Revista Turismo em Análise
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Published By Universidade De Sao Paulo Sistema Integrado De Bibliotecas - Sibiusp

1984-4867, 0103-5541

2021 ◽  
Vol 32 (2) ◽  
pp. 272-289
Author(s):  
Jackson de Souza ◽  
Gislainy Laíse da Silva ◽  
Sérgio Marques Júnior
Keyword(s):  

O marketing tem sido um campo muito presente no mercado e nos estudos sobre o turismo, e destaca-se a constante necessidade de aperfeiçoamento de suas práticas, tendo em vista as mudanças e a complexidade tanto do consumidor quanto da própria atividade turística. Neste artigo, é apresentada a técnica de marketing de conteúdo, inferindo sua importância para o turismo, especialmente na divulgação de destinos em âmbito virtual, atenuando a baixa qualidade dos portais oficiais e levando informação relevante e valiosa ao consumidor. Para isso, foi realizado um estudo exploratório e descritivo, com resultados quantitativos e qualitativos obtidos a partir do monitoramento on-line de uma comunidade virtual de viajantes. Por meio da análise de conteúdo, descreveu-se o ranking dos assuntos mais buscados, como “Dicas de Roteiro”, “Dicas Gerais”, “Hospedagem Alternativa”, “Custos” etc., e foram identificadas as decisões em categorias já estabelecidas e em novas categorias, como “Acessórios de viagem”, “Câmbio e transações financeiras” e “Comunicação”. A identificação das categorias e dos itens apresentados consiste em apenas uma das diversas etapas para o desenvolvimento do marketing de conteúdo de uma organização, em que proposições de frameworks de produção de conteúdo devem ser levadas em conta. Assim, esta pesquisa pode instigar novos estudos de monitoramento do marketing de conteúdo no turismo, além de auxiliar produtores de conteúdo do turismo a desenvolverem trabalhos eficazes com esta importante técnica.


2021 ◽  
Vol 32 (2) ◽  
pp. 323-343
Author(s):  
Luana Alexandre Silva ◽  
Fernando Gomes de Paiva Júnior ◽  
Rebeka Cristiny Barbosa de Santana
Keyword(s):  

A promoção do turismo criativo tem se estabelecido como parte das políticas públicas adotadas para fomentar a economia criativa nos territórios de destino turístico. Ao serem valorizadas as práticas criativas e culturais particulares de uma região por meio de envolvimento ativo entre os participantes, essa abordagem de turismo cultural se apresenta como modalidade favorável ao desenvolvimento sustentável daquela localidade. A Organização das Nações Unidas busca a sustentabilidade ao reunir, na Agenda 2030, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), destinados a orientar os formuladores de políticas públicas em prol de parâmetros econômicos, sociais e ambientais. O propósito deste estudo é compreender o modo como determinadas políticas públicas de fomento ao turismo criativo se alinham com o ODS número 11, que propõe a construção de cidades e comunidades sustentáveis. O estudo de caso único foi realizado a partir da pesquisa documental do Plano de Turismo Criativo instituído na cidade do Recife, Pernambuco, Brasil. Os resultados oriundos da análise de conteúdo indicam que a formulação de tal Plano tende a colaborar para o alcance das metas propostas pela Agenda 2030 nos quesitos de urbanização, gestão dos territórios e valorização do patrimônio cultural e natural. A política pública proposta demanda ênfase em fatores de infraestrutura relacionados a segurança, igualdade social, habitação, inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade e proteção ao patrimônio intelectual e ambiental.


2021 ◽  
Vol 32 (2) ◽  
pp. 249-271
Author(s):  
Cláudio Damacena ◽  
Flávio Régio Brambilla ◽  
Ana Laura Barcelos Correa

O turismo rural, fonte de renda e geração de valor resultante da integração com os consumidores, acontece para além das operações tradicionais de uma propriedade agrícola. Assim, uma das alternativas de experiência para geração de valor é a cocriação de valor, ou seja, a interação entre o provedor do turismo agrícola e seus consumidores, experiência colaborativa baseada em conhecimentos, habilidades e experiências. O objetivo deste artigo é compreender os mecanismos de cocriação existentes na relação entre produtor de oliveiras e o turista rural, por meio de uma abordagem qualitativa e exploratória, no sul do Brasil, com o emprego de entrevistas em profundidade. Após análise dos resultados, foram identificados aspectos favorecidos pela cocriação de valor, em especial relacionados ao lazer e à autorrealização, e que a cocriação de valor pode trazer benefícios ao contexto do turismo rural, principalmente no que tange às relações entre provedor e turista, beneficiando ambos os envolvidos.


