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Published By Scielo

0104-9313, 0104-9313

Mana ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
Author(s):  
Marisol Marini
Keyword(s):  

Resumo O propósito do presente artigo é explorar o papel da imaginação na produção de dispositivos de assistência circulatória no âmbito da biomedicina moderna, tecnologias também conhecidas como Corações Artificiais. Os dados etnográficos sugerem a caracterização de uma imaginação marcada pelo engajamento material e corporal. O diálogo com teóricas feministas que propõem novos materialismos e com a antropologia da ciência e da tecnologia permite qualificar a matéria e reivindicar uma atenção às práticas. São abordagens que trazem para o primeiro plano a participação de distintas entidades e seres, permitindo observar o modo como as coisas podem se impor e contribuir para o molde de suas próprias formas, o que implica que, além de corporificado, o processo imaginativo encontra-se distribuído. Trata-se de (re)colocar a imaginação, que é comumente recusada ou pouco reconhecida na produção científica moderna purificada, destacando o engajamento material como essencial no processo de desenvolvimento tecnológico. A tarefa de descrever e reivindicar uma imaginação corporificada, partilhada e não reduzida à intencionalidade humana levará ao diálogo com abordagens e compreensões distintas sobre o processo criativo.


Mana ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (3) ◽  
Author(s):  
Guilherme R. Passamani ◽  
Zulmira Newlands Borges
Keyword(s):  

Mana ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
Author(s):  
Dibe Ayoub

Resumo A tese de Louis Herns Marcelin tem sido relida por mim em um contexto de pesquisa sobre violência e conflitos por terra em comunidades tradicionais de Pinhão, Paraná. Neste trabalho, reflito sobre a noção de “configuração de casas” e as questões que suscita para um campo onde casas são indissociáveis de terras e de lutas por terras. Levando em consideração a centralidade que as mães e suas atividades assumem na produção dessas configurações, problematizo os modos com que Marcelin aborda as relações de gênero no Recôncavo Baiano. Busco assim elaborar um diálogo entre a discussão do autor, as experiências das mães que vivem os conflitos em Pinhão e as etnografias recentes sobre gênero, maternidade, violência e terra no Brasil.


Mana ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
Author(s):  
John Comerford ◽  
Federico Neiburg

Mana ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (3) ◽  
Author(s):  
Francisco Paolo Vieira Miguel

Resumo Maríyarapáxjis é um neologismo (proveniente da expressão portuguesa maria-rapaz) encontrado na língua materna de meus interlocutores moçambicanos (a língua changana) para dar conta, entre outros, de homens que a princípio demonstram certa afeminação, mas que nas últimas décadas passou também a nomear os homossexuais. Apesar de analisar outros vocábulos, escolho