Nova Perspectiva Sistêmica
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Published By Instituto Noos

2594-4363, 0104-7841

2021 ◽  
Vol 29 (68) ◽  
pp. 46-60
Author(s):  
Ivania Jann Luna
Keyword(s):  

O presente artigo tem como objetivo apresentar os fundamentos teóricos e os princípios metodológicos dos grupos reflexivos e de apoio ao luto (GRAL) com base na prática grupal realizada no âmbito de um serviço escola de Psicologia. Destacam-se como relevantes os conceitos e procedimentos da metodologia de grupos reflexivos de gênero do Instituto Noos, da perspectiva construcionista social do luto, os princípios terapêuticos grupais e a postura ética no cuidado ao luto. Com base nestes aspectos conceituais, apresentam-se os objetivos e os princípios metodológicos do GRAL quanto ao seu modo de constituição, dispositivos para a sua realização e avaliação. O GRAL constitui em uma proposta de construção de diálogos colaborativos, reflexivos e de apoio às pessoas no seu processo de enlutamento, de se engajar consigo próprio e com os outros, por meio da construção de empatia, sociabilidade e narrativas pessoais quanto à necessidade e direito ao luto público.


2021 ◽  
Vol 29 (68) ◽  
pp. 19-30
Author(s):  
Joana Sequeira

A técnica da Escultura Familiar é uma forma de representar as relações entre elementos através da sua colocação no espaço. É um processo não verbal, dinâmico, simbólico e ativo. A escultura familiar tem como objetivo expressar perceções, sentimentos, emoções e narrativas através de imagens e introduzir mudanças nas histórias e nas interações familiares. Realiza-se nas fases de avaliação e no curso da terapia. A família do passado, do presente, do futuro, a família ideal/desejada e outras como a escultura do segredo/assunto não revelado, dos medos, dos desejos, dos sonhos, dos lutos e das forças, são alguns exemplos de possíveis esculturas com e sobre a família. A escultura desenvolve-se em 5 estádios: instrução, realização da escultura, esculturas com movimento, feedback e reenquadramento/comentário. Enquadrada segundo uma epistemologia pós-moderna a escultura evidencia narrativas dominantes, faz emergir narrativas subdominantes e permite a mudança histórica e das relações e interações familiares através da experiência e não dos discursos.


2021 ◽  
Vol 29 (68) ◽  
pp. 31-45
Author(s):  
Marianne Ramos Feijó ◽  
Fábio Augusto Barbieri ◽  
Tafnes Ikegami ◽  
Bianca Augusto ◽  
Carolina Silva Gaspar

O artigo convida à reflexão sobre a importância dos diálogos em grupos de pessoas com (DP) e com seus cuidadores. Estes são grupos de pessoas com limitações sociais, devido aos efeitos do processo de envelhecimento, da DP e, no caso dos cuidadores, da atenção ao paciente. A reflexão proposta é fruto de diversas ações de pesquisa e de extensão, com destaque para o relato sobre grupos de partilha com cuidadores de pessoas com DP, que com o objetivo de gerar espaços de trocas e de atenção aos cuidadores, resultaram em reflexões relevantes, inclusive sobre a importância do diálogo entre pessoas com DP e entre cuidadores. Os principais temas, sugeridos pelos cuidadores do grupo de partilha, foram: sobrecarga do cuidador familiar, relação cuidador-pessoa com DP, práticas que promovam o cuidado, o desenvolvimento, a convivência, o lazer e a autonomia dos participantes. O grupo de partilha é parte de um projeto de extensão interinstitucional e transdisciplinar, está embasado em pesquisas de cunho sistêmico sobre a importância da rede social significativa à saúde humana (SLUZKI, 1997) e passará a ocorrer também com pessoas com DP, com um foco cada vez mais reflexivo e voltado à ampliação e manutenção da convivência de pessoas com DP e de cuidadores.


