A gestão da velhice, durante muito tempo considerada como própria da vida privada e familiar, nos meados do século XX ganhou expressão e legitimidade no campo das preocupações sociais e transformou-se em uma questão da esfera pública. Porém, recentemente, o avanço das idades sofreu um processo de re-privatização, que recoloca o envelhecer e seus destinos sobre a responsabilidade individual, abrindo espaço, então, para que a velhice seja relativizada no leque das preocupações sociais do momento. No que se refere ao provimento de cuidados, esses processos tensionam o poder público, mas também a outras instituições e organizações da sociedade civil, tais como as comunidades e as famílias especialmente no contexto de pandemia de Covid-19.