Revista Brasileira de Hipertensão
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Published By Atha Mais Editora Ltda

1519-7522

2121 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 48-53
Author(s):  
Vinicius Nasse ◽  
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Daniel Catto De Marchi ◽  
Fernanda R Bezerra de Oliveira ◽  
Valéria Machado ◽  
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Keyword(s):  

Caso clínico de VNS, 23 anos, sexo feminino, branca, solteira, estudante, natural e procedente de São Paulo-SP com queixa de “pressão alta” há 4 anos. A paciente foi encaminhada para consulta ambulatorial após ter sido atendida em pronto-socorro (PS) com cefaleia, tonturas e pressão arterial (PA) 210x110 mm Hg e medicada com losartana 50 mg a cada 12 horas e hidroclorotiazida 25 mg ao dia. Na avaliação ambulatorial relatava episódios prévios de cefaleia holocraniana de forte intensidade, latejante, de início gradual há 4 anos com piora há 2 anos, que a levava ao pronto-socorro (PS) com muita frequência. Além disso, referia aumento de peso e fraqueza generalizada. Ao exame físico apresentava-se com níveis elevados da PA 160x100 mm Hg em uso das medicações prescritas no PS, obesidade grau III (IMC 41), adiposidade localizada (giba), acantose nigricans e estrias violáceas abdominais. Foi diagnosticada a doença de Cushing associada à hipertensão arterial não controlada, realizados ajustes dos agentes anti-hipertensivos (associado anlodipino 5 mg a cada 12 horas) e solicitados exames laboratoriais. A monitorização ambulatorial da PA (MAPA) de 24 horas caracterizou a hipertensão resistente, as dosagens de cortisol (cortisol salivar = 8h:172; após 23h:280, supressão com dexametasona =<2,5) e a ressonância nuclear magnética evidenciou um macroadenoma da hipófise confirmando o diagnóstico da doença de Cushing com base nos achados do exame físico, laboratorial e de imagem. A paciente foi tratada clinicamente com cetoconazol via oral sem sucesso e após isso submetida a ressecção transesfenoidal do macroadenoma de hipófise. Após o tratamento cirúrgico, houve perda de peso e resolução da hipertensão confirmada pelas medidas ambulatoriais de consultório e pela MAPA.


2121 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 39-43
Author(s):  
Renan Santiago Faria ◽  
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Bianca Moreira de Aquino ◽  
Astria Mariana Brito de Souza ◽  
Fernanda Caroline Silva ◽  
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Objetivo: Relatar o caso de uma paciente jovem portadora de Hipertensão Arterial Secundária à estenose da artéria renal, que evoluiu com perda renal em decorrência de necessidade de nefrectomia unilateral, enfatizado a importância do diagnóstico e da abordagem adequada desta patologia para o controle da pressão arterial e preservação da função renal. Método: Os dados foram obtidos através de entrevista com a paciente, análise de prontuário, laudos de técnicas diagnósticas, as quais a paciente foi submetida, entre julho e novembro de 2019, durante as consultas médicas e revisão bibliográfica. Conclusão: A nefrectomia unilateral mostrou-se eficaz no controle da hipertensão arterial, na melhora do desempenho renal, possibilitando a melhoria na qualidade de vida do indivíduo afetado.


2121 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 35-38
Author(s):  
Lucélia Batista Cunha Magalhães ◽  
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Magno Conceição das Mercês ◽  
Rodrigo Fernandes Weyll Pimentel ◽  
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Pressão Central, como o nome indica, é uma medida hemodinâmica semelhante a pressão arterial convencional porém avaliada de forma indireta por equipamento especifico, que avalia estes parâmetros na saída do sangue na raiz da aorta. Esta medida tem uma maior confiabilidade pois prediz de forma mais acurada os riscos de adoecimento e morte cardiovascular. Isto ocorre, pois a a onda de pulso (OP) ao percorrer os trajetos arteriais sofrem ampliações e importantes modificações no seu contorno deformando o valor original. Embora seja mais precisa em valores, ainda não é usado de rotina na pratica clinica por razoes de custos dos seus equipamentos e provavelmente por exigir habilidades maiores que as medidas captadas pelo equipamentos de mensuração periférica.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 17-13
Author(s):  
Fábio Henrique Reis Rodrigues ◽  
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Letícia Scarlet Berto Santos ◽  
Lucélia Batista Neves Cunha Magalhães ◽  
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Keyword(s):  

