Revista Espaço Pedagógico
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Published By Upf Editora

2238-0302, 0104-7469

2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 258-275
Author(s):  
Patricia Ketzer ◽  
Ana Paula Scheffer
Keyword(s):  

Christine de Pizan (1364-1430) defendeu uma educação de qualidade como ferramenta potencial para impulsionar o protagonismo humano, além de promover a igualdade. Afirmava a necessidade de se educar meninos e meninas igualmente, no processo de socialização, de modo a possibilitar o desenvolvimento intelectual das mulheres. Com o objetivo de investigar como uma mulher do período Medieval conseguiu se dar conta dessa necessidade premente, promovendo-a, o artigo em questão foi estruturado em duas etapas, a saber: em um primeiro momento, discorre-se sobre quem foi Christine de Pizan e em que contexto ela estava inserida. Em um segundo momento, objetiva-se analisar a contribuição de Pizan para a Educação, bem como compreender a visão da autora acerca da temática, relacionando-a com o contexto educacional atual. Como considerações finais, destaca-se a educação como cerne estruturante no protagonismo humano, em conjunto com o seu potencial libertador.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 55-82
Author(s):  
Cleriston Petry

Argumento, no presente artigo, sobre a relação entre socialização e educação, considerando a primeira como “processos de introdução na sociedade” e a segunda como a “introdução das novas gerações no mundo”. O problema que orientou a investigação a refere-se à existência ou não de incompatibilidade entre ambos os objetivos, se é razoável “socializar” considerando a “sociedade” em que as crianças e jovens são inseridos e se a “socialização” contribui ou não para a realização da skholé, caracterizada como “tempo livre” distinto do “tempo produtivo” da sociedade. Neste sentido, defendi que a skholé só é possível quando a “socialização” não é a tarefa central da escola (porque a “socialização” desescolariza a escola) e nem a educação reduzida à “socialização”. A atualização da skholé e sua institucionalização escolar é fundamental para a introdução das “novas gerações” no “mundo” e, talvez, a única oportunidade que os seres humanos terão, nas condições atuais, de experenciar o “tempo livre” que suspende as injunções da família, da sociedade (economia, trabalho, divertimento, lazer, descanso, aprendizagem) e da política.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 83-105
Author(s):  
Maria Da Graça Jacintho Setton

O objetivo deste artigo é apresentar informações preliminares acerca da pesquisa intitulada Pensamento e práticasculturais da elite paulistana. A intenção é problematizar e circunstanciar questões de ordem metodológicae teórica observadas no decorrer do trabalho de investigação. Mais especificamente, serão expostas as dificuldadese as estratégias utilizadas para contornar as difíceis relações com um grupo social seleto – as elites dasociedade paulistana. Articuladas a esta questão, serão analisadas algumas impressões das frações estudadas,suas idiossincrasias a partir do pertencimento neste grupo e setores da economia que representam. Trata-se deuma primeira explanação de dados mais gerais da pesquisa, que busca compreender as formas de justificaçãoda dominação e as representações sociais das elites a partir de suas trajetórias sociais, tendo como perspectivateórica a sociologia da socialização.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 1-5
Author(s):  
Telmo Marcon

2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 166-191
Author(s):  
Rodrigo Pelegrini Ratier

O objetivo deste trabalho é analisar aspectos da socialização nos grupos públicos bolsonaristas no aplicativo WhatsApp. O foco são os padrões comunicativos recorrentes nesse espaço. Utilizando como material de análise mensagens textuais e visuais, animações, memes e vídeos veiculados em comunidades virtuais de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, indica-se a existência de uma “pedagogia da ameaça”, com fluxo comunicativo centralizado, ausência de debates e nenhum espaço para o contraditório. A análise de conteúdo aponta intensa circulação de mensagens apoiadas em três padrões comunicativos fundamentais: 1- binômio amigo-inimigo, 2- apelo à emoção e 3- estratégias de desinformação. Defende-se que a plataforma virtual em tela se configura como uma mídia ideológica na acepção proposta por Thompson (1995), a de sentido a serviço do poder. Ao emular um estado de ameaça constante, o WhatsApp bolsonarista ambiciona reunir, alertar e convocar a militância para a defesa do presidente diante de perigos e intimidações.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 237-257
Author(s):  
Maurício Perondi

