HOVET-ASA DA COMUNIDADE PARA A COMUNIDADE

<p>O convívio de animais com pessoas gera diversos benefícios, porém, favorece a emersão de doenças, quando não ocorre vigilância contínua na saúde do animal, das pessoas, ambiente e adoção de políticas públicas efetivas para prevenção e controle das enfermidades. Assim, o médico veterinário tornou-se reconhecido como profissional da área da saúde, pois auxilia no controle e prevenção de muitas doenças de caráter zoonótico e infeccioso. Neste trabalho realizaram-se atendimentos clínicos veterinários à população da cidade de Sousa e cidades circunvizinhas, no HOVET-ASA do IFPB. Durante esses atendimentos houve esclarecimentos sobre cuidados preventivos contra doenças em seus animais, manejo ambiental, quais doenças zoonóticas são endêmicas na região e como identifica-las. Foram totalizados 389 atendimentos clínicos, durante a execução do projeto (Junho a Dezembro/2019), porém, devido à grande demanda, muitos tutores não preenchiam os questionários aplicados após abordagem clínica dos animais, consequentemente, apenas 95 foram recolhidos. As informações foram organizadas em quatro categorias: informações sócio-econômico-cultural da população, específicas sobre o atendimento clínico dos profissionais, ambiente hospitalar e críticas construtivas sobre o ambiente de trabalho e do veterinário. O HOVET-ASA, recebeu mais tutores do sexo feminino (55,78%), com diferentes idades, sendo a maioria (37,89%) de 20-29 anos, 50,52% eram pardos, 42,10% solteiros e 31,57% residem com os pais. A maioria dos atendimentos ocorreu em animais do Estado da Paraíba (89,47%), sendo a maioria da cidade de Sousa (49,47%), de tutores residentes em imóveis próprios (46,31%) na zona urbana (73,68%). 60% das pessoas afirmaram não ter filhos e 45,26% afirmaram ter dois filhos. Apenas 37,89% das pessoas estavam empregadas e 22,10% eram estudantes. 26,31% das famílias eram compostas por duas pessoas, onde 52,63% tinham suas rendas divididas com membros residentes em outras casas. 67,36% responderam não ser beneficiários de programas sociais. Apenas 12,63% dos tutores haviam concluído o ensino superior. A maioria dos tutores (76,84%) afirmaram escolher o HV-ASA pelas boas recomendações, classificando a qualidade e atendimento dos funcionários como gentis (55,37%) e prestativos (44,62%) e considerado o tempo de espera pelo atendimento como bom (40%). As categorias elencadas a seguir foram consideradas em sua maioria excelentes: profissionalismo dos médicos (77,89%), respeito pelo animal atendido (81,05%), comunicação com o tutor e com o animal (70,52%), sensibilidade tanto ao animal quanto ao tutor (71,57%), e a atuação geral dos veterinários em exercício no HV-ASA (83,15%). Sobre o nível de satisfação com o ambiente hospitalar, 70,52% pessoas marcaram excelente, assim como 60% classificaram as instalações, equipamentos e segurança do hospital como excelentes. 96,84% das pessoas recomendariam os serviços do HV-ASA. Sugeriram ainda melhorias nos serviços: investimento no orçamento para medicações cirúrgicas e outros tratamentos; divulgação em redes sociais; amostras grátis de medicamentos; ambiente mais aconchegante na sala de espera; melhor acesso para ONG’s; agilidade nos atendimentos, realização de maior quantitativo de exames e cirurgia; aumento no número de profissionais; do número de atendimentos dentro e fora do ambiente institucional; construção de aplicativos para acompanhamento online; e o funcionamento à noite.</p><p>Palavras-chave: Animal. Comunidade. Extensão.</p>

Resistência à anti-helmínticos por nematódeos gastrintestinais de bovinos na Paraíba: resultados preliminares

