Estilos da Clinica
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Published By Universidade De Sao Paulo Sistema Integrado De Bibliotecas - Sibiusp

1981-1624, 1415-7128

2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 435-444
Author(s):  
Tiago Sanches Nogueira
Keyword(s):  

O presente artigo examina as vicissitudes de um atendimento clínico realizado com uma criança durante a pandemia. Trata-se de uma análise conduzida de forma online nos primeiros meses de confinamento, que exigiu do psicanalista algumas invenções táticas que pudessem viabilizar o tratamento. O estabelecimento de um ensino sobre como desenhar olhos, bem como o trabalho com fotografias em movimento (stop motion), surgiram como alternativas para o menino dominar o olhar obsceno do Outro. Ao final, a discussão sobre o modo como se dá o trabalho online nos levou à constatação de que, nele, encontramos a ocorrência de uma espécie de sutura daquilo que em teoria cinematográfica é chamado de campo e contracampo.


2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 494-508
Author(s):  
Dorisnei Jornada da Rosa ◽  
Andrea Gabriela Ferrari ◽  
Kellen Evaldt Arrosi

O presente artigo faz parte de um projeto de pesquisa-intervenção realizado em Escolas de Educação Infantil, utilizando a Metodologia IRDI. Em uma das escolas participantes da pesquisa foram percebidos sinais de risco de autismo em três bebês acompanhados. Neste escrito objetiva-se refletir sobre a importância do coletivo educacional, da interação entre os colegas e da intermediação das educadoras para identificar e desarmar condições que poderiam estar entravando o processo constitutivo dos bebês com sinais de risco de autismo. No acompanhamento realizado, evidenciou-se a função do pequeno semelhante (colega) como importante e potencializadora da constituição psíquica e do desenvolvimento da aprendizagem dos bebês que se encontravam com sinais de risco de autismo.


2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 566-583
Author(s):  
Stéphanie Alves Furtado Badaró ◽  
Maria Gláucia Pires Calzavara

Nossa proposta, a partir da clínica psicanalítica, é demonstrar como o uso do robô, enquanto objeto tecnológico, poderá permitir à criança autista, no tratamento, maior interação e laço com o Outro. Fazemos uma aposta de que as intervenções mediadas pelo robô podem proporcionar um semblante das operações constitutivas do sujeito que não se realizaram. Considerando que os componentes da borda autística possibilitam ao sujeito enlaçar-se no meio social, destaca-se as possibilidades de 'alargamento' desta borda autística a partir de intervenções qualificadas com objeto. Assim, o uso do robô nas sessões torna as intervenções menos invasivas à criança permitindo certa regulação pulsional, favorecendo um caminho privilegiado de comunicação e intervenção, produzindo maior interação social.


2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 596-615
Author(s):  
Bárbara Thomes Vargas ◽  
Iagor Brum Leitão ◽  
Karlos Pedro Calvi Gussão

Este estudo se insere em um grande eixo que busca descrever as condições subjetivas fundamentais para que haja qualquer educação. Por meio da psicanálise, tomou-se os conceitos de ensino e transmissão como operadores para compreender questões subjacentes aos processos de educar. Para tanto, realizou-se grupos focais com professores e alunos do ensino superior. Analisou-se os dados por meio da Análise de Similitude, possibilitada pelo IRaMuTeQ. Mostra-se que a transmissão, no contexto educacional, é marcada por encontros evanescentes e imprevisíveis entre alunos e professores, sujeitos em trânsito. Cabe a cada sujeito encontrar o modo mais singular de fazer algo com os saberes transmitidos, reescrevendo-os em letra própria e constituírem seu estilo.


2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 461-475
Author(s):  
Júlia Catani ◽  
Ana Laura Godinho Lima

O texto examina os discursos dos pediatras e outros especialistas destinados às famílias sobre como organizar o tempo com os filhos. Inicialmente, a análise incide sobre manuais de puericultura publicados nas décadas de 1920 a 1950 e em seguida sobre a revista Pais & Filhos nos últimos cinco anos, com destaque para o contexto atual da pandemia de COVID-19. A análise detém-se sobre o enunciado segundo o qual o mais importante é reservar um tempo “de qualidade” à convivência com as crianças. O artigo identifica alguns fios de continuidade nas formulações sobre a organização do tempo na rotina familiar, bem como descontinuidades instauradas pelas transformações da vida social, as quais produziram mudanças na gestão do tempo para a conciliação de múltiplas tarefas, principalmente para as mulheres.


