Estudos Linguísticos (São Paulo 1978)
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Published By Grupo De Estudos Linguisticos Do Estado De Sao Paulo

1413-0939

2021 ◽  
Vol 50 (2) ◽  
pp. 485-503
Author(s):  
Jaqueline Marinho Pinheiro de Almeida ◽  
Heloisa Lima Salles

Este estudo investiga as orações relativas cortadoras e resumptivas do português brasileiro levando em conta as análises propostas em Kenedy (2002) e Kato e Nunes (2009) e aplicando-as a dados reais de fala. A discussão aponta a análise de Kato e Nunes (2009), em que a oração relativa é formada a partir de uma estrutura de deslocamento à esquerda, como mais adequada por ser capaz de explicar as estruturas resumptivas com sintagmas nominais plenos encontradas no corpus. Indica também um caminho para o aprofundamento da investigação, dentro da Teoria Gerativa, da relativização de adjuntos com estratégia cortadora.


2021 ◽  
Vol 50 (2) ◽  
pp. 597-616
Author(s):  
Ivanir Azevedo Delvizio ◽  
Francine De Assis Silveira

As convenções sobre elaboração de definições terminológicas, em geral, recomendam evitar o uso de estruturas negativas sempre que possível. Com isso, as definições negativas têm sido pouco ilustradas e discutidas. O objetivo deste artigo é analisar um conjunto desse tipo de definição e observar os casos em que pode ser utilizado. Para tal, fundamentou-se nos preceitos teóricos da Terminologia (CABRÉ, 1993; FINATTO, 2003; KRIEGER; FINATTO, 2004; BARROS, 2004; ALMEIDA; PINO; SOUZA, 2007; GALDIANO; ZAVAGLIA, 2015; SAGER, 1993; BARITÉ, 2017). Foram analisadas definições negativas utilizadas tanto no discurso especializado quanto em trabalhos terminográficos em diferentes áreas de especialidade. Observou-se que as definições negativas foram usadas para definir termos que expressam conceitos que têm como traço principal a ausência de uma característica, com valor negativo, que apresentam formantes negativos em suas estruturas, ou que mantêm relação de oposição com outro(s) termo(s), distinguindo-se dele(s) pela ausência de uma característica.


2021 ◽  
Vol 50 (2) ◽  
pp. 829-849
Author(s):  
Karina Rocha Campos ◽  
Jean Cristtus Portela

O presente artigo, parte da pesquisa realizada acerca do site Sensacionalista e do blog The Piauí Herald, tem como objetivo descrever o funcionamento da chamada prática desnoticiosa no que se refere aos processos de incorporação de tipo intertextual e interdiscursivo em suas composições. Partindo da clássica concepção de interdiscursividade e intertextualidade, pretende-se apresentar a noção de prática interpretativa inaugurada por Jacques Fontanille (2008), responsável por complexificar a questão ao alocar esses fenômenos em outro nível de pertinência. Além disso, procura-se demonstrar, a partir de duas amostras de desnotícias, tais processos de incorporação em funcionamento, revelando as minúcias discursivas e destacando as especificidades de cada um dos veículos analisados.


2021 ◽  
Vol 50 (2) ◽  
pp. 809-828
Author(s):  
José Roberto Prezotto Júnior

Concebemos a Fraseologia como interdisciplinar e estabelecemos diálogo com a Linguística Cognitiva (GURILLO, 1997; 2001; OLZA MORENO, 2011; MERINO GONZÁLEZ, 2015) a fim de descrever, sincronicamente, a unidade fraseológica “deixar a poeira baixar” no português, que denota uma ordem ou um conselho do locutor ao interlocutor, para que este aguarde o fim das situações conflitantes. Utilizamos o Corpus do Português (DAVIS; FERREIRA, 2016) para análise e defendemos a hipótese de que esse fraseologismo surge da metáfora conceitual: ADVERSIDADE É DEVIDO AO TEMPO RUIM, relacionada às condições climáticas. Ademais, ratificamos a fixação e a idiomaticidade dessa unidade, por seguir a ordenação formal dos verbos modais do português e ser dotada de composicionalidade motivada, uma vez que recuperamos pistas da contribuição de seus componentes para o significado total.