<p><strong>INTRODUÇÃO: </strong>A bovinocultura ocupa lugar de destaque no cenário mundial, sendo o Brasil um dos maiores produtores de leite e exportadores de carne bovina. Na Paraíba, a produção de ruminantes é uma atividade viável, fornecendo uma das principais fontes de proteína animal para a alimentação humana, entretanto, existem alguns limitantes na produtividade dos rebanhos, dentre eles, as endoparasitoses gastrintestinais. Essas enfermidades são responsáveis pela diminuição no consumo de alimentos e absorção de nutrientes, crescimento retardado e consequentemente queda na produção de carne e leite, além de mortalidade dos animais. A principal forma de controle parasitário é feita pelo uso de compostos químicos de amplo espectro de atuação, no entanto, a utilização irracional de anti-helmínticos vem contribuindo para a resistência dos parasitos gastrintestinais. <strong>OBJETIVOS: </strong>Avaliar a eficácia de anti-helmínticos sobre nematódeos gastrintestinais de bovinos no estado da Paraíba e determinar a incidência dos gêneros de helmintos gastrintestinais nos rebanhos bovinos estudados. <strong>METODOLOGIA: </strong>Foram realizadas coletas em dez propriedades, de cada propriedade, foram coletadas fezes de 40 animais, de ambos os sexos, sem tratamento anti-helmíntico por pelo menos três meses. Estes, foram divididos em quatro grupos, tratados com quatro fármacos anti-helmínticos diferentes, sendo o grupo I tratado com cloridrato de levamisol a 7,5% (1 mL/20 kg), o grupo II, com ivermectina a 1% (1 mL/50 kg), o grupo III, com albendazol a 10% (1 mL/ 40 kg) e o grupo IV, com closantel a 25% (1 mL/50 kg), todos pela via intramuscular. As amostras fecais foram coletadas diretamente da ampola retal, armazenadas e identificadas em sacos plásticos e enviadas para o Laboratório de Parasitologia Veterinária do Instituto Federal da Paraíba para a realização das análises. Foram realizadas a contagem de ovos por grama de fezes (OPG) do dia 0 e dia 10 e a obtenção de larvas infectantes por meio de coproculturas. Para a determinação da eficiência dos tratamentos, utilizou-se o teste de Redução da Contagem de Ovos Fecais (RCOF) pela seguinte fórmula: RCOF=[1-(OPGf /OPGi )]x100. Onde: OPGf = média do OPG final; OPGi = média do OPG inicial. <strong>RESULTADOS E DISCUSSÃO: </strong>Multirresistência foi observada em todas as propriedades avaliadas, com 40% (4/10) apresentando resistência a duas drogas, 50% (5/10) apresentando resistência a três drogas e 10% (1/10) apresentando resistência à todos os medicamentos avaliados. Observou-se que o levamisol foi altamente eficaz em 30% (3/10) das propriedades, enquanto a ivermectina e o albendazol apresentaram a menor eficácia, sendo considerados insuficientemente ativos em 90% (9/10) das propriedades. O closantel foi eficaz em apenas 30% (3/10) das propriedades. Foi observada a presença de quatro gêneros de helmintos, sendo <em>Haemonchus </em>spp. o mais prevalente, seguido por <em>Trichostrongylus</em> spp., <em>Oesophagostomum </em>sp. e <em>Strongyloides </em>spp. <strong>CONCLUSÃO: </strong>Os nematódeos gastrintestinais de bovinos na Paraíba estão altamente resistentes a ivermectina, albendazol e closantel. Apesar do levamisol apresentar-se como o fármaco que reduziu o maior número de ovos, traços de resistências a este já são evidenciados. <strong>Palavras-chave: </strong>Anti-helmíntico.<strong> </strong>Resistência. Ruminantes.</p>

Principais meios de informação utilizados pela população de Sousa-PB na pandemia de Covid-19

