Retratos de Assentamentos
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Published By Retratos De Assentamentos

2527-2594, 2527-2594

2021 ◽  
Vol 24 (2) ◽  
pp. 06-10
Author(s):  
Vera Lúcia Silveira Botta Ferrante ◽  
Dulce Consuelo Andreatta Whitaker ◽  
Henrique Carmona Duval

 cada edição de nosso periódico nos angustiamos entre indignação e esperança. Por um lado, as perversidades do neoliberalismo destruindo conquistas sociais que se haviam transformado em políticas públicas; por outro lado a resistência daqueles que tentam salvar o país e o planeta face à devastação que nos ameaça. Haja resistência! O conjunto de artigos deste número de Retratos reflete bem o fantasma que nos assombra: a fome reaparece no Brasil. O país havia saído do mapa da fome e, agora, essa trágica consequência das políticas neoliberais (leia-se fascistas) comparece por toda parte de forma preocupante, para dizer o mínimo. A maioria dos artigos refere-se à insuficiência e à insegurança alimentar e seus correlatos.Para explicar a fome no sistema capitalista não se precisa pensar em falta de trabalho ou produção. Pelo contrário, essa terrível mazela ocorre em meio à maior abundância, especialmente de commodities.Enquanto nas sociedades tradicionais a fome só ocorria em consequência de condições climáticas adversas ou cataclismas que destruíam ou impediam a produção, no sistema econômico planejado a fome aparece como consequência do agronegócio centrado na produção de commodities para exportação e, igualmente, da financeirização da produção que coloca toneladas de alimentos nos jogos perversos dos mercados futuros....


Author(s):  
Francileide Lopes do Nascimento ◽  
Vera Lúcia Silveira Botta Ferrante ◽  
Luiz Manoel Moraes de Camargo Almeida ◽  
Gustavo Fonseca De Almeida

O objetivo geral deste trabalho foi avaliar a efetividade dos polos agroflorestais em assegurar a segurança alimentar dos agricultores familiares assentados, tratada de maneira ampla. O universo empírico deste estudo corresponde a três polos agroflorestais do município de Rio Branco-Acre, que foram selecionados em virtude de possuírem características distintas. A hipótese desta pesquisa foi que a renda agrícola seria a principal variável contributiva para a condição de segurança alimentar satisfatória dos agricultores. Foram entrevistadas 89 (oitenta e nove) famílias assentadas. O instrumento de pesquisa adotado foi um formulário semiestruturado composto por nove módulos incluindo as questões da metodologia da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar – EBIA. Foram realizadas entrevistas abertas com gestores da administração pública municipal e estadual. Resultados da pesquisa de campo revelaram que o polo Custódio Freire apresentou melhores condições de segurança alimentar, seguido pelo polo Geraldo Fleming e Wilson Pinheiro.  


2021 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 11-21
Author(s):  
Dulce Consuelo Andreatta Whitaker

CONFERÊNCIA DE ABERTURA SOLENE


2021 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 158-186
Author(s):  
Larissa Araujo Coutinho de Paula ◽  
Rosangela Aparecida de Medeiros Hespanhol
Keyword(s):  

Neste artigo contextualizamos a história de dois grupos de assentadas em diferentes regiões do Estado de Paulo, quais sejam: A Organização de Mulheres Unidas (OMUS), localizada no Assentamento Gleba XV de Novembro, em Rosana; e a Associação de Mulheres Assentadas do Assentamento Monte Alegre VI (AMA), inserida no Assentamento Monte Alegre, em Araraquara. A partir de procedimentos metodológicos qualitativos, reconstruímos o processo de luta pela terra e da formação de grupos de trabalho criados pelas mulheres rurais. Constatamos que, apesar de várias adversidades, por meio de estratégias socioespaciais individuais e coletivas, estas mulheres têm demonstrado a relevância de seus trabalhos, contribuindo para a permanência de si e de suas famílias na terra, alcançando melhorias para os assentamentos e tensionando as relações de gênero estabelecidas nos espaços rurais, fragilizando assim, as dicotomias entre: trabalho e ajuda, espaço doméstico e espaço público. Isso nos permite compreender que as relações de gênero, bem como as estratégias de reprodução e a situação geográfica são fluidas, estão em permanente devir, pois acompanham o movimento contínuo de transformação empreendido pelas associadas, que encontram nessas atividades, fissuras capazes de subverter hierarquias e opressões.


2021 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 136-157
Author(s):  
Marcel Fantin ◽  
Mario Berni De Marque ◽  
João Fontes Lopes Neto ◽  
Julia Maria dos Santos Silva ◽  
Kevin Yukihiro Goia
Keyword(s):  

O saneamento básico é essencial para a promoção da saúde pública e do desenvolvimento sustentável. O não atendimento desse direito em assentamentos rurais acarreta uma dinâmica pontilhada de negatividades e demanda ferramentas, técnicas e tecnologias adequadas e adaptadas a uma diversidade de ambientes e contextos. Nesse sentido, esse artigo apresenta uma experiência de prática extensionista voltada para a implementação de uma tecnologia social de saneamento no assentamento Nova São Carlos (São Carlos - SP). A atividade desenvolvida pelo grupo GEISA (Grupo de Estudos e Intervenções Socioambientais), da Universidade de São Paulo, selecionou um lote através de um diagnóstico socioambiental e, com base na demanda e no diálogo com os assentados, foi proposta e implementada uma tecnologia social de saneamento descentralizado. Com isso, buscou-se valorizar a saúde dos moradores e promover a educação ambiental para as pessoas envolvidas na atividade. Ao final, são apresentadas reflexões sobre a potencialidade do uso de tecnologias sociais de saneamento no campo das políticas públicas, considerando também o papel da universidade no fomento deste debate a partir de práticas extensionistas.


