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Published By Universidade Federal Do Parana

0100-6932, 0100-6932

2021 ◽  
Vol 69 (2) ◽  
pp. 155
Author(s):  
Dalton Melo Macambira ◽  
Jaíra Maria Alcobaça Gomes
Keyword(s):  

A desertificação é um dos maiores problemas ambientais do mundo na atualidade. Nesse sentido, pretende-se estudar a história da desertificação em Gilbués, localizado no sudoeste piauiense, numa região de transição entre a caatinga e o cerrado. O início da degradação dos solos na região começou nos anos de 1940 e 1950, embora existam registros de fragilidades ambientais desde a segunda metade do século XIX. O objetivo do trabalho é demonstrar as possibilidades de se estudar o processo de desertificação em Gilbués a partir da teoria e da metodologia da história ambiental, pensando a partir das interações entre sociedade e natureza ao longo do tempo. A pesquisa, a partir dos pressupostos da história ambiental, pressupõe três níveis: 1) investigar os recursos naturais existentes na área de estudo; 2) analisar as relações socioeconômicas da sociedade com o ambiente ao longo do tempo; 3) compreender as manifestações culturais resultantes das interações do homem com a natureza. Neste ensaio, do ponto de vista metodológico, utilizar-se-á as duas primeiras dimensões. Para tanto, serão apresentados os principais teóricos dessa nova abordagem historiográfica e far-se-á revisão de literatura sobre o fenômeno da desertificação.


2021 ◽  
Vol 69 (2) ◽  
pp. 7
Author(s):  
Margareth Rago ◽  
Mauricio Pelegrini

Apresentação do dossiê Ascensão e queda do paraíso tropical


2021 ◽  
Vol 69 (2) ◽  
pp. 41
Author(s):  
Jorge Coli

Este ensaio parte da constatação facilmente percebida por qualquer historiador da arte brasileira. No seu conjunto, os artistas criaram um paraíso fictício que encobre a prática do olhar por aquilo que é possível chamar de “realidade”. Esse paraíso elege privilegiados e elimina excluídos. No século XIX, é evidente a exaltação de um índio imaginário e heroico, que esconde não apenas os massacres que ocorrem sobre os indígenas verdadeiros, bem como afasta a representação dos afro-brasileiros. O paraíso é apenas para alguns.


2021 ◽  
Vol 69 (2) ◽  
pp. 137
Author(s):  
Tony Hara ◽  
Gabriel Pochapski

Para sobreviver do lado de fora dos muros, abandonados à própria sorte na lutacontra os efeitos do colapso ecológico que se avizinha, é preciso dizer adeus àspairidaezas imperiais e aos enclaves fortificados. Desviar o olhar e reaprender acontemplar um jardim como o de Epicuro: território da conversa, do tempo para o outro, da partilha da alegria e do prazer de viver como alívio para dores da angústia.


2021 ◽  
Vol 69 (2) ◽  
pp. 110
Author(s):  
Pedro Paulo Abreu Funari ◽  
Andrés Zarankin
Keyword(s):  

O artigo começa por apresentar a recente ditadura militar no Brasil (1964-1985), para voltar-se para os conceitos interpretativos latino-americanos de transculturação e antropofagia, para os direitos humanos como justiça e resistência ao poder. A cultura material, objeto da Arqueologia, é essencial para tratar da governamentalidade, em específico durante em contexto de exceção. Apresenta ocontexto histórico que permitiu o desenvolvimento da Arqueologia da Repressão e da Resistência na América Latina e centra nas atividades recentes no Brasil. As escavações no DOPS-MG permitem avaliar o potencial paro o campo no Brasil e conclui-se pela defesa de uma Arqueologia que induza o respeito pela diversidade e pelo convívio.


