Este artigo emerge da necessidade de reconhecer a criação artística do Guerrilla Girls ao esconderem suas verdadeiras identidades e considerando os registros deixados pelo grupo desde o início de seu percurso de ativismo. O foco é apresentar as mulheres artistas do passado que têm seus nomes apropriados pelo grupo Guerrilla Girls, tomando como critério de escolha dois aspectos: o quantitativo e o qualitativo. O aspecto quantitativo abarca Eva Hesse (1936-1970, pós-minimalismo) e Georgia O’Keeffe (1887-1986, modernismo americano), nomes percebidos como sendo os mais frequentes em entrevistas dadas pelas Guerrilla Girls à imprensa escrita; e o aspecto qualitativo incluem Frida Kahlo (1907-1954, surrealismo mexicano) e Käthe Kollwitz (1867-1945, expressionismo alemão), nomes das artistas usadas pelas lideranças, as componentes mais antigas do grupo e integrantes fundadoras que ainda estão em atividade. Estas quatro representantes respondem pelo grupo em diversas situações, como entrevistas, palestras, viagens, exposições de arte, lançamentos, entre outras situações. Trata-se de compreender a trajetória pública empreendida pelo coletivo a partir da adoção dos nomes de mulheres históricas famosas e negligenciadas nas artes visuais.