Relatos de Casos Cirúrgicos do Colégio Brasileiro de Cirurgiões
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(FIVE YEARS 1)

Published By Revista De Relatos De Casos Do Abc

2527-2039

Author(s):  
Gabriela Camilo Teixeira ◽  
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Maurício Campanelli Costas ◽  
Felipe Emanuel Fuhro ◽  
Aline Alves Casteletti ◽  
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Introdução: O pseudocisto pancreático pode ocorrer, em geral, por complicações da pancreatite aguda. Geralmente se desenvolve entre quatro a seis semanas após o início da pancreatite e ocorre entre 16 a 50% dos casos de pancreatite aguda e 20-40% na crônica. Em aproximadamente apenas 0,4% dos casos de pancreatite pode ocorrer comunicação com a cavidade pleural, formando uma fístula pancreatopleural, complicação rara e pouco descrita na literatura. O diagnóstico muitas vezes é difícil por conta de sua apresentação clínica atípica. Em relação ao tratamento, não existe um consenso definido. Em geral, pode-se realizar tratamento clínico. Aproximadamente 40% dos casos respondem à terapia clínica. Em casos refratários, ou com rotura de pseudocistos, opta-se pela conduta cirúrgica. Relato do caso: Nesse estudo, será relatado um caso raro de fístula pancreatopleural por um pseudocisto traumático, com tratamento cirúrgico efetivo. Conclusão: O relato em questão ilustra um caso incomum na literatura, com relevância na prática cirúrgica.


Author(s):  
Marcelo Moreno ◽  
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Amauri de Oliveira ◽  
Tália Cássia Bof ◽  
Izadora Czarnobai ◽  
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Introdução: Sarcomas cutâneos são neoplasias malignas incomuns, e compõem um grupo heterogêneo de doenças. Apesar de serem pouco frequentes, devem ser incluídos como diagnósticos diferenciais em lesões cutâneas que possuem apresentação clínica não habitual e/ou histopatologia inconclusiva. Relato do caso: Foram descritos dados clínicos, histológicos, e imuno-histoquímicos, forma de tratamento e de seguimento oncológico de três pacientes com diagnóstico de sarcoma cutâneo de linhagem celular muscular. Os pacientes tinham idade entre 63 e 74 anos; sendo que dois deles possuíam queixa de recidiva local da neoplasia após tratamento cirúrgico prévio. Foram submetidos à avaliação clínica, e, na sequência, à ressecção alargada com margens de 2cm. Nenhum deles apresentou recidiva regional, ou à distância, durante o seguimento oncológico. Conclusão: Tanto o leiomiossarcoma como o rabdomiossarcoma cutâneos, possuem melhor prognóstico quando comparados às neoplasias mesenquimais malignas de linhagem muscular que surgem em outros sítios anatômicos. No entanto, a definição do diagnóstico e, consequentemente, o tratamento cirúrgico de forma precoce são fundamentais para o controle locorregional da doença.


Author(s):  
Juliana Sopchaki Fagundes ◽  
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Caroline Teixeira Marques ◽  
Jamillah Racki Abu-Ali ◽  
Jackson Vinícius de Lima Bertuol ◽  
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Introdução: A apendicite de coto é uma das raras complicações tardias após a apendicectomia, e que pode resultar em apendicite gangrenosa, flegmão, fístula cutânea, perfuração (principal complicação), abscesso intraabdominal e sepse, se não identificada e adequadamente tratada. Caracteriza-se pela inflamação do tecido residual do apêndice pós apendicectomia, com clínica e exames de imagem semelhantes aos da apendicite. O diagnóstico é muitas vezes retardado devido ao baixo índice de suspeita, sendo importante a sua inclusão no diagnóstico diferencial da dor abdominal em quadrante inferior direito pós-apendicectomia. Relato do caso: Relatamos um caso de paciente que apresentou apendicite de coto apendicular 14 anos após apendicectomia, evoluindo para peritonite fecal, com necessidade de peritoniostomia e múltiplas abordagens cirúrgicas. Conclusão: Ainda pouco conhecida e pouco lembrada pelos médicos, a apendicite de coto como hipótese diagnóstica em pacientes com apendicectomia prévia e que apresentam suspeita de abdome agudo e sintoma de dor em FID não deve ser prontamente excluída, uma vez que, apesar de rara, pode levar a complicações graves.


