Mandrágora
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Published By Instituto Metodista De Ensino Superior

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Mandrágora ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 95-117
Author(s):  
Kelly Caroline Noll da Silva

O presente artigo objetiva analisar a construção de um modelo de santidade feminina atribuído pela Igreja Católica a partir da história de vida, morte e martírio de Albertina Berkenbrock. A menina, assassinada em 1931 após tentativa de estupro no município de Imaruí/SC, ficou conhecida em 1952 quando a Igreja abriu o pedido de sua beatificação. O jornal O Apóstolo atuou substancialmente para a difusão de discursos que colocavam Albertina enquanto exemplo de santidade feminina. Assim, entende-se que os adjetivos empregados a ela contribuíram para legitimar um modelo de santidade na sua personalidade e para a afirmação de que o fato de resistir à violência sexual caracterizaria-se como o seu grande ato heroico, base para o andamento do processo de beatificação.


Mandrágora ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 153-163
Author(s):  
Tainah Biela Dias

Resenha da obra: FIELDER, Bronwyn; EZZY, Douglas. Lesbian, Gay, Bisexual and Transgender Christians: Queer Christians, Authentic Selves. London New York: Bloomsbury, 2018.


Mandrágora ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 73-94
Author(s):  
José Pascoal Mantovani ◽  
Natlhalia Magalhães Vincentin

Este artigo trata da inquisição de Felipa de Sousa. O problema suscitado é: como transformar o tema de gênero e/ou sexualidade em dispositivo que problematize subjetividades que estão moldadas a estruturas dominadoras? Nesse contexto, qual o papel da religião como instituição prescritiva? É possível potencializar vozes insurgentes? A fundamentação teórica se respaldará em Mesquita, Butler e Louro. Os objetivos são: apresentar a condenação de Felipa de Sousa e o papel da religião vigente em sua sentença; articular situações de misoginia do século XVI e da contemporaneidade; propor estética da existência para corpos insurgentes diante de religiões dominadoras e instituições castradoras. Como resultado, busca-se demonstrar o paralelo da perseguição de Felipa de Sousa com corpos femininos contemporâneos.


Mandrágora ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 31-52
Author(s):  
Nirvana De Oliveira Moraes Galvão de França ◽  
Tattiane Yu Borges Marques
Keyword(s):  

O Therīgāthā é uma antologia de poemas escrito por mulheres sobre mulheres budistas, sendo o primeiro texto desta categoria no mundo. O eu-lírico destes poemas é a expressão da própria vivência, mulheres que eram mães, esposas, concubinas, prostitutas, viúvas... que transbordaram nos versos suas epifanias de despertar, mostrando o caminho trilhado, a razão da renúncia a vida em sociedade para se tornarem monjas budistas, celibatárias em busca do mais elevado fruto do caminho, a paz definitiva. A trajetória de investigação destes versos inicia-se com uma apresentação do texto, sobre quem eram as anciãs que representavam as vozes das primeiras monjas na literatura budista, segue-se a uma análise do eu-lírico na experiência feminina, posteriormente sobre a possibilidade de teopoética desta antologia em diálogo com o erotismo dos corpos na dissolução relativa com a sexualidade de Georges Bataille na obra: O Erotismo. Para que isso seja possível foi feita a investigação de alguns versos traduzidos do páli para o inglês, por Charles Hallisey e para as análises uma pesquisa bibliográfica. A interpretação dos versos é uma interpretação livre, mas que ilustram o que esta obra nos traz dentro das possibilidades interpretativas da teologia budista.


Mandrágora ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 1-6
Author(s):  
Naira Pinheiro dos Santos

Mandrágora ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 119-151
Author(s):  
Jean Pablo Guimarães Rossi ◽  
Eliane Rose Maio

Este estudo está articulado a uma pesquisa de Doutorado, em andamento, e tem como objetivo principal discutir as questões de gênero, sexualidade e religião, que se atravessam nos relatos de padres e seminaristas. Para tanto, tomamos como objeto de estudo tais relatos presentes na reportagem publicada pela BBC News (British Broadcasting Corporation) em 2020, intitulada: “Gelo no pênis, exorcismo e medo: os padres gays silenciados pela Igreja no Brasil”. Nos valemos do pressuposto foucaultiano de poder como perspectiva base, fundamental para compreensão de como as instituições – neste caso, instituições religiosas – funcionam como dispositivos de controle e docilização dos corpos e das sexualidades. As análises evidenciaram a presença de diversos mecanismos de disciplinamento, punição e contenção da sexualidade nas instituições religiosas.


Mandrágora ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 7-30
Author(s):  
Lidice Meyer Pinto Ribeiro

A relação entre a mulher e a fertilidade transparece nos rituais de primavera desde os tempos imemoriais. Através de uma leitura atenta da Bíblia sob o enfoque da antropologia bíblica, percebe-se a constante presença feminina nos eventos relacionados à primavera no Antigo e Novo Testamentos bem como sua associação simbólica com arquétipos da Deusa-mãe e das deusas Inanna/Ishtar, Ísis e Perséfone. Observa-se também a constância da face feminina de Deus, ruach, e de repetições tríplices que apontam para representações da totalidade do gênero feminino. A presença da primavera se destaca na condução da trama bíblica desde a formação do povo de Israel à chegada e sacrifício do Messias bem como na promessa de sua segunda vinda.


Mandrágora ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (1) ◽  
pp. 53-71
Author(s):  
Claudete Beise Ulrich ◽  
Vinicius Silva de Oliveira

Os/as robôs estão cada vez mais sofisticados, fazendo parte de nossos cotidianos, nos diferentes contextos. Será que eles/as tem sexo? Se sim, qual será o sexo: masculino, feminino e/ou outro? O presente texto busca refletir sobre esta questão: Se os/as robôs tem sexo? Objetivamos realizar uma análise da relação do ser humano masculino com a máquina/robô a partir da categoria analítica de gênero. Levantamos uma discussão sobre os/as sexbots, e como esses robôs refletem antigos arquétipos em relação ao papel das mulheres na sociedade ocidental. Consideramos que este tema necessita ser refletido e aprofundado, numa perspectiva ética feminista, pois as mulheres continuam sendo coisificadas e submetidas, nas relações seres humanos-máquinas. 


Mandrágora ◽  
2020 ◽  
Vol 26 (2) ◽  
pp. 113-137
Author(s):  
Fernando Torres Londoño ◽  
Manuela Ribeiro Cirigliano
Keyword(s):  

Neste artigo, abordamos a Virgem de Guadalupe na condição de símbolo espiritual, como a chamou Gloria Anzaldúa. Iniciamos na mariologia que formatou o princípio constituinte do feminino na cultura náuatle, a deusa Coatlicue em Guadalupe. Partindo do culto de substituição imposto no Tepeyac, serão considerados os recursos presentes na invenção da devoção até a difusão do relato canônico das aparições. Depois, seguimos a feminista chicana Gloria Anzaldúa em sua vivência da fronteira física entre México e EUA e da fronteira simbólica do universo chicano e abordamos a ressignificação rebelde feita pelas lutas das chicanas que têm feito da Guadalupe uma virgem guerreira, ecoando autoras e artistas plásticas contemporâneas.


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