Cadernos Cenpec | Nova série
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Published By "Centro De Estudos E Pesquisas Em Educacao, Cultura E Acao Comunitaria (Cenpec)"

2237-9983, 2237-9983

2019 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
Author(s):  
Juliana Augusta Nonato de Oliveira ◽  
Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva

O presente artigo é resultado de uma pesquisa de mestrado realizada com estudantes autodeclarados negros ingressantes na Universidade Federal de São Carlos por meio de um programa de ações afirmativas de reserva de vagas. Tal pesquisa teve como objetivos identificar processos educativos originados na vida universitária que contribuem ou prejudicam a construção e o fortalecimento da identidade negra e do pertencimento étnico-racial de raiz africana junto a tais estudantes, além de apontar sugestões que contribuam com o Programa de Ações Afirmativas da UFSCar na busca de estratégias de combate ao racismo. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas com três estudantes autodeclarados negros, duas mulheres e um homem, de diferentes cursos.


2019 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
Author(s):  
Rute Ramos da Silva Costa ◽  
Debora Silva do Nascimento Lima ◽  
Giselle Maria da Silva ◽  
Tamiris Pereira Rizzo ◽  
Thatiana De Jesus Pereira Pinto

A população negra, maioria na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), enfrenta importantes barreiras para efetivação de direitos básicos. Dessa forma, considerar o intercruzamento das diretrizes e políticas de educação, saúde, alimentação e relações étnico-raciais é primordial para orientar as práticas educativas no âmbito escolar. O objetivo do estudo foi caracterizar estudantes de uma escola municipal de Macaé quanto a características socioeconômicas e alimentares e apresentar as oficinas de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) direcionadas a esse público. Os estudantes apresentaram majoritariamente idade entre 20 e 59 anos (47,5%), seguido de 10 a 19 anos (46,7%). Cerca de 45% dos estudantes se autodeclarou preto. Observou-se o potencial da EAN para valorizar as refeições escolares e as práticas culinárias para a promoção da alimentação adequada e saudável.


2019 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
Author(s):  
Santuza Amorim da Silva ◽  
Flávia Paola Félix Meira

<p>Este artigo tem como objetivo realizar um diálogo com as pesquisas, dissertações e teses, que por meio de uma análise de currículos propuseram identificar como a temática da educação das relações étnico-raciais se faz presente na formação inicial, especificamente nos cursos de Pedagogia, tendo como base legal a implementação da lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de História e Cultura AfroBrasileira na Educação Básica. No processo de análise das pesquisas procuramos identificar quais foram os maiores desafios e oportunidades encontrados para implementação do tema, seja por meio de disciplina obrigatória, seja optativa, transversal etc. Esse levantamento se faz relevante uma vez que, considerando o currículo como um campo de disputa, a compreensão desse movimento dentro da formação docente influencia consideravelmente as possibilidades de avaliação e estratégias para o sucesso na implementação da lei.</p>


2019 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
Author(s):  
Regina Estima
Keyword(s):  

<p>Com sensibilidade e firmeza, a autora nos conduz ao universo das pessoas de origem negra que, no Brasil, desde a tenra idade, experimentam situações dúbias de afirmação da identidade que ajudam a compor o racismo à brasileira.<br />Portadora de uma linguagem ágil e visceral, a autora vai desvelando com lucidez as diferentes facetas do racismo que permeiam desde as relações familiares, principalmente nas famílias miscigenadas, em que há uma variedade de tonalidades de pele, tipos de cabelos e traços físicos, até as relações sociais mais amplas, coalhadas de estigmas, preconceitos e discriminações.</p>


2019 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
Author(s):  
Carlos Eduardo Gomes Nascimento
Keyword(s):  

O artigo discute a história ignorada por Hannah Arendt no ensaio “Reflexões sobre Little Rock”. Após a determinação da Suprema Corte norte-americana para integrar crianças negras e brancas nas mesmas escolas, o governo e parte da população na cidade de Little Rock bloquearam violentamente o acesso dos negros a uma escola comum. Nesse contexto, uma jovem negra foi fotografada enquanto era hostilizada por uma horda de pessoas brancas e impedida de entrar na escola. A partir dessa fotografia, Arendt escreve um de seus primeiros textos em que aborda o tema da educação. Com base nas referências bibliográficas que analisam o período histórico em questão, objetiva-se narrar uma outra história, invisibilizada por Arendt. O texto problematiza se a pensadora, antes de analisar a dessegregação racial nas escolas, dialogou com a história dos negros norte-americanos. Por fim, conclui-se que a educação é um espaço de luta contra a invisibilidade, contra o perigo de contar uma única história às crianças e aos jovens.


