Media & Jornalismo
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Published By Coimbra University Press

2183-5462, 1645-5681

2021 ◽  
Vol 21 (39) ◽  
pp. 117-133
Author(s):  
Eduardo Meditsch

Este artigo parte da constatação da falta de reflexão sobre a história da área acadêmica para discutir o contexto em que se desenvolve o campo da Comunicação na América Latina. Registra a instrumentalização política da mídia na Guerra Fria a partir da Sociedade Interamericana de Imprensa, ao mesmo tempo em que é forjada a Mass Communications Research nos Estados Unidos como instrumento de guerra psicológica. Aponta inconsistências na história dominante a respeito dos forefathers da disciplina. Observa a articulação do Ciespal com os golpes militares dos anos 1960 no continente. A partir dessas constatações, propõe que apenas uma história social do conhecimento pode oferecer estrutura conceitual e lastro histórico a quem queira compreender o percurso de institucionalização do campo.      


2021 ◽  
Vol 21 (39) ◽  
pp. 9-12
Author(s):  
Carla Baptista ◽  
Jorge Pedro Sousa

2021 ◽  
Vol 21 (39) ◽  
pp. 161-174
Author(s):  
Olívia Pestana

A utilização de recursos eletrónicos no desenvolvimento de processos de investigação que envolvam a recolha de dados a partir de jornais históricos tem-se desenvolvido de uma forma crescente, sendo de realçar a digitalização dos jornais. O conhecimento das necessidades informacionais dos investigadores e a utilização de um abrangente conjunto de funcionalidades técnicas contribuem para o melhoramento da conceção de bases de dados de jornais digitalizados e das suas formas de pesquisa. O presente artigo pretende explorar algumas questões determinantes no desenvolvimento e utilização de coleções digitalizadas de jornais históricos, ou seja, abordar aspetos fundamentais como os que se relacionam com as práticas de pesquisa e utilização das coleções, as limitações técnicas decorrentes da digitalização e, ainda, as funcionalidades das interfaces do utilizador e as modalidades de pesquisa que as bases de dados podem oferecer.


2021 ◽  
Vol 21 (39) ◽  
pp. 229-245
Author(s):  
Ariana Correia ◽  
Sofia Neves

O presente artigo caracteriza o femicídio na intimidade (FI) em Portugal, na forma consumada e tentada, a partir da análise das narrativas mediáticas publicadas no Jornal Correio da Manhã (CM) e no Jornal Público (P), entre 2000 e 2017. O corpus de análise, constituído por 853 peças noticiosas, corresponde a 644 casos de FI. A partir de uma análise triangulada dos dados, emergiram diferenças na forma e conteúdo de ambos jornais, acentuadas na última década. Enquanto o CM tende a narrar os crimes como reações passionais e imprevisíveis, associadas aos ciúmes e não aceitação da separação, recorrendo a narrativas paralelas que desresponsabilizam o perpetrador, o P apresenta tendencialmente o crime de forma contextualizada. Esta polarização, além de desconectada da Convenção de Istambul (2011), contribui para uma construção social do crime enviesada, com efeitos não só na opinião pública, mas nas vítimas e pessoas agressoras na intimidade. Palavras-chave: Femicídio, intimidade, Portugal, media.


2021 ◽  
Vol 21 (39) ◽  
pp. 37-55
Author(s):  
Carla Rodrigues Cardoso ◽  
Pedro Marques Gomes

A história da imprensa portuguesa pós-25 de Abril de 1974 é indissociável da história dos jornalistas e, particularmente, dos que assumiram cargos de direção e marcaram a personalidade das publicações. Artur Portela Filho é um caso exemplar quando se observa o que há de si nos dois títulos que comandou desde a génese: Jornal Novo (1975) e Opção (1976-78), o primeiro jornal e a primeira newsmagazine fundados após o derrube do Estado Novo, ambos de capital privado. Irreverente e temerário, Artur Portela (1937-2020) identificava-se como “socialista independente” e usou a sátira e a qualidade da escrita para criar dois projetos que se tornaram marcos irrepetíveis no jornalismo português pela forma como noticiaram e criticaram de forma empenhada processos, figuras políticas e militares. Este artigo mapeia a influência de Artur Portela na matriz do Jornal Novo e da Opção e identifica os elementos transversais que emanam da figura do diretor.


