Antíteses
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Published By Universidade Estadual De Londrina

1984-3356

Antíteses ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (27) ◽  
pp. 424
Author(s):  
João Paulo Rossatti ◽  
Raphaela Rezzieri

A História é uma ciência humana. Sendo assim, ela se equilibra sobre bases científicas (objetivas) e humanas (subjetivas). Para fazer ciência, dizem-nos, devemos conter as subjetividades que possam, por ventura, aparecer na produção textual, somente desse modo a ciência emergirá. Esse esquema aparece, de forma complexa, na história do tempo presente, mais próxima e, portanto, mais subjetiva. Isso quer dizer que a história do tempo presente é “frágil”? Isso quer dizer que a subjetividade é uma inimiga? Não! Absolutamente não! Aqui defendemos justamente o contrário: a manutenção das subjetividades para alcançar a verdade da história é essencial. Chamamos esse recurso de apegos apaixonados e, como intentamos demonstrar, esse resíduo subjetivista existe em todas as Histórias de todos os tempos.


Antíteses ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (27) ◽  
pp. 287
Author(s):  
José Manuel Damião Soares Rodrigues
Keyword(s):  

 Ao longo dos séculos, as sociedades humanas buscaram entender e explicar as manifestações violentas da natureza que se abatiam sobre elas sob as mais diversas formas (secas, chuvas intensas e tempestades, inundações, sismos, erupções, pragas, epidemias). Durante muito tempo, também, as explicações fornecidas estiveram integradas em cosmologias ou narrativas que correspondiam a tipos de crenças mágicas ou religiosas que, ao mesmo tempo que davam um sentido ao cosmos e procuravam aliviar a ansiedade das sociedades antigas face à sua vulnerabilidade, legitimavam uma determinada ordem política e social.Um dos tópicos que mais se evidencia na investigação conduzida neste âmbito é o das catástrofes naturais. Não se trata de pensar a história como catástrofe, como a entendia Walter Benjamin, mas de observar as catástrofes enquanto um “facto social total” (Marcel Mauss), na medida em que a sua ocorrência e os respectivos impactos afectam múltiplas dimensões das sociedades atingidas, revelando das mesmas aspectos que, em condições de normalidade, poderiam passar despercebidos.


Antíteses ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (27) ◽  
pp. 112
Author(s):  
Sandro Aramis Richter Gomes

Neste artigo desenvolve-se uma investigação sobre a composição social e o desempenho eleitoral de três partidos municipais que existiram no Estado do Paraná de 1905 a 1915. O objetivo deste trabalho é avançar na compreensão acerca da organização interna e da ação eleitoral das agremiações que combateram os partidos situacionistas durante a Primeira República. Primeiro, é destacado que o surgimento de agremiações municipais no Paraná evidenciou as dificuldades de os líderes da oposição estadual controlarem a ação política dos oposicionistas residentes em cidades do interior. Segundo, ressalta-se que uma parcela dos integrantes dos partidos municipais era egressa da agremiação governista. As agremiações locais funcionaram como refúgios para indivíduos que posteriormente foram absorvidos pelo grupo situacionista. Terceiro, cabe salientar que a curta duração dos partidos municipais evidenciou o insucesso do projeto das elites locais de contrabalançarem a força eleitoral da agremiação majoritária.


Antíteses ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (27) ◽  
pp. 237
Author(s):  
Damião Duque Farias

Este artigo aborda o conto “Viagem a Nápoles”, de Sérgio B. de Holanda, de 1931, retomando o argumento de outras análises que o compreendem como crítica ao poder teológico-político. Nossa leitura é elaborada com mediações de outras obras imbricadas entre si, dentre as quais O Idiota, de Dostoievski (1869), que influenciaria O Anticristo de Nietzsche (1895). No conto Viagem a Nápoles, o personagem Belarmino (etimologicamente, idiota) é uma criança no início da puberdade que, por imprudência e curiosidade, quebrou um quadro de Tiradentes. Levado a julgamento, Belarmino, acompanhado por sua professora Eleanor, foge para Nápoles, onde encontra o Imperador da cidade, vulto de mulher. Nossa interpretação da aventura do menino, representação do povo brasileiro, um tanto idiota, faz apontamentos no sentido da reiteração crítica do conto ao poder teológico político no Brasil, desde o Império e, naquele ano de sua publicação, ao novo arranjo do poder teológico político, sob os auspícios do Governo Vargas, com ato simbólico da Consagração de Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil.