2021 ◽  
Vol 29 (68) ◽  
pp. 91-104
Author(s):  
José Tadeu Acuna

A Orientação Vocacional (OV) quando realizada com adolescentes estimula o autoconhecimento, a formação de habilidades, competências e conhecimentos requeridos para a elaboração de projetos de vida, inclusive promove suporte psicológico a esses sujeitos que enfrentam diversos desafios nessa etapa do ciclo vital. Nesta direção, relata-se um caso de OV cujo participante foi um jovem de 22 anos, matriculado em um cursinho pré-vestibular público. A intervenção teve caráter informativo e formativo, foi subsidiada por epistemologias construtivistas e socioconstrucionistas, almejou o desenvolvimento do autoconhecimento e a facilitação da construção de projetos de vida. Ao longo dos sete encontros o orientando conseguiu se perceber em uma trama de relações sociais as quais influenciam a constituição de seu modo de ser. À guisa de conclusão, a estrutura da OV praticada reuniu elementos da ordem clínica e educacional, tais características favoreceram o desenvolvimento de recursos pessoais para o planejamento e execução do projeto de vida do participante.


2021 ◽  
Vol 29 (68) ◽  
pp. 76-90
Author(s):  
Gabriela Martins Silva ◽  
Domitila Shizue Kawakami Gonzaga

Este artigo apresenta uma análise discursiva do filme WiFi Ralph – Quebrando a Internet, com o objetivo de compreender como a violência de gênero aparece na trama. A partir da perspectiva construcionista social, descrevemos e analisamos três pontos que consideramos centrais na narrativa: quando Vanellope encontra Shank; quando Vanellope encontra outras princesas famosas; e quando Ralph ataca Vanellope. Para a análise, buscamos identificar os diferentes sentidos de gênero e de relações de gênero presentes no filme, destacando como sua narrativa reitera ou desafia os discursos hegemônicos sobre questões de gênero. Ao mesmo tempo, buscamos mostrar o silenciamento dessas questões ao adentrarmos no âmbito da violência, construindo uma perspectiva individual e essencialista sobre sua prática, isto é, a psicologização do machismo. Além disso, identificamos a valorização do excesso de afeto e deste como justificativa para violência, configurando o que chamamos de romantização da violência de gênero. Desta maneira, problematizamos o potencial de filmes infantis em apresentar situações cotidianas que crianças vivenciam e em propor soluções de como lidar com elas, neste caso, a violência de gênero. Advogamos que filmes infantis podem ser utilizados como importantes recursos discursivos e performáticos para que crianças interajam de forma igualitária.


2021 ◽  
Vol 29 (68) ◽  
pp. 6-18
Author(s):  
Gabriely Garcia ◽  
Lydio Roberto Silva

A Musicoterapia Familiar Sistêmica (MFS) é uma abordagem pouco explorada no Brasil e tem como objetivo utilizar a música e seus elementos para promover a melhoria do sistema familiar e das relações familiares. Às vezes, as questões a serem trabalhadas na terapia familiar são complexas e difíceis de expressar em palavras e, nesse contexto, as práticas sonoro-musicais podem favorecer a expressão desses conteúdos. Esta pesquisa tem como objetivo descrever as contribuições das práticas sonoro-musicais no fortalecimento dos vínculos familiares pós-adoção na perspectiva da MFS. Caracteriza-se como pesquisa qualitativa e exploratória. Relata seis intervenções realizadas com uma família pós-adoção, em Curitiba/PR. Identifica como contribuições das práticas sonoro-musicais vivenciadas: modificações nos padrões de relações familiares; integração entre os membros da família no fazer sonoro-musical compartilhado; oportunização de espaço-tempo para a escuta dos membros da família. Conclui que as intervenções realizadas possibilitaram observar mudanças significativas na escuta e na postura dos membros da família, aspectos que contribuíram na dinâmica familiar e oportunizaram ampliar o conhecimento sobre MFS.


2021 ◽  
Vol 29 (68) ◽  
pp. 61-75
Author(s):  
Adriano Beiras ◽  
Alan Bronz ◽  
Pedro de Figueiredo Schneider

Este artigo tem por objetivo problematizar a adaptação de metodologias grupais reflexivas sobre gênero ao sistema de encontros online mediados por programas que permitem reuniões no espaço virtual.  Relata-se o desafio de manter uma postura teórico-filosófica e metodológica alinhada a processos reflexivos, coconstrução de espaços relacionais de discussão, respeito à diversidade e problematização das relações de gênero, atentos a um novo contexto social e a produção de novas desigualdades. Busca-se trazer à reflexão aspectos adaptativos iniciais, desafios e potencialidades a partir da experiência dos autores na realização destes grupos nos meses iniciais de pandemia e isolamento social. Considerando a experiência de utilização da metodologia de grupos reflexivos do Instituto Noos e da organização MEMOH, foca-se especialmente no público de homens interessados na reflexão coletiva sobre gênero e masculinidades.  Desenvolve-se uma nova organização de convivência e etiqueta relacional que permite avanços, porém também alinha em seu torno perdas, em comparação ao formato presencial. 


