O presente trabalho, temática e objetivamente, aborda como a Revista Adventista – periódico de perfil teológico-doutrinário-jornalístico, que se identifica como órgão geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) brasileira – tratou da política partidária, em anos eleitorais, a partir da redemocratização e da volta das eleições diretas no Brasil. Em pesquisa documental por meio da busca refinada do termo “partidária” no acervo digitalizado da revista disponível na internet, foram selecionados cinco textos: um artigo com conceitos básicos para orientar a posição dos adventistas sobre a política; uma entrevista que trata da relação entre Igreja e Estado nos escritos de Ellen G. White, considerada profetisa pela IASD, e a responsabilidade civil dos membros da Igreja; um artigo que apresenta e comenta o documento Os adventistas e a política, preparado pela Divisão Sul-Americana da IASD; e dois artigos que retomam as orientações apresentadas no documento Os adventistas e a política. Os materiais foram analisados com o uso dos conceitos de memória, condições de produção, paráfrase e polissemia da análise do discurso. A memória discursiva adventista sobre política se baseia em referências bíblicas, escritos de Ellen G. White e no documento Os adventistas e a política. Os escritos whiteanos nortearam a produção da primeira sistematização de orientações políticas da IASD, base do documento Os adventistas e a política, que se destaca como guia do pensamento e posicionamento da Igreja Adventista, cujas condições de produção ocorreram em um contexto de polarização política no Brasil.