Revista de História da Sociedade e da Cultura
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Published By Coimbra University Press

2183-8615, 1645-2259

2021 ◽  
Vol 21 ◽  
pp. 241-262
Author(s):  
Sónia Coelho ◽  
Susana Fontes

O século XIX constitui-se como um marco na história da imprensa feminina portuguesa. Datam deste período as primeiras colaborações femininas em periódicos, assim como a criação dos primeiros jornais destinados e dirigidos por mulheres, como é o caso de A Assembléa Litteraria e de A Voz Feminina, que se constituem como dois periódicos pioneiros na luta pela causa feminina. Neste sentido, no presente artigo é nosso objetivo analisar as vozes das mulheres presentes na imprensa oitocentista, especificamente nos jornais anteriormente mencionados, que se constituem como uma fonte inestimável de informação acerca da mentalidade da época. Destacaremos as ideias destas mulheres em favor do seu sexo e do acesso a direitos fundamentais, como a instrução, chave para a emancipação intelectual do sexo feminino. Para levar a cabo esta investigação, foram consultadas fontes bibliográficas e hemerográficas.


2021 ◽  
Vol 21 ◽  
pp. 217-240
Author(s):  
Francisca Veiga

Este artigo tem como objetivo procurar responder a questões relativas à segunda entrada da Companhia de Jesus em Portugal, concretamente o contexto externo e interno que lhe deu origem, os propósitos que serviu e as razões que determinaram a segunda expulsão.A autora baseou a sua análise em fontes históricas documentais inéditas e secundárias, destacando-se entre as fontes primárias um repositório de documentos do espólio documental do Arquivo da Província Portuguesa da Companhia de Jesus.Foi seguida uma metodologia cronológico-evolutiva na reconstrução do período histórico em análise, seguindo os estudos de historiadores de relevo para a história política e religiosa miguelista.Como representante do tradicionalismo e conservadorismo, a Companhia de Jesus constitui-se como um instrumento fundamental na afirmação dos ideais miguelistas e reforço da sua causa, mas jesuítas e miguelistas tinham o destino da sua presença traçado perante os ideais do liberalismo.


2021 ◽  
Vol 21 ◽  
pp. 165-183
Author(s):  
Marco Oliveira Borges

O comércio de especiarias entre Portugal e a Índia despertou o interesse de diferentes reinos europeus, levando a expedições ultramarinas rivais, ao mesmo tempo que fez com que os navios portugueses vindos da Ásia fossem um alvo bastante apetecível para corsários e piratas, sendo que, na primeira metade do século XVI, destacaram-se as investidas francesas. Para fazer face a essas situações, e ao mesmo tempo que eram mobilizadas armadas para protegerem a navegação portuguesa, foi-se desenvolvendo uma rede de espionagem a fim de captar informação que pudesse antecipar as intenções francesas, fosse no que diz respeito à elaboração de expedições ultramarinas como de ataques navais. Neste estudo penetraremos nos meandros dessa rede de espionagem, tentando compreender como é que funcionava e de que modo Portugal recebia informações para poder atuar em conformidade com as diferentes situações.


2021 ◽  
Vol 21 ◽  
pp. 57-95
Author(s):  
João Pedro Gomes

Em 1896 a Empreza Culinária faz-se anunciar no Annuario Commercial. Sediada em Lisboa, disponibilizava um serviço de venda de jantares, compostos por vários pratos, com entrega ao domicílio e cujos menus, em 1898, passa a publicar no Diário de Notícias.O presente estudo tem como objeto de análise o conjunto de menus publicados no primeiro ano desta ação de divulgação (entre março de 1898 e março de 1899), através da qual se pretende entender de que forma, a nível culinário, uma unidade de produção alimentar desta tipologia, orientada para um universo consumidor urbano, estruturava as refeições que comercializava.Quantos pratos compunham os menus servidos oferecidos; que tipologias de alimentos eram servidas; quais as fontes de inspiração dos preparados culinários comercializados; e que modelos sócio culinários pretendia replicar são algumas das questões abordadas na presente análise exploratória de uma atividade comercial de contornos incomuns para o período e espaço em questão.


2021 ◽  
Vol 21 ◽  
pp. 143-164
Author(s):  
Javier Luis Álvarez Santos
Keyword(s):  

A lo largo de los siglos, se había establecido un mito alrededor de las islas Macaronesia. Con el paso del tiempo, esta construcción se ha adaptado a los diferentes paradigmas e hipótesis sobre el origen del mundo insular del Atlántico. Esta investigación se centra en el análisis de la percepción mítica e histórica que entre los isleños constituye su imaginario insular y atlántico con el objetivo de comprender el significado peculiar de la composición de la sociedad macaronésica moderna a partir de la propia experiencia adquirida. Este estudio examina el paradigma de la conceptualización del espacio con el objetivo de proponer un método de observación supranacional de las islas. Por tanto, la investigación aborda diferentes historias con el propósito de enfocar el análisis desde distintos niveles que conducen a un estudio integral de la cultura marítima de las islas de Macaronesia.


2021 ◽  
Vol 21 ◽  
pp. 305-327
Author(s):  
Manuel Baiôa

O presente estudo incide sobre as eleições legislativas de 1922 ocorridas nos seis círculos eleitorais do Alentejo. Aborda os tópicos referentes à contextualização política, à escolha dos candidatos a deputados, a campanha eleitoral, o clientelismo, os acordos e as fraudes eleitorais. Apresenta ainda uma revisão dos resultados eleitorais do Alentejo, demarcando-se dos números seguidos pela historiografia portuguesa.


2021 ◽  
Vol 21 ◽  
pp. 329-348
Author(s):  
Fábio Alexandre Faria

Este artigo pretende abordar um aspeto particular do fenómeno do refúgio republicano espanhol em Portugal que se relaciona com a passagem de refugiados pelo Forte de Caxias no decorrer da Guerra Civil de Espanha. Com o início do conflito, inúmeros espanhóis fugiram da violência da guerra e das perseguições inimigas e tentaram salvar-se através do país vizinho, encontrando, no entanto, um regime político hostil à sua presença. O governo português, apoiante da causa nacionalista, procurou dificultar a estadia de refugiados espanhóis, sobretudo os de tendência republicana, em Portugal, entregando-os a Franco e concentrando-os nas prisões portuguesas, de que o Forte de Caxias foi um importante exemplo. A partir daqui, onde passaram por inúmeras dificuldades, os refugiados tentaram tratar da sua saída do país e procuraram obter melhores condições de detenção.


2021 ◽  
Vol 21 ◽  
pp. 263-285
Author(s):  
Guida Silva Cândido

Contextualizando o valor e preponderância da culinária francesa no panorama internacional, tecem-se breves considerações sobre a influência dessa cozinha no receituário nacional dos séculos XIX e XX. Reflete-se sobre os meios de introdução dos “francesismos” culinários na língua portuguesa, analisando a terminologia francesa na obra Arte de Cozinha de João da Matta (1876). Procura-se sistematizar esse léxico em diferentes categorias: nomes culinários; nomes comuns metaforicamente usados na cozinha; nomes geográficos; nomes próprios; vocábulos exclusivos de livros de cozinha e termos caídos em desuso, observando a sua relevância na literatura culinária portuguesa. Esta análise apoia-se na tese de licenciatura em Filologia Românica com o título “Francesismos na terminologia da culinária portuguesa”. Apresentado em 1953 por Maria José Osório dos Santos Carvalheira à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, este trabalho pioneiro propõe uma reflexão sobre a apropriação desses vocábulos e as diferentes formas como se introduziram no quotidiano português.


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