2021 ◽  
Vol 50 (2) ◽  
pp. 579-596
Author(s):  
Camila Gabriele da Cruz Clemente

O objetivo principal é descrever os processos de mudança que levaram à emergência do subesquema [V_que] na rede dos conectores condicionais no português. Os dados foram coletados do Corpus do Português, disponível em www.corpusdoportugues.org, e do BIT- Prohpor, disponível em https://www.prohpor.org/bit-banco-pb, datados nos séculos XVIII a XX. A base teórica deste trabalho vincula-se aos modelos baseados no uso, sobretudo, a Traugott e Trousdale (2013) e pelos estudos acerca da condicionalidade de Dancygier (1998) e Oliveira (2019a, 2019b). A princípio, embora o subesquema [V_que] apresente baixa produtividade, observa-se que a cada século ela aumenta, conforme mostram os dados coletados. Como resultado, observou-se que esse subesquema emerge na rede dos conectores condicionais da língua portuguesa com o surgimento das microconstruções “supondo que”, por processo de construcionalização, a partir da mudança do verbo “supor” para a forma gerúndio “supondo” + a conjunção “que”, e de “dado que” e “posto que”, por mudanças construcionais, uma vez que essas microconstruções apresentavam, antes do século XIX, apenas significado causal.


2021 ◽  
Vol 50 (2) ◽  
pp. 753-767
Author(s):  
Ana Carolina Cortez Noronha
Keyword(s):  

Este artigo apresenta um curso de extensão universitária oferecido em plataforma digital pela FFLCH-USP em julho de 2020 sobre semiótica, enunciação e o discurso na internet. O curso teve como proposta a apresentação dos conceitos semióticos de análise enunciativa do nível discursivo com base em Fiorin (2002) e Barros (2002) e sua aplicação de análise no discurso encontrado na internet conforme os trabalhos de Barros (2015). Este texto traz considerações sobre o desenvolvimento do conteúdo do curso, reflexões sobre o modo como se deu a interação entre ministrante e participantes e a apresentação de uma análise construída por ambos, em conjunto, no decorrer do curso, sobre conteúdo tirado de redes sociais.


2021 ◽  
Vol 50 (2) ◽  
pp. 706-720
Author(s):  
Marlene Aparecida Viscardi Mantovani ◽  
Marilia Blundi Onofre

Este artigo tem como objetivo analisar a reescrita do conto de fadas “Chapeuzinho Vermelho” produzida por alunos do 3º ano do Ensino Fundamental I de modo a levantar e descrever as operações enunciativas acionadas especificamente como estratégia de conclusão de narrativa. Os alunos encontram-se no processo de aquisição da língua escrita e, por isso, fundamentamo-nos nos conceitos teóricos defendidos pela Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas – TOPE – do linguista Antoine Culioli. A escolha pela Teoria Enunciativa justifica-se pelo fato de a considerarmos um referencial teórico fundamental para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem de língua e, consequentemente, o desenvolvimento linguístico-cognitivo do aluno.  


2021 ◽  
Vol 50 (2) ◽  
pp. 653-668
Author(s):  
Priscila Regina Gonçalves de Melo Giamlourenço ◽  
Cristina Broglia Feitosa de Lacerda

Responsável por tornar acessível e inteligível a comunicação entre surdos e ouvintes, ao tradutor-intérprete de Libras que atua no contexto educacional se pressupõem saberes e conhecimentos plurais haja vista a atuação ocorrer em áreas distintas e atuar na interface entre aspectos relativos aos processos tradutórios e de ensino e aprendizagem. A partir de um estudo de revisão de literatura, verifica-se que a formação continuada pode ser uma alternativa de encontro e espaço de debates e reflexões que sinalizam e consolidam as necessidades formativas que surgem da prática, das relações e dos processos tradutórios. A formação pode ainda ampliar os modos de percepção do profissional, além de favorecer conhecimentos específicos das áreas – da educação de surdos, das línguas e da educação inclusiva – também consciência do papel nesse contexto de atuação em que participa das relações pedagógicas ante os pressupostos e demandas relativas à inclusão educacional dos alunos surdos.


2021 ◽  
Vol 50 (2) ◽  
pp. 465
Author(s):  
Mariana Luz Pessoa de Barros

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2021 ◽  
Vol 50 (2) ◽  
pp. 912-929
Author(s):  
Ivan Douglas de Souza
Keyword(s):  

Este trabalho tem como objetivo apresentar o estudo filológico de um termo registrado no “Livro de Actas 1757 a 1764” da Vila de Santana de Parnaíba, intitulado “Termo de emtregua do Cartorio desta villa [...]”. De fato, tal documento, escrito em 12 de janeiro de 1764, funciona como um inventário, pois contém listas de maços de papéis avulsos e de livros produzidos e/ou guardados no cartório e no arquivo da Câmara da referida vila até aquela data. Resultam dessa investigação multidisciplinar as descrições de aspectos codicológicos e paleográficos do livro, assim como uma análise diplomática do documento. Do ponto de vista histórico, o conteúdo do texto dá uma amostra da produção documental e do arquivamento desses papéis na dita vila. O manuscrito, portanto, é um testemunho significativo para a história da escrita e da custódia de documentos em instituições como uma Câmara municipal e um cartório no Brasil do século XVIII.


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