Author(s):  
Ighor Ramon Pallu ◽  
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Sofia de Souza Boscol ◽  
Paula Rubio Vilar ◽  
Loraine Entringer Falqueto ◽  
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Introdução: A estenose hipertrófica de piloro infantil (EHPI) consiste num estreitamento do piloro que pode dificultar ou interromper a comunicação entre o duodeno e o estômago do paciente, sendo mais prevalente em lactentes do sexo masculino entre três e oito semanas de vida, com histórico familiar de EHPI. Existem muitas divergências e especulações quanto a etiologia desta doença, e quais genes e fatores ambientais estariam envolvidos no seu desenvolvimento. Relato do caso: Este relato de caso, retrata o diagnóstico e tratamento de EHPI em pacientes gêmeas dizigóticas do sexo feminino, sem histórico familiar, em um Hospital Pediátrico de Referência, de forma a enfatizar a raridade do caso abordado. Conclusão: O quadro clínico, histórico familiar e fatores de risco devem ser explorados amplamente a fim de que se possa realizar um diagnóstico rápido e preciso da doença, evitando quaisquer prejuízos ao desenvolvimento da criança.


Author(s):  
Roberto Gibson Ferreira Costa ◽  
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Breno Machado Costa

Introdução: O empiema torácico é uma entidade que se define pela presença de pus no espaço pleural e apresenta três fases evolutivas bem definidas e com características peculiares. Realizar procedimentos para remover o empiema, reexpandir o pulmão encarcerado, obliterar o espaço pleural e dessa forma restabelecer a mobilidade da parede torácica e do diafragma, e com isso reduzir o tempo de permanência hospitalar, são os objetivos principais no manejo do empiema. Ainda hoje é um grande desafio o tratamento do empiema crônico, principalmente quando associado a lesões de paquipleurite que frequentemente cursam com a formação de cavernas que terminam perpetuando o processo infeccioso e muitas vezes são imperceptíveis durante a cirurgia torácica. Relato do caso: Esta publicação tem como objetivo, apresentar um caso de empiema crônico com 4 anos de evolução que ocupava 2/3 da cavidade pleural esquerda e que se expandia para a cavidade abdominal e evoluiu com drenagem espontânea, além de fazer uma breve revisão literária do assunto. Conclusão: Apesar do avanço tecnológico e da evolução dos antibióticos, os índices de empiema pleural vem aumentando entre adultos e crianças, mantendo uma elevada taxa de mortalidade, por isso o diagnóstico precoce, a distinção das fases evolutivas e a indicação da melhor terapêutica possível, é a chave para um tratamento bem-sucedido.


Author(s):  
Gustavo Lopes Gomes de Siqueira ◽  
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Ana Beatriz de Lima Borba ◽  
Nicolle Mabel de Almeida Vieira ◽  
Raquel Duarte Rolim

Introdução: A gangrena simétrica periférica (GSP) é uma desordem microvascular caracterizada por isquemia e gangrena majoritariamente nos membros inferiores, sendo intimamente relacionada com quadros de coagulação intravascular disseminada (CIVD) e choque. Consiste numa síndrome rara, porém comumente confundida na prática médica com a má perfusão pelo uso de drogas vasoativas (DVA). Relato do caso: É feito o relato do caso de um paciente de 1 ano e 11 meses, sem antecedentes patológicos relevantes, acometido por metapneumovirose que evoluiu com choque séptico e CIVD. No segundo dia de internação, foi realizado o diagnóstico de GSP em membros inferiores e superiores. Conclusão: Discute-se o papel dos vasopressores na síndrome, sua fisiopatologia e as principais opções terapêuticas para esses casos.


Author(s):  
Bruno Amantini Messias ◽  
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Karin Silva Ferreira ◽  
Gabriel Belnuovo Vieira ◽  
Marcos Dias Nunes de Moraes ◽  
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Keyword(s):  

Introdução: Lipoma esofágico é uma patologia extremamente rara e patologicamente benigna. Geralmente são assintomáticos e descobertos incidentalmente em exames de imagem. A principal localização é no terço superior do esôfago. Disfagia, massa regurgitada e sensação de desconforto na gargante são as principais queixas dos pacientes. O tratamento endoscópico é uma opção em lesões pequenas, entretanto, lesões maiores devem ser preferencialmente abordadas por cirurgia convencional. Relato do caso: Relatamos o caso de uma paciente jovem com história de disfagia e dor torácica ha 2 anos. Referia saída de lesão pela cavidade oral após episódio de tosse. Submetida a endoscopia digestiva que evidenciou lesão pediculada esofágica e tomografia computadorizada que visualizou lesão esofágica de 20 centímetros. Com base nesses achados, foi optado pelo tratamento cirúrgico. Conclusão: o lipoma esofágico é uma patologia rara e que geralmente necessita alto índice de suspeição, exame endoscópico e de imagem para o correto diagnóstico. O tratamento cirúrgico e endoscópico são as principais modalidades terapêuticas.