Introdução: O diabetes mellitus é uma doença de alta prevalência, tanto em países em desenvolvimento quanto nos países desenvolvidos tendo como um dos seus principais fatores risco a hipertensão arterial e como uma de suas complicações vasculares o desenvolvimento do pé diabético. Objetivo: Realizar uma comparação entre a prevalência do pé diabético entre indivíduos diabéticos normotensos e indivíduos diabéticos hipertensos para definir se a hipertensão atua como fator agravador dessa complicação. Método: Estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, com dados retirados do departamento de informática do sistema único de saúde (DATASUS), através do TABNET pelo programa HIPERDIA, que acompanha indivíduos hipertensos e/ou diabéticos. O período analisado foi janeiro de 2002 até janeiro de 2012, totalizando 10 anos de análise. Os dados referentes às variáveis “diabetes tipo 01” e “diabetes tipo 02” foram somadas, formando o grupo de indivíduos diabéticos normotensos. E os dados referentes à variável “hipertensão com diabetes” formou o grupo de indivíduos diabéticos hipertensos. Desses grupos, foi selecionado os indivíduos com pé diabéticos e esses dados foram sumarizados, a partir de cálculos de proporção, agrupados no Excel® e foi aplicado o teste exato de Fisher. Resultados: A proporção do pé diabético em indivíduos diabéticos normotensos foi de 3,14%, já em indivíduos diabéticos hipertensos foi de 4,38%, sendo seus dados estatisticamente significante (OR: 1,43; IC 95%, 1,34-1,51; p <0,001). O perfil epidemiológico de diabéticos normotensos tem maior prevalência no sexo masculino, em 50-54 anos, 24,05% tabagistas e 30,41% com sobrepeso. Os diabéticos hipertensos apresentam maior prevalência no sexo feminino, em 60-64 anos, 30,48% tabagistas e 46,51% com sobrepeso. Conclusão: Conclui-se que a hipertensão arterial atua como um significante fator agravador para o desenvolvimento do pé diabético. Sendo assim, diante da escassez de estudos, o presente trabalho mostra-se relevante, servindo como base na compreensão dos aspectos epidemiológicos acerca da relação entre diabetes e hipertensão.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 14-19
Author(s):  
Fernando Focaccia Póvoa ◽  
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Dilma de Souza ◽  
Rui Póvoa ◽  
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A hipertensão arterial resistente (HAR) é definida quando, apesar do tratamento com pelo menos três medicações anti- -hipertensivas (incluindo um diurético) de diferentes classes a meta pressórica não é alcançada. Nesta sequência de fármacos, por muitos anos se utilizou empiricamente ou baseado em pequenos estudos, a espironolactona. Os estudos Pathway 2 e 3 vieram para corroborar a importância deste quarto fármaco, a espironolactona, como o mais eficaz em termos de potencia anti-hipertensiva, como também explicar os aspectos fisiopatológicos que levam o hipertenso a ficar resistente. Nesta revisão e análise crítica dos fármacos anti-hipertensivos na HAR destacamos os principais mecanismos envolvidos no não controle da pressão e as estratégias para um melhor controle pressórico.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 20-26
Author(s):  
Dilma do Socorro Moraes de Souza ◽  
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Rodrigo Souza ◽  
Denise Maria Pastana Sampaio ◽  
Bruna Livia das Neves Cerqueira ◽  
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A interação dos bloqueadores do sistema renina angiotensina com o SARS-CoV-2 permanece obscura. Os inibidores do sistema renina angiotensina aldosterona (IECAs) e os bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina 2 (BRAs) são fármacos com evidências robustas para terapia farmacológica de pacientes portadores, principalmente de hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, além de outras comorbidades cardiovasculares. Os pacientes que se beneficiam desta terapêutica são considerados grupos de risco para má evolução desta virose e não há na literatura um consenso a respeito desta questão, em vista do vírus utilizar a expressão da ECA2 para penetração no ser humano. Apesar destas considerações fisiopatológicas da biologia do vírus, as principais diretrizes recomendam não suspender a terapia dos pacientes em uso dos bloqueadores do sistema renina angiotensina aldosterona no curso da infecção com o COVID-19. Aditivamente, o estudo BRACE-CORONA trouxe evidências mais consistentes para não suspensão desses fármacos.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 44-47
Author(s):  
Antônio Carlos de Souza Spinelli ◽  
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Rui Manuel dos Santos Póvoa ◽  
Julizar Dantas ◽  
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A maioria dos pacientes com hipertensão arterial (HA) não tem etiologia clara e é classificada como hipertensão primária. No entanto, 5% a 10% desses pacientes podem ter hipertensão secundária, o que indica presença de uma causa subjacente e potencialmente reversível. Em adultos com 65 anos ou mais, estenose da artéria renal aterosclerótica, insuficiência renal e hipotireoidismo são causas comuns. A hipertensão secundária deve ser considerada na presença de sintomas e sinais sugestivos, como hipertensão grave ou resistente, idade de início inferior a 30 anos (especialmente antes da puberdade), hipertensão maligna ou acelerada e aumento agudo da pressão arterial a partir de leituras previamente estáveis. Outras causas subjacentes da hipertensão secundária incluem hiperaldosteronismo, apneia obstrutiva do sono, feocromocitoma, síndrome de Cushing, doença da tireoide, coarctação da aorta e uso de certos medicamentos. A hipertensão arterial resistente (HAR) é definida quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três anti-hipertensivos de diferentes classes, incluindo um bloqueador do sistema renina- angiotensina (inibidor da enzima conversora da angiotensina [IECA] ou bloqueador do receptor de angiotensina [BRA]), um bloqueador dos canais de cálcio (BCC) de ação prolongada e um diurético tiazídico (DT) de longa ação em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão. Hipertensão arterial acompanhada de supressão da atividade da renina plasmática (ARP) e aumento da excreção de aldosterona caracteriza a síndrome de aldosteronismo primário. Esse quadro foi descrito, pela primeira vez em 1955 por Conn, em um paciente hipertenso grave hipocalêmico e com secreção elevada de aldosterona, que submetido à adrenalectomia direita resultou em cura da HA.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 27-34
Author(s):  
Anderson Wilnes Wilnes Simas Pereira ◽  
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Beatriz Castello Branco Miranda ◽  
Bruno Wilnes Simas Pereira ◽  
Raphael Eltink Trad Coutinho ◽  
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A insuficiência cardíaca (IC) permanece como uma das maiores causas de hospitalização e mortalidade dentre todas as doenças, sendo a hipertensão arterial um dos mais importantes fatores de risco para o seu desenvolvimento. Em virtude da relevância e prevalência dessa doença, um número recorde de estudos comparativos, além de novas classes terapêuticas, tem sido desenvolvido nos últimos anos para garantir ao médico maior flexibilidade no tratamento do seu paciente, com a finalidade de frear a progressão do remodelamento ventricular e reduzir a internação hospitalar, bem como os desfechos cardiovasculares. Nesse intuito, o presente artigo avalia diversas meta-análises recentemente publicadas, as quais comparam IECAs aos BRAs e indicam um melhor prognóstico associado aos IECAs na redução de mortalidade total e cardiovascular, provavelmente devido ao efeito adjuvante da bradicinina como cardioprotetor. No entanto, os BRAs ganharam novo destaque a partir de sua associação ao sacubitril, reduzindo eventos cardiovasculares como reinternação por IC e morte cardíaca quando comparados a um IECA. Este artigo de revisão busca realizar uma análise crítica todas as classes de anti-hipertensivos com função na IC, com base na evidência científica mais recente, discorrendo sobre seus mecanismos de proteção cardiovascular e de seus resultados na redução da morbimortalidade cardíaca.


