Revista Diadorim
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(FIVE YEARS 1)

Published By "Faculdade De Letras, Ufrj"

1980-2552

2020 ◽  
Vol 22 (3) ◽  
pp. 234-247
Author(s):  
Bruno Vinicius Kutelak Dias ◽  
Antonio Augusto Nery

2020 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 09-20
Author(s):  
Pere Comellas Casanova

As identidades coletivas sempre foram altamente complexas, apesar da tendência geral à simplificação que nossas categorias lhes tentam impor. O contato intercultural e interlinguístico se constitui num fator ao mesmo tempo clarificador - desde que oferece uma alteridade evidente com a qual se confrontar - e complexificador - no sentido de que possibilita a hibridação e as identificações múltiplas. Talvez não exista uma situação mais prototípica de contato e confronto brusco, violento, cortante, que a colonização moderna. Diversos povos europeus iniciam no século xvi umas invasões legitimadas não só pela força militar como também por um discurso de suposta superioridade cultural e religiosa. Um movimento que impulsa uma nova representação do mundo e de seus habitantes produto das novas experiências tanto quanto das expetativas prévias e das projeções interessadas. Um exemplo paradigmático disso é o próprio conceito (e a própria palavra) de «índio» ou «indígena».A denominação de índio ou indígena responde claramente à criação de uma categoria unificadora de uma alteridade percebida pelos intérpretes europeus como radical e uma respeito da própria autorrepresentação. A imensa diversidade dos povos habitantes da América antes da colonização é assim drasticamente reduzida e condensada em um só conceito que ainda por cima carrega significativamente a expectativa da viagem europeia: afinal a etimologia de «indígena» é nascido na Índia.Essa enorme diversidade unificada sob o conceito de «índio» tem uma retroação lógica, a da necessidade de um conceito complementário, o de «branco», isto é, uma projeção igualmente redutora nas culturas e nos povos europeus. E mais importante ainda, tem também um efeito de estrangeirização dos povos originários americanos. A apropriação dos territórios colonizados exige a despossessão dos seus antigos usufrutuários, acompanhada de um discurso que visa serem percebidos como estranhos, alheios, paradoxalmente estrangeiros à identidade hegemônica comum, que é a «nacional». Os esforços de uma parte da sociologia, da história, da antropologia e até de alguma literatura por enquadrar as identidades pré-coloniais no tronco principal da identidade cultural brasileira têm sido incapazes de alterar substancialmente o pensamento hegemônico da população americana (e nomeadamente brasileira) geral. Deste jeito, as culturas indígenas são quase sempre representadas com estereótipos monolíticos, primitivistas, estáticos e folclorizados.Por esta razão continua a ser imprescindível o estudo tanto das culturas —e no âmbito desta revista, nomeadamente das línguas e das artes da linguagem— ameríndias como das suas representações atuais e pretéritas no imaginário hegemônico.


2020 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 497-515
Author(s):  
Lílian Teixeira de Sousa

Uma diferença marcante entre as línguas diz respeito à forma com que perguntas sim-não são respondidas: com partículas em francês, verbos-eco em irlandês e pela combinação de partículas e verbos-eco no Português. Essa distinção tem recentemente atraído a atenção da área da Teoria Gerativa. Holmberg (2013, 2016), por exemplo, afirma que a sintaxe das respostas a perguntas sim-não é em grande parte similar à sintaxe das perguntas. De acordo com o autor, a distinção tipológica entre sistemas baseados na verdade e sistemas baseados na polaridade está relacionada à posição que a negação ocupa; língua com um consistente sistema baseado em polaridade só apresentam negação média ou alta, enquanto línguas com um sistema baseado em verdade só apresentam negação baixa. Há ainda línguas como o inglês, que apresentam variação entre negação alta e baixa. O objetivo deste artigo é discutir qual o tipo de sistema responsivo do português brasileiro (PB), considerando que o PB apresenta três tipos de negação, dependendo do número e posição de itens negativos na sentença – Neg VP; Neg VP Neg e VP Neg.


2020 ◽  
Vol 22 (3) ◽  
pp. 120-141
Author(s):  
Edmilson Francisco ◽  
Ilsa Do Carmo Vieira Goulart ◽  
Patrícia Vasconcelos Almeida

2020 ◽  
Vol 22 (3) ◽  
pp. 221-233
Author(s):  
CARLA OLIVEIRA GIACOMINI

2020 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 127-128
Author(s):  
Maurício Silva
Keyword(s):  

Resenha do livro:SILVA, Giovani José da COSTA, Anna Maria Ribeiro F. M. da. Histórias e culturas indígenas na educação básica. Belo Horizonte, Autêntica, 2018.


