PEGADA - A Revista da Geografia do Trabalho
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1676-3025, 1676-1871

2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 470-493
Author(s):  
Juliana Sousa ◽  
Roberto Leher

O artigo investiga mudanças organizacionais e de normas técnicas na cadeia produtiva leiteira de São Francisco do Brejão, Maranhão, que afetam os pequenos produtores, especialmente pela concentração do beneficiamento para contemplar certificação sanitária e pelo aumento do custo relativo de produção, alavancando o avanço dos maiores grupos em detrimento dos pequenos produtores. A pesquisa utiliza indicadores do agronegócio e, para investigar a situação concreta dos produtores, se vale de diário de campo no qual foram registrados diálogos e interpelações. Conclui que a permanência dos pequenos produtores exige atuação coordenada e interação com instituições de ensino e pesquisa, objetivando aquisição dos requisitos necessários à certificação sanitária e a implementação de políticas de fomento econômico solidárias e referenciadas pelo ideário cooperativista.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 494-522
Author(s):  
Cristina Sturmer dos Santos
Keyword(s):  

Dado os inúmeros desafios das empresas sociais para organizar sua estrutura de forma eficiente e viável, o presente trabalho tem por objetivo investigar as formas de remuneração do trabalho utilizadas pela Cooperativa C. Esta Cooperativa está em funcionamento desde 1993 e mobiliza seu quadro social dentro do Assentamento Coletivo Santa Maria e com outras famílias assentadas da região noroeste do Paraná. Para atingir o objetivo a pesquisa utilizou-se de pesquisa-ação, tendo como ferramentas a pesquisa participante, entrevistas e análise documental. No curso de funcionamento da Cooperativa foram visualizados cinco formatos distintos de remuneração do trabalho que utilizaram as horas trabalhadas (na sua maioria) como parâmetro de divisão. Há uma constante de organicidade e gestão coletiva dentro do empreendimento que se visualiza no processo de organização do trabalho Todos os sistemas de remuneração passaram por amplo debate no coletivo e no último período se formaram num sistema de posto de trabalho. Salienta-se os aspectos relacionados à renda não monetária disponibilizada pela cooperativa para as famílias e em outra medida o aparecimento de elementos de assalariamento do comportamento das associadas e associados trabalhadores. 


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 452-469
Author(s):  
Diná Andrade Lima Ramos Ramos ◽  
Lamounier Erthal Villela ◽  
Carlos Alberto Sarmento do Nascimento

O artigo analisou iniciativas das comunidades rurais e pesqueiras no Território Rural da Baía da Ilha Grande-RJ, estruturadas em ações cooperadas e solidárias, objetivando a inclusão socioprodutiva. A metodologia agregou pesquisas oriundas de múltiplas atividades de um programa de extensão universitário. Assim sendo, as informações foram coletadas por intermédio de observação participante, reuniões do colegiado BIG, diários de pesquisa, entrevistas semiestruturadas, oficinas remotas e debates em lives. A pesquisa revelou que as articulações das referidas comunidades quando elaboradas dialogicamente com as redes entre instituições de ensino, pesquisa, extensão, assistência técnica, representações do poder público e mercado, podem ser promissoras nas ações pluriativas de inclusão socioprodutiva, proporcionando resultados inovadores, emancipatórios e territorialmente sustentáveis como é o caso do mercado popular, feiras, associações, cooperativas e consórcios.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 263-280
Author(s):  
Ana Maria Rita Milani ◽  
Rejane Soares de Oliveira

Na última década, o mundo capitalista vivencia uma crise econômica global que repercute de forma deletéria nas condições sociais com aumento das populações excluídas. Por outro lado, há experimentos sociais reais que se apresentam como forma de superação de essas condições existentes e marcam uma nova práxis social que encontra na solidariedade a essência. O objetivo deste artigo é explicar como processo e autogestão e cooperativismo pode trazer melhores perspectivas para a Coopmaris na produção de sururu.  Este trabalho é resultado é resultado da pesquisa instrumentada através da Incubadora de Tecnologia Social da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (ITES-FEAC) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Como resultado observado, o experimento coletivo da Coopmaris nos evidencia o avesso de uma sociedade regida pelo capital. Assim, o cooperativismo apresenta-se como alternativa de milhares de trabalhadores que buscam alterar suas condições de vida sob a forma de organização coletiva do trabalho nas mais diversas regiões.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 152-184
Author(s):  
Marcos Roberto Pires Gregolin ◽  
Renato Santos de Souza

Desde sua origem, o cooperativismo agrícola no Brasil tem ganho espaço e notoriedade em diversos aspectos. Cabe salientar vinculação com a sociedade, haja vista seu papel na busca pela por melhores condições de vida e sua vinculação com o governo por ser um instrumento de implementação das políticas agrícolas. O presente artigo objetivou desvelar os movimentos que resultaram na cisão do movimento cooperativista, que deu origem a binômios como tradicional/novo; empresarial/solidário. Por meio de pesquisa bibliográfica constatou-se que o cisma ocorrido no âmbito do cooperativismo agrícola brasileiro não se deve, como muitos insistem em propagar, a meros objetivos “políticos” partidários e sim, a mobilização e organização de setores da sociedade que, durante o processo de expansão e agigantamento do cooperativismo tradicional acabaram sendo excluídos pelas regras do jogo.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 310-342
Author(s):  
Flávio Dos Santos ◽  
Christiane Senhorinha Soares Campos

