Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
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Published By Universidade De Sao Paulo Sistema Integrado De Bibliotecas - Sibiusp

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Author(s):  
Otávio Erbereli Júnior

Este artigo é resultado de uma operação arquivística na qual fazer, sentir e refletir se entrelaçam. Durante os anos de 2015 e 2016, o autor teve contato diário com a documentação de Alice Piffer Canabrava. Em um primeiro momento, narra-se a operação arquivística relacionada ao tratamento da documentação. O segundo momento é fruto de um fazer-sentir a partir desse contato íntimo e diário com a documentação, ou seja, traz algumas reflexões sobre as práticas de autoarquivamento empreendidas por Canabrava.


Author(s):  
Ana Koury

Este trabalho explora a interpretação de José Marianno Filho sobre a herança ibérica colonial brasileira. Apresenta seu programa da casa tradicional brasileira e da cidade brasileira como elemento fundamental de sua narrativa construída na década de 1920 e registrada nas páginas de O Jornal. A hipótese é que o autor abordou o Iberismo como um primitivismo, isto é, uma reação cultural em relação ao ecletismo, que resultou na busca da essencialidade na qual se afirmou depois o modernismo brasileiro.


Author(s):  
Marcelo Faria ◽  
Robson Camargo

Este artigo é parte de projeto de doutorado que investiga a carnavalização, as performances e as teatralidades luso-brasileiras nas manifestações que se intitulam Zé Pereiras. O texto examina as crônicas de Vieira Fazenda (1847-1917) e de Luís Edmundo (1878-1961), cronistas do final do séc. XIX no Brasil. A análise busca aproximar os conceitos da teoria Bakhtiniana de análise do carnaval aos Zé Pereiras. Procura compreender a criação do personagem Zé Pereira, sua existência no carnaval brasileiro e o processo de higienização das festas de ruas.


Author(s):  
Paulo Toledo

O ensaio é uma reflexão sobre um aspecto marcante num conjunto de filmes dos anos 1960, a saber, a vontade de conexão dos realizadores com as frações populares e marginais do país, algo que aparece no nível temático, estético, político e também produtivo das obras. Depois de algumas considerações sobre Vidas secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos, o ensaio se detém em Os fuzis (1964), de Ruy Guerra, e no primeiro Cabra marcado para morrer, filme inacabado de Eduardo Coutinho, cujas filmagens foram interrompidas com a deflagração do golpe, em 1964.  


Author(s):  
Márcio Marciano
Keyword(s):  

A seção Criação tem por objetivo publicar textos e materiais inéditos de escritores e/ou artistas, fotógrafos, desenhistas, além de documentos inéditos encontrados no Arquivo do IEB-USP. Neste número, são publicados três Contos baldios, de Márcio Marciano. Dramaturgo e encenador, Marciano fundou a Companhia do Latão, em São Paulo, e o Coletivo de Teatro Alfenim, em João Pessoa. Atualmente é consultor da Academia Paraibana de Cinema. Nas palavras do crítico José Antonio Pasta (2017, p. 22), seu trabalho artístico “tem o vezo de procurar resolver os problemas, não ao aliviá-los, obviando o que neles é obstáculo, mas, ao contrário, incrementando a sua dificuldade, extremando-a, até que ela passe no seu outro”.


Author(s):  
Vinícius Pereira ◽  
Alexandra Silva

O tráfico transatlântico de pessoas escravizadas e a escravidão são marcados por uma multiplicidade de sentidos. Nesse contexto, o artigo debruça-se sobre a instituição que tem propagado narrativas e imagens sobre o tema no Brasil: o museu. O objetivo é mapear e identificar os espaços museais dedicados à temática no país. Visamos, a partir da análise de imagens dos acervos disponíveis na internet e das postagens publicadas nas redes sociais dos museus identificados, compreender quais são as narrativas sobre a escravidão visibilizada nesses espaços. Entre os resultados do artigo, destacam-se a quase ausência de espaços dedicados a divulgar e preservar a memória da escravidão e a presença hegemônica de narrativas que enfatizam a dimensão da violência da escravidão.


Author(s):  
Inês Gouveia ◽  
Luciana Galvão ◽  
Walter Garcia

Editorial - Revista do IEB 80


Author(s):  
Marconi Severo

Ao empregar as técnicas do chiaroscuro e da circular idade interna, Raul Pompeia conseguiu, sob o preço da incompreensão crítica, abordar literariamente suas reflexões filosóficas. Estas, por sua vez, são mais reformistas do que revolucionárias; mais detidas no homem em si, apesar de considerá-lo como essencialmente mau, do que em aportes metafísicos. Recorrendo a fontes originais, procuro destacar que a crítica corriqueiramente recaiu em um grande equívoco ao ressaltar um aspecto mais pessimista e sombrio de Raul Pompeia do que a análise de suas obras permite crer.


Author(s):  
Victor Vigneron

O objetivo deste artigo é analisar o projeto de adaptação cinematográfica do romance Amar, verbo intransitivo, produzido por Paulo Emílio Salles Gomes no final dos anos 1960. Propõe-se relacionar as escolhas formais e temáticas feitas pelo autor com outros aspectos significativos de sua trajetória. Espera-se, dessa maneira, recompor as posições estéticas e teóricas articuladas diante do regime militar. Nesse sentido, o recurso de Salles Gomes à ficção parece constituir um lance decisivo numa estratégia mais ampla de reconfiguração intelectual.


Author(s):  
Ana Beatriz Barel

A literatura de viagens que diz respeito às relações entre França e Brasil remonta a tempos pré-coloniais, quando, ao menos no século XII, narrativas míticas circulavam na Europa e descreviam, imaginando, o território que virá a ser chamado pelos portugueses de Brasil. Realizando um recorte cronológico, dedicamo-nos ao estudo de dois viajantes franceses do século XIX, praticamente contemporâneos, Ferdinand Denis e Auguste de Saint-Hilaire. Nossa leitura, na primeira parte do artigo, se funda na aproximação entre os romances indianistas de Alencar, Iracema e, sobretudo, O guarani, e uma obra ficcional de Denis, o conto “Les machakalis”, com o intuito de destacar a representação do indígena nos dois autores. Num segundo momento, cotejamos Voyage aux sources du rio S. Francisco et dans la province de Goyaz, relato de viagem de Saint-Hilaire, com as obras literárias de Alencar e Denis para destacar a imagem que o botânico francês define para o Brasil e que retoma, num certo sentido, o mito fundador do país, fortemente ligado ao indígena, de um jardim verdejante.


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