Educação Matemática Pesquisa Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática
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Published By Portal De Revistas Puc Sp

1983-3156, 1516-5388

Author(s):  
Dienifer Ferner Fernandes ◽  
Maria Arlita da Silveira Soares ◽  
Rita de Cássia Pistóia Mariani

Este texto objetiva apresentar uma análise de tratamentos figurais, vinculados a conceitos/conteúdos de geometria espacial de posição, mobilizados por licenciandos em matemática. Para tanto, explorou-se a teoria dos registros de representação semiótica, em particular, as apreensões de uma figura (sequencial, perceptiva, discursiva e operatória). Recorreu-se a uma abordagem qualitativa com produção de dados, orientada pela análise de conteúdo. Constatou-se, durante as atividades, a mobilização das apreensões perceptiva, discursiva e operatória de posição. Destaca-se que, em alguns momentos, a apreensão perceptiva sobressaiu-se em relação à apreensão discursiva, vista a limitação exposta nas justificativas organizadas pelos acadêmicos. A apreensão operatória de posição foi intensamente explorada, pois se verificou sua mobilização em todos os itens propostos. A partir da ação realizada e dos resultados obtidos, pode-se afirmar a importância da visualização em geometria, isto é, a necessidade que há em realizar a harmonização entre os registros figural e discursivo.


Author(s):  
Marília Franceschinelli De Souza ◽  
Samuel Rocha De Oliveira

Este artigo tem como objetivo apresentar um panorama das pesquisas que tratam do uso de vídeos no ensino de matemática entre 2015 e 2020, e discutir o papel da formação de professores na viabilização desse uso. Os trabalhos encontrados foram divididos em três vertentes: gravação de aula, produção de vídeo e vídeo como recurso didático. A partir dessa organização, percebemos o potencial dos vídeos para os processos de ensino e de aprendizagem de matemática, principalmente quando a prática com essas mídias é feita de forma intencional e reflexiva. Destacamos também a escassez de estudos sobre formações de professores que oportunizem o uso de vídeos e apresentamos uma proposta de curso de formação, à luz da cyberformação. Os professores participantes dessa formação revelaram mudanças em suas concepções sobre o uso de vídeos e posturas em sala de aula, evidenciadas pelas atividades produzidas, em que o vídeo atua como um partícipe na produção de conhecimento. Com esta apresentação e discussão, pretendemos estimular o desenvolvimento de ações de formação, bem como de mais pesquisas nessa temática.


Author(s):  
Selma Felisbino Hillesheim ◽  
Méricles Thadeu Moretti

Para além de todos os conhecimentos necessários à docência, o conhecimento dos processos semiocognitivos envolvidos na aprendizagem da geometria podem fazer-se importantes na condução do trabalho pedagógico. A passagem da maneira normal de olhar uma figura para a forma matemática de vê-la requer a mobilização de operações cognitivas específicas. Analisando-se a concepção do conhecimento pedagógico do conteúdo, proposto por Shulman, e as adaptações feitas por diversos autores, no campo da educação matemática, nos deparamos com a seguinte questão: quais as categorias de conhecimentos necessários ao professor pedagogo para ensinar geometria nos anos iniciais do ensino fundamental? Trata-se de uma pesquisa de cunho qualitativo do tipo análise documental, para propor um modelo de conhecimento especializado para o professor pedagogo ensinar geometria nos anos iniciais do ensino fundamental a partir da literatura existente. Como contribuição, aponta-se a importância e a necessidade do conhecimento dos processos semiocognitivos, presentes na aprendizagem da geometria na condução do seu ensino.


Author(s):  
Thayline Soares Ferreia Rocha ◽  
Iranete Maria da Silva Lima

Este artigo resulta de um trabalho de conclusão do curso de Licenciatura em Pedagogia no Campus do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco. A partir do olhar de professoras dos anos iniciais do ensino fundamental, a pesquisa objetivou compreender o lugar do diálogo nas aulas de matemática. Tomando o conceito de diálogo da teoria freireana e da educação matemática crítica, inicialmente realizou-se uma entrevista semiestruturada com cinco professoras que ensinavam em uma escola pública municipal sediada em um município do Agreste Pernambucano e, após, propôs-se que elas realizassem duas atividades. A primeira consistia em observar duas imagens de professores em atividade na sala de aula e sugerir modificações nas referidas imagens, caso considerassem necessário, para que elas retratassem suas aulas de matemática. Na segunda atividade solicitou-se a proposição de uma atividade a partir de uma imagem dada. As respostas das professoras trazem elementos associados ao diálogo, como preconizam a teoria freireana e a educação crítica em matemática, embora não tenham utilizado explicitamente o termo. Os elementos mais utilizados são as interações entre professor e alunos e entre alunos e comunidade; e o estabelecimento de relações entre o ensino e as realidades dos alunos.


Author(s):  
Denise Cristina Ribeiro da Silva ◽  
Ieda Maria Giongo

Este artigo tem como objetivo analisar o que diz um grupo de professores do ensino fundamental que ministrava aulas em aldeias indígenas, no Município de Ourilândia do Norte – PA, acerca de sua prática de ensino de matemática. De cunho qualitativo, tem como referencial teórico-metodológico o campo da etnomatemática, preocupado com a problematização dos aspectos sociais, políticos, culturais e educacionais também no ensino da matemática. Os dados foram produzidos a partir de discussões gravadas e, posteriormente, transcritas, com esse grupo de docentes. A análise dos dados foi efetivada por meio da análise textual discursiva na perspectiva de Moraes e Galiazzi (2007), e permitiu a emergência, entre outras, da ideia de que, embora com escassas políticas públicas para a formação de docentes, os pesquisados procuravam efetivar práticas pedagógicas assentadas nas culturas de seus estudantes. Ademais, foi possível inferir a existência da necessidade premente de investigações com cerne na formação de grupos de estudos contínuos, com a efetiva participação de professores que lecionam em comunidades indígenas, tendo como premissa a confecção, a análise e o desenvolvimento de tarefas destinadas aos estudantes indígenas.