No semiárido alagoano camponeses realizam desde a década de 1980 um trabalho coletivo voltado para a preservação das sementes crioulas, prática que a partir de 1990 passou a ser conduzida pela Cooperativa dos Pequenos Produtores Agrícolas dos Bancos Comunitários de Sementes, criada para organizar e expandir o trabalho de guarda das cultivares crioulas nas comunidades rurais. Frente a essa realidade grupos do agronegócio, a fim de suplantar os organismos crioulos, vem disseminando produtos híbridos e transgênicos no Semiárido do Alagoas, colocando assim novos desafios para a luta campesina. Ancorado em uma abordagem quantitativa-quantitativa, o artigo objetiva analisar o papel do trabalho cooperativo para a salvaguarda das sementes crioulas no contexto do Semiárido alagoano, de modo a evidenciar a relevância dessa pratica para a reprodução e resistência camponesa.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 343-374
Author(s):  
Camila Rolim Laricchia ◽  
Francisco De Paula Antunes Lima

A organização cooperativa é uma alternativa de luta e resistência dos(as) trabalhadores(as) à competição capitalista, que conforma sujeitos egoístas e isolados. Para superar essa condição, movimentos camponeses organizados estimulam a cooperação agrícola em assentamentos. Essas experiências encontram dificuldades para conciliar interesses individuais e coletivos. O objetivo deste artigo é propor uma explicação dessas dificuldades, contribuindo para uma estratégia de desenvolvimento da cooperação por meio de coletivos de produção. Para essa reflexão analisamos a concepção e uso das regras de trabalho pelos(as) assentados(as) do PDS Osvaldo de Oliveira, em diálogo com a teoria chayanoviana sobre as cooperativas camponesas e com as clínicas do trabalho (ergologia, psicodinâmica do trabalho e clínica da atividade). Discutimos a cooperação como um processo de aprendizado que avança e retrai dependendo dos seus resultados concretos.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 210-231
Author(s):  
Larissa Donato ◽  
Maria Eugênia Moreira Costa Ferreira

O Código Florestal brasileiro - CF regulamenta as Áreas de Reserva Legal – RL que deve garantir o ecossistema local e o desenvolvimento da paisagem. Toda propriedade com mais de 4 módulos fiscais (que varia de região para região) deve conservar 20% da propriedade. Na atualidade com o desenvolvimento de commodities em monoculturas, principalmente da soja, o Norte do Paraná não difere do restante do país, com falhas legais e reais relacionadas ao cadastro dessa RL. De forma prática, a maioria das RL existem apenas no papel e não cumprem o objetivo de garantia do ecossistema local e, uma das principais causas para esta falta de conservação é o desligamento do homem ao campo em meio às práticas capitalistas. Para se chegar a esta conclusão, foram realizados trabalhos de mapeamento, campo e entrevista em áreas específicas escolhidas justamente por serem palco da monocultura local.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 100-127
Author(s):  
Tiago Barreto Lima ◽  
Josefa De Lisboa Santos ◽  
Bruno Andrade Ribeiro

O agronegócio sustenta-se na expropriação e subordinação da terra e do trabalho. Desse modo, ao considerar os liames que o (des)envolvem, a análise objetiva entender os mecanismos de destituição da permanência de relações não-capitalistas, através da dominação de monopólios agroindustriais. O ponto de partida é o Perímetro Irrigado Piauí, no município de Lagarto, em Sergipe; em particular, as relações estabelecidas pelo Grupo Maratá, que reproduzem o ardil da subordinação na produção de pimenta. As entrevistas entremeiam-se às construções teóricas sobre a monopolização do capital, o agronegócio e suas determinações históricas e o papel político do campesinato na formação territorial do Brasil. Portanto, desvela-se o ardor da realidade dos trabalhadores e trabalhadoras como processo contraditório entre relações de produção e forças produtivas no atual contexto de crise.


2021 ◽  
Vol 22 (2) ◽  
pp. 281-309
Author(s):  
LISANDRO RAMON RODRIGUEZ
Keyword(s):  

Este artículo explora las estrategias de acción colectiva que implementa el cooperativismo yerbatero argentino ante el avance y consolidación del agronegocio como modelo de acumulación. La mirada está puesta en las particularidades del proceso de concentración y acumulación acaecidas en una región marginal y de frontera. A modo de referentes empíricos se analizan tres cooperativas del sector. La dimensión de análisis se centra en el nivel interno de estas organizaciones y en los vínculos que establecen con sus asociados, el Estado y el mercado. Se considera, además, la inserción de las cooperativas de yerba mate en la agroindustria, al tiempo que se fija la óptica en las formas solidarias (o no) que representan estas entidades para la agricultura familiar y campesina, frente a un agro cada vez más asimétrico.


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