O objetivo deste artigo é, em primeiro lugar, levantar um debate epistemológico em torno da tecnologia, de seu uso, de críticas a ela e de alternativas emergentes e, em segundo lugar, mas em conexão com o primeiro, em especial com sua última seção, analisar sua aplicação na educação e seus efeitos sobre a aprendizagem. Os vácuos, limites e possibilidades aí existentes serão discutidos à luz de autores nacionais e estrangeiros que trazem contribuições epistemológicas, pedagógicas e filosóficas sobre TDIC e, num segundo momento, à discussão em torno da aprendizagem e do ensino com TDIC sob suas formas digitais e as ferramentas que lhes dão suporte. Preconizamos, por fim, uma Teoria Crítica da Tecnologia, conforme Feenberg, na direção de abordagens também críticas, tanto nas pesquisas quanto no planejamento e utilização das TDIC na educação. A superação dos determinismos tecnológicos, bem como das visões instrumentalista e substancialista relativas às tecnologias digitais se colocam como elementos imperiosos na propulsão de práticas didático-pedagógicas inovadoras e dos ideários democráticos e humanistas.