Boletim Paranaense de Geociências
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Published By Universidade Federal Do Parana

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2021 ◽  
Vol 79 ◽  
Author(s):  
João Edson Costa Ferreira da Silva

Nos tempos atuais, com as medidas ambientais em evidência, é comum a discussão sobre melhores maneiras de obter informações cartográficas sobre as áreas degradadas. já que essas, são de suma importância para a efetividade de alguns programas como: Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Recuperação Ambiental (PRA).As degradações do solo, do tipo voçorocas, apresentam diversos prejuízos à natureza, pois possui estado irreversível, sendo possível somente sua recuperação parcial.O monitoramento destas áreas, bem como informações sobre as mesmas, é de suma importância para que se possa garantir o controle e definir métodos de conservação. Sob esta problemática este trabalho visa avaliar a eficiência de um procedimento de classificação, orientada, semiautomática (GEOBIA) em produtos cartográficos produzidos por Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) para a delimitação de voçorocas. A utilização dos produtos cartográficos oriundos de ARP (Modelo Digital de Elevação e Ortoimagem Digital) se justifica devido ao baixo custo da ferramenta, bem como a potencialidade planialtimétrica.Os procedimentos foram realizados em duas áreas de estudo,situadas no município de Itajubá-MG. Nestas áreas foram definidos alguns pontos de controle e checagem para a classificação dos produtos cartográficos em relação ao Padrão de Exatidão Cartográfico Digital (PEC-PCD). Os produtos apresentaram classe A, para a escala 1/2.000. Foram determinados alguns parâmetros de segmentação para que se formassem segmentos fidedignos para cada área de estudo em específico, em seguida determinaram-se os atributos mais relevantes para a classificação e confecção da árvore de decisão de cada área. Na confecção da árvore de decisão utilizou-se o algoritmo C4.5.Os resultados foram satisfatórios a níveis de precisão (índice Kappa entre 0,88 e 0,92), tornando possível que as técnicas utilizadas em produtos cartográficos oriundos de ARP sejam uma ferramenta para delimitação de áreas degradadas do tipo voçoroca


2021 ◽  
Vol 79 ◽  
Author(s):  
Reynaldo Cícero de Toledo ◽  
Maria do Socorro Silva Pereira Lippi
Keyword(s):  

Neste artigo, objetivou-se destacar a contribuição de vários autores para o conhecimento e a nomenclatura das unidades geocronológicas. Revisou-se sucintamente a história da Geologia e da Paleontologia desde a Antiguidade Clássica até o século XIX, no qual houve as contribuições relevantes relacionadas às unidades de tempo geológico e seus respectivos nomes. Neste trabalho são fornecidas informações gerais a respeito dos eventos que ocorreram em cada um desses momentos da história geológica do planeta. Além disso, procurou-se realizar uma análise dos nomes dessas unidades, bem como de seus elementos de composição, mencionados por autores clássicos. Para isso, foram incluídas informações históricas, além das etimológicas e semânticas relacionadas aos termos considerados, por meio de consulta a dicionários linguísticos e especializados nas áreas geológicas, paleontológicas e biológicas, assim como de livros e artigos científicos pertinentes ao tema. Além disso, vários termos correlatos utilizados na literatura científica foram analisados sucintamente com a finalidade de se demonstrar que esses nomes clássicos e os seus derivados são ainda empregados na onomatologia científica dos dias atuais.


2021 ◽  
Vol 79 ◽  
Author(s):  
Marinalva De oliveira Lima ◽  
Pedro Luis Faggion ◽  
Wander Da Cruz
Keyword(s):  

Essa pesquisa teve como objetivo um estudo para a determinação da distância entre alvos de monitoramento, a partir de experimentos com observações coletadas com duas estações totais da marca Leica, de precisões nominais distintas, modelo TCRA1205, 5” angular e ±(2mm + 2ppm) linear, e a modelo TS15, 1” angular e ±(1mm + 1,5ppm) linear, e processados utilizando os modelos matemáticos da distância Euclidiana, tradicionalmente utilizada, e a Lei dos Cossenos, esta, com menor número de etapas de cálculo. Para avaliar a acurácia dos dois modelos matemáticos, foi realizada observações utilizando uma mira horizontal de ínvar, com a distância entre alvos calibrada utilizando um Interferômetro Laser, com precisão micrométrica, como Padrão de Referência para determinar a distância entre os alvos. A fase seguinte da pesquisa foi aplicar os dois modelos matemáticos com os dados obtidos com a estação total modelo TCRA1205 em duas campanhas de medições realizadas em épocas diferentes na UHE Salto Caxias no Estado do Paraná. As distâncias entre alvos na horizontal, obtidas pelos dois modelos matemáticos testados, de acordo com o teste T Student, a um nível e confiança de 90%, são iguais para os experimentos simulados. Os resultados estatísticos com os dados da UHE, em grande maioria também são iguais.


