O processo de produção de carvão em Angola produz grandes danos para o meio ambiente e uma grande quantidade de resíduos. Dada esta situação e que cria um cenário desagradável, elaborou-se o objetivo de se produzir e avaliar briquetes a partir do pó de carvão, restos de folhas de repolho, caroços de milho e alguma serragem usado na comunidade de Canjonde, visando seu uso tecnológico como fonte energética. A serragem foi obtida a partir de uma pequena carpintaria na sede da comuna do Ussoque, do município do Londuimbali, que dista a 16 km de Canjonde. Foram avaliados de forma comparativa três tipos de briquetes produzidos a partir de resíduos: Briquete tipo 1. Produzidos a partir de pó de carvão, restos de folhas de repolho e caroços de milho. Briquete tipo 2. Produzidos a partir de pó de carvão, serradura e caroços de milho. Briquete tipo 3. Produzidos a partir de pó de carvão e caroços de milho. Os briquetes produzidos mostraram-se como uma nova fonte energética a ser utilizada, ajudando ainda mitigar os impactos causados pela exploração predatória das florestas nativas. Os principais resultados da experiencia comparativa da eficiência foram que O briquete tipo 1, produzido a partir de pó de carvão, restos de folhas de repolho e funge de farrelo de caroços de milho numa proporção (60%, 30% e 10%), foi o briquete que apresentou as melhores características estruturais, bem com outros briquetes produzidos com os mesmos componentes e distintas proporções como comparado com o resto de briquetes produzidos com outros componentes. O tempo empregado para a produção e muito parecido entre os três tipos de briquetes, sendo o briquete tipo 2, o mais rápido, seguido do briquete tipo 3, cuja dificuldade na mistura aumenta um bocado pelo que o tempo empregado e sensivelmente superior (apenas) e por ultimo o briquete tipo 3, que se aumenta o tempo já que previamente os resíduos agrícolas devem ser carbonizados.