INTRODUÇÃO: Nódulos tireoideanos são bem comuns na população geral, sobretudo em mulheres, chegando a uma prevalência de até 68%. Em 2017, o Colégio Americano de Radiologia propôs um sistema de estratificação de risco (ACR TIRADS) para nortear a punção aspirativa por agulha fina (PAAF). A indicação de PAAF mais difundida baseia-se no ponto de corte de 1,0 cm para maior diâmetro do nódulo. OBJETIVOS: Avaliar a frequência dos achados ultrassonográficos, complicações, categorias ultrassonográficas e possíveis correlações com citologia de nódulos tireoideanos, submetidos a PAAF no Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí, no período de maio de 2017 a dezembro de 2018. METODOLOGIA: Estudo transversal, descritivo, com coleta retrospectiva dos dados. As variáveis estudadas foram: idade, sexo, tamanho do nódulo, características ultrassonográficas em modo bidimensional, vascularização ao Doppler colorido, ACR TIRADS e Bethesda. Para a análise foram obtidas médias, porcentagens e utilizados testes Qui-quadrado e Kappa. RESULTADOS: Dos 190 pacientes avaliados, 94,7% eram do sexo feminino, com média de idade de 55,9 anos. O diâmetro nodular médio foi de 2,19 cm, sendo a maioria destes sólidos e isoecogênicos, com resultado citológico Bethesda 2. A principal complicação foi o sangramento intranodular. CONCLUSÃO: A correta definição das características ecográficas de nódulos tireoieanos, pode nortear e racionalizar as indicações de PAAF.