Revista Vernáculo
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Published By Universidade Federal Do Parana

2317-4021, 1677-0196

2019 ◽  
Author(s):  
Amanda Ingrid Dos Santos ◽  
Jonabelle De Andrade ◽  
Mateus Alves Nedbajluk ◽  
Carlos Eduardo Zlatic

A narrativa medieval conhecida como A lenda da Dama do Pé de Cabra, primeiramente registrada no Livro de Linhagens do Conde D. Pedro, foi assim chamada e difundida por Alexandre Herculano e, mais recentemente, pelo Sítio do Picapau Amarelo, programa transmitido pela Rede Globo. A modificação de elementos em relação ao registro original e a ausência de qualquer intenção de análise historiográfica sustentada pelo autor português e pela rede de TV incitaram o desenvolvimento de um produto audiovisual que abarcasse essa perspectiva. Diante disso, o presente artigo pretende abordar o autor e o contexto de produção da lenda e os potenciais oferecidos pelo uso das novas mídias digitais para a produção e disponibilização de conhecimento na contemporaneidade a fim de debater as potencialidades do desenvolvimento de produtos audiovisuais voltados para um público cada vez mais avesso ao conhecimento transmitido por meio da escrita.


2019 ◽  
Author(s):  
Inês Sofia Lourenço Olaia

Pretendemos esclarecer neste artigo as circunstâncias que explicam a evolução do topónimo “Aldeia Galega”, localidade atualmente situada no Concelho de Alenquer. Para isso, analisaremos brevemente o povoamento da região e a sua evolução no tempo para justificar as mutações das designações a ela associadas, do composto “Montes de Alenquer”, que designou originalmente um espaço mais vasto, até ao “Aldeia Galega da Merceana” com que é conhecida nos nossos dias. O nosso exame centrar-se-á no momento em que todas estas alterações se detetam sucessivamente: da Idade Média aos alvores da modernidade, no período compreendido entre 1220 e 1537. Da mesma forma, abordaremos as diferenças entre a documentação produzida localmente e aquela que é produzida pelas chancelarias régias, na tentativa de compreender as razões que justificam o apêndice “da Merceana” e a forma como ele é, ou não absorvido pelos habitantes do lugar.


2019 ◽  
Author(s):  
Ives Leocelso Silva Costa

Este artigo pretende analisar as práticas militares do reinos da França e da Inglaterra durante a fase inicial da Guerra dos Cem Anos, destacando a atuação da Cavalaria, força montada de cunho aristocrático que veio a se tornar sinônimo da ordem senhorial. Para tanto foram escolhidos como marcos temporais as batalhas de Crécy (1346) e Poitiers (1356), confrontos excepcionais nos quais tropas inglesas de arqueiros e guerreiros a pé venceram os cavaleiros franceses. Norteando o trabalho encontra-se uma pergunta fundamental: por quê a Cavalaria francesa, mesmo diante do fracasso, não buscou se adaptar às realidades da guerra, à semelhança dos ingleses? O resultado é um estudo sobre os elementos políticos e sociais da guerra no medievo, bem como um exercício comparativo entre as formas de organização militar destes dois reinos.


2019 ◽  
Author(s):  
Janaina Bruning Azevedo

Muito se fala sobre o reinado de Eduardo II. Historiadores sobre a Inglaterra deste período, século XIV, nos revelam a desordem pública e as crises de poder cujo este reinado estava eminentemente imerso. O reinado de Eduardo II é muito conhecido pelas revoltas, violência, pela oposição aristocrática, como o rei que falhou em ser rei. Entretanto, atrás de todo este cenário estava Isabella da França, uma figura feminina por vezes retratada como uma rainha submissa e humilhada por seu marido. Entretanto, em 1326, a rainha Isabella teve uma grande importância para a Inglaterra, especialmente em seu retorno, após ter passado alguns meses na França, a mando do rei, para tratar de negócios entre os reis e negociar a paz entre os reinos. No entanto, cabe nos perguntar: o retorno da rainha foi uma vingança (coletiva) ou uma “guerra pela paz” do reino?


