Pesquisas em Geociências
Latest Publications


TOTAL DOCUMENTS

752
(FIVE YEARS 66)

H-INDEX

11
(FIVE YEARS 1)

Published By Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul

1807-9806, 1518-2398

2021 ◽  
Vol 48 (4) ◽  
Author(s):  
Daniel Triboli Vieira ◽  
Edinei Koester ◽  
Rodrigo Chaves Ramos ◽  
Cristine Lenz

Este trabalho apresenta novas constatações sobre a evolução do Granito Chasqueiro, uma das principais ocorrências de rochas graníticas cálcico-alcalinas alto-K no Cinturão Dom Feliciano, no extremo sul do Brasil. O objetivo deste trabalho é discutir as principais fontes e processos magmáticos envolvidos na evolução deste granito durante o Ediacarano (574 Ma), com base em novos dados de geoquímica isotópica (Sr-Nd, rocha total) em amostras representativas do granito e dos enclaves dioríticos associados. O granito mostra razões 87Sr / 86Sr(t) intermediárias (0,7095–0,7139), εNd(t) negativo (-0,36 a -2,94) e TDM entre 1,25 e 1,33 Ga. A amostra de enclave máfico apresenta razões 87Sr / 86Sr(t)  = 0,74672, mais elevadas que aquelas do granito, ƐNd negativo (-1,63) e TDM de 1,15 Ga. Com base nos dados de isótopos apresentados neste estudo, juntamente com dados geoquímicos de rocha total compilados de trabalhos anteriores, sugerimos que os principais processos de evolução magmática do Granito Chasqueiro são: (i) mistura de magmas, onde cada magmatismo (máfico e félsico) possui fontes e processos evolutivos diferentes; (ii) retrabalhamento crustal das rochas máficas e gnaisses do embasamento regional (εNd(t) negativo); (iii) processo de cristalização fracionada, marcado por concentrações e depleções expressivas em Ba, Sr, P, Nb, Ti, e Eu, que reforçam a extensa cristalização fracionada dos líquidos primários. Como resultado destes processos, o Granito Chasqueiro é altamente diferenciado, com composições semelhantes a granitos Tipo-I.


2021 ◽  
Vol 48 (4) ◽  
Author(s):  
Michael Vinicius De Sordi ◽  
Julio Cesar Paisani ◽  
Josielle Samara Pereira

Em escala regional, o estudo da morfologia dos vales e sua evolução de longo-termo frente a ação de diferentes condicionantes ativos e passivos ainda é questão aberta no Planalto Vulcânico Sul-Rio-Grandense (PVSRG). Assim, no presente estudo foram empregados parâmetros morfométricos do gradiente dos canais e o ks(n) visando identificar diferenças na morfologia e dinâmica erosiva de longo-termo nessa área. Os resultados mostram que, rio drenando rochas ácidas e intermediárias, das formações Chapecó e Caxias apresentam gradiente acima de 0,013 e maior densidade de knickpoints (mais de 0,05  knickpoints por km de drenagem). Da mesma forma, os valores mais elevados de ks(n),  acima de 17,9, ocorrem em vales sobre rochas ácidas. Por sua vez, vales instalados sobre rochas básicas e intermediárias, das formações Gramado, Esmeralda, Várzea do Cedro, Paranapanema e Alegrete são mais planos, com gradiente abaixo de 0,010 e menos de 0,03  knickpoints por km de drenagem, refletindo em valores médios de ks(n) inferiores a 11,9. Portanto, a aplicação de índices morfométricos tornou possível identificar diferenças entre os cursos d’água no PVSRG de acordo com as características litoestruturais do embasamento local de modo rápido, eficiente e de baixo custo.


2021 ◽  
Vol 48 (4) ◽  
Author(s):  
Aloísio José Bueno Cotta ◽  
Honerio Coutinho de Jesus

O Rio São Mateus (RSM) é a principal fonte de abastecimento da cidade de São Mateus-ES. A elevada demanda pelos recursos hídricos de sua bacia, combinada com a baixa pluviosidade entre 2015 e 2017, fizeram com que a vazão do rio fosse significativamente reduzida, o que permitiu o avanço atípico da intrusão salina (IS). Este estudo visou dimensionar a extensão espacial e temporal do processo, afim de auxiliar na mitigação do problema. A salinidade (e outros parâmetros) da água foi monitorada entre 2016 e 2017. Verificou-se que, nos períodos de seca, a IS avança por mais de 50 km a partir da foz, o que compromete o abastecimento público, dada à captação de água salgada e com excessivo teor de cloreto (ultrapassando 10.000 mg/L). As variações das descargas do RSM, seu impacto sobre a qualidade da água captada, e sobre o avanço (e retração) da IS, permitem propor que vazões superiores a 10 m3/s são suficientes para manter a intrusão a jusante da cidade, permitindo assim a captação de água livre dos efeitos da salinização. O estudo também revelou que devido à baixa estratificação da água no estuário, morfologia da calha e baixa descarga fluvial, a contenção da IS por uma barreira subaquática não é viável, nem a mitigação do problema com a instalação de uma nova captação à montante da IS. A regularização da vazão do rio (Qreg≥10 m3/s), aproveitando o excedente hídrico do período chuvoso, é sugerida como a melhor alternativa para conter o avanço da IS. São apresentadas duas propostas de regularização, uma com um grande reservatório de 15 hm3 no rio principal, e outra com dois reservatórios menores (4 hm3) em seus tributários. Tais propostas estão alinhadas com as recomendações do Plano Estadual de Recursos Hídricos para melhorar o abastecimento municipal e agropecuário mediante investimentos em infraestrutura, consorciados a geração hidrelétrica.