2021 ◽  
Vol 79 ◽  
Author(s):  
Fabiana Martins da Silveira ◽  
Rodrigo Moraes da Silveira ◽  
Alessandra De Barros e Silva Bongiolo ◽  
Isabella Françoso Rebutini Figueira
Keyword(s):  

O presente trabalho expõe uma metodologia de análise de dados de monitoramento de deformações de uma encosta natural atravessada por um duto pertencente a PETROBRAS, a partir de sensores distribuídos de fibra óptica. A encosta em questão localiza-se na Serra do Mar, município de Morretes (PR), distante a 40 km da cidade de Curitiba (PR) sob as posições geográficas UTM (716.332E - 7.172.000N) e (720.000E - 7.173.000N). Devido a uma ruptura na encosta, o duto sofreu esforços de tração rompendo em fevereiro de 2001. Tal ocorrência resultou no vazamento de aproximadamente 145 m³ de óleo diesel no meio ambiente. Em agosto de 2014 os institutos Lactec procederam com a instalação de sensores distribuídos de fibra óptica na encosta para o monitoramento de movimentos de massa. Essas atividades foram desenvolvidas no contexto de um P&D em parceria com a PETROBRAS/CENPES. Os dados obtidos através dos sensores distribuídos de fibra óptica correspondem a dados de deformação e temperatura, os quais permitem verificar possíveis deslocamentos que podem resultar em movimentos de massa. Os dados foram coletados no período entre janeiro de 2015 a maio de 2016 com um interrogador DTSS e tratados pelos softwares MatLab, Excel e Surfer. Em janeiro de 2015 foram realizados ajustes nos sensores ópticos, a fim de melhorar a qualidade do sinal, resultando em uma campanha de leituras de referência para as análises posteriores, denominada 7ª campanha. Os dados coletados nas campanhas de monitoramento a partir da 7ª campanha até a 12ª campanha, realizada em maio de 2016, indicaram que a encosta apresentou deformações na ordem de 784 µɛ a -515 µɛ. Sendo que os valores de deformação registrados foram relativamente baixos e a metodologia de análise dos dados de deformação obtidos encontrava-se ainda em fase experimental, não foi possível afirmar que as deformações registradas correspondessem a possíveis deslocamentos na encosta. Portanto, na continuidade destes trabalhos, a metodologia aqui apresentada pode gerar mais informações ao longo do seu desenvolvimento, possibilitando uma correlação mais precisa entre deformação e deslocamento.


2021 ◽  
Vol 79 ◽  
Author(s):  
Carla Medeiros Solidade dos Santos ◽  
João Marcelo Pais de Rezende ◽  
Luiza Corral Martins de Oliveira Ponciano
Keyword(s):  

Coleções geopaleontológicas são os principais representantes do chamado Patrimônio Geológico ex situ. Com a degradação de afloramentos fossilíferos e sua consequente perda de informações, como ocorre na Formação Pimenteira, as coleções se tornam providenciais para a continuidade das pesquisas. Assim, foi feito um resgate do conteúdo ex situ da Formação Pimenteira, resultando em ao menos 54 fontes bibliográficas e 1.639 números de tombo, distribuídos entre quatro coleções visitadas e cinco analisadas por bibliografia. Foram contabilizados 1.871 espécimes, distribuídos em sete grupos invertebrados, três vertebrados, dois vegetais e icnofósseis. Foram exemplificadas também interrelações entre os materiais que compõe o Patrimônio Geológico ex situ.


2021 ◽  
Vol 79 ◽  
Author(s):  
Danilo Missias Teixeira ◽  
Fábio Braz Machado ◽  
Marcelo Martin Zafalon