O presente artigo trata da socialização de jovens a partir da sua participação em quatro coletivos: Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais-Ingá, Cursinho Pré-Vestibular Zumbi dos Palmares, Instituto Cultural Afro Sul/Odomodê e Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens, das Pastorais da Juventude do Brasil. O objetivo da investigação foi compreender quais são os sentidos que a participação nesses grupos representa para as vidas dos jovens envolvidos. Toma como referenciais autores que discutem a socialização das juventudes contemporâneas, a partir dos conceitos de participação social e de culturas juvenis, tais como Carles Feixa, José Machado Pais, Alberto Melucci, Regina Novaes, Luis A. Groppo, entre outros. A metodologia empreendida na investigação teve cunho qualitativo, a partir das narrativas juvenis. Os resultados evidenciaram que os grupos contribuem de maneira significativa para a socialização dos jovens, a partir das relações que estabelecem com outros sujeitos que têm a mesma idade. A principal categoria produzida a partir dos dados analisados foi denominada como sociabilidade e tratou dos temas da coletividade, da convivência, da amizade e dos grupos como uma “segunda família”.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 121-143
Author(s):  
Vanessa Gomes de Castro ◽  
Fernando Tavares Júnior
Keyword(s):  

Investigam-se processos de socialização primária e secundária associados a percursos escolares exitosos entre alunos provenientes de camadas populares. Analisam-se casos bem sucedidos entre a geração escolar que ingressou no primeiro ano do ensino fundamental em 2006, em uma escola municipal no interior de Minas Gerais, sendo a primeira coorte submetida às leis de ampliação da duração do Ensino Fundamental para nove anos, com ingresso aos seis anos de idade. Para aprofundar a análise, foram pesquisadas as histórias de vida de três alunos aprovados continuamente até a conclusão do ensino médio em 2017, representando exceções em meio a uma geração majoritariamente afetada por reprovações e evasões ao longo de seus percursos. Observou-se que processos de socialização primária (familiar) e secundária (extrafamiliar) podem se apresentar como elementos favoráveis, que se mostram associados a percursos escolares exitosos, corroborando a relevância de atitudes específicas dos adultos sobre as trajetórias sociais das gerações mais novas.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 144-165
Author(s):  
Karina Marcon ◽  
Cristiane Koehler

Este artigo apresenta uma discussão sobre as tecnologias digitais de rede e as mídias sociais como dispositivos para um convívio sociointelectual entre os sujeitos em interação. Discutem-se os paradigmas comunicacionais de massa e de rede no contexto das mídias sociais, suas potencialidades para os processos comunicacionais, a abertura dos polos de emissão de mensagens e a possibilidade de o sujeito participar de forma mais efetiva nos processos comunicativos. Analisa-se a coexistência desses dois paradigmas comunicacionais em um contexto de convergência midiática, no qual as relações sociais acontecem com diferentes formatos de mídias, potencializando a interação social entre os sujeitos acerca dos conteúdos midiáticos decorrentes dessas inter-relações. Apresenta-se, ainda, o conceito de interação social em rede e sua atuação na natureza das relações entre os sujeitos envolvidos no sistema comunicacional, buscando exprimir como o processo comunicacional se constitui em um contexto de rede. A interação social em rede somente acontece em tecnologias digitais que disponibilizam recursos tecnológicos nos quais os sujeitos possam estabelecer conexões sociais.


2021 ◽  
Vol 28 (1) ◽  
pp. 276-296
Author(s):  
Nathalye Nallon Machado ◽  
Anderson Ferrari

O artigo é resultado de uma pesquisa na área da Educação, realizada com sete mulheres jovens de uma escola pública, interessada na relação entre as imagens selfies - que são publicadas nas redes sociais. O foco de análise que elegemos diz dos dispositivos de feminilidade e juventude que são acionados e postos em circulação para a construção de imagens de si como mulheres jovens. Isso nos aproxima da perspectiva foucaultiana, entendendo gênero como atravessado por relações de saber-poder e que diz dos processos de subjetivação como processos educativos. Metodologicamente trabalhamos com grupos focais e observação nas páginas do Facebook e Instagram, de maneira que vamos trazer para discussão falas e análises a partir do que foi construído por esses procedimentos metodológicos.


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