<p><strong>INTRODUÇÃO</strong>: Devido a conjuntura atual que derroca toda população mundial, suscitada por uma nova cepa do Coronavírus (Sars-CoV-2), onde no estado da Paraíba foram notificados mais de 135.604 casos positivos para Covid-19, até o mês de novembro de 2020. Destes, 3.620 tiveram confirmações para a doença com 48 óbitos, notificados para cidade de Sousa na Paraíba, de acordo com dados publicados pela secretaria municipal de saúde do município. Diante da enfermidade sem tratamento específico ou com eficácia devidamente comprovada, a automedicação e associação indiscriminada de remédios e medicamentos tem ganhado cada vez mais frequência durante a pandemia, podendo causar consequências danosas a saúde e a vida de quem as faz uso, principalmente quando provenientes de fontes de informações duvidosas para sua utilização. <strong>OBJETIVOS</strong>: O pretenso trabalho teve por objetivo avaliar e investigar os meios de informação e comunicação usados pelos habitantes Sousenses, a respeito do tratamento ou prevenção da Covid-19. <strong>METODOLOGIA</strong>: Foi elaborado e utilizado questionário eletrônico online por aplicativo tipo Google Forms. O questionário foi compartilhado por redes sociais (Instagram, Facebook e WhatsApp), com alvo no público da população da cidade de Sousa na Paraíba com maior idade (18 anos). <strong>RESULTADOS E DISCUSSÃO:</strong> Foram obtidos um total de 202 formulários respondidos pela população pesquisada Observou-se que 43,42% realizam consultas de dados em ambas as fontes de busca de pesquisa; 28,6% dos respondentes afirmam utilizar apenas sites do Ministério da Saúde e/ou pesquisas científicas, como fonte de informação; 22,68% afirmam que suas fontes de informações limitam-se à outros mecanismos de buscas, tais como: rádios, jornais televisivos, sites variados, blogs e conversas informais com familiares e amigos e 5,3% confiam em informações oriundas apenas de Redes Sociais como Instagram, Facebook, Twitter e WhatsApp. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> Com base nas respostas obtidas pelos questionários eletrônicos, observou-se que a grande maioria da população pesquisada (43,42%) afirmam que buscam várias fontes de informações diferentes. Isso demonstra que a população está atenta a respeito das informações recebidas e verificam a veracidade da mesma em diferentes meios de comunicação. As informações fornecidas isoladamente pelo Ministério da Saúde (assim como pesquisas científicas) e veículos como rádios (além de jornais televisivos, sites variados, blogs e conversas informais) obtiveram número semelhante de respondentes (28,6% e 22,68% respectivamente). Apenas um número reduzido (5,3%) dos entrevistados utiliza redes sociais (Instagram, Facebook ou Twitter) como fonte de informação confiável, mostrando que apesar de utilização frequente destas redes, a população de Sousa (PB) está buscando informações em vários meios diferentes, abrangendo principalmente informações oficiais.</p><p><strong>Palavras - Chave</strong>: Veiculos de Informação. Comunicação.Coronavírus. Atualização.</p><p> </p>

Indicação ou prescrição de medicamentos para prevenção ou tratamento da Covid-19 em Sousa-PB

