Engenharia no século XIX: formação e profissionalização

A engenharia no século XIX adquiriu notoriedade através da necessidade de realização de obras de melhorias no País que se mostravam relevantes para a construção de uma nação moderna. O texto apresenta como se deu a formação e regulamentação da profissão de engenheiro para atender as necessidades da época, desde a criação das Aulas de Fortificações, ainda no século XVII, até a criação do curso de Engenharia na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Também apresenta como, após formado, o engenheiro ingressava nas atividades profissionais.

A memória e o espaço aberto: dinâmicas sensíveis no desenho dos espaços musealizados

Este trabalho objetiva-se em defender a ideia de que espaços abertos são fonte de expectativas sensíveis, se desenvolve a partir de conceitos que envolvem memória e o processo de musealização dos espaços, colocando estes como objeto principal para difusão e aproximação de público para questões sociais, destacando a sensibilidade impressa nos espaços.

O desenho na formação em Engenharia Civil e Engenharia de Alimentos na UEFS- Bahia

O presente artigo resulta de um relato de experiência acerca da relevância de se estudar e ensinar Desenho nos cursos de Engenharia Civil e de Engenharia de Alimentos na Universidade Estadual de Feira de Santana. Revela o caminho que o desenho percorre nesses diferentes cursos e discute como a prática e as atividades ligadas ao desenho podem contribuir para a formação dos futuros engenheiros. Destacamos a dinâmica de ensino de desenho, bem como algumas dificuldades encontradas pelos professores que lecionam as disciplinas nos referidos cursos. Pontuamos ainda a relevância e as contribuições do Desenho Técnico dentro da Universidade.

Igreja dos Remédios de Feira de Santana - mosaico e patrimônio: relato de experiência da oficina da jornada virtual da UEFS

Este relato objetiva apresentar uma atividade desenvolvida na Jornada Virtual da Universidade de Feira de Santana, Bahia. Foi realizada uma oficina intitulada Igreja dos Remédios de Feira de Santana – Mosaico e Patrimônio, aberta para toda a comunidade. A oficina proporcionou disseminação do conhecimento sobre os embrechados da torre sineira da Capela Nossa Senhora dos Remédios, além de reflexões sobre a preservação deste ornamento, patrimônio que remete aos mosaicos, com formas padronizadas, geométricas e harmônicas. Ainda, a oficina promoveu uma vivência de produção artística do mosaico picassiette, reutilizando louças quebradas.

Neuroarquitetura e psicologia das cores: sensações e psicodinâmica no design de interiores

O artigo trata da neuroarquitetura integrada à psicologia das cores enquanto canalizadores de sensações positivas e fatores de natureza mental e emocional que influenciam diretamente o comportamento humano a partir do design do ambiente no qual o indivíduo e seus recursos visuais. O estudo tem como como objetivo apresentar o conceito de neuroarquitetura associado à psicologia das cores como impulsionadores de sensações conscientes e inconscientes, dentro da psicodinâmica do design de interiores no ser humano. Nesse contexto, acredita-se que a neuroarquitetura é mais que técnica e estética puramente, pois ela estimula a criação de espaços inteligentes, que possam gerar conforto e bem-estar dentro dos movimentos realizados ali. Para alcançar tais conclusões o método utilizado foi a revisão bibliográfica, embasada em pesquisas e consultas que tomaram como base relevantes artigos e livros da área, alem de informações coletadas da Academia de Neurociência para Arquitetura (ANFA), localizada em San Diego.

A importância da monitoria na disciplina de sistema geométrico de representação

A monitoria desenvolve autonomia e contribui de maneira contundente no processo de formação acadêmica e profissional. Neste artigo, relata-se a experiência de duas alunas-monitoras e respectiva atuação na disciplina de Sistema Geométrico de Representação que faz parte do primeiro semestre do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual de Feira de Santana, sob a orientação da professora. Compreende-se que esta disciplina fornece subsídios para outras áreas que compõem a grade curricular do curso e que a monitoria é vista como um recurso pedagógico no processo de aprendizagem. O artigo se fundamenta na pesquisa descritiva e bibliográfica, buscando maior aproximação com a temática quanto ao seu significado, através de produções em livros, artigos e dissertações. Durante todo o período de monitoria, a qual se encontra em andamento, evidencia-se a relevância da experiência, pois além de proporcionar um crescimento pessoal e profissional, proporciona uma visão clara da realidade docente.

