AYVU - Revista de Psicologia
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Published By "Pro Reitoria De Pesquisa, Pos Graduacao E Inovacao - Uff"

2446-6085

2018 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 89
Author(s):  
Gustavo Cruz Ferraz ◽  
César Pessoa Pimentel

O artigo é uma investigação teórica sobre a habilidade, tema no qual se entrecruzam prática e teoria, cognição e ação, corpo e pensamento. A perspectiva é definida pela leitura da obra do antropólogo Tim Ingold e toma o andar como exemplo fundamental de habilidade. Vincula habilidade e atenção ganhando distância das teses que definem a atividade como execução de planos mentais. No lugar da representação e do planejamento, concede maior relevância à responsividade aos fluxos materiais, realçando o caráter continuadamente aberto da prática habilidosa. Propõe que o acoplamento entre os pólos passivo e ativo da experiência é uma qualidade própria aos gestos habilidosos. Conclui que a dimensão atencional do andar supera a destreza motora e se funda na sintonia fina entre movimentos corporais e tarefas emergentes.


2018 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 13
Author(s):  
Yves Citton

Este artigo é a tradução da introdução do livro Pour une écologie de l’attention, no qual a proposta da Ecologia da Atenção é formulada. Este novo campo de estudos propõe uma reorientação na forma de colocação do problema da atenção buscando superar os limites presentes na economia da atenção. Isto é realizado a partir da crítica de 3 pontos comumente difundidos: o paradigma econômico, a perspectiva individualista e o determinismo tecnológico. Reduzir o estudo das dinâmicas atencionais ao vocabulário econômico impede-nos de formular uma pergunta essencial: como – isto é, em que direção e  para que fins – orientar a atenção que dirige nosso futuro? Invertendo nosso modo tradicional de pensar, que parte da atenção individual para compor o horizonte de uma atenção coletiva, partiremos das dimensões coletiva e conjunta para delas destacar as diversas formas de individuação. Longe de ser uma competência puramente técnica, como afirma o discurso economicista predominante, a atenção envolve múltiplas dinâmicas e uma verdadeira sabedoria ambiental – uma ecosofia –, no seio da qual a orientação dos fins é indissociável de uma avaliação em termos de eficiência.


2018 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 166
Author(s):  
Beatriz Sancovschi ◽  
Luiz Antonio Saléh Amado

Não é rara a queixa, por parte dos discentes, de que estar em sala de aula não faz sentido. Por outro lado, os docentes ressentem-se de que ensinar tem sido um desafio. Docentes e discentes encontram-se diante de um impasse que merece ser examinado de perto. O artigo assume essa tarefa, inicialmente, a partir da análise do funcionamento da atenção na sala de aula no ensino superior. Apoiados na ecologia da atenção de Yves Citton, vemos nascer uma complexidade de regimes atencionais que co-existem e se co-afetam, tornando a queixa sobre a (des)atenção insuficiente. Em seguida, assume a proposta dos laboratórios estéticos como modo de intervir sobre os ecossistemas atencionais existentes. Conclui com a aposta de que a ecologia da atenção abre novas perspectivas para enfrentar os impasses vividos nas salas de aula hoje. 


2018 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 117
Author(s):  
Virgínia Kastrup ◽  
Caio Herlanin Fernandes

O problema da atenção conjunta tem assumido um lugar importante na psicologia do desenvolvimento e nos estudos da cognição social. Para além dos estudos realizados por Jerome Bruner e Michael Tomasello, Daniel Stern trouxe valiosas contribuições ao tema, baseado em observações sobre a partilha afetiva entre a mãe e o bebê num plano pré-verbal. Neste estudo analisamos algumas destas contribuições, à luz de intercessores ligados à ecologia da atenção, à abordagem da enação e aos estudos da produção de subjetividade. A partir de Daniel Stern, Félix Guattari e Yves Citton, o bebê é descrito como um cartógrafo, na medida em que sua atenção é concentrada e aberta ao plano coletivo de forças e afetos. Articulada com os conceitos de percepção amodal, afetos de vitalidade e sintonia afetiva, a atenção conjunta surge como um modo de conhecer e estar junto com outra pessoa, colocando em evidência a dimensão cognitiva do afeto.


