Revista Desenredo
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Published By Upf Editora

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2021 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
Author(s):  
Alexandra Verardi Burlamaque ◽  
Ciomara Ribeiro da Silva Benincá
Keyword(s):  

O adoecer com câncer de mama provoca mudanças físicas e emocionais, causando sofrimento e um confronto com a possibilidade de morte e perdas. Esta pesquisa-intervenção de caráter qualitativo teve como objetivo subsidiar intervenções com mulheres em tratamento oncológico para o câncer de mama. A ideia foi utilizar a escrita compartilhada como estratégia psicoterapêutica que possibilita a expressão da subjetividade e o acesso aos conteúdos emocionais para ressignificá-los. Para tanto, foi proposta a duas mulheres diagnosticadas com câncer de mama, com 39 e 62 anos, respectivamente que, a partir da leitura de depoimentos publicados no blog da FEMAMA, escrevessem sobre a experiência oncológica em um diário ofertado a elas especialmente para esta finalidade. Esta intervenção aconteceu em um encontro individual com duração de uma hora e trinta minutos, nas dependências do ambulatório de oncologia de um hospital do norte gaúcho, sendo gravada e transcrita na íntegra. A análise qualitativa dos dados indica os benefícios psicoterapêuticos da escrita e do compartilhamento da experiência do diagnóstico e do tratamento do câncer de mama em prol do autoconhecimento e da potencialização de recursos psicológicos para o enfrentamento e superação das dificuldades decorrentes do adoecimento.


2021 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
Author(s):  
Maria Da Glória Bordini

A permanência de Josué Guimarães agora é examinada através de análise de seu romance Os tambores silenciosos, considerando posições de seus críticos. Com suporte teórico baseado em Tomachevski e Aristóteles, discutem-se a ressignificação dos temas hoje e o metaforismo da obra. O texto realiza paralelos entre o contexto e as personagens do romance e a circunstância histórica atual.


2021 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
Author(s):  
Roseli Hirasike ◽  
Vera Lúcia Bastazin

Este artigo aborda a figura da bruxa na literatura e sua presença nos poemas do título A bruxa não vai para a fogueira neste livro, de Amanda Lovelace. Partimos de um breve panorama dos estudos de Joseph Campbell, focando, em seguida, os conceitos de poder como objeto de desejo e a teoria do desejo mimético de René Girard. Apresentamos dados históricos e a origem etimológica do termo bruxa, importantes para a interpretação em foco, no qual o poder desejado é aquele de controle do fogo destruidor, em oposição ao fogo transformador, também presente na base dos mitos das deusas-bruxas. Finalmente, procedemos à análise da temática feminista dos poemas e os parâmetros que nos apontam o bode expiatório, surgido na linha traçada entre a bruxa das fogueiras da Inquisição e o gênero masculino na atualidade, representado metaforicamente nos poemas como “o cara dos fósforos”.


2021 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
Author(s):  
João Claudio Arendt ◽  
Leticia Lima

Neste artigo, investigamos a presença de Josué Guimarães na imprensa escrita de Caxias do Sul, entre os anos 1950 e 1980, com vistas a refletir sobre a influência da literatura suprarregional na formação e na consolidação do sistema literário da Serra Gaúcha. O enfoque volta-se aos jornais A Época, Pioneiro, Diário do Nordeste e Jornal de Caxias, que fazem menções ao escritor em entrevistas, colunas sociais, listas de obras mais vendidas, simulados de vestibular e notícias sobre publicação de livros. Chama a atenção, de modo especial, a existência de colunas assinadas pelo pseudônimo D. Xicote em dois desses periódicos, no início da década de 1950.


2021 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
Author(s):  
Márcia Helena De Melo Pereira ◽  
Jaqueline Feitoza Santos

Neste artigo, aborda-se aspectos comunicacionais da sociorretórica e mecanismos ligados à textualidade denominados operadores argumentativos, no gênero monografia. Observa-se em que medida esses elementos auxiliam o escrevente a posicionar-se argumentativamente. Para a execução dessa investigação, coleta-se uma monografia da área de Ciências Humanas, do curso de Comunicação Social, e utiliza-se uma metodologia qualitativa, com base em pressupostos teóricos da Linguística Textual. As análises revelam a execução de movimentos sociorretóricos pelo escrevente e que os operadores argumentativos foram responsáveis pelo cumprimento das sequências argumentativas utilizadas. Verifica-se, portanto, que orientar o discente de graduação sobre esses mecanismos pode instrumentalizá-lo com estratégias que corroborem para cumprindo o teor argumentativo esperado no gênero monografia.