2020 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 30-33
Author(s):  
Daniel S.S. Mello ◽  
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Julia S. Gomes ◽  
Audes D. M. Feitosa ◽  
José R. Matos-Souza ◽  
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A hipertensão arterial resistente (HAR) é definida como a ausência de controle pressórico nas medidas de pressão arterial (PA) de consultório a despeito do uso de três ou mais anti-hipertensivos em doses adequadas, incluindo-se preferencialmente um diurético, ou o controle pressórico atingido às custas do uso de quatro ou mais medicamentos. O uso de espironolactona, um antagonista dos receptores de aldosterona, como quarto fármaco no tratamento da HAR é indicado pelas principais diretrizes sobre o assunto, e tem a sua eficácia comprovada em ensaios clínicos e meta análises. Um estudo comparou o uso de clonidina, um agonista adrenérgico alfa-2, como quarto fármaco para tratamento da HAR em comparação com a espironolactona. Embora o desfecho primário (taxa de controle da PA no consultório ou na medida ambulatorial da PA) tenha sido similar com as duas medicações, a espironolactona mostrou maior redução na PA de 24h quando comparada à clonidina. Neste contexto, a clonidina pode ser uma alternativa à espironolactona, particularmente em grupos específicos de pacientes que tenham contraindicação ao uso de espironolactona, como os que apresentam hipercalemia ou doença renal crônica pré dialítica.


2020 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 25-29
Author(s):  
Celso Amodeo ◽  
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Flávio Antonio de Oliveira Borelli ◽  
Oswaldo Passarelli Jr ◽  
Rui Manuel dos Santos Póvoa ◽  
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Estenoses da artéria renal (EAS) é um estreitamento ou bloqueio de uma artéria para os rins. Pode causar insuficiência renal e pressão alta. Fumantes e ex-fumantes têm maior risco de contrair RAS. Os homens são afetados com essa condição duas vezes mais que as mulheres. É mais comum nas idades de 50 e 70. Colesterol alto, diabetes, excesso de peso e histórico familiar de doenças cardíacas também são fatores de risco para RAS. A pressão alta é uma causa e resultado do RAS. A causa mais comum de bloqueio da artéria renal é a arteriosclerose (espessamento e endurecimento das paredes da artéria) com acúmulo de colesterol e placa. Isso é semelhante ao que é visto nas artérias coronárias do coração, nas artérias carótidas, no cérebro e nos vasos das pernas. Apresentamos um caso de doença vascular renal em um homem diabético e ex-fumante e é apresentada uma atualização sobre a doença.


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