<p><strong>INTRODUÇÃO</strong>: A recém descoberta da Covid-2019, que se alastrou de maneira rápida e com um alta mortalidade a nível global, fez com que o Ministério da Saúde do Brasil publicasse a Portaria Nº 356, de 11 de março de 2020, estabelecendo medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus. Embora ainda exista muito a ser estudado e pesquisado, inúmeros indivíduos tentam se precaver com medicamentos e remédios alternativos para a prevenção ou cura dessa enfermidade que assola mundialmente, sem tratamento ainda comprovado. Recomenda-se que o uso destas substancias devem ser prescritas por médicos, porém podem ser indicadas por outros profissionais da saúde e também utilizados sem nenhuma prescrição medica. <strong>OBJETIVOS</strong>: Objetivou-se pesquisar a origem da indicação ou prescrição de medicamentos utilizados durante a pandemia, visando a prevenção ou tratamento da Covid-19 na população do Município de Sousa (PB) <strong>METODOLOGIA</strong>: Foi utilizado um questionário eletrônico online com auxílio de aplicativo Google Forms para a obtenção dos dados da pesquisa, onde o mesmo foi compartilhado por veículos de informações virtuais (Facebook, Instagram e Whattsapp), em indivíduos de idade igual ou superior a 18 anos. Este questionário avaliou a origem da prescrição ou indicação de medicamentos visando evitar ou tratar a Covid-19. <strong>RESULTADOS E DISCUSSÃO:</strong> Foram analisados 202 formulários, onde 32,6% dos entrevistados afirmaram que a determinação de tomar algum medicamento foi por decisão própria e 26,7% asseguram que nunca fizeram uso de substâncias para prevenir ou mesmo tratar a Covid-19. Adicionalmente, a necessidade do uso de medicamentos foi indicada por Médicos em 26,6% dos entrevistados; 9,3% reconhecem que a indicação foi realizada por profissionais de outras áreas de saúde; 3,6% destacam a opção “outros” como resposta (para pontuar que a recomendação foi de algum familiar, terceiros ou amigos próximos) e 1,2% responderam que a indicação partiu de profissionais enfermeiros. Quando questionados sobre a recomendação. Os mesmos entrevistados afirmaram em sua maioria (52,3%) quem não recomendam informalmente algum medicamento para familiares ou amigos, e outros (47,7%) garantem que indicam medicamentos que já fizeram uso. <strong>CONSIDERAÇÕES FINAIS:</strong> Observa-se que a maioria dos indivíduos entrevistados julgam a necessidade de medicamentos por auto avaliação, e que uma parcela expressiva ainda fazem indicações de remédios aos demais membros de seu convívio, mesmo sem orientação médica. Essa prática pode causar situações comprometedoras, como a utilização de substâncias desnecessárias, subdoses ou mesmo intoxicações por medicamentos, entre outros problemas em consequência do uso indevido de medicamentos.</p><p><strong>Palavras - Chave</strong>: Coronavírus. Remédios. Automedicação.</p>

DESENVOLVIMENTO DO APLICATIVO “GUIA PARASITÁRIO - CÃES E GATOS” COMO GUIA METODOLÓGICO DE TÉCNICAS UTILIZADAS EM LABORATÓRIOS DE PARASITOLOGIA VETERINÁRIA

<p><strong><span>INTRODUÇÃO: </span></strong><span> A parasitologia pode ser definida como a ciência que estuda os vários aspectos que envolvem organismos parasitas, como sua classificação, biologia e controle. Na área de parasitologia veterinária são estudados as mais variadas classes, gêneros e espécies de helmintos, protozoários, ectoparasitas e insetos, pois eles possuem uma grande importância tanto na medicina veterinária como também para os seres humanos. Essa disciplina é extremamente importante para a formação médico-veterinária, e, no decorrer do aprendizado, há uma extensa quantidade de técnicas laboratoriais utilizadas, sendo necessário tempo e treino para que as mesmas sejam assimiladas e fixadas de forma correta. Por isso, é interessante que haja formas de ensino-aprendizagem de uma maneira não convencional, visando auxiliar na execução das técnicas, estimular a busca por conhecimentos, assim como facilitar o aprendizado. <strong>OBJETIVOS: </strong><span>Procurou-se desenvolver</span> um aplicativo<strong> </strong>em forma de guia prático que contém as técnicas de diagnósticos laboratoriais para identificação de helmintos, protozoários, ácaros e ectoparasitas de cães e gatos, que foi disponibilizado no Google Play Store para download gratuito em dispositivos Android. <strong>METODOLOGIA: </strong>Foi realizada uma pesquisa acerca das técnicas mais utilizadas para cães e gatos no diagnóstico de hemoparasitoses, ectoparasitas, parasitos gastrintestinais, assim como vermes pulmonares. Essa busca ocorreu nos principais livros da área de Parasitologia Veterinária. Após a fase de coleta dos dados, foi iniciado o registro fotográfico dos materiais utilizados para diagnóstico de parasitoses, assim como dos parasitos em diferentes fases de desenvolvimento, incluindo ovos, larvas e adultos. Este material foi composto pelo o acervo da Parasitoteca do Laboratório de Parasitologia Veterinária (LPV) do Hospital Veterinário (HV) do Instituto Federal da Paraíba, Campus Sousa. Posteriormente, na fase de desenvolvimento da interface do aplicativo, foi utilizado o sistema Linux e do leitor/editor de códigos, denominado programa Ionic Framework, onde foi possível realizar o desenvolvimento e inserção dos dados no aplicativo. <strong>RESULTADOS E DISCUSSÃO: </strong>Foi possível desenvolver o aplicativo conforme o planejamento. Para o auxílio do funcionamento, não é necessário estar conectado à internet, permitindo uma melhor praticidade e aproveitamento por parte dos usuários. O aplicativo apresenta uma lista das cinco técnicas mais utilizadas em laboratórios de análises clínicas, cada técnica dispõe de uma galeria dos principais parasitos encontrados nas mesmas, totalizando 33 fotografias. Este foi o primeiro aplicativo no mercado digital que teve como foco as técnicas que são utilizadas nos laboratórios de parasitologia veterinária, por isso, fez-se necessária a criação de um aplicativo nessa área, considerando o mesmo como um auxílio para os estudantes e profissionais, permitindo uma melhor execução das técnicas laboratoriais, bem como uma melhor confiabilidade nos resultados dos exames. <strong>CONCLUSÃO: </strong>O aplicativo “<span>Guia Parasitário – Cães e Gatos” a</span>presenta-se como um meio alternativo na contribuição do ensino de parasitologia veterinária, sendo uma maneira não convencional, em que o mesmo possibilita o auxílio nas técnicas desenvolvidas, reforçando os conhecimentos na área de parasitologia veterinária. </span></p>

AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA ASSOCIAÇÃO DE ACEPROMAZINA COM FENTANIL PELA VIA INTRAMUSCULAR EM PORQUINHO-DA-ÍNDIA (Cavia porcellus)

<p><span style="font-size: medium;">Os porquinhos da Índia, também conhecidos como cobaias, além de animais de estimação têm grande importância na área de pesquisa científica. Devido ao elevado crescimento populacional, os tutores buscam métodos de esterilização para esses animais. Por este motivo, deve-se buscar um protocolo anestésico adequado. O objetivo desse estudo é avaliar os efeitos tranquilizantes e analgésicos produzidos pela neuroleptoanalgesia (NLA), coma utilização de acepromazina 0,2% na dose de 0,1 mg/kg e Fentanil 0,05% na dose de 0,005 mg/kg, ambos os fármacos foram administrados pela via intramuscular (IM). O protocolo empregado é considerado satisfatório para intervenções pouco invasivas como a Orquiectomia, além de avaliado como seguro para animais hígidos da espécie avaliada.</span></p>

REAÇÃO PÓS-VACINAL EM EQUINO POR VACINA DE FEBRE AFTOSA

<span style="line-height: 115%; font-family: 'Times New Roman',serif; font-size: 11pt; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA;">Relata-se um caso de reação pós-vacinal em um equino macho de 12 anos, na cidade de Salgueiro, Pernambuco. Há três meses o tratador administrou 2ml da vacina utilizada para o controle de febre aftosa no lado esquerdo do pescoço do equino e se queixava de um aumento de volume medindo 12x25cm, imóvel, firme e dolorido à palpação. Foi realizada a retirada cirúrgica completa da massa e avaliação histopatológica. Na microscopia, observou-se dermatite, paniculite e miosite piogranulomatosa focalmente extensa acentuada associada a vacúolos compatíveis com adjuvante vacinal de base lipídica. O diagnóstico foi realizado com base nos achados histopatológicos associado ao histórico de administração de vacina no local afetado. A vacina contra a febre aftosa não dever administrada em equinos</span>