2021 ◽  
Vol 69 (2) ◽  
pp. 251
Author(s):  
Micael Alvino da Silva
Keyword(s):  

Resenha do livro do historiador Jacob Blanc, publicado no segundo semestre de 2019 pela Duke University Press. O livro é sobre a visibilidade do Brasil rural a partir da experiência de grupos sociais que habitavam na região que seria inundada pelo lago de Itaipu (Oeste do Paraná). O autor argumenta que “Antes da inundação” (tradução livre do título do livro), havia três grupos-chave: pequenos proprietários, indígenas e sem terra. A partir de fontes diversas como documentos da Itaipu, reportagens, fotografias e entrevistas, o leitor encontra a narrativa do projeto Itaipu e as narrativas de como esses grupos-chave se relacionaram entre si e com as temáticas nacionais da década de 1980, tais como militarismo, abertura e democracia.


2021 ◽  
Vol 69 (2) ◽  
pp. 220
Author(s):  
Eduardo De Melo Salgueiro

Resumo: Este trabalho tem como objetivo central analisar algumas publicações do jornal A Folha de S.Paulo lançadas como suplementos especiais de conteúdos relacionados com as várias regiões do país no final dos anos 1960. Nosso especial interesse reside sobre aquilo que foi escrito sobre a Amazônia e as representações criadas naquele momento sobre o que deveria ser o ideal de desenvolvimento e progresso para aquela região.


2021 ◽  
Vol 69 (2) ◽  
pp. 257
Author(s):  
Daniel De Souza Lemos
Keyword(s):  

Resenha da obra Os Barões do Charque e suas fortunas. Um estudo sobre as elites regionais brasileiras a partir de uma análise dos charqueadores de Pelotas (Rio Grande do Sul, século XIX), do historiador Jonas Vargas. 


2021 ◽  
Vol 69 (2) ◽  
pp. 12
Author(s):  
Rui Luis Rodrigues

Um conceito hegemônico de Antiguidade produziu um conceito hegemônico dehumanismo enquanto apropriação desse passado dito “clássico”. Essa operaçãoconceitual não foi tanto obra do Renascimento quanto de elucubrações europeiasposteriores. Um olhar historiográfico atento à especificidade de cada período poderáperceber, na obra dos humanistas europeus dos séculos XV e XVI, matizes importantes em sua maneira de pensar a cultura à qual se sentiam ligados e as relações dessa cultura com outras ao redor do mundo. A presente comunicação tem como finalidade revisitar alguns textos erasmianos em perspectiva histórica, a fim de compreendermos como Erasmo concebia a Europa e sua relação com o restante do mundo. Para Erasmo a Europa não possuía concretude em si mesma; ela existia apenas enquanto materialização da respublica christiana, dessa cristandade cujas fontes formativas estavam situadas fora do território europeu: na Palestina dos evangelhos, na Síria helenizada de Luciano de Samósata, na África de Agostinho e Orígenes. Revisitar a maneira pela qual o humanismo erasmiano compreendia as raízes não-europeias da Europa a partir de um ponto de vista específico, como historiador radicado num espaço não-europeu, pode cooperar intensamente para a busca de novos caminhos pelos quais refletir sobre a identidade da Europa diante do jogo múltiplo de identidades que compõe nosso tempo.


2021 ◽  
Vol 69 (2) ◽  
pp. 75
Author(s):  
André De Macedo Duarte ◽  
Maria Rita De Assis César

A partir de uma chave teórica filosófico-política de inspiração benjaminiana, discutimos o atual embate em torno aos significados atribuídos aos corpos, gêneros e sexualidades no Brasil, contextualizando a discussão no marco da história brasileira recente. Sem proceder a uma análise exaustiva acerca da história política e cultural brasileira, abordamos o referido confronto a partir da formulação de duas imagens alegóricas, as quais condensam e imantam duas formas opostas de viver, nas quais os corpos, gêneros e sexualidades recebem especial atenção, porém, a partir de duas perspectivas valorativas contrapostas entre si: uma que denominaremos de bolsonarista e outra que chamaremos de tropicalista. Consideramos que o modo como os corpos, gêneros e sexualidades são vividos atualmente constitui um aspecto decisivo para a qualificação do potencial e dos riscos políticos que assediam a democracia brasileira na atualidade.


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