2021 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 6-10
Author(s):  
Vera Lúcia Silveira Botta Ferrante ◽  
Dulce Consuelo Andreatta Whitaker ◽  
Henrique Carmona Duval

Apresentação


2021 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 68-91
Author(s):  
Lucas Henrique Pinto

El presente artículo pretende relacionar los desafíos políticos y económicos para la construcción de sistemas agroalimentarios agroecológicos alternativos en circuitos cortos desde la Agricultura Familiar Campesina e Indígena (AFCI) a partir de una experiencia local. Las respuestas productivas a las crisis alimentarias y sanitarias generadas por el sistema agroalimentario corporativo vienen siendo cada vez más visibilizadas desde la implementación de la agroecología por organizaciones campesinas de base. Como estudio de caso presentaremos la experiencia de un proceso concreto de construcción de canales cortos de comercialización agroecológica interinstitucional en la Ciudad Autónoma de Buenos Aires: la Feria Agroecológica De La tierra a tu Mesa. Programa municipal que desde el año de 2019 comercializa de forma directa en 7 parques públicos de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires, 20 toneladas mensuales de verduras y frutas, en la modalidad de bolsones agroecológicos, producidos en el cinturón frutihortícola de La Plata, Región Metropolitana de Buenos Aires (RMBA). La experiencia que articula productores campesinos, consumidores urbanos y funcionarios públicos municipales, viene generando tanto alternativa de comercialización directa a los productores agroecológicos como fuente de alimentos sanos y económicos en la ciudad.  


2021 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 22-43
Author(s):  
Joelson Gonçalves de Carvalho ◽  
Wagner de Souza Leite Molina ◽  
Sebastião Ferreira da Cunha

A questão agrária brasileira é marcada pela subordinação da agricultura à lógica do capital, com sua tendência à concentração da propriedade da terra e dos meios de produção. Nas décadas mais recentes, a hegemonia do agronegócio no rural brasileiro alterou padrões anteriores de acumulação de capital, todavia, nossa hipótese é que o poder econômico e extraeconômico do agro latifundiário no país é um elemento estrutural e estruturante da (e na) questão agrária brasileira, notadamente pelas imbricações que se estabelecem, pacífica ou coercitivamente, entre economia e política. Dito isso, o objetivo desse artigo é evidenciar que, mesmo passível de alterações na aparência, o agro latifundiário brasileiro mantém, dialeticamente sua essência no processo de acumulação ampliada de capital, por meio de sua capacidade – legal ou não – de apropriação privada e concentrada da terra e de fundos públicos. Configura-se assim, como buscamos demonstrar ao longo do trabalho, uma dinâmica que, mesmo apresentada como síntese da modernidade, se sustenta pela força econômica, política e coercitiva que a propriedade da terra confere a uma determinada fração da classe dominante.


2021 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 216-231
Author(s):  
Mara Cristina Maia da Silva ◽  
Hildebrando Herrmann

O artigo faz um esboço da geopolítica de Roraima tendo como objetivo central mostrar os fatores responsáveis pelos processos de configuração do Estado no tocante à ótica da sua organização espacial, política e econômica de modo que o leitor possa identificar e refletir com relação aos diferentes elementos constitutivos que ocorrem na sociedade roraimense, principalmente com relação aos interesses dominantes e, consequentemente, aos conflitos gerados entre índios e não índios concernentes à exploração de minérios em Terras Indígenas.


2021 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 109-135
Author(s):  
Taína Magalhães ◽  
Luiz Octavio Ramos Filho ◽  
Weldemore Moriconi ◽  
Katia Sampaio Malagodi Braga ◽  
Joel Leandro De Queiroga ◽  
...  

Com os objetivos de aprofundar a construção de conhecimento em Agroflorestas e desenvolver sistemas para a realidade dos assentamentos de reforma agrária, foi implantado em janeiro de 2018 uma Unidade de Observação Participativa (UOP)  na Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna, SP, inspirada principalmente nos trabalhos desenvolvidos desde 2005 com agricultoras/es do assentamento Sepé Tiaraju. A UOP, de 0,12 ha composta por 6 linhas e 5 entrelinhas, foi pensada para promover, além do acompanhamento técnico, a partilha das percepções de agriculturas/es, pesquisadoras/es, técnicas/os e estudantes quanto ao desenvolvimento do sistema e ao aprimoramento de soluções, tendo em vista as condições sociotécnicas dos agricultores familiares assentados. O presente artigo visa apresentar e discutir as estratégias pedagógicas da implantação dessa UOP e de sua manutenção, em especial os eventos denominados “Dia de Campo”. Dentre esses, destaca-se a implantação do café em dezembro de 2019, no qual os agricultores foram os experimentadores protagonistas. A pandemia trouxe um grande desafio para a continuidade desses processos de construção do conhecimento, que tem como base encontros presenciais e observações no campo. Contudo, está permitindo explorar novas modalidades de interação virtual, cujos aprendizados vão além das técnicas de manejo


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