Promover o estudo de conceitos de Geociências na Educação Básica é um desafio para os professores, uma vez que não há espaço para este trabalho nos currículos escolares e encontra-se dificuldade para o diálogo entre as disciplinas de Ciências da Natureza e Geografia. As escolas comuns não oferecem muitas possibilidades para o estudo das Geociências o que destaca a necessidade de mais espaço e tempo, além de momentos que possibilitem o diálogo entre os professores de Química, Física, Biologia e Geografia. Isso poderia ser minimizado por meio de um período maior de ensino o que ocorre nos colégios de tempo integral. Nas escolas de tempo integral os estudantes possam mais tempo em sala de aula, com atividades diferenciadas e que possibilitam abordagens diversas. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar as possibilidades e os desafios para o ensino de Geociências nas escolas de tempo integral do Estado de Goiás. As escolas de tempo integral do Estado de Goiás, assim como as das outras localidades do país, tem como base as principais disciplinas escolares, sendo estas definidas por meio da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A matriz curricular foi elaborada a partir do pressuposto de uma educação multidimensional onde são valorizados os conhecimentos científicos e as questões socioemocionais dos estudantes contemplada por meio dos componentes curriculares de duas partes: 1) Núcleo Comum; 2) Núcleo Diversificado. As possibilidades identificadas foram classificadas quanto a sua natureza em: Curricular, Pedagógica e Contextualização. Percebeu-se que, as disciplinas de Práticas de Laboratório e Pós-Medio se apresentam como espaços para o estudo de Geociências. O projeto de vida do aluno deve ser o principal objetivo numa escola integral e, por este motivo, os conceitos geocientíficos devem ser abordados de forma contextualizada, valorizando o contexto regional dos alunos e desenvolvendo no mesmo o pensamento crítico e a formação para o mercado de trabalho.


2021 ◽  
Vol 79 ◽  
Author(s):  
Carlos Henrique Gomes Tabarelli ◽  
Áquila Ferreira Mesquita ◽  
Juliana Pertille Da Silva

A ausência de cobertura vegetal nas primeiras superfícies continentais proporcionou um amplo desenvolvimento de sistemas eólicos. Esses sistemas se desenvolveram com dinâmicas distintas de seus análogos modernos, principalmente porque a vegetação influencia diretamente o estilo de construção e acumulação eólica. A presente pesquisa teve como objetivo investigar uma sucessão sedimentar entre as Formações Pedra Pintada e Pedra das Torrinhas, de modo a compreender a interação entre sistemas eólicos e não-eólicos na margem de um rifte cambriano. O trabalho também propõe um modelo paleoambiental mais refinado para a sucessão estudada. A análise de fácies permitiu o reconhecimento de quatro ambientes deposicionais: dunas eólicas, interdunas secas, lençol de areia e fluxos de detritos. Esses sistemas coexistiram no tempo e se distribuíam em função da proximidade com as áreas fontes e das variações do lençol freático. Nas porções próximas à margem do rifte, lençóis de areia foram formados devido ao retrabalho dos depósitos de fluxos de detritos pela deflação do vento. Por outro lado, os campos de dunas desenvolveram-se potencialmente nas áreas mais internas da bacia. A influência da tectônica e/ou de eventos pluviométricos provavelmente controlou a contração e expansão desses sistemas temporalmente. Os dados coletados e as discussões deste trabalho permitiram que as seguintes considerações fossem feitas: (i) variações do lençol freático controlaram a umidade no sistema e a distribuição das áreas de sedimentação eólica; (ii) a ação constante do vento produziu uma seleção e reciclagem ininterrupta dos depósitos aluviais, abastecendo os sistemas eólicos; (iii) a ausência de vegetação proporcionou o melhor desenvolvimento dos fluxos gravitacionais na margem do rifte; (iv) o alto suprimento sedimentar na Terra pré-vegetação produziu uma deposição eólica constante, proporcionado o desenvolvimento simultâneo de sistemas não-eólicos e eólicos em pequena escala. 


2021 ◽  
Vol 78 ◽  
Author(s):  
Fernando Farias Vesely ◽  
Ronaldo Paulo Kraft ◽  
Tiago Rossoni Mattos ◽  
Danielle Cristine Buzatto Schemiko ◽  
Fábio Berton ◽  
...  
Keyword(s):  

No sul do Paraná e boa parte do estado de Santa Catarina aflora uma sucessão de arenitos e ritmitos de idade eopermiana, cuja gênese está relacionada à ação de correntes de turbidez. Esses depósitos foram identificados por Salamuni e colaboradores em 1966, sendo assim os primeiros turbiditos descritos no Brasil. No entanto, esse trabalho pioneiro tem sido esquecido na literatura geológica brasileira. O intervalo turbidítico situa-se no Membro Rio Segredo da Formação Taciba, terço superior do Grupo Itararé, Bacia do Paraná. As fácies incluem desde turbiditos delgados em camadas centimétricas de arenito muito fino que grada para folhelho até camadas mais espessas, até mesmo métricas, de arenitos tabulares, frequentemente amalgamados. Estruturas de sobrecarga, marcas basais de arraste e impacto de detritos, turboglifos, aspecto dominantemente maciço, feições de escape de fluidos, estrados gradados e deformação plástica penecontemporânea formam conjunto de evidências que corrobora a atividade de fluxos gravitacionais. Além disso, a associação repousa sobre o folhelho Lontras, cujas fácies, atributos geoquímicos e conteúdo fossilífero indicam deposição em ambiente marinho restrito, de baixa oxigenação e relativamente profundo. A sucessão acima dos turbiditos registra ainda a progradação de taludes deltaicos suscetíveis a escorregamentos, que culminam com sedimentação fluvial e costeira já pertencente à Formação Rio Bonito. As relações estratigráficas permitem concluir que os turbiditos compõem um complexo com no mínimo 220 km de extensão lateral, desenvolvido durante a progradação de deltas que preencheram a bacia após seu máximo afogamento causado pela deglaciação do final do Pensilvaniano. Em subsuperfície, os arenitos turbidíticos são potenciais reservatórios para hidrocarboneto gerado em folhelhos do Devoniano da Bacia do Paraná. Podem ainda constituir bons análogos de afloramento para reservatórios turbidíticos inseridos em cunhas progradacionais de outras bacias.