2018 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 140
Author(s):  
Bárbara Spinola Saddy ◽  
Beatriz Sancovschi ◽  
Virgínia Kastrup
Keyword(s):  

O artigo trabalha o conceito de atenção conjunta em sua dimensão de cuidado, levantando questões sobre os efeitos da atenção de educadores e pesquisadores no contexto da educação infantil. Para isso são trazidos e analisados relatos extraídos dos diários de campo de uma pesquisa cartográfica realizada no Centro Padre Agostinho Castejon (CEPAC), instituição filantrópica de educação infantil no morro Santa Marta, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Com base nos trabalhos de Daniel Stern e Yves Citton, Daniela Guimarães e Jorge Larrosa, partimos do conceito de atenção conjunta para examinar os modos como a atenção se mostrava nas formas de controle e cuidado nas interações entre educadores e crianças, incluindo em nossa análise os efeitos da atenção dos pesquisadores. A conclusão aponta a relevância de uma aproximação e uma ressignificação do que se entende por cuidado e atenção nos âmbitos da escola e na pesquisa.


2018 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 67
Author(s):  
Maria Clara De Almeida Carijó

Este artigo visa analisar, a partir de uma abordagem enativa, como a atenção compartilhada participa da produção coletiva de sentidos – processo através do qual damos sentido ao mundo através de nossas interações com as pessoas. Tradicionalmente, fenômenos da cognição social como a produção coletiva de sentidos foram investigados a partir de perspectivas cognitivistas, mas, recentemente, vêm se tornando objeto, também, de abordagens enativas da cognição. Entretanto, apesar de os estudos enativistas ressaltarem o caráter incorporado da produção coletiva de sentidos, pouco exploram seu caráter experiencial. Através de um exemplo descrito em primeira pessoa, o presente trabalho pretende lançar luz sobre o caráter experiencial da produção coletiva de sentidos, buscando explicitar, mais especificamente, como a atenção compartilhada participa desse processo. Argumenta-se que a atenção compartilhada desempenha papel central na constituição de um plano comum da experiência, a partir do qual sentidos compartilhados são criados. Além disso, defende-se que, na produção coletiva de sentidos, a atenção compartilhada não apenas ilumina um aspecto do mundo antes desconsiderado, mas faz emergir sujeitos e mundos


2018 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 245
Author(s):  
Stela Barbieri

2018 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 5
Author(s):  
Beatriz Sancovschi ◽  
Gustavo Ferraz ◽  
Virgínia Kastrup

2018 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 216
Author(s):  
Fabio Montalvão Soares

O objetivo deste texto é discutir o tema da atenção do espectador no cinema como possibilidade de acesso à experiência estética, considerando sua inserção num dispositivo voltado à produção, circulação e exibição de obras audiovisuais. Para além da representação idealizada de um indivíduo isolado na sala escura e focado no conteúdo imagético projetado na tela, a investigação sobre a atenção no cinema revela uma dimensão conjunta/coletiva, pela qual o espectador não só tem a possibilidade de apreender o que assiste, mas pode igualmente ressignificar, numa dinâmica participativa e intersubjetiva, o que vê, editando suas próprias leituras sobre o filme. Neste sentido, promovemos um debate sobre a atenção voluntária e involuntária a partir da leitura de Hugo Munsterberg, realizando uma interlocução deste tema com os estudos contemporâneos sobre atenção em autores como Jonathan Crary e Yves Citton. Tal discussão nos abre a possibilidade de pensar o exercício da atenção em sua relação com o plano da experiência, incitando, numa perspectiva estética, a produção de novos modos de subjetivação potencializados no âmbito do dispositivo cinematográfico.


2018 ◽  
Vol 5 (1) ◽  
pp. 188
Author(s):  
Manuela Linck de Romero
Keyword(s):  

O artigo apresenta o caráter estético e afetivo da atenção na dança Contato Improvisação. Ela foi escolhida para a discussão por permitir explorar a variação da qualidade e do direcionamento atencional, enfatizando a experiência do movimento e do aspecto sensorial dos corpos em interação. O exercício stand, de Steve Paxton, é apresentado para destacar seus efeitos na percepção da “pequena-dança” dos corpos na relação com a gravidade. Com base na abordagem da ecologia da atenção, de Yves Citton (2014), o Contato Improvisação é proposto como um dispositivo produtor de um ecossistema atencional que envolve a experimentação de dois fenômenos característicos das interações humanas – a atenção conjunta e a sintonia afetiva. Ambos são apresentados a partir da ecologia da atenção e do pensamento de Daniel Stern (1985), abordando a dinâmica da atenção em relação aos afetos de vitalidade e à percepção amodal, envolvendo os sentidos da visão, do tato, da propriocepção.


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