Este artigo tem como objetivo historiar criticamente o movimento de articulação institucional de diferentes setores organizacionais, no enfrentamento à violência contra as mulheres, em Viçosa-MG, bem como seus respectivos desdobramentos no município, dentro do período de 2002 a 2019, sobretudo que passaram a se desdobrar em 2010, com a construção da Rede Protetiva não especializada de Atenção às Mulheres em Situação de Violência. Realizou-se pesquisa documental com consulta a documentos oficiais do Núcleo Interdisciplinar dos Estudos de Gênero, Programa Casa das Mulheres, assim como de jornais de circulação local e regional e entrevista em profundidade, com duas articuladoras do movimento. Apesar da construção de um trabalho de enfrentamento à VCM, observa-se um hiato em relação à sua institucionalização na arena pública municipal, com retrocessos claramente verificados.