Estudos de Sociologia
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Published By UNESP - Universidade Estadual Paulista

1982-4718, 1414-0144

2021 ◽  
Vol 26 (51) ◽  
Author(s):  
Bruna Hausemer ◽  
Nayara de Amorim Salgado ◽  
Braulio Figueiredo Alves da Silva
Keyword(s):  

Esse artigo estuda o processo de transformação da região hipercentral de Belo Horizonte-MG à luz das principais teorias sociológicas que interpretam o fenômeno criminal a partir de seus componentes ambientais, examinando a evolução da criminalidade nesse espaço, através da análise da dinâmica criminal de roubos consumados no Hipercentro entre 1998 e 2015, englobando uma série histórica de dados que compreende um período antes, durante e após a realização do maior e mais recente programa do poder público municipal de requalificação urbanística direcionado à região: o Centro Vivo. Os apontamentos gerados mostram que os hotspots de roubos não se distribuem de forma homogênea por todo o território hipercentral, mas se concentram em determinadas regiões, e que, após as intervenções urbanísticas do Centro Vivo, sofreram atenuação, sem dispersão ou migração da criminalidade.


2021 ◽  
Vol 26 (51) ◽  
Author(s):  
Luiz Pereira

Abordando o problema do terrorismo religioso, este artigo propõe uma análise deste fenômeno a partir da relação entre política e religião. Usando como método o estudo de caso, o artigo tem como objetivo abordar o terrorismo islâmico, no contexto da laïcité francesa, a partir de uma perspectiva pós-secular. Argumenta-se que a separação entre política e religião no modelo francês, cujas raízes têm como base a tradição liberal moderna europeia, diferentemente da tradição islâmica, pode ser considerada como um fator que contribui para a perpetuação do terrorismo religioso (islâmico) no país. O autor propõe uma abordagem pós-secular e interdisciplinar das Relações Internacionais no estudo do terrorismo religioso.


2021 ◽  
Vol 26 (51) ◽  
Author(s):  
Marcelo Ennes ◽  
Natália Ramos

Este artigo apresenta resultados do projeto de pesquisa Processos identitários, imigração e cirurgias plásticas, desenvolvido entre 2013 e 2014 em Portugal e Espanha. O objetivo geral consistiu em entender a intenção e a prática de cirurgias plásticas e de outras modificações corporais no contexto migratório. Realizaram-se entrevistas em profundidade com imigrantes latino-americanos, asiáticos e africanos. Para analisar as entrevistas, tomamos por base bibliografia sobre interculturalismo, sociedade do consumo e cirurgias plásticas étnicas. Os resultados indicam que as interseções entre migrações, representações e modificações corporais são múltiplas e polissêmicas e não expressam apenas trajetórias de continuidade, mas também trajetórias de ruptura.


2021 ◽  
Vol 26 (51) ◽  
Author(s):  
José Wilson Assis Neves Júnior

O presente artigo visa analisar as fontes inéditas do Arquivo de Documentos do Serviço Nacional de Informações do Paraná provenientes do período de ditadura militar brasileira (1964-1985), disponíveis no Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade Estadual de Londrina (NDPH-UEL). As fontes são abordadas a partir da perspectiva do materialismo histórico dialético de matriz lukácsiana, atentando às relações que se estabelecem entre as condições materiais da realidade concreta e as configurações das perspectivas filosófico-ideológicas. Em um primeiro momento, debruça-se na investigação das diretrizes internas de atuação dos agentes que compunham a comunidade de informações. Em seguida, são elencadas as contradições inerentes ao processo de ações persecutórias no combate à subversão, apontando a conivência da comunidade de informações com setores da sociedade civil tendencialmente fascizantes. Evidencia-se o método de racionalização a partir de princípios doutrinários que marcaram as investigações do Serviço Nacional de Informações (SNI) no Paraná.