2021 ◽  
Vol 32 (2) ◽  
pp. 205-226
Author(s):  
Moabe Breno Ferreira Costa ◽  
Maria Lúcia Bastos Alves

O artigo problematiza procedimentos e técnicas que definem especificidades de publicações que representam a comunicação turística na fanpage da Prefeitura Municipal de Salvador, com objetivo de analisar a estrutura estética dessas publicações. Para isso, são aplicadas as categorias triádicas da semiótica peirceana, que constituem um processo sistemático de investigação, por meio da fragmentação e delimitação dos componentes do objeto de análise, identificando possíveis sentidos por ele produzidos. O procedimento operacional envolve monitoramento da fanpage, seleção de postagens turísticas, revisão de literatura e a análise pretendida. Assim, o artigo contribui com a aplicação da semiótica peirceana ao estudo do turismo e com a delimitação de um padrão estético para postagens turísticas em ambiências digitais, construído pela associação simbiótica e sincrética de aspectos das áreas de programação de mídia – jornalismo, publicidade e entretenimento. Denominada acoplamento estrutural turístico, a estrutura potencializa interatividades, estimula debates sobre a cultura turística e constrói fronteiras entre turismo e cotidiano, podendo gerar processos educativos e de empoderamento dos usuários.


2021 ◽  
Vol 32 (2) ◽  
pp. 227-248
Author(s):  
Michelle Oliveira do Espírito Santo Corsino ◽  
Milton Augusto Pasquotto Mariani

Consolidou-se, na literatura, o perfil empreendedor como impulsionador do processo de criação de oportunidades e promotor de transformação e inovação. Partindo disso, da constatação de que o estudo científico das características que constituem o comportamento empreendedor é incipiente em relação ao espaço rural; do papel do turismo no espaço rural como fator catalisador do desenvolvimento local; e da necessidade de desenvolver e potencializar características empreendedoras nos gestores desse segmento, o objetivo desta pesquisa é descrever o processo de construção e validação do Empreter – em suas dimensões indivíduo e sustentabilidade –, instrumento qualitativo de autoanálise de perfil empreendedor para gestores de empreendimentos de turismo no espaço rural brasileiro. Os resultados obtidos na etapa de campo confirmaram a eficácia do Empreter, assim, conclui-se que há necessidade de inclusão da dimensão sustentabilidade nas análises acadêmicas voltadas ao perfil empreendedor, sobretudo relacionadas aos indivíduos atuantes nesse tipo de turismo.


2021 ◽  
Vol 32 (2) ◽  
pp. 290-322
Author(s):  
Anna Carolina Fernandes Serra ◽  
Danielle Fernandes Costa Machado ◽  
Mirna de Lima Medeiros

Considerando que as pesquisas turísticas têm se aprofundado em questões de cunho social e, com isso, buscam ferramentas que aproximem o pesquisador das realidades estudadas, o objetivo deste artigo é apresentar uma discussão sobre a adequação da fotoetnografia enquanto recurso metodológico útil ao desenvolvimento de pesquisas acadêmicas na área de turismo e hospitalidade, especialmente quando há ênfase em manifestações socioculturais. Esse objetivo foi alcançado por meio de um ensaio teórico combinado com pesquisa empírica utilizando a metodologia para demonstrar sua adequação. A etapa empírica foi realizada na cidade de Chapada do Norte (MG), uma comunidade remanescente de quilombos no Vale do Jequitinhonha, registrando a principal festa tradicional da cidade. Utilizamos as etapas da técnica fotoetnográfica propostas pelo antropólogo Achutti e, a partir de 1.300 registros fotográficos próprios, elaboramos uma narrativa fotoetnográfica composta por 31 imagens. Por fim, conjugando as etapas teórica e empírica, destacamos os potenciais, vantagens e limitações da técnica fotoetnográfica. Conclui-se que a metodologia se revela eficaz e pode ter diversas aplicações para os estudos em turismo e hospitalidade, especialmente em relação a manifestações socioculturais. Tem-se como limitação o não aprofundamento quanto a fenômenos e espaços naturais.


2021 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 185-204
Author(s):  
Raul Ivan Raiol de Campos ◽  
Paulo Moreira Pinto ◽  
Silvia Helena Ribeiro Cruz ◽  
Fabrício Lemos de Siqueira Mendes

O Sistema Nacional de Unidades de Conservação define uso indireto como aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais. Neste contexto, a pesquisa problematiza, a partir da aplicabilidade teórica e empírica, se há realmente o uso indireto dos recursos naturais pela atividade turística e pelos moradores locais nos Parques Nacionais dos Lençóis Maranhenses, Jericoacoara e Chapada das Mesas. Nesse conjunto, a centralidade firma-se em analisar o conceito de uso indireto e sua aplicabilidade nos loci citados. Para tanto, utiliza teóricos considerados clássicos e que debatem sobre os recursos de uso comum, cotejando-os com autores contemporâneos. A metodologia consiste em pesquisa bibliográfica e documental, pesquisa de campo, observação direta e abordagem qualitativa. Assim, tomando-se por base os pressupostos teóricos e o empirismo, os resultados demonstram que o que se pratica nessas Unidades de Conservação é o uso direto dos recursos de uso comum tanto pela atividade turística quanto pelos moradores locais.


