido mais recorrentes mediante um cenário de aquecimento global. As temperaturas extremas resultam no desconforto térmico humano por calor, o que pode causar e potencializar comorbidades e levar ao óbito em casos extremos. Avaliou-se neste estudo a ocorrência de ondas de calor e sua relação com o desconforto térmico humano na região da Floresta Nacional do Tapajós, localizada no estado do Pará, Brasil. Os dados foram obtidos a partir da estação meteorológica convencional do Instituto Nacional de Meteorologia, durante o período de 1971 a 2019. O conforto térmico humano foi estimado utilizando o Índice de Desconforto de Thom, que é uma metodologia empírica capaz de representar o ambiente térmico por meio de dados de temperatura máxima e umidade relativa do ar, enquanto que as ondas de calor foram identificadas a partir do índice CTX90pct. Os resultados indicam que há um aumento no desconforto térmico humano; com maiores índices de desconforto na estação menos chuvosa e potencializadas em períodos de seca na região. O Índice de Desconforto mostrou que, na presença de ondas de calor, o desconforto térmico sentido pela população aumenta em cerca de 40%. Os resultados também evidenciam que as ondas de calor potencializam os níveis de desconforto, que podem causar efeitos na saúde pública e atividades socioeconômicas da região. 


2021 ◽  
Vol 11 (4) ◽  
pp. 72-83
Author(s):  
Aledilson Oliveira dos Reis ◽  
Gabriel Brito Costa ◽  
Mayara Barbosa Lima ◽  
Marcelo De Almeida Heidemann ◽  
Duany Thainara Corrêa da Silva ◽  
...  

As especificidades dos padrões sazonais de CO2 e H2O atmosférico e suas relações com variáveis meteorológicas em distintas áreas de floresta na Amazônia são um conhecimento extremamente necessário para se construir as bases de protocolos de mitigação às mudanças climáticas, dada a importância da Amazônia na regulação do clima regional e global. Com base nisso, este estudo se propõe a comparar a interação Biosfera-Atmosfera em duas fisionomias distintas de floresta: A FLONA do Tapajós (K67), no Pará, e o Sítio Javaés, localizado no Parque Estadual do Cantão (Ilha do Bananal, Tocantins). Foram analisados os diferentes regimes hídricos, médias horárias e mensais de temperatura e umidade relativa do ar, fluxo de emissão de CO2 pela vegetação e médias horárias e sazonais de concentração de H2O e CO2, bem como os padrões horários e sazonais do fluxo turbulento de CO2. Os resultados indicam que o balanço de carbono nos sítios possui grande diferença, onde o sítio do K67 se mostra em equilíbrio em relação as emissões para a atmosfera, podendo atuar como pequena fonte ou sumidouro de CO2 dependendo dos controles energéticos e pluviais do local, enquanto o sítio do Bananal indica um considerável sumidor de CO2 ao longo do ano, tendo suas interações com a atmosfera controlados muito mais pelo ciclo de inundação do sítio. 


2021 ◽  
Vol 11 (4) ◽  
pp. 84-97
Author(s):  
WALDEIR DOS SANTOS PEREIRA ◽  
GABRIEL BRITO COSTA ◽  
DUANY THAINARA CORREA DA SILVA ◽  
LETÍCIA VICTORIA DOS SANTOS MATIAS ◽  
ANA CAROLINE DA SILVA MACAMBIRA ◽  
...  

O objetivo deste trabalho foi analisar os impactos das secas ocorridas nos anos de 2005, 2010 e 2015, na região Amazônica, quanto a fatores ambientais (temperatura do ar, umidade relativa, risco de incêndios florestais) e socioeconômicos (consumo de energia elétrica). Foram analisados dados de temperatura e umidade relativa do ar de 41 estações meteorológicas de um período de 38 anos estimando os riscos de incêndios florestais (pela Fórmula de Monte Alegre), e dados estaduais de consumo de energia elétrica, distintos por tipo de consumo (residencial, industrial, comercial ou rural) e média anual registrada. Os resultados mostraram que as secas em análise, embora tenham gêneses diferentes (2005 devido às anomalias no atlântico, 2010 e 2015 devido aos fortes El Niños), tiveram fortes impactos ambientais (médias diárias de temperatura do ar acima de 32°C, valores de umidade relativa do ar próximos de 20%, fator de risco de ocorrência de incêndios florestais muito alto) e socioeconômicos (aumento no consumo de energia elétrica em até 200GWh nos anos de seca, principalmente no modo residencial), indicando que anos com previsão de ocorrência de secas severas como os estudados neste trabalho precisam do preparo do poder público quanto aos efeitos da elevação das temperaturas e do consumo energético, necessitando medidas profiláticas quanto aos impactos negativos gerados. 