Author(s):  
Welington Lombardi ◽  
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Luciana Borges Lombardi ◽  
Flávia Vicentin Silva ◽  
Narhima Ahdlie Bou Abbas
Keyword(s):  

Introdução: O tumor filodes (TF) corresponde a uma neoplasia caracterizada por um maior grau de pleomorfismo das células estromais, além do estroma ser mais abundante e mais celular do que o observado nos fibroadenomas. Trata-se de uma neoplasia fibroepitelial da glândula mamária pouco comum, representando cerca de 0,3% a 0,9% das neoplasias da mama, e 1% a 2,5% dos tumores epiteliais da mama. Pode, raramente, ocorrer em conjunto com carcinomas de mama in situ ou invasivos, sendo o TF na maioria das vezes maligno, e estando presente em 1 a 2% dos casos. A concomitância entre tumor filodes benigno e carcinoma ductal invasivo é ainda mais rara, o que justifica a importância deste estudo. Relato do caso: Assim sendo, relata-se um raro caso de uma paciente feminina, com nodulação palpável em quadrante superior lateral da mama esquerda, cuja punção aspirativa por agulha fina (PAAF), demonstrou quadro citológico hemorrágico intensamente hipocelular com irregularidades nucleares. A core-biopsy evidenciou proliferação bifásica estromatoglandular benigna sugestiva de fibroadenoma. A setorectomia diagnóstica evidenciou carcinoma ductal invasivo e tumor filodes benigno com infarto hemorrágico central, confirmados no anatomopatológico e pela imunohistoquímica. Conclusão: O objetivo, portanto, é descrever um caso pouco frequente de carcinoma ductal invasivo concomitante com tumor filodes benigno na mama, discorrendo sobre suas manifestaçõeses clínicas, diagnóstico e tratamento, auxiliando na abordagem de novos casos semelhantes.


Author(s):  
Welington Lombardi ◽  
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Luciana Borges Lombardi ◽  
Marina Abud Ferreira ◽  
Flávia Vicentin Silva ◽  
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Keyword(s):  

Introdução: Os Pecomas são tumores de células epitelióides, de origem mesenquimal, normalmente benignos e extremamente raros. São encontrados mais frequentemente no retroperitônio, em região abdominopélvica, no trato gastrointestinal e no trato ginecológico, podendo ser encontrada também em tecidos moles e ossos. Recentemente foram publicados aproximadamente 100 casos de Pecoma, e cerca de 30% desses são de origem uterina, sendo o corpo do útero a região mais acometida. Em sua grande maioria possuem comportamento benigno, sendo raro o acometimento de estruturas ou órgãos vizinhos. Relato do caso: Trata-se de uma paciente de 38 anos, que apresentava sangramento uterino persistente, volume uterino aumentado e anemia associada. O ultrassom transvaginal mostrava a presença de vários nódulos sugestivos de leiomiomas. Após tratamento cirúrgico com histerectomia abdominal total, o anatomopatológico confirmou a presença de miomatose uterina, neoplasia intraepitelial cervical grau III e Pecoma de colo uterino. O exame de imunohistoquímica confirmou o diagnóstico de Pecoma, através da positividade para HMB-45, no achado cirúrgico. Conclusão: Portanto, por haver um número pequeno de relatos e estudos sobre o diagnóstico e tratamento do Pecoma, é importante e relevante estudarmos mais sobre essa afecção para melhorar os níveis de evidências e conhecimento sobre tal doença.


Author(s):  
Bruno Henrique Nunes Hirata ◽  
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Pedro Chiaramelli ◽  
Caio Nasser Mancini ◽  
Marcos Henrique de Andrade Zanoni ◽  
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Introdução: O íleo biliar corresponde de 1 a 4% das causas de obstruções intestinais. Trata-se de uma complicação rara da colelitíase não tratada, decorrente de uma complicação da colecistite aguda: uma fístula biliodigestiva. Anomalias congênitas da rotação intestinal também podem ser causas de obstrução intestinal e, em adultos, sua incidência está descrita em aproximadamente 0,2% dos casos. Relato do caso: Relatamos um caso incomum de um paciente com aerobilia, obstrução intestinal por cálculo biliar (diagnosticados na tomografia de abdome). Na laparotomia exploradora, foi constatada a presença de um vício de rotação com Banda de Ladd. Foi retirado o cálculo do jejuno e não foi abordada a fístula biliar. O paciente evoluiu com uma broncopneumonia e faleceu no terceiro dia pós-operatório. Conclusão: Em suma, o íleo biliar é uma das complicações da colelitíase não tratada que necessita de intervenção de urgência. Seu diagnóstico requer um alto grau de suspeição e seu tratamento cirúrgico deve ser imediato. A Banda de Ladd é uma causa de obstrução duodenal em crianças com vício de rotação intestinal. Seu diagnóstico em adultos é pouco frequente. O paciente supracitado apresentava duas doenças raras simultâneas.


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