Sociologias Plurais
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Published By Universidade Federal Do Parana

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2021 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
Author(s):  
Victor Hugo Oliveira Silva
Keyword(s):  

A devoção, assim como a ciência analisada por Latour (1997) em Vida de Laboratório, pode ser lida como um saber e um viver construído, que depende de muitos atores. Em vez de um experimento - tornado objetivo por inscrições produzidas na interação entre cientistas, aparelhos, papéis, bactérias e neurônios - o serviço devocional (bhakti yoga) é, para estes Hare Krishnas, fundamentado na possibilidade de construção de uma experiência possibilitada pela interação de devotos, instrumentos, Deidades, livros e oferendas. A unidade de análise para esta reflexão será o templo Hare Krishna de Curitiba, campo no qual venho desenvolvendo minha pesquisa de doutorado em sociologia. Esta experiência se apresenta como a inserção em redes heterogêneas que promovem as mediações e associações necessárias para produção da presença inerente à experiência do serviço devocional e ao engajamento a ele relacionado. Nessa perspectiva o templo poderia ser visto como um laboratório, no qual se produzem as circunstâncias necessárias para a vivência da emoção devocional.


2021 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
Author(s):  
Matheus Dums ◽  
Caroline Schmidt de Camargo

O objetivo do artigo é analisar a temática do Emprego, Trabalho e Renda, na situação atual do Brasil de Pandemia de Covid-19, demonstrando por meio de indicadores sociais a realidade e apontando o estado e criação de políticas públicas que impactem neste tema. Trata-se de uma análise teórico-crítica, pautada em uma pesquisa bibliográfica e documental. O artigo está configurado nos seguintes itens, são eles: Indicadores relacionados a Emprego, Trabalho e Renda; Breve histórico sobre a legislação acerca do Emprego, Trabalho e Renda; Dado dos Indicadores Sociais; Análise dos Dados; e Desafios e Potencialidades. Em suma, dos resultados da análise destaca-se que nesta crise social e econômica, o Estado com suas contrarreformas e atual gestão neoliberal, não garantem condições elementares para a vida humana, empobrecendo cada vez mais as camadas mais vulnerabilizadas da sociedade e aumentando a concentração de capital. O que impõe aos/às progressistas os desafios de sensibilizarem a população, se articularem e mobilizarem junto com esta, como forma de resistência e enfrentamento à contrarreforma do Estado, buscando qualidade de vida para todas as pessoas.


2021 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
Author(s):  
Rafaela Mascarenhas Rocha

A construção de um subcampo dentro da Sociologia que trate sobre o processo de prestação e recebimento de homenagens passa por pelo menos dois conceito-chave e que serão abordados nesta discussão: a visibilidade e o reconhecimento de um indivíduo, se isso é dado ou conquistado junto ao meio social no qual ele está inserido. E pensamos as homenagens através de denominações de logradouros como um fragmento da história viva deste indivíduo e também operando como um sinônimo para visibilidade. Por isso, o caminho teórico traçado neste escrito inicia-se por Bergson (1990) e a conceituação de materialidade de memória, por ele definida; posteriormente adentramos ao estudo sobre memória coletiva desenvolvido por Halbwachs (2003). Em um segundo momento trazemos a noção de reconhecimento entre os indivíduos com base no estudo de Honneth (2003). Utilizando ainda a obra de Nora (1986) compreendemos o processo de homenagens através da denominação de logradouros públicos. Para assim estabelecermos uma reflexão sobre logradouros com nomes de imigrantes poloneses na cidade de Curitiba.


2021 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
Author(s):  
Raysa Carvalho
Keyword(s):  

Este artigo tem por objetivo analisar as experiências de cuidar de si, vivenciadas pelas mulheres no curso de pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. Para isso, lançamos foco sobre a noção de cuidado de si, a partir de Michel Foucault, e também recorremos às teorias feministas do cuidado, buscando compreender de que modo as narrativas que permeiam o curso de pedagogia, como o discurso sobre cuidar como bem próprio da pedagogia e da mulher, lançam influências sobre os indivíduos, como estes conseguem transpor essas intervenções, viabilizam sua trajetória acadêmica e promovem o autogoverno. A partir da coleta e análise de dados empíricos, com entrevistas em profundidade e observação participante, alguns achados podem ser destacados como a crescente desnaturalização dos discursos de feminilização do cuidado e a recorrência às tecnologias de si como forma de resistência e reinvindicação de si mesmas.