FÍSTULA ORAL INTERNA COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE MUCOCELE SALIVAR-RELATO DE CASO

<p>Fístula é uma conexão entre um espaço patológico e uma cavidade do corpo anatômico ou superfície da pele. Mucocele refere-se a um acúmulo de saliva no tecido subcutâneo resultante de uma glândula ou ducto salivar rompido. O presente trabalho objetiva relatar um caso de fístula oral interna como diagnóstico diferencial de mucocele salivar, em cão sem raça definida não descrito em literaturas, atendido no hospital Adílio Santos de Azevedo no IFPB, campus Sousa. O tutor relatou que após uma briga entre cães notou um “caroço” na parte inferior do queixo à esquerda, que vinha crescendo progressivamente. No exame físico o animal apresentava aumento na região submandibular esquerda com áreas centrais firmes e extremidades com conteúdo fluido, drenando secreção serosanguinolenta de dentro da cavidade oral com odor fétido e lesões de mordidas na face. Apenas no procedimento cirúrgico foi identificado a presença de uma fístula oral interna. Entretanto, não foi suficiente para confirmar o diagnóstico de fístula oral e descartar o diagnóstico de mucocele salivar, pois na reavaliação o animal apresentou uma fístula cutânea externa com presença de tecido de granulação. As mucoceles salivares são revestidas por tecido de granulação ocasionada pela inflamação causada pela saliva. No caso relatado, após acompanhamento diário e avaliação de 60 dias de pós operatório a ferida apresentava cicatrizada, ausência de aumento de volume na região submandibular, confirmando o diagnóstico de fístula oral interna. Com isso, vimos a importância de incluir como diagnóstico diferencial de mucocele salivar as fístulas orais internas fato não descrito na literatura.</p>

LEISHMANIOSE VISCERAL NO CARIRI CEARENSE SOB UMA ABORDAGEM DA ESTATÍSTICA MULTIVARIADA

<p><span style="font-size: medium;">A Leishmaniose Visceral tem como agente etiológico protozoários do gênero <em>Leishmania</em> cuja infecção pode atingir humanos e várias espécies de animais. Ao pensar em formas de transmissão, é importante considerar áreas urbanas e rurais, pois através da urbanização, por exemplo, há uma relação direta das formas de transmissão da doença para o ser humano. Este trabalho foi realizado com dados de 38 municípios da região do Cariri no estado do Ceará, entre os anos de 2008 a 2017, utilizando-se técnicas multivariadas para análise de agrupamento e para verificação de semelhanças entre as cidades e os valores de incidência em relação aos casos de leishmaniose. Os resultados mostraram que as cidades de Barbalha e Juazeiro do Norte possuem o maior número de casos, sendo mais prevalentes em indivíduos do sexo masculino. Em particular, Barbalha apresenta grande incidência da patologia. Com os grupos obtidos, conclui-se que há necessidade de monitoramento, especialmente, nas regiões próximas a mata, e aprimoramento nas políticas de cuidados à saúde humana e animal em toda a macrorregião do Cariri cearense.</span></p><p><span style="font-size: medium;"> </span></p>

FIBROMA EM EUPSITTULA CACTORUM NO SERTÃO PARAIBANO

<p><span style="font-size: medium;">Relata-se um caso de fibroma em <em>Eupsittula cactorum </em>proveniente do município de Sousa. Foi atendido no HVASA-IFPB, um psitacídeo, macho, com sete anos de idade,que apresentava um nódulo cutâneo na asa direita, aderido ao osso. Após a remoção cirúrgica por nodulectomia, observou-se um nódulo com área avermelhada e ulcerada, e ao corte a superfície com tecido amarelado e friável. Microscopicamente, observaram-se células fusiformes distribuídas em feixes aleatórios e em redemoinhos com citoplasma moderado e eosinofílico, com núcleos alongados, cromatina frouxa à condensada e nucléolos evidentes, além de áreas multifocais de hemorragia. Com base nos achados clínicos, macroscópicos e microscópicos realizou-se o diagnóstico de fibroma.Apesar de ser uma neoplasia comum em psitacídeos, não há trabalhos caracterizando-o no sertão paraibano. </span></p>