Author(s):  
Fabiano dos Santos Souza ◽  
Tiago Vanini Vieira ◽  
Marco Aurélio Kistemann Junior

Neste artigo averíguam-se as características do processo de formação inicial e atuação de 27 professores de matemática de educação básica quanto à educação financeira e o letramento. Os dados obtidos foram por meio de um questionário contendo 27 questões fechadas e 14 abertas, que foram analisados utilizando-se a metodologia de análise de similaridade com o suporte do software CHIC (Classificação Hierárquica, Implicativa e Coesitiva). No que tange especificamente à formação dos professores, em relação à educação financeira, há indícios que ocorreu de forma superficial. A análise também evidencia o fato de que a educação financeira ainda é muito confundida com a matemática financeira, sendo abordada em sala de aula de maneira muito superficial, apenas com conceitos básicos, sem a promoção da construção do letramento e consciência financeira dos alunos. Defende-se uma formação em serviço aos educadores matemáticos, com temáticas relacionadas à educação financeira escolar de acordo com as diretrizes da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) e das orientações da Base Nacional Comum Curricular Brasileira (BNCC).


Author(s):  
Cícero Nachtigall ◽  
Rozane da Silveira Alves

Este estudo investigou como as principais características atribuídas à metodologia da sala de aula invertida – tais como personalização do ensino, autonomia do discente, interação professor/aluno e aluno/aluno e melhora na aprendizagem – foram identificadas pelos participantes de um curso de curta duração oferecido por um projeto de ensino de uma universidade federal do sul do Brasil. Foram confeccionados e disponibilizados 33 vídeos pedagógicos que abordavam integralmente o conteúdo do módulo de matemática básica, que habitualmente era oferecido pelo projeto na modalidade presencial. Os vídeos correspondentes a cada aula invertida foram enviados aos participantes da pesquisa com antecedência, e os respectivos encontros presenciais foram direcionados para o esclarecimento de dúvidas e aplicação dos conteúdos abordados nos vídeos. Os sujeitos desta pesquisa foram 35 estudantes de graduação e os instrumentos de coleta de dados foram entrevistas, analisados qualitativamente através da técnica de análise de conteúdo, além de questionários e observações. Os estudantes manifestaram ter identificado maior personalização do ensino, acréscimo de autonomia e de qualidade na aprendizagem, qualificação da interação entre professor e aluno e na interação entre pares nas aulas em que a metodologia da sala de aula invertida foi adotada, em comparação com as aulas expositivas tradicionais. Esta foi a primeira experiência do referido projeto com o ensino híbrido, e a maioria dos estudantes participantes da pesquisa relatou não possuir experiências prévias com a metodologia da sala de aula invertida. Este trabalho é parte de uma dissertação de mestrado apresentada no programa de Pós-Graduação em Educação Matemática (PPGEMAT/IFM) em fevereiro de 2020.


Author(s):  
Esteban Mendoza-Sandoval ◽  
Flor Monserrat Rodríguez-Vásquez ◽  
Jesús Romero Valencia

O estudo da compreensão de conceitos em álgebra linear é um tema de interesse na educação matemática, principalmente pela abstração e complexidade que apresentam. Um conceito objetivo do ensino de álgebra linear na licenciatura em matemática é o operador linear diagonalizável, portanto, com base na teoria APOE, conjectura-se sobre um modelo cognitivo que considera sua construção como um objeto. Para isso, aplicou-se um questionário a cinco alunos de pós-graduação (25-30 anos) e uma entrevista semiestruturada. Os resultados mostram dois percursos de construção que os alunos seguiram na construção do conceito de estudo, nos quais são requeridas as estruturas mentais conjecturadas na decomposição genética preliminar. Além disso, verificou-se que os alunos entrevistados, com sua concepção de processo matricial semelhante, preferem determinar se a representação matricial do operador linear é semelhante a uma matriz diagonal do que coordenar os processos de base ordenada e autovetores no próprio processo de base.


Author(s):  
Marcilia Elane do Nascimento Pontes ◽  
Gilda Lisbôa Guimarães

O presente artigo, recorte de uma pesquisa de mestrado, tem como objetivo analisar aprendizagens sobre construção de gráficos a partir de tabelas, por meio do software Excel, com alunos do 5º ano do ensino fundamental. Para isso, duas turmas de escolas públicas em Pernambuco participaram desse estudo experimental, envolvendo uma diagnose e um pós-teste individual com duas questões contendo tabelas para serem representadas em gráfico, utilizando como recurso o lápis e papel. Na intervenção de ensino, os alunos construíram gráficos a partir de tabelas simples e de dupla entrada, utilizando o programa Excel. Os resultados evidenciaram que o aplicativo, para além de ser motivador, possibilitou uma rica discussão entre os alunos sobre diferentes unidades das escalas, além de ressaltar a necessidade de explicitação de todos os elementos que compõem as informações de uma tabela ou de um gráfico. Assim, conclui-se que é possível um trabalho com a construção de gráficos utilizando o Excel, oferecendo mais um recurso para aprendizagem de alunos dos anos iniciais.


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