Novos Olhares
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Published By Universidade De Sao Paulo Sistema Integrado De Bibliotecas - Sibiusp

2238-7714, 1516-5981

Novos Olhares ◽  
2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 15-26
Author(s):  
Denise da Costa Oliveira Siqueira ◽  
Jéssica Baptista dos Santos Ventura

Consumo consciente tem sido pauta bastante explorada por produtos midiáticos na atualidade, gerando um campo de embates e narrativas conflitantes permeado por afetos. Neste artigo, procuramos refletir sobre a construção das emoções, em especial do sentimento de vergonha, e o discurso moralista em programas de televisão que abordam a temática do consumo consciente e sustentável. Para isso, recorremos a um olhar sobre dois programas brasileiros veiculados em canais por assinatura: Desengaveta, transmitido pelo canal GNT, do grupo Globosat, e Menos é Demais, do canal americano Discovery Home & Health. Instiga-nos a questão sobre que interfaces os discursos moralista e emocional assumem e promovem nesses programas orientados por pautas de consumo consciente. Como recorte, analisamos dois episódios de cada programa que tratam do consumo de roupas e acessórios. Para a fundamentação teórica, recorremos a leituras dos campos da comunicação, sociologia e antropologia das emoções.


Novos Olhares ◽  
2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 52-63
Author(s):  
Cláudio Rodrigues Coração ◽  
Pedro Lavigne

Neste trabalho, buscamos identificar os modos de existência do desenho animado enquanto objeto midiático com potencial de atuação política no cotidiano, a partir de breves análises do desenho Steven Universe, do Cartoon Network. Como parte de um estudo mais amplo, este recorte volta-se especificamente aos modos com os quais o desenho animado se insere nos campos de disputa pelo sentido e pela reivindicação de uma ideia de comum – processos que insistimos em chamar de dimensão política do desenho animado. Por fim, discutimos acerca da natureza própria ao comunicacional em um mundo intensa e constantemente penetrado pelo tecido midiático, no qual o entretenimento parece inseparável da própria noção de subjetivação política, seja enquanto objeto de partilha, seja enquanto sintoma.


Novos Olhares ◽  
2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 6-14
Author(s):  
Márcio Serelle

Este artigo objetiva debater questões comunicacionais presentes na obra de Jessé Souza que se referem à contribuição da mídia para propagação e consolidação do que o sociólogo denomina “culturalismo conservador”. Essa expressão designa criticamente o pensamento social brasileiro que forjou um mito da brasilidade definido a partir de traços como miscigenação, emotividade e confiança interpessoal. A afirmação desse imaginário resultou na escamoteação de conflitos raciais e de classe e na ativação de um contraponto estadunidense idealizado, que afirma nossa inferioridade como povo e nação. Pretende-se, neste artigo, ressaltar a complexidade das interações midiáticas no processo de propagação e consolidação dessa ideia-força. Objetiva-se refletir sobre o papel das instâncias de sociabilidade na produção de sentido e os aspectos assimétricos da mediação. O intuito é articular dois campos disciplinares para proposição de questões que facultem uma crítica social mais integral.


Novos Olhares ◽  
2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 27-41
Author(s):  
Frederico de Mello Brandão Tavares ◽  
Lucas Porfírio

Publicada no site BuzzFeed, em outubro de 2017, a reportagem “Fofão da Augusta? Quem me chama assim não me conhece”, do jornalista Chico Felitti recebeu cerca de um milhão de acessos em menos de 24 horas. O texto conta a história de vida de um “conhecido anônimo” do centro de São Paulo, cuja identidade se revela jornalisticamente nesse perfil ampliado que se tornou um conteúdo viral. A partir desse objeto, este artigo pergunta sobre uma “escrita ética” que perpassa e constitui o jornalismo e sua relação com o tempo presente, adotando duas questões de fundo conceitual-metodológico, costuradas uma à outra: 1. um olhar sobre mídia e alteridade; e 2. uma análise aplicada a partir do conceito de “escrevivência”. Problematiza-se como o relato jornalístico, encarado como potência tensionadora do mundo, permite encontros entre sujeitos “em narrativa” e funciona como espaço de inclusão e humanização.