2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 616-631
Author(s):  
Danielle Kepe de Souza Pinto ◽  
Jaquelina Maria Imbrizi

A preceptoria de estagiários do curso de psicologia no Sistema Único de Assistência Social é um desafio profissional, especialmente quando os estudantes são jovens universitários exercitando práticas de cuidado com crianças e adolescentes cujas famílias são usuárias do Centro de Referência de Assistência Social. O objetivo deste artigo é relatar, da perspectiva da preceptora, a experiência de estágio curricular pautada na escuta territorial da dimensão sociopolítica do sofrimento. A partir do convite aos participantes realizaram-se caminhadas pela cidade seguidas de discussões em grupo das quais emergiram questões sobre violência cotidiana, violações de direito e o desamparo discursivo dos sujeitos em situações sociais críticas. Nessas atividades foi possível criar um dispositivo de (auto)cuidado e provocar marcas na formação profissional com vistas à transformação social.  


2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 520-535
Author(s):  
Michelle Christof Gorin ◽  
Renata Machado de Mello ◽  
Terezinha Féres-Carneiro

Este artigo pretende discutir questões relativas à maternidade a partir da prática clínica com crianças. Partimos das queixas relacionadas a alguns sintomas infantis que nos chegam para atendimento psicanalítico, para discutir o lugar da mãe na clínica de crianças. Levando em consideração que as mudanças sociohistóricas repercutem nas funções de cuidado dos filhos nas famílias, investigamos de que forma o aumento das possibilidades de destinos para as mulheres repercute nas experiências de maternidade nos dias de hoje. Utilizamos fragmentos de casos clínicos para ilustrar a discussão, evidenciando os desafios de envolver, sem culpabilizar, as mães nos atendimentos de criança.


2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 509-519
Author(s):  
Ligia Rufine Nolasco ◽  
Andressa Carvalho Castelli ◽  
Ilana Mountian
Keyword(s):  

Este artigo pretende trazer reflexões para a clínica com foco na relação com a alteridade a partir da experiência no trabalho com crianças imigrantes na cidade de São Paulo. Considerando que na contemporaneidade as crianças são interpeladas, cada vez mais, por discursos objetificantes, esse trabalho pretende refletir sobre como estes operam na intersecção com discursos sobre imigração e como estes afetam a prática clínica. Para tanto, esse estudo irá retomar a discussão da infância enquanto uma categoria histórica, social e política e analisará específicos discursos sobre a criança imigrante no contexto escolar e na saúde mental. Esta análise contribui ao debate sobre a escuta na clínica, na qual ressaltamos a reflexão sobre alteridade e a importância em considerar o contexto social do sujeito, assim como o ideal de infância que está em cena, na sua relação com as categorias de gênero, raça e classe e imigração.


2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 418-420
Author(s):  
Rinaldo Voltolini

2021 ◽  
Vol 26 (3) ◽  
pp. 476-493
Author(s):  
Anaís Oliveira Caribé Cavalcante ◽  
Milena Lisboa

A presente revisão de literatura se propõe a analisar algumas contribuições da Psicanálise para a clínica do Acompanhamento Terapêutico (AT) com crianças, revisitando artigos da revista Estilos da Clínica - USP. Neste artigo, interroga-se acerca do acompanhante terapêutico (at), suas funções e a possibilidade de conexão com o desejo da criança em sofrimento psíquico. Foram analisados 13 artigos sobre Acompanhamento e Infância publicados na revista. A partir de uma leitura interpretativa, foram construídas três categorias: Acompanhamento Terapêutico (estrutura, formação e ética do dispositivo); Acompanhamento Terapêutico com crianças; e Acompanhamento Terapêutico com crianças autistas, psicóticas ou sem diagnóstico fechado. Assim, compreende-se a psicanálise como um excelente recurso teórico para o norteamento do Acompanhamento Terapêutico, visto que sua aposta subjetiva pode ser um trampolim para o desenvolvimento infantil.


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