Antíteses ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (27) ◽  
pp. 344
Author(s):  
Maria Eugenia Petit-Breuilh Sepúlveda
Keyword(s):  

Antíteses ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (27) ◽  
pp. 151
Author(s):  
Vera Lucia Martiniak

O texto apresenta uma análise sobre a constituição das escolas públicas e particulares no Paraná a partir de novos parâmetros impostos pelo setor produtivo e o processo de imigração europeia. A periodização definida para o estudo abrange o ano de 1853, onde ocorreu a emancipação Paraná, até a proclamação da república em 1889. A educação na Província do Paraná encontrava-se em estado precário e como não priorizou o ensino público passou a apoiar as iniciativas particulares para a manutenção da instrução por meio de subvenções concedidas aos colégios confessionais ou particulares e sociedades filantrópicas. O desenvolvimento da pesquisa deu-se pela abordagem da pesquisa qualitativa, com utilização da pesquisa documental e, concomitantemente, do uso combinado das fontes primárias. A utilização das fontes documentais oficiais, como relatórios, pareceres, código de ensino e regulamentos, confirmam a centralidade do Estado. Por isso, pode-se afirmar que, ao longo da história da educação brasileira, o Estado tem sido o grande organizador da esfera educacional, o que justifica essa centralidade assim como o dualismo e o elitismo educacional.


Antíteses ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (27) ◽  
pp. 370
Author(s):  
Mara Rúbia Sant'Anna ◽  
Natália Régis ◽  
Felipe Fonseca

Estudo comparativo em relação à formação de três artistas: Albrecht Dürer no século XV e XVI, Antoine Watteau no século XVIII e Victor Meirelles no século XIX. Para isso, se investigou as biografias e a formação oferecida em cada período e se analisou quanto as formas, os gêneros, as posições, as ambiências, as técnicas os desenhos de trajes desses artistas de forma individualizada e, posteriormente, fazendo comparações entre os trabalhos a partir de sete grupos. Observou-se que mesmo existindo uma distância temporal entre eles e diferenças na formação, o resultado produzido nos desenhos não são tão distintos, visto que já havia se consolidado um modelo de representação de estudos de trajes, que persiste até atualidade. Ainda, acrescenta-se que esse tipo de representação se vinculou ao mercado de arte voltado a um grande público.


Antíteses ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (27) ◽  
pp. 481
Author(s):  
MARLI Delmonico de Araujo FUTATA ◽  
Daniel Longhini Vicençoni ◽  
Cézar De Alencar Arnaut de Toledo

É uma resenha sobre a nova edição de Ratio Studiorum, publicado oficialmente pela primeira vez em 1599 e que contém as regras e o Plano de estudos a que estiveram submetidas as instituições educacionais jesuíticas. A única publicação da Ratio Studiorum em língua portuguesa era a do padre Leonel Franca, em 1952, sob o título de O método pedagógico dos jesuítas, porém, há muito tempo esgotada. Depois dessa publicação, somente em 2019 houve uma nova republicação dessa mesma tradução. De modo que, a publicação realizada por Margarida Miranda, em 2018, era uma carência para o público de língua portuguesa. O livro é uma edição bilíngue latim-português, com introdução, versão portuguesa e notas, prefácio e dois textos de contextualização. Destacamos a importância desta publicação para toda comunidade acadêmica e científica, pois além de contribuir para o mercado editorial, português e brasileiro, o qual não oferecia ao público novas edições e traduções críticas da Ratio, também oferece ao leitor dois artigos excelentes que vão contextualizar toda a gênese e desenvolvimento do documento.


Antíteses ◽  
2021 ◽  
Vol 14 (27) ◽  
pp. 450
Author(s):  
Bruno Sanches Mariante Silva ◽  
Ivana Aparecida da Cunha Marques
Keyword(s):  

Maria Eva Duarte de Perón (1919-1952) ascendeu ao poder argentino como primeira-dama, juntamente com seu esposo Juan Domingo de Perón (1895-1974), eleito presidente do país em 1946. Personagem popular e contraditória, Eva Perón foi, e continua sendo, objeto recorrente de pesquisas históricas e historiográficas, que buscam, majoritariamente, compreender o seu protagonismo nas ações de ajuda social direcionadas para as camadas marginalizadas do país, especialmente mulheres, crianças e idosos. Outras pesquisas ocupam-se em analisar sua liderança na organização feminina argentina em prol do sufrágio feminino, conquistado em 1947. Partindo dessas suas atuações no peronismo, como ficou conhecido o projeto político presidido por Perón, o intuito do presente trabalho será o de propor uma análise sobre as representações de gênero manejadas pela primeira-dama, especialmente com o propósito de compreendermos como Evita entendia o feminismo, os papeis sociais das mulheres argentinas e o processo de inserção delas no espaço público e de decisões. Para tanto, será utilizado como fonte a sua autobiografia La Razón de mi Vida (1951), uma obra em que o peronismo, por meio da primeira-dama, apresenta as suas percepções acerca da trajetória de Eva Perón, da participação política das mulheres e do próprio peronismo.


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