2021 ◽  
Vol 78 ◽  
Author(s):  
Eduardo Da Rosa ◽  
Fernando Vesely ◽  
John Isbell ◽  
Nicholas Fedorchuk

A Era Glacial Neopaleozoica (362 a 256 Ma) deixou um registro nas bacias Gondwânicas na forma de depósitos e estruturas erosivas glaciogênicas. A glaciação é registrada na Bacia do Paraná nos estratos do Grupo Itararé e em sua discordância basal caracterizada por estruturas diversas erosivas glaciogênicas. Estruturas erosivas, como superfícies estriadas, e estratos glaciogênicos (tilitos) são empregados tanto na caracterização de aspectos paleoglaciológicos como na definição do paleofluxo de geleiras e suas áreas-fontes. Entretanto, superfícies estriadas também são geradas por quilhas de icebergs e comuns nos estratos do Grupo Itararé. No sul do Brasil, o avanço das geleiras carboníferas esculpiu diferentes feições sobre o embasamento do Grupo Itararé, sendo interpretadas como produto de diferentes cenários de glaciação. No Paraná, geleiras não confinadas e de base plana avançaram predominantemente sobre arenitos devonianos da Formação Furnas. Em Santa Catarina, o avanço de geleiras sobre terrenos ígneos e metamórficos resultou em uma discordância de topografia muito irregular que sugere a presença de corredores de gelo. No Rio Grande do Sul, uma série de paleovales glaciais são interpretados como o produto da ação glacial sobre o escudo riograndense. Entretanto, há controvérsia sobre o controle tectônico versus glacial na geração destes paleovales. O estudo detalhado da ação glacial vem refinando o entendimento sobre a complexa glaciação que ocorreu no sul do Brasil durante o Carbonífero.


2021 ◽  
Vol 78 ◽  
Author(s):  
Fernando Farias Vesely ◽  
Daniele Delgado ◽  
André Luís Spisila ◽  
Mariane Brumatti
Keyword(s):  

O Grupo Itararé consiste em um espesso conjunto de rochas permocarboníferas aflorantes por uma área de cerca de 15 mil km2 no Segundo Planalto Paranaense. A unidade foi objeto de subdivisão estratigráfica em subsuperfície e na faixa aflorante do estado de Santa Catarina. Contudo, na faixa de afloramentos do estado do Paraná a unidade é tratada como indivisa apesar da sua grande heterogeneidade litológica. Visando preencher essa lacuna de conhecimento, o presente trabalho apresenta a subdivisão do Grupo Itararé e sua cartografia na escala 1:600.000 em toda a faixa de afloramentos no estado do Paraná. Quatro formações, três membros e cinco unidades informais foram individualizadas e mapeadas. A Formação Lagoa Azul é a mais antiga, constitui-se de depósitos glaciais continentais e repousa sobre o substrato pré-Itararé, onde são comuns formas erosivas produzidas pelo gelo. Acima da anterior repousa a Formação Campo do Tenente, que inclui o arenito Vila Velha e fácies de folhelho, ritmito e diamictito formadas em ambiente aquático de água salobra com influência glacial. A Formação Campo Mourão repousa em discordância sobre as unidades subjacentes, é dominantemente arenosa e inclui unidades areníticas informais tais como os arenitos Lapa, Pedra Alta e Barreiro. A influência glacial nessa formação é sutil e sua deposição ocorreu em ambientes desde fluviais até marinhos. A Formação Taciba, unidade mais jovem, é composta pelos membros Rio Segredo, Chapéu do Sol e Rio do Sul que, respectivamente, são caracterizados pelo predomínio de arenito, diamictito e fácies heterolíticas. A sedimentação dessa unidade registra ambientes glacio-marinhos rasos e profundos. As relações estratigráficas observadas em campo aliadas a dados bioestratigráficos e geocronológicos de trabalhos anteriores permitem posicionar o Grupo Itararé entre o Viseano e o Sakmariano, totalizando amplitude temporal de 43 Ma.


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