Crítica e Sociedade
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Published By Edufu - Editora Da Universidade Federal De Uberlandia

2237-0579, 2237-0579

2020 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 207-224
Author(s):  
Gabriel Teles

O presente trabalho busca trazer uma análise teórica acerca dos movimentos sociais ancorados em diversos autores marxistas ou inspirados no marxismo. Para tanto, busca-se evidenciar as contribuições de Marx para a análise dos movimentos sociais, o conceito de movimentos sociais na perspectiva marxista e, posteriormente, inseri-la, de forma esquemática, na dinâmica da sociedade (sua relação com as lutas de classe, desenvolvimento histórico da acumulação de capital, Estado, etc.). Busca, nesse sentido, demonstrar a fertilidade do marxismo para a compreensão e análise desse importante fenômeno da sociedade moderna. 


2020 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 107-125
Author(s):  
Augusto Flávio Esteves Lacerda ◽  
Aldo Duran Gil
Keyword(s):  

O objetivo deste artigo é analisar o processo de democratização do acesso a Universidade Pública no período pós-2012. Com base no perfil socioeconômico dos estudantes das Instituições Federais de Ensino Superior de 2018 e do curso de Medicina das universidades federais de 2016, analisamos o processo de democratização com a intenção de contribuir para o debate sobre os limites, contradições e possibilidades desse processo do acesso à universidade pública. Buscamos descobrir as causas sociais que explicam as contradições inerentes a este processo, entre elas o papel da Universidade na reprodução da estrutura social de classes. Ademais, questiona a ideologia meritocrática, que legitima a hierarquia social de classes com base na justificativa do mérito pessoal e buscamos demonstrar que existem obstáculos e limites para que o processo de democratização se complete no contexto de desenvolvimento do capitalismo periférico no Brasil.    Palavras-chave: Políticas educacionais. Democratização do acesso à universidade. Meritocracia. Estado burguês. Marxismo estruturalista.


2020 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 126-143
Author(s):  
Jimmy Medeiros

A oferta de mecanismos da assistência social, notadamente as transferências de renda, tem sido a principal marca do modelo de proteção social brasileiro, desde os anos 1990. Recentemente, a “renda básica” novamente ganhou destaque, por motivações distintas, na esfera acadêmica e no debate público como uma política social para atenuar problemas econômico e sociais. Embora seja uma política pública pensada e discutida há décadas, ganhou centralidade em várias partes do mundo, como Espanha e Finlândia. No Brasil, a “Renda Básica de Cidadania" foi sancionada pela Lei nº10.835/2004, todavia, após mais de 15 anos ela nunca foi efetivamente implementada, constando apenas na letra da lei. O país optou por manter políticas focalizadas na população de maior grau de vulnerabilidade como meio de garantir bem-estar. Na capital fluminense não foi diferente. A criação do Cartão Família Carioca, complementar ao Bolsa Família, chancela esta lógica. Atualmente, enquanto o país criou o Auxílio Emergencial, o Rio de Janeiro criou o Renda Básica Carioca como um reforço. Esta política pode ser atribuída como uma renda básica? Ela segue o receituário dos pensadores desta política pública? Quais são os avanços da criação da Renda Básica Carioca? Este trabalho busca refletir sobre estes desafios.


2020 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 184-206
Author(s):  
Alexandre António Timbane ◽  
Jose Gil Vicente

Em Moçambique, o poder local tem enfrentado  influências dos partidos políticos, atitude que desvia as intenções da criação deste poder nas comunidades. Os conflitos decorrentes da legislação e das práticas tradicionais em Moçambique têm raízes do passado distante. A pesquisa pretende estudar e debater a relevância do poder local na harmonia social e na estabilidade política e democrática. A língua se liga à cultura se transformam num pilar preponderante para a preservação das tradições. Com este trabalho objetiva-se identificar as relações de poder entre o governo e as autoridades locais; analisar as relações de poder nos processos de negociação e resolução de conflitos; avaliar o lugar social que a cultura jurídica detém e seu papel no processo de governação e propor possíveis estratégias de relações de poder e cultura jurídica. É uma pesquisa bibliográfica, analisando fenômenos por meio de uma abordagem qualitativa com aporte do método etnográfico. Cita-se teóricos como Cistac (2012), Vicente (2015), Weimer (2012), Massuanganhe (2011) entre outros. Da pesquisa se conclui que a cultura jurídica moçambicana está presente nas comunidades rurais embora fosse importunada pelos partidos no poder. A língua local e a cultura participam na determinação das relações sociais o que torna o papel dos lideres comunitários como fundamental para a harmonia social. Concluiu-se que é necessário aprofundar as dimensões da descentralização remetendo-se a uma reflexão sobre a relação entre o objeto a descentralizar, os atores envolvidos, o espaço tempo e as várias agendas que entram em cena nos contextos políticos e sociais específicos.


2020 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 144-164
Author(s):  
Francisco Jomário Pereira

Neste trabalho buscamos refletir sobre a posição atual do espiritismo no campo religioso brasileiro. Para tal, faremos a análise do processo de implantação, crescimento, expansão e institucionalização do espiritismo a partir dos discursos produzidos sobre a doutrina. Analisaremos as tensas relações entre o Espiritismo e Catolicismo, como guia condutor das nossas análises, na busca de compreender como a relação entre as duas doutrinas religiosas influenciou o processo de institucionalização da religião espírita no Brasil e sua posição atual.