2021 ◽  
Vol 21 (39) ◽  
pp. 77-99
Author(s):  
José Guilherme Victorino

Publicação de características ímpares em Portugal, surgida num período conturbado do salazarismo, a efémera revista Almanaque, apesar de tolerada pelo aparelho censório, não deixou de correr riscos em resultado de determinados conteúdos, jornalistas e outras personalidades que nela colaboraram. Com um pendor oposicionista, tendencialmente escamoteado, mas regular, por vezes bem evidenciado, Almanaque recorreu essencialmente ao humor, como arma de crítica social e política. Para lá dos estudos académicos já existentes, abordando essencialmente a sua componente gráfica, outras dominantes editoriais que caracterizaram esta revista estão ainda por aprofundar, vide na sua correlação com outros media da época, um dos objetivos para os quais este artigo pretende contribuir.


2021 ◽  
Vol 21 (39) ◽  
pp. 207-225
Author(s):  
Paula Melani Rocha ◽  
Muriel Emídio Pessoa do Amaral
Keyword(s):  

Esta reflexão objetiva reconhecer o trabalho jornalístico de Clarice Lispector na imprensa brasileira, ao longo de quase 40 anos, descontínuos, e sinalar sua contribuição para a conformação do campo e para a historiografia do jornalismo nacional. A atuação de Clarice Lispector é conhecida nacional e internacionalmente, contudo pouco explorada no Jornalismo, sobretudo pelos livros de História da imprensa ou mesmo pelos cursos de graduação. A partir de uma revisão bibliográfica e pesquisa biográfica percorreu-se a trajetória profissional de Clarice e mapeou o seu legado na imprensa intersectando com marcações de um período histórico do jornalismo. As referências copilam obras autorais e estudos em literatura e comunicação. Entre os resultados encontra-se a necessidade de pesquisas com viés feminista para reconhecer uma história do jornalismo inclusiva, com a participação das mulheres.


2021 ◽  
Vol 21 (39) ◽  
pp. 101-116
Author(s):  
Marialva Barbosa

O artigo faz uma síntese das transformações do jornalismo brasileiro, nos anos 1980, priorizando as mudanças que afetaram diretamente as práticas profissionais dos jornalistas. O objetivo é caracterizar essas transformações, correlacionando o contexto histórico com o das mutações do fazer jornalístico, exercitando opções metodológicas para a construção de uma história do jornalismo do tempo presente. Discute-se também a questão do anacronismo, central para quem realiza interpretações históricas, e analisa-se o projeto de modernização do jornal Folha de S.Paulo, implantado na década e exportado como modelo para jornais de todas as regiões do país.


2021 ◽  
Vol 21 (39) ◽  
pp. 189-205
Author(s):  
Isabella De Sousa Gonçalves ◽  
Carla Ramalho Procópio
Keyword(s):  
New York ◽  

O artigo analisa o especial de quatro reportagens em vídeo denominado The Daily 360: Genocide Legacy, veiculado em abril de 2017 pelo New York Times. Nas reportagens em vídeo curtas, o sentido é produzido a partir da imersão em 360 graus do espectador, que acessa os lugares do acontecimento e escuta os testemunhos. A análise foi amparada no método qualitativo da análise de conteúdo, tendo sido elaboradas categorias e subcategorias a partir do conteúdo. As reportagens em 360 graus permitem a democratização de lugares de memória e a aproximação com o acontecimento histórico. Além disso, ilustra a configuração de formatos distintos de transmissão da memória a partir da reestruturação de novas linguagens jornalísticas.


2021 ◽  
Vol 21 (39) ◽  
pp. 57-75
Author(s):  
Felisbela Lopes ◽  
Clara Almeida Santos ◽  
Ana Teresa Peixinho ◽  
Olga Estrela Magalhães ◽  
Rita Araújo

O vírus SARS-CoV-2 foi detetado pela primeira vez em Portugal a 2 de março de 2020. De 18 de março a 2 de maio, o país viveu em confinamento, sob estado de emergência, sempre reportado pelos media noticiosos, que assumiram claramente uma orientação dos cidadãos, procurando constituir-se como uma frente de combate à pandemia. A velocidade do vírus intensifica-se, a noticiabilidade diminui, mas o jornalismo vai sempre dando destaque à Covid-19. A cobertura noticiosa da pandemia provocada pelo SARS-CoV 2 foi ocasião para alguns sinais de mudança no jornalismo? Esta é a pergunta que conduzirá um inquérito feito à classe jornalística e uma análise à imprensa diária, que envolveu o estudo de 2933 textos noticiosos e 6350 fontes de informação. Os resultados dessa investigação salientam mudanças que levam a pensar numa alteração substancial dos processos de seleção das fontes de informação, o que pode contribuir para um reajustamento do espaço público jornalístico.


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