2019 ◽  
Author(s):  
Willian Perpétuo Busch

Nossa inquirição almejou compreender como foi construída a noção de cavalaria presente no texto literário Le Morte D’Arthur, redigido por Sir Thomas Malory por volta de 1495. Como o título sugere, por se tratar de uma narrativa sobre “Rei Arthur”, nosso primeiro passo foi compreender como essa figura foi construída entre a Antiguidade e o Medievo. Cruzamos as investigações sobre “Rei Arthur” com uma breve caracterização do fenômeno da “cavalaria” em seu contexto histórico, algo que fizemos a partir dos trabalhos de George Duby1, Jean Flori2 e Dominique Barthélemy3. Nossa revisão bibliográfica dividiu-se em três momentos distintos: I) referências sobre Malory e sua identidade (em disputa); II) contexto da Inglaterra durante a vida do autor; III) estudos acadêmicos que aproximam a imagética e o simbolismo em torno da figura do Rei Arthur com o Santo Graal e a cavalaria. Tal incursão nos permitiu visualizar como essa cavalaria que aparece na literatura de Malory estava fundada na confluência dos eixos: marcialidade; corte e sacralidade, reagindo a estes de forma crítica. Trata-se de uma cavalaria difusa que nos oferece um enquadramento para compreender como contradições, conflitos e tensões sociais do período reverberavam sobre a literatura. O núcleo disso aparece dentro da literatura de Malory na forma do Juramento do Pentescostes.


2019 ◽  
Author(s):  
Lorena Da Silva Vargas

No sacrifício da peregrinação medieval, os fiéis encontram um meio de alcance espiritual consigo e com Deus. Pelo caminho, a natureza revela-se escudeira e desafiadora dos limites humanos, carregada de atributos religiosos em um momento de advento da Filosofia Natural. Neste artigo, analisaremos a atuação do ambiente natural na peregrinação a Santiago de Compostela no século XII a partir do Codex Calixtinus, especificamente a partir de seu livro V, o Guia do Peregrino. Enquanto um dos primordiais guias medievais, o Guia do Peregrino não apenas faz uma descrição da natureza no caminho, mas apresenta o conteúdo simbólico que a mesma revela no período.


2019 ◽  
Author(s):  
Gabriel Toneli Rodrigues

O presente artigo tem como objetivo expor as habilidades militares ideais na crônica Itinerarium Peregrinorum et Gesta Regis Ricardi, que se dedica a narrar a participação de Ricardo I na Terceira Cruzada do Oriente. Considerado o primeiro rei-cavaleiro, abordaremos brevemente o estado da cavalaria medieval durante o período deste rei inglês, sua ética e seu processo histórico que levaria no aumento do grau de formalização, se instituindo em uma ordem distinta de combatentes. Faremos também uma pequena exposição da visão historiográfica moderna sobre a cruzada, mais precisamente da atuação de Ricardo I. Escrito entre 1217 e 1222, procuramos salientar o aspecto de crítica a João I da crônica e também seu caráter de promoção de uma figura régia vista como ideal destinada a Henrique III. Procuramos desta forma demonstrar como é feita a caracterização de um rei ideal, em especial no tocante à guerra, indicando quais as virtudes militares celebradas pelo autor.


2019 ◽  
Author(s):  
Douglas Martins

Este artigo tem por objetivo propor uma análise dos textos hagiográficos de São Boaventura – Legenda Maior – e Tomás de Celano – Vita Secunda – como modelos dotados de valores idealizados pela Ordem dos Frades Menores em sua inserção na vida material nos espaços urbanos da Península Itálica em princípios do século XIII. Para realizar tal análise foi necessário utilizar conceitos que evitem a abordagens singulares e maniqueístas, que destacam a vida material como um domínio social apartado das demais experiências históricas. Os textos hagiográficos foram interpretados com o auxílio das formulações teóricas do Primitivismo Econômico. O discurso acerca do pauperismo não será tomado como uma atitude antieconômica, mas sim como mecanismo essencial da conduta dos frades minoritas frente a temas como propriedade, circulação de excedente e o furto.


2019 ◽  
Author(s):  
Gabriel Irinei Covalchuk

No presente artigo, buscamos mostrar a relação entre romanos e não romanos e como elas se travaram até o nascimento da Christianitas. Partimos de uma discussão de Momigliano (1991), sobre a recusa de certas práticas que eram consideradas profanas pelos judeus e como esse mesmo método foi adotado pelos cristãos nascentes do primeiro século. Analisaremos as leis de como comportar-se em território não Cristão pregado por Bardaisan e uma moral pregada por Tertuliano, abordando o desenvolvimento da prática cristã e sua legitimação. Encaminhando para o fim dessa primeira ‘etapa’, com o nascimento da Cristandade, e como ela foi desenvolvendo-se durante o governo de Constantino no século IV, concluindo assim, com a demonstração de seu papel ativo e participante na política do Império Romano, mudando um conceito chave, ou seja, antes da ascensão cristã, ser romano era não ser cristão, com a Christianitas legitimada, ser romano é ser um genuíno cristão. 


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