2021 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
Author(s):  
Tailan Cristina Maciel ◽  
Vanessa Elisabete Raue Rodrigues

A presente investigação busca, por meio de um estudo de caso realizado com uma egressa da Cadeia Pública de Guarapuava, no estado do Paraná, compreender as relações de poder, violação de direitos e a condição da mulher privada de liberdade. O estudo proposto teve como instrumento uma entrevista com roteiro semiestruturado de discussões aplicado a uma egressa da Cadeia Pública de Guarapuava, selecionada a partir de uma aproximação feita no ano de 2019. O intuito foi apontar os anseios vivenciados pelas mulheres nas unidades prisionais e suas considerações frente às disposições impostas pelo encarceramento. Dadas as premissas da problemática, considera-se a educação como um instrumento para promoção da autonomia da mulher presa na luta pela garantia dos direitos.


2021 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
Author(s):  
Deivid Nascimento de Carvalho

Este artigo tem por objetivo tecer reflexões sobre a representatividade que pessoas transgêneras do espectro masculino possuem nas mídias. Primeiramente, foi realizada uma observação etnográfica através de mídias digitais transmasculinas e, posteriormente, houve anexo da literatura acadêmica sobre a temática. O transativismo, a representação identitária e o relato de si são, por sua vez, recursos de visibilidade para demandas sociais e políticas de pessoas transgêneras nas mídias. Deste modo, a comunicação contra-hegemônica e produção de conhecimento qualificado sobre transidentidades contribuem para sua humanização nas multimídias, sejam mídias digitais, redes sociais e internet, seja publicidade e propaganda, televisão, literatura científica e qualquer outro mecanismo linguístico. O relato de si publiciza a travessia que muitos transhomens vivenciam em suas marcas resilientes. Mediante este relato, quem o recebe tem, por outro lado, o reconhecimento destas marcas na identificação de trajetórias em comum. A representatividade, portanto, é um itinerário que possibilita indivíduos solitários e vilipendiados a seguirem uma travessia em conjunto.


2021 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
Author(s):  
Sergio Miceli
Keyword(s):  

O texto a seguir advém da Aula Magna do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Paraná, ministrada pelo autor em agosto de 2019.


2021 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
Author(s):  
Carla Julião da Silva

O presente artigo apresenta reflexões sobre raça e os caminhos da modernização econômica no meio rural paulista. Modelos e projetos civilizatórios foram oferecidos no sentido de chegar a um arquétipo de nação como proposta sobre o sentido do uso e costume da terra e o lugar reservado ao negro no imaginário paulista ao longo do século XX. Faremos uma breve contextualização para compreender tais transformações, caminhando entre as leituras de obras literárias, como “Urupês” de Monteiro Lobato e trabalhos científicos para compreender as representações no diz respeito à naturalização, as heranças sociais e econômicas da condição rural, modernização, globalização econômica e atuação de cooperativas em bairros rurais atualmente.


2021 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
Author(s):  
Lista De Pareceristas

2021 ◽  
Vol 7 (3) ◽  
Author(s):  
Aline Adriana De Oliveira ◽  
Carolina Dos Anjos de Borba

Neste artigo discutimos os resultados de pesquisa realizada entre 2018 e 2019 com alunas de uma turma do curso de formação de docentes em uma escola pública de Curitiba - PR. O objetivo era buscar uma aproximação entre a formação escolar e a construção de identidades negras, ou seja, compreender como “raça” enquanto temática foi mobilizada no cotidiano escolar, tal qual a maneira como emerge em narrativas identitárias formuladas pelas alunas. O recorte proposto procura compreender como estudantes que se veem como negras articulam suas identidades no espaço da escola, compreendendo tais identidades numa perspectiva que as entende como sendo negociadas e marcadas pelas diversas posições que os sujeitos ocupam. Através de etnografia, entrevistas semiestruturadas e um questionário de autoidentificação de raça-cor utilizado com a turma, os resultados sugerem a manutenção de formas diversas de racismos que se transmutam num sentimento difuso de “incapacidade” e falta de amparo em relação às estudantes que se autodeclaram negras, bem como a carência de abertura para o tema da história e cultura afro-brasileira nos currículos. Por fim, percebe-se como dos conflitos surgem estratégias de resistências, sobretudo para aquelas mulheres que se veem como negras e militantes e passam a reivindicar suas demandas na instituição escolar.


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