2021 ◽  
Vol 48 (4) ◽  
Author(s):  
Ana Carina Silva ◽  
Isabel Honorata Souza Azevedo ◽  
Manuel Vitor Gonçalves ◽  
Alexandre Dacorso Daltro Milazzo ◽  
Manoel Jerônimo Cruz ◽  
...  

2021 ◽  
Vol 48 (4) ◽  
Author(s):  
Lais Aguiar da Silveira MENDES ◽  
Maria Ecilene Nunes da Silva MENESES ◽  
Hermann BEHLING ◽  
Marcondes Lima da COSTA

2021 ◽  
Vol 48 (4) ◽  
Author(s):  
INSTITUTO GEOCIÊNCIAS

2021 ◽  
Vol 48 (4) ◽  
Author(s):  
Giuseppe Betino De Toni ◽  
Arceolinda Monteiro ◽  
Edna Tungo ◽  
Ludira Syangeve ◽  
Núria De Fátima Assis ◽  
...  

Duas estruturas circulares geminadas, de aproximadamente 1 km de diâmetro cada, ocorrem na porção sul da região das minas do Seival (Caçapava do Sul, RS), em rochas da Formação Hilário (Grupo Bom Jardim da Bacia do Camaquã). Dentro das estruturas são descritas brechas piroclásticas monomíticas, formadas por blocos do andesito circundante, de até 1 m de comprimento. A matriz piroclástica da brecha é formada por litoclastos de andesito, cristaloclastos de plagioclásio e clinopiroxênio semelhantes aos fenocristais do andesito e cinza muito fina. Processos de fragmentação in situ em presença de fluidos são interpretados a partir de fraturas transgranulares e interclasto, muitas vezes dividindo fragmentos e cortando também a matriz de forma curviplanar, sendo geralmente preenchidas por calcita. A orientação de lineamentos estruturais e de planos de fraturas confirmam o trend regional NE – SW e ilustram o padrão localmente multi-direcional, característico das estruturas circulares. Dados gamaespectrométricos indicam o caráter shoshonítico dos andesitos (média de K 4,4%; U 4,4 ppm; Th 19,2 ppm; e contagem total 5070 cps), em contraste com a assinatura das brechas vulcânicas (média de K 1,7%; U 3 ppm; Th 6,1 ppm; contagem total de 2252 cps), e corroboram o contato mapeado. A integração destes dados permite interpretar as estruturas circulares como diatremas ou antigas chaminés vulcânicas.


2021 ◽  
Vol 48 (3) ◽  
Author(s):  
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

2021 ◽  
Vol 48 (3) ◽  
Author(s):  
Bernardo Jorge Villwock ◽  
Joao Luiz Nicolodi ◽  
Lauro Julio Calliari
Keyword(s):  

O descarte de sedimentos dragados em portos e hidrovias é uma das questões mais críticas para o gerenciamento de portos costeiros. O descarte em mar aberto continua sendo uma das alternativas mais amplamente utilizadas no Brasil, embora possa gerar impactos ambientais significativos. O descarte em terra tem sido utilizado em várias partes do mundo, pois, quando feito corretamente, fornece um uso benéfico para esses sedimentos. Neste estudo, o histórico da atividade de dragagem no Porto de Rio Grande/ RS é exposto para apoiar a análise de um uso alternativo para os produtos de dragagem. Com base neste histórico, em análises sedimentológicas, em estudos de mudanças na linha costeira e em estimativas de volumes de sedimentos, a Ilha Terrapleno de Leste foi definida como uma área prioritária para o local de disposição. O descarte de sedimentos nesta ilha reduziria a quantidade de sedimentos finos lançados no oceano e contribuiria para a estabilização de sua margem leste, que possui taxas de erosão de 1 metro/ano. Além disso, os sedimentos amostrados na ilha são compatíveis com o material dragado e os volumes que poderiam ser liberados seriam da ordem de 3,9 milhões de m cúbicos.


2021 ◽  
Vol 48 (3) ◽  
Author(s):  
Rodson De Abreu Marques ◽  
Beatriz Paschoal Duarte ◽  
Miguel Tupinambá ◽  
Edgar Batista Medeiros Júnior ◽  
Sandro Mauri
Keyword(s):  

Sign in / Sign up

Export Citation Format

Share Document