Construção de estereótipos do sertão nordestino: das mídias às tatuagens de Kbça, uma análise semiótica

A imagem do sertão nordestino foi construída ao longo dos anos, bem como, estereotipada, e um dos fatores que contribuiu para esse processo foi à mídia. O presente artigo tem como objetivo mostrar o processo da produção imagética do sertão nordestino para os brasileiros a partir dos discursos retratados pela mídia, e como todos esses fatores contribuíram para a criação de inúmeros estereótipos que refletem até hoje na representação do sertão nordestino. E no meio desse processo, temos o Kbça um artista nordestino – grafiteiro, tatuador e pintor – que apresenta em suas obras esse sertão imagético repleto de caricaturas estereotipadas, mas que carrega o orgulho do nordestino e dessas imagens que já foram instauradas e perpetuadas pela sociedade como a identidade do ser nordestino. E para compreender como a imagem do Nordeste é apresentada e manifestada nas tatuagens de Kbça, vale-se uma análise de imagem a partir da semiótica.

Analisando as seções planas a partir uma perspectiva da Geometria Projetiva: um caso de Homologia

Este trabalho trata de uma análise de seções planas a partir de uma perspectiva das transformações geométricas, mais precisamente da Geometria Projetiva, como um caso de Homologia. As transformações geométricas são operações aplicadas a um determinado elemento - Objeto - a fim de produzir um outro elemento – Imagem. Por meio de aportes teóricos, apresentaremos a Homologia e seus elementos. Vamos analisar algumas seções planas, destacando a presença dos elementos da Homologia no traçado para a obtenção de cada uma delas. Empreendemos uma pesquisa bibliográfica do tema abordado neste artigo para depois averiguar a Projetividade presente nas seções planas. Tomamos como base os trabalhos desenvolvidos por Soares (1962), Costa e Costa (1994) e Melo (1993), que discutem e apresentam a teoria projetiva e/ou o seu relacionamento com a Geometria Descritiva e a Perspectiva Cônica. Em tal análise, destacaremos a presença dos elementos da homologia para a defesa de que estas seções podem ser tomadas como um caso de Homologia. Com base na exposição das ideias e das análises realizadas, comprovamos a existência dos elementos da Homologia nos traçados de seções planas, ainda que omitidos ou com outra nomeação, e que são essenciais para a realização das representações gráficas de modo geral.

O desenho de arquitetura e sua evolução: estudo de casos na revista Acrópole

O artigo em questão, tem como tema central o desenho como meio de expressão e comunicação do arquiteto e como objeto de estudo os desenhos de arquitetura no campo das revistas especializadas, especificamente da revista Acrópole. O objetivo deste artigo é ensaiar uma metodologia para análise dos desenhos de projeto para traçar uma evolução do desenho de arquitetura, ao longo de um período específico, e, assim, fundamentar, em uma etapa seguinte, por meio da pesquisa da tese de doutorado, a identificação de possíveis formas de representação gráfica do desenho de arquitetura no futuro. Para tanto, analisamos, por meio do preenchimento de quadros (método a ser exposto ao longo do artigo), desenhos selecionados da revista em 16 momentos, entre o ano de 1945 e o ano de 1971, para desse modo, termos condições de fazer uma comparação entre eles. Após a análise dos quadros e reflexão sobre os resultados obtidos, foi possível observar que a representação dos desenhos de arquitetura se modificou, com o passar dos anos.

A geometria oculta das calçadas de Paris

Embora nem sempre percebida, a geometria está presente em todos os aspectos de nosso cotidiano, manifestando-se ora explicitamente, ora de maneira mais discreta, de modo que tenhamos que fazer um esforço para percebê-la. Procurando mostrar que sempre há algo onde aparentemente não há nada, este relato apresenta os resultados de uma pesquisa visual sobre as calçadas de Paris, salientando sua geometria casual, provavelmente pouco percebida pelos pedestres. Os resultados mostram que, apesar de sua aparentemente falta de expressividade, as calçadas da cidade “escondem” uma geometria própria e espontânea, fruto de intervenções feitas por anônimos operários que, involuntariamente, deixam suas marcas sobre os pavimentos, conferindo-lhes um aspecto peculiar sob o ponto de vista da geometria. A pesquisa dá seguimento às investigações que o autor vem desenvolvendo desde 2005 sobre o tema calçadas urbanas.