2020 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. 165-183
Author(s):  
Maria Gorete Marques de Jesus ◽  
Thais Lemos Duarte ◽  
Mayara de Souza Gomes

Uma das principais políticas das Nações Unidas de prevenção à tortura foi emanada pelo Protocolo Facultativo à Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis Desumanos e Degradantes. Desde o lançamento do documento em 2002, diversos países instituíram seus Mecanismos Nacionais Preventivos. Especificamente na América Latina, quatorze constituíram tal órgão, cada qual com perfis e modus operandi distintos. A proposta desse artigo é analisar como esses atores latino americanos caracterizam as violações observadas em suas rotinas de trabalho e quais proposições emitem para revertê-las. A partir da leitura de relatórios dos Mecanismos Preventivos do Brasil, do México e do Paraguai, busca-se proceder reflexões empíricas e teóricas sobre a prática de tortura e sobre as ações dispensadas para preveni-las. São muitos os pontos de divergência entre os diferentes órgãos, mas há também aspectos em comum. O mais emblemático talvez seja a forma como os entes abordam as violações de direitos ocorridas em espaços de privação de liberdade. Todos parecem se voltar em boa medida aos fatores de risco que propiciam a tortura, reforçando a perspectiva criminológica relativa aos crimes de oportunidade.


2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 70-88
Author(s):  
Andréa Pires Rocha ◽  
José Francisco Dos Santos
Keyword(s):  

A história da África e da diáspora africana é essencial para a compreensão da história da América Latina, especialmente quando apresentada em uma perspectiva decolonial. O artigo traz breves apontamentos sobre a história do racismo na América Latina, demonstrando como a diáspora negra compõe a formação do continente, embora o racismo tenha impetrado formas de dizimar e excluir os negros, no bojo da escravidão e em contextos pós abolições. Em contraponto apresentamos reflexões sobre o necessário fortalecimento de uma práxis Afro-Latina-Americana antirracista. Para isso, apresentamos sugestões de aportes teóricos e históricos para a disseminação do conhecimento acerca da história da África e diáspora africana. Também trazemos algumas pistas preliminares sobre a materialização do ensino da temática africana nos países que compõem o chamado Cone Sul do bloco do Mercosul, Brasil – Argentina – Paraguai – Uruguai. Observamos que a omissão deste debate prejudica a construção de uma identidade Afro-Latino-Americana. Por isso, defendemos a importância do ensino da história da África e da diáspora africana como instrumento para uma educação contra hegemônica e uma práxis antirracista.  


2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 50-69
Author(s):  
Anny Ocoró Loango
Keyword(s):  

El presente artículo reflexiona sobre cuatro fronteras de la exclusión que hoy ocupan un lugar central en nuestra región, y que se relacionan y retroalimentan entre sí: las fronteras de la desigualdad y la exclusión; las fronteras del racismo en América Latina; el avasallamiento de las fronteras de los territorios y culturas de los pueblos indígenas y afrodescendientes; y las fronteras del autoritarismo en expansión.  En el contexto actual, se está expandiendo en algunos países de la región un discurso autoritario de la mano de la extrema derecha, y de sectores conservadores y religioso-evangélicos, que se sirve del racismo para blindar sus privilegios y para intentar construir hegemonía cultural a través de la propagación de discursos de odio. Con el fin de discutir estos cuatro ejes, priorizaré una perspectiva étnico-racial que partirá de una mirada a las poblaciones negras o afrodescendientes que habitan en América Latina, y que constituyen, junto a los pueblos indígenas, las poblaciones más castigadas por la desigualdad en esta región.


2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 89-104
Author(s):  
Alexsandro Eleotério Pereira de Souza

A implementação de políticas de ação afirmativa no contexto do ensino superior público brasileiro, especificamente aquelas direcionadas a estudantes que se autodeclaram negros, tem suscitado desde seu surgimento, no início dos anos 2000, uma série de discussões que abrangem distintas esferas da vida nacional. A análise sobre as experiências suscitadas a partir da inclusão universitária, disponibilizadas pelos relatos dos estudantes beneficiados por essas políticas, nos permite o entendimento de que no âmbito das experiências e subjetividades, a implementação das ações afirmativas fez emergir uma nova categoria identitária: os cotistas. Esse texto tem por objetivo abordar algumas das consequências do racismo na vida cotidiana desses sujeitos.


2020 ◽  
Vol 10 (1) ◽  
pp. 16-27
Author(s):  
Henrique Cunha Junior

A história do urbanismo brasileiro e a urbanização brasileira possuem inúmeros marcadores da especificidade da forma urbana das populações negras. O racismo antinegro é um problema estrutural da sociedade brasileira e se concretiza no espaço urbano e nos territórios de maioria de população negra. Com este enfoque histórico geográfico urbano é que se propõe a disciplina de “Bairros negros: A forma urbana das populações negras no Brasil”. Esse artigo apresenta o contexto da criação dessa disciplina e a importância dela  como ruptura conceitual e epistemológica dentro da forma que tradicionalmente foi tratada a teoria urbana brasileira e que não refletia a especificidade das populações negras nas cidades brasileira.  O artigo explica o enfoque conceitual da disciplina com base nas propostas do movimento social e político do Pan africanismo e dos conceitos de complexidade sistêmica e transdisciplinaridade


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