2020 ◽  
Vol 29 (67) ◽  
pp. 7-22
Author(s):  
Laura Vilela e Souza ◽  
Camila Martins Lion ◽  
Letícia Trombini Vidotto ◽  
Murilo Moscheta

A terapia de sessão única tem sido estudada em seus potenciais terapêuticos e suas possibilidades interventivas em cenários de emergência. No contexto da pandemia do Covid-19, um conjunto complexo de fatores emergem e podem produzir diferentes demandas para intervenções especializadas em saúde mental. Nesse texto, apresentamos as contribuições da modalidade de intervenção em sessão única fundamentada nos pressupostos da terapia narrativa. Iniciamos nosso texto com um esboço da complexidade que marca diferentes experiências da pandemia e isolamento social. Em seguida, apresentamos de forma breve os principais cuidados a serem realizados no atendimento psicológico voluntário brevíssimo, online e em situação de emergências. Na sequência, abordamos a metáfora narrativa e a estrutura, finalidade e passo a passo da terapia narrativa de sessão única. Destacamos a importância da construção um uma agenda de trabalho para delimitação do foco da intervenção, da descrição rica e externalizada do problema, seus efeitos e sua influência na vida do cliente, da busca, reconhecimento e valorização de narrativas alternativas e finalmente da construção de possibilidades de futuras a partir dos recursos identificados na sessão. Acreditamos que os recursos apresentados possam inspirar aplicações em variadas situações, sobretudo ao tomar em consideração a possibilidade de ampliar o acesso ao atendimento psicológico.


2020 ◽  
Vol 29 (67) ◽  
pp. 85-97
Author(s):  
Paulo Ricardo de Araújo Miranda ◽  
Juliana Gomes Fiorott ◽  
Andréia Isabel Giacomozzi ◽  
Andréa Barbará da Silva Bousfield

O presente artigo objetiva analisar a importância de espaços grupais no acompanhamento psicológico, tanto dos pretendentes à adoção, quanto das mães e pais após a adoção. Ao todo realizou-se três grupos de seis encontros cada, durante o ano de 2019. Os grupos eram gratuitos, fechados, quinzenais e ocorriam no período noturno em um serviço de atendimento psicológico de uma universidade pública do Brasil. Como método de análise da intervenção, foram aplicados questionários antes e depois da realização dos grupos. Os questionários preenchidos foram tabulados e categorizados para análise qualitativa e descritiva dos dados. Os principais resultados apontam para os espaços grupais como locais profícuos para elaboração das motivações e angústias que caracterizam o processo adotivo. Sinaliza-se a necessidade de construção e complexificação de políticas públicas, voltadas à parentalidade adotiva, que promovam acompanhamentos grupais, tanto aos pretendentes, quanto às mães e pais por adoção.


2020 ◽  
Vol 29 (67) ◽  
pp. 23-40
Author(s):  
Mariana Peres Trajano ◽  
Monica Duarte da Silva Gonçalves

Neste artigo, buscamos ressaltar as contribuições que as metáforas proporcionam para ampliar os recursos conversacionais entre psicólogo e cliente. Para compreender e refletir, portanto, o processo da família, nosso olhar conversou com o construcionismo social, bem como com as práticas colaborativas e narrativas. O estudo de caso aqui apresentado se refere a um recorte de um processo psicoterápico familiar. O foco, no entanto, serão as sessões das quais o adolescente, que estava em período de adoção, participou individualmente. Escolhemos recortes dessas sessões para exemplificar a forma como coconstruímos a utilização das métáforas, as quais foram utilizadas e propriciaram a conexão da dupla cliente-terapeuta, possibilitando ressignificar os sentimentos e emoções desse adolescente sobre algumas questões importantes da sua história, incluindo a estigmatização que marcava suas falas sobre quem acreditava ser – um adolescente malvado e não amado.


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