2021 ◽  
Vol 11 (4) ◽  
pp. 21-45
Author(s):  
Cezar Neubert Gonçalves
Keyword(s):  

O rio Santo Antônio é um afluente da margem esquerda do rio Paraguaçu, e forma, em seu baixo curso, a área alagada chamada Marimbus. Há relatos de que a vazão desse rio estaria sendo reduzida. Neste trabalho, realizou-se uma análise qualiquantitativa da variação da vazão (DQ) no rio Santo Antônio ao longo de 57 anos e oito meses, com dados de uma estação fluviométrica em Andaraí. Os dados foram sistematizados e analisados com correlações de Pearson (α = 0,05), comparando-as com a variação na pluviometria (DP) em uma estação meteorológica da sub-bacia do rio Santo Antônio. Os valores de DQ entre 1950 e 1970 apresentaram amplitudes que foram de -0,8036 a 4,8386, com 57,92% dos registros DQ < 0. Entre 1971 até 2018, DQ variou de -0,9591 a 2,5644, com 74,31% dos registros DQ < 0. A comparação DQ e DP entre 1950 e 2018 mostrou-se estatisticamente significativa (r = 0,341; R² = 0,1163; p = 0,0116). Dados bibliográficos mostraram um aumento da área ocupada por culturas que utilizam intensamente água do rio, como banana (Musa sp). A revisão da bibliografia publicada sobre o Marimbus mostra cinco trabalhos botânicos na região, além de dez espécies, como Moenkhausia diamantina Benine et al., 2007; Parotocinclus adamanteus Pereira et al. (2019) e Astyanax lorien Zanata et al. (2018), por exemplo, e uma subfamília de peixes (Copionodontinae), endêmicas da região e áreas vizinhas. A fauna local é diferenciada em relação ao que existe nas regiões circunvizinhas. Desta forma, é necessário que a captação de água do rio Santo Antônio seja gerenciada de modo a evitar que a vazão deste curso d’água continue a diminuir. 


2021 ◽  
Vol 11 (4) ◽  
pp. 4-11
Author(s):  
Karol Buuron Silva ◽  
Lia Rejane Silveira Reiniger ◽  
Caetano Miguel Lemos Serrote ◽  
Silvia Machado dos Santos Rabaiolli ◽  
Valdir Marcos Stefenon ◽  
...  

No presente estudo foram usados marcadores microssatélites para estimar a variabilidade genética em três fragmentos naturais de Luehea divaricata Mart. & Zucc. localizados em municípios do estado do Rio Grande do Sul no bioma Mata Atlântica, visando identificar seu potencial para coletas de germoplasma para uso em programas de reabilitação de áreas degradadas. Com auxílio do software GenAlEx v. 6.5, foram estimados parâmetros da variabilidade genética e sua partição entre e dentro dos fragmentos analisados. Foi observada uma maior variabilidade genética dentro dos fragmentos (77%), o que é esperado para espécies cuja reprodução é predominantemente por cruzamentos e estimado um fluxo gênico superior a 1 (Nm= 3,853), o que é suficiente para homogeneizar as frequências alélicas e tornar os fragmentos similares geneticamente. Em decorrência do elevado fluxo gênico entre os fragmentos, o índice de estruturação genética foi baixo (FST = 0,072), o que os torna menos suscetíveis aos efeitos adversos da fragmentação. Dessa forma, constatamos que há variabilidade genética nos fragmentos de L. divaricata estudados, informação relevante para o planejamento de programas de recuperação de áreas degradadas, em cujas coletas de germoplasma deverá ser priorizado o número de indivíduos por fragmento. 


2021 ◽  
Vol 11 (4) ◽  
pp. 121-133
Author(s):  
Mauro Gomes ◽  
Darcy Santos ◽  
Luiz Travassos ◽  
Úrsula Ruchkys
Keyword(s):  

Os primeiros trabalhos relacionados ao monitoramento climático de cavernas no Brasil são da década de 1960 e foram caracterizados pela baixa densidade amostral (períodos inferiores a um ano) e medições isoladas de temperatura e umidade em cavernas abertas à visitação turística. As pesquisas mais recentes passaram a incorporar novos métodos e tecnologias, como, por exemplo, o uso de registradores automáticos de dados. O Projeto Monitoramento Microclimático de Grutas Turísticas em Minas Gerais pretende realizar um monitoramento de longa duração, previsto para 6 anos, e o presente manuscrito apresentou os resultados da primeira fase do projeto, compreendendo o monitoramento realizado entre os anos de 2017 e 2019 em sete cavernas do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu. Para esta análise, foram instalados, no interior e próximo à entrada das cavernas, 41 medidores automatizados, que registraram e armazenaram dados de temperatura e umidade a cada 10 minutos. Os resultados mostram que a caverna Lapa Bonita apresenta a menor temperatura média (20,79°C) e a Lapa dos Desenhos a maior temperatura média (24,07°C). Em relação à umidade relativa do ar, a Lapa dos Desenhos apresenta os menores valores, com média de 62,56% e a Lapa Bonita os maiores, com média de 85,28% entre todas as cavernas avaliadas e para o período estudado. Os resultados da pesquisa também indicam que, dentre todas as cavernas avaliadas, a Lapa Bonita é aquela que apresenta as menores variações desses parâmetros, com desvio padrão de 0,54 para a temperatura e 9,96 para umidade. O conhecimento das características microclimáticas de cada caverna obtido com os dados do monitoramento pode auxiliar a gestão do parque nacional na adoção de novos limites em relação à capacidade de carga atualmente estabelecida para cada um desses atrativos. 


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