Novos Olhares ◽  
2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 102-113
Author(s):  
João Vitor Resende Leal
Keyword(s):  

O artigo busca examinar alguns dos princípios que regem a representação da metrópole contemporânea na produção audiovisual brasileira. Para além do progresso e do dinamismo típicos da cidade moderna, o discurso contemporâneo aborda a metrópole como espaço de desorientação, que catalisa e amplifica experiências sensoriais. Investigaremos em particular a representação de São Paulo na série televisiva Alice (2008), na qual a protagonista tem a vida afetiva atravessada por suas descobertas da cidade, numa “estratégia feminina de leitura do espaço” (Bruno, 2007). Destacando outras produções paulistanas da primeira década dos anos 2000, refletiremos ainda sobre as estratégias de abordagem do espaço urbano no cinema contemporâneo, questionando a tendência de “retorno ao real” através da sensorialidade.


Novos Olhares ◽  
2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 64-77
Author(s):  
Glauce Cunha ◽  
Juliana Doretto

O objetivo deste artigo é compreender como Marina Silva é percebida por sua audiência nas redes sociais, enquanto figura pública e mulher negra de origem pobre, no cenário político brasileiro, dominado por homens brancos. Para isso, por meio de um estudo de recepção, levantaram-se os comentários de uma postagem sua no Twitter, no dia 22 de maio de 2020, a fim de os comparar a comentários de um post realizado no mesmo dia e na mesma rede social por Ciro Gomes. Analisá-la comparativamente a Ciro Gomes, um político de características semelhantes às dela (extensa vida pública, viés ideológico parecido, participação em eleições presidenciais), é uma forma de compreender como o gênero pode impactar ou não os discursos dos sujeitos que interagem com produções midiáticas de políticos brasileiros. Como resultados, percebe-se que Marina foi mais atacada do que Ciro, com destaque à sua aparência física.


Novos Olhares ◽  
2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 5
Author(s):  
Eduardo Vicente

Apresentação da edição


Novos Olhares ◽  
2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 78-87
Author(s):  
Juliana Gusman

Este artigo pretende problematizar como o devir feminino é trabalhado no documentário Elena (2012), de Petra Costa. O filme, de corte ensaístico e (auto)biográfico, almeja reflexionar sobre as agruras do processo de “vir a ser mulher”, lançando mão de diferentes matérias de expressão articuladas criticamente para tensionar padrões culturais de gênero violentos. Isso posto, objetiva-se analisar não apenas a obra em si, mas também discursos que a tangenciam. Investigarei como outras narrativas audiovisuais – especificamente um conjunto de treze vídeos divulgados nas redes oficiais do filme – extrapolam e excedem os conteúdos do documentário, exercendo uma função paratextual. Supõe-se que Elena, além de propor questões centrais à emancipação feminina, consegue potencializar, por meio dos seus “excessos”, sua própria circulação e mediação social.


Novos Olhares ◽  
2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 88-101
Author(s):  
Daniela Mazur ◽  
Melina Meimaridis ◽  
Daniel Rios

Através da Hallyu, a Coreia do Sul tem se tornado um polo significativo de produção de cultura pop. Devido às particularidades do mercado de TV e internet no país, as empresas de streaming estrangeiras têm tido dificuldade para crescerem lá. Em contrapartida, a Coreia se estabeleceu como um dos maiores mercados nacionais de streaming de vídeo na Ásia. A partir de uma revisão da literatura e de matérias jornalísticas, identificamos dois fenômenos significativos. Primeiro, um grupo de conglomerados locais se juntaram para formar a plataforma Wavve com o objetivo de enfrentar o “mal estrangeiro”, representado pela presença da Netflix no país. Segundo, a indústria sulcoreana está se utilizando da influência global das plataformas estrangeiras para expandir o alcance da Hallyu. Este estudo de caso, então, revela nuances e estratégias de uma indústria de mídia em ascensão na periferia global.


Novos Olhares ◽  
2021 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 42-51
Author(s):  
Hélder Prior ◽  
Caio Teruel

O artigo busca refletir a respeito das contribuições teóricas do sociólogo alemão Hartmut Rosa sobre a aceleração social do tempo para o campo do jornalismo. Assim, o pensamento aqui exposto parte das hipóteses de que existe em curso uma acelera-ção da produção jornalística que está em dessincronização com a capacidade receptiva dos leitores; e de que a exponencial produ-ção informacional fragmenta o sentido dos fatos e facilita a de-sinformação. Em um primeiro momento, apresenta-se a teoria da aceleração temporal de Rosa e, em seguida, articula-se os pontos de contato possíveis com a comunicação jornalística e as catego-rias histórico-analíticas.


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