2021 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 162-184
Author(s):  
Bruna Castro Mendes ◽  
Airton José Cavenaghi

A proposta deste artigo é, a partir da perspectiva da hospitalidade, em sua dimensão de acolhimento e pertencimento, compreender a visão do anfitrião sobre a relação estabelecida pela atividade turística, entendendo que ele ocupa uma das posições limítrofes desta relação. Assim, o objetivo geral é compreender como a comunidade anfitriã de uma cidade turística, tendo como objeto a cidade de Campos do Jordão (SP), avalia o turismo e os atores envolvidos nesta atividade. Além disso, buscou-se identificar a percepção da comunidade local em relação à cidade, ao turismo e ao turista. A metodologia define-se pelo caráter exploratório, utilizando uma amostra não probabilística, classificada como sondagem de rua, totalizando 115 questionários aplicados em junho de 2020. O apoio ao turismo foi evidenciado, porém, alguns descontentamentos da população demonstram que os custos de ter o turismo como atividade principal na localidade começam a ser sentidos. Espera-se que este trabalho leve à compreensão dos impactos do turismo no cotidiano dos residentes, permitindo ações mais efetivas para o seu envolvimento e atuação no processo organizacional do turismo local.


2021 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 1-18
Author(s):  
Gilmara Barros da Silva ◽  
Rafaely Moreira Sabbá Neiva ◽  
Ricardo Eustáquio Fonseca Filho ◽  
Marcos Antonio Leite do Nascimento
Keyword(s):  

O turismo como atividade econômica, se apresenta através de segmentos turísticos, agregando quem produz, quem distribui e quem consome os serviços em um dado espaço. Há segmentos já reconhecidos, como Ecoturismo e Turismo Cultural, o Geoturismo surge como uma proposta de um novo segmento, que valoriza os patrimônios natural e cultural, por meio de visita e interpretação de atrativos abióticos. Neste sentido, propõe-se a discussão do Geoturismo enquanto segmento turístico sob os auspícios do marco teórico do Ministério do Turismo (MTUR). Para tanto foi realizada pesquisa bibliográfica e documental das expressões “geoturismo” e “segmento turístico” em produções científicas e técnicas nas plataformas Google Scholar, Scopus e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Os resultados demonstram que: não há um consenso entre estudiosos do Geoturismo se é um segmento turístico, mas os pressupostos do MTUR dão subsídios para que seja reconhecido e prioritário nas políticas públicas de regionalização e sustentabilidade no futuro. Recomenda-se a utilização dos dados aqui apresentados do MTUR em parceria com agências governamentais, institutos de ensino e pesquisa, dentre outros, para que o Geoturismo seja elencado e validado como segmento turístico, por meio de políticas públicas que estimulem mais estudos, em especial relacionados à sua comercialização e perfil da demanda.


2021 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 40-58
Author(s):  
Anderson Sartori
Keyword(s):  

O cicloturismo é uma atividade em expansão em nível mundial, proporcionado a viagem ou a visitação a destinos e atrativos turísticos com maior mobilidade, praticando exercício físico e de forma mais sustentável. O objetivo geral deste artigo é identificar o perfil do ciclista e cicloturista em Santa Catarina, em seus aspectos socioeconômicos e suas motivações para uso da bicicleta como atividade de lazer, recreativa e/ou esporte. Esta pesquisa tem enfoque quantitativo, sendo descritiva com delineamento de levantamento. Foram aplicados questionários utilizando de plataforma virtual para ciclistas e cicloturistas de Santa Catarina, sendo quantificados através de planilha do Excel para análise dos dados. Como resultados principais as variáveis idade, escolaridade e renda mensal são importantes serem consideradas em conjunto para identificar o perfil do ciclista e cicloturista, devido aos custos com equipamentos e manutenção que as bicicletas possuem na atualidade. As principais motivações para a prática do ciclismo são exercício físico, conhecer paisagens naturais e patrimônio cultural e realizar novas amizades. O planejamento de roteiros de cicloturismo ou o incentivo do uso da bicicleta como atrativo turístico requer atenção as necessidades e expectativas desse público requerendo bens e serviços específicos, tanto para si como para seu equipamento. A concentração de respondentes em determinadas regiões pode ser considerada como um limitador. O campo para contribuições é amplo, especialmente na avaliação das estruturas e atendimento de bens e serviços nos roteiros de cicloturismo já estabelecidos e podem auxiliar em readequações e o planejamento turístico para atender as expectativas e necessidades dos cicloturistas e ciclistas em geral.


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