2021 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
Author(s):  
André Eduardo Tardivo ◽  
Sandro Adriano da Silva
Keyword(s):  

A miticidade que envolve a figura da mãe de Jesus em seu caráter virginal e puro, e a de Maria Madalena, uma das imagens femininas mais controversas do cristianismo, são topoi na cultura ocidental, sendo recorrentemente revisitados pela literatura e pelas artes. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo apresentar uma leitura interpretativa do conto “A doce luz verde”, que integra a coletânea O gato no escuro, do escritor Josué Guimarães. Conduzimos nossas reflexões a partir de uma leitura paródica, nos termos de Hutcheon (1985), e do mito mariano na medida em que propomos aproximações com o romance saramaguiano O evangelho segundo Jesus Cristo. Para tanto, revisitamos a figuração da Virgem Maria e Maria Madalena nas obras aqui arroladas, embasando-nos nos estudos de Ferraz (2011), Martins (2004), Bastazin (1999), Eliade (1992), entre outros/as.


2021 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
Author(s):  
Vicentonio Regis do Nascimento Silva ◽  
Ana Maria Soares Zukoski

O presente trabalho tem por objetivo apresentar uma análise interpretativa do romance Os tambores silenciosos, publicado em 1976 por Josué Guimarães. Considerando o vasto leque de possibilidades interpretativas que a obra apresenta, optamos por focalizar a presença dos elementos fantásticos, demonstrando como adquirem contornos de denúncia social, remetendo às questões políticas da seara brasileira da década de 1970.


2021 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
Author(s):  
Pedro Afonso Barth

A última bruxa, instigante e provocativa obra infantil de Josué Guimarães, foi publicada em 1987. Por meio da mobilização da figura da bruxa, Guimarães cria uma história que dialoga com conceitos como morte, vida, eternidade, velhice e recomeço. O objetivo deste trabalho é analisar a obra citada percebendo como as dicotomias morte x vida, fim x recomeço são fundamentais para a compreensão da narrativa.  Defendemos nesse trabalho, que a obra apresenta três possibilidades de interpretação; uma alinhada às vivências do leitor infantil – e assim, a história será uma reinterpretação de contos de fadas. Outra que leva em conta o contexto de produção e assim a obra pode ser lida como uma analogia para  a abertura democrática brasileira no final dos 1980. E finalmente, uma terceira leitura, que compreende as referências à magia como metáforas para a própria existência humana na Terra – e assim “A última Bruxa” é uma aguda narrativa sobre o sentido da vida.


2021 ◽  
Vol 17 (3) ◽  
Author(s):  
Adauto Locatelli Taufer ◽  
Fabiano Tadeu Grazioli
Keyword(s):  

O presente trabalho parte de uma análise de alguns dados dos últimos resultados do Programa de Avaliação Internacional dos Alunos (PISA) e do Retratos da Leitura no Brasil (RLB), o primeiro disponibilizado pelo INEP, o segundo pelo Instituto Pró-Livro, na qual se discutem os baixos índices de leitura numa perspectiva que problematiza o perfil do leitor nacional e os equívocos relacionados ao percurso de sua formação quando se procura delineá-lo a partir do espaço escolar, justamente por este espaço se apresentar fragilizado, distante de investimentos de diversas naturezas que, de fato garantam visualizar o perfil do qual tanto se lastima. O intuito não é revelar uma realidade já conhecida para constranger docentes e discentes, mas retomá-la, já que os índices, a nosso ver apontam mais uma vez para ela, e colocá-la em diálogo com os estudos de José Hélder Pinheiro Alves (2013), Antonio Candido (1995), Silvia Castrillón (2011), Graça Paulino e Rildo Cosson (2009), Tzvetan Todorov (2020), Regina Zilberman (2009), entre outros, para sugerir algumas reflexões. No final, apresentamos alternativas possíveis no contexto da educação básica brasileira, como a criação de comunidades interpretativas, aproveitando as orientações de Annie Rouxel (2013), em sintonia com o que propõe Cecilia Bajour (2012) acerca da escuta como prática de leitura, metodologias que, se bem observadas, recuperam aspectos que estão na natureza da recepção do texto literário, o que, por si só, já é uma sugestão.


2021 ◽  
Vol 17 (2) ◽  
Author(s):  
Emili Coimbra De Souza ◽  
Luciana Maria Crestani

Os pórticos situados à entrada das cidades/municípios, além de darem as boas-vindas aos visitantes, configuram-se como textos – geralmente sincréticos – que carregam em si elementos associados à história da comunidade e, portanto, dizem sobre ela. Entendemos que explorar esse tipo de leitura (não usualmente ensinada nos bancos escolares), além de contribuir para o crescimento cultural do aluno, pode aprimorar competências leitoras, aguçando o olhar e a capacidade de perceber relações entre os elementos do texto e os discursos a eles subjacentes. Tendo isso em conta, o objetivo deste estudo é analisar o pórtico do município de São Miguel das Missões, observando as figuras e os temas que elas recobrem, com intuito de compreender o que esse monumento diz sobre o povo e a comunidade que ele apresenta. A base teórico-metodológica que ancora o estudo é a semiótica discursiva, principalmente os trabalhos de Barros (2001) e Fiorin (2004, 2006, 2016). Também trazemos contribuições de Bakhtin (2003, 2014) no que tange às relações dialógicas implicadas na produção/recepção de enunciados.


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