A noção de que vivemos em uma sociedade plural, caracterizada pela diversidade, tornou-se lugar (quase) comum entre pessoas que primam por condições mínimas de sobrevivência, que prezam pelo cultivo de um ambiente de respeito e paz. Muito se discutiu, nas duas últimas décadas, sobre os direitos inerentes à natureza humana e sobre a promoção de uma vida livre, autônoma e digna. Desde a formulação do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) no Brasil – primeiras diretrizes nacionais que formalizaram a atuação do poder público no âmbito dos direitos humanos–, até a instituição da Política Nacional de Saúde Integral de LGBT pelo Ministério da Saúde brasileiro, discursos sobre a diversidade sexual e de gênero se tornaram cada vez mais frequentes nos espaços públicos.