2019 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
Author(s):  
Vanessa Gomes de Castro

<p>Qual é o lugar que os temas afro-brasileiros e/ ou africanos têm ocupado no campo da produção de conhecimentos científicos? No âmbito institucional, quem são os atores que têm fomentado a sua produção? Quais são os temas de pesquisas mais recorrentes em relação a essas questões e quais são as lacunas? Diante dessas perguntas, o presente trabalho examinou as dissertações e teses produzidas nos Programas de Pós-Graduação da Universidade Federal de Juiz de Fora, desde a sua implantação até o ano de 2018, sobretudo aquelas relacionadas aos temas mencionados. Para compreender tal produção, foi utilizado o conceito de campo científico, entendido como espaço de concorrência estruturada, em que a ciência é produzida, o qual é ocupado pelas instituições e seus agentes, de acordo com o seu volume de capital científico político e simbólico, fator que interfere nos processos de produção da ciência, como os temas de pesquisa a serem privilegiados.</p>


2019 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
Author(s):  
Giselle Dos Anjos Santos ◽  
Joana Buarque de Gusmão ◽  
Nicea Quintino Amauro

<p>Educação e Equidade Racial é o tema deste especial dos Cadernos Cenpec. A temática é central para o enfrentamento das desigualdades educacionais no País e para a promoção do direito à educação de qualidade para todos e todas, uma vez que os indicadores educacionais relacionados a acesso, permanência e sucesso, quando controlados por cor/raça, evidenciam diferenças gritantes. Um exemplo é a matrícula no Ensino Médio: enquanto 76% dos jovens brancos entre 15 e 17 anos estão matriculados nessa etapa, esse número é de 62% para a população preta.</p>


Author(s):  
Esdras Soares da Silva
Keyword(s):  

Nilma Lino Gomes é professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma das maiores estudiosas das relações raciais no Brasil e autora de diversas obras sobre educação, com foco nas relações étnico-raciais e de gênero. Foi a primeira mulher negra brasileira a ocupar o posto de reitora de uma universidade federal, ao assumir o comando, entre 2013 e 2014, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Durante o governo Dilma, deixou o cargo para tomar posse, no início de 2015, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e, posteriormente, do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (MMIRDH)1, em outubro de 2015, onde ficou até o ano seguinte.


2019 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
Author(s):  
Ana Cristina Juvenal da Cruz

Este artigo apresenta algumas notas para uma discussão sobre a interpretação e narrativa histórica em torno da escrita da história da África contemporânea. A proposta se vincula a um debate no interior da proposição de uma “Africanidade global” apresentada por historiadores e historiadoras dedicadas ao estudo desse campo. Ainda como um conceito emergente, o que se configura como “Africanidade global” é uma espécie de genealogia da experiência das populações africanas e seus descendentes no espaço da diáspora. A proposta insere e articula as diferentes motivações, contextos e consequências das diásporas africanas na longa duração e em sua diversidade. Pretende-se contribuir com esse debate junto à introdução de aspectos teóricos e metodológicos que balizam o cenário contemporâneo da discussão historiográfica contemporânea da leitura de novos aportes à historiografia africana.


2019 ◽  
Vol 9 (1) ◽  
Author(s):  
Márcia Cristina Américo ◽  
Luiz Marcos de França Dias

Os saberes e conhecimentos das comunidades tradicionais quilombolas do Vale do Ribeira (SP) tem como base a transmissão geracional por meio da tradição oral, mantida pela memória, história e etnicidade. Tais conhecimentos permitem uma releitura dos saberes, usos e práticas que estão interligados a uma cosmovisão étnico-territorial ancestral, enquanto propositores de uma práxis revolucionária, pela segurança e autonomia à vida em territórios coletivos. A compreensão sobre a temática quilombola implica não descontextualizar o processo de resistência histórico, socioeconômico, político, cultural, ambiental e epistêmico, da dominação colonial e capitalista global. Os conhecimentos das comunidades quilombolas propõem mudanças e reflexões críticas visando a emancipação humana.


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