2020 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 132-142
Author(s):  
Maria Lucia Leitão de Almeida ◽  
Ana Paula Quadros Gomes ◽  
Jorge Luiz Ferreira Lisboa Júnior
Keyword(s):  

O presente número temático, organizado por Maria Lucia Leitão de Almeida, Ana Paula Quadros Gomes e Jorge Luiz Ferreira Lisboa Júnior (Universidade Federal do Rio de Janeiro) dedica-se à dimensão do significado linguístico, a partir de duas perspectivas teoricamente prósperas: a Semântica Cognitiva e a Semântica Formal.A partir da contribuição científica de pesquisadores do Brasil, EUA e Europa, o leitor terá acesso a uma visão panorâmica da diversidade de análises semânticas existentes. Os artigos que compõem o dossiê demonstram diferentes posições sobre o significado linguístico, sobre a composicionalidade, sobre a relação entre a semântica e a pragmática, entre o gramatical e o cognitivo etc., o que acreditamos ser um estimulante para a reflexão científica.O presente Dossiê de Língua também é uma homenagem ao semanticista brasileiro Rodolfo Ilari, por sua representatividade entre nós, seja no desenvolvimento de uma agenda científica para uma semântica do português, que tende a crescer, seja na formação de semanticistas.Contamos ainda com duas entrevistas ilustres, a de Gilles Fauconnier, um dos pilares da Semântica Cognitiva, e a de Gennaro Chierchia, um dos grandes nomes da Semântica Formal.


2020 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 367-385
Author(s):  
Solange Coelho Vereza

Apoiando-se na Teoria da Metáfora Conceptual (TMC), que se insere na área da Linguística Cognitiva, este artigo tem como objetivo investigar a natureza dos mapeamentos cognitivos, e seus efeitos de sentido, que são projetados do domínio-fonte GUERRA para diferentes domínios-alvo. Exploraremos, a partir da análise de 10 memes da internet, o modo com que elementos do frame GUERRA, como domínio-fonte, é projetado (mapeados) em domínios-alvo que dizem respeito a formas de antagonismo verbal e sua “arma” principal: a palavra. Os conceitos de mapeamento (FAUCONNIER, 1997), metáfora conceptual (LAKOFF; JOHNSON (1980 [2002]) e metáfora situada (VEREZA, 2013) representam a base teórico-metodológica da discussão empreendida a partir do corpus. A análise, além de corroborar o postulado da corporeidade que está no cerne da linguística cognitiva, revelou, mais especificamente, como a metáfora conceptual PALAVRA É ARMA licencia uma série de mapeamentos online (metáforas situadas) que evidenciam a ubiquidade da conceptualização bélica de PALAVRA e seus efeitos subjetivos.


2020 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 409-437
Author(s):  
John Richart Schabarum ◽  
Rove Luiza de Oliveira Chishman

O presente artigo trata da ocorrência de metáforas conceptuais e de suas respectivas expressões metafóricas em videoaulas do YouTube, assim como apresenta avanços nas discussões e análises realizadas por Schabarum e Chishman (2020) nesse mesmo contexto. Nesse sentido, o objetivo geral do trabalho é averiguar o caráter pedagógico da emergência de metáforas em videoaulas. Para isso, tomamos como base os pressupostos teóricos de Cameron (1999, 2003) e Semino (2008). Do ponto de vista metodológico, esta pesquisa tem caráter qualitativo e conta, como corpus de pesquisa, com a transcrição de duas videoaulas de Biologia sobre sistema imunológico provenientes do YouTube. Foram adotados, como recursos metodológicos, um dicionário de termos de ciências biológicas e uma ferramenta de pesquisa em corpus eletrônico. Os resultados indicam que as metáforas conceptuais as expressões metafóricas por elas licenciadas são amplamente empregadas nas videoaulas analisadas e representam conceitos científicos com gradação e precisão distintas, já que as expressões metafóricas que representam nosso entendimento sobre  conceitos científicos podem ser classificadas como técnicas, subtécnicas ou constitutivas de teoria, conforme postula Cameron (2003). Essas metáforas e expressões metafóricas apresentam, contudo, um ponto em comum: funcionam como recurso pedagógico eficiente.


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