2021 ◽  
Vol 26 (51) ◽  
Author(s):  
Edson Farias ◽  
Moacir Carvalho

2021 ◽  
Vol 26 (51) ◽  
Author(s):  
Taylor de Aguiar
Keyword(s):  

Este texto discute a presença, entre juventudes evangélicas de Porto Alegre-RS, de um ideário eclesiológico conhecido como “cultura do Reino”, que se contrapõe ao que jovens participantes de diferentes denominações consideram um modelo negativo de “religiosidade”. Enfatiza-se como a noção de “Reino” constitui o ponto de partida de uma mudança de paradigma nas relações evangélicas juvenis com a cultura e o secular. Demonstra-se que o “Reino” impõe novos desafios teóricos às investigações sobre a presença evangélica no espaço público, demandando uma análise que leve em consideração as múltiplas escalas do que se entende nativamente por “Reino”, e que ambicione, simultaneamente, compreender o acionamento da categoria “religiosidade” a partir de um empreendimento descritivo das articulações do conceito. Adicionalmente, ainda se encontram no escopo deste artigo reflexões sobre o caráter geracional do movimento da “cultura do Reino”, buscando entendê-lo como uma manifestação associada a jovens evangélicos que vivem o “espírito do tempo” presente.


2021 ◽  
Vol 26 (51) ◽  
Author(s):  
James Washington Alves dos Santos
Keyword(s):  

O presente artigo tem como objeto de estudo a noção de amor e casamento cristãos. Isso se dá pelo diálogo da tradição judaico-cristã, inspirada em sua formação, pelos textos bíblicos. Desta forma, buscamos considerar os argumentos interculturais, para a partir de dentro, mostrar a sociogênese e a configuração das noções de amor, casamento e heteronormatividade do pentecostalismo brasileiro atual. Isso nos leva não apenas a delimitação do objeto e sua metodologia, mas a implicação de que este tema é de suma importância para o entendimento da realidade cultural brasileira, haja visto, a defesa, de um modelo específico de amor, casamento e família que fomenta debates. Após a descrição destas noções, segue a análise de problemas como a autoridade masculina, a indissolubilidade da união matrimonial e a prática da sexualidade em vista da reprodutividade, bem como as crises reais provenientes destes problemas e a tentativa de amenização, por meio da formação religiosa, via encontro de casais. Esta referida análise, tem como base as teorias de Norbert Elias (no referente a configuração social e a questão da sociogênese).


2021 ◽  
Vol 26 (51) ◽  
Author(s):  
Lucas Trindade da Silva
Keyword(s):  

Elemento básico da sociologia de Niklas Luhmann é a definição da modernidade pela primazia da diferenciação funcional, última forma de diferenciação social antecedida por segmentação, centro/periferia e estratificação. Numa sociedade mundial funcionalmente diferenciada, cada (sub) sistema realiza o seu encerramento autopoiético, fundamentado na comunicação, em códigos binários próprios e exclusivos. Tal concepção da diferenciação na sociedade moderna tende a um formalismo pouco produtivo quando se leva às últimas consequências a intransitividade operativa dos códigos binários, a oposição entre diferenciação e hierarquização, assim como a impossibilidade de pensar processos de indiferenciação. Contra tal rigidez formalista do conceito de diferenciação funcional em Luhmann, neste artigo defende-se que a enunciação clássica da autonomização das esferas sociais na Consideração Intermediária – na medida em que Weber a princípio pensa tal processo a partir das possíveis afinidades, tensões e mesmo colonizações entre as diferentes esferas – oferece uma heurística da (in)diferenciação potente e flexível para pensar a sociedade moderna e contemporânea, livrando-nos de um conjunto de impasses postos pelo conceito luhmanniano de diferenciação funcional.


2021 ◽  
Vol 26 (51) ◽  
Author(s):  
Adriana Gomes

O artigo propõe discutir a atuação da Federação Espírita Brasileira (FEB)através do seu periódico Reformador, diante de alguns processos criminais em que cidadãos espíritas se envolveram por adotarem práticas consideradas antissociais, anômicas e contra à saúde pública. Estes cidadãos passaram a ser inseridos pelas autoridades políticas, policiais e médicas no que juridicamente ficou denominado de charlatanismo e curandeirismo. No Código Penal de 1890, práticas espíritas foram criminalizadas no artigo 157 com a possibilidade de serem também enquadradas no artigo 156 e 158. Aos agentes sociais envolvidos nos processos criminais, sobretudo advogados e juízes, coube a tarefa de diferenciar conceitualmente o que era religioso e o que era magia. O que era crença e o que era exploração, num emaranhado de práticas e representações subjetivas do que se compreendia como sendo Espiritismo.


2021 ◽  
Vol 26 (51) ◽  
Author(s):  
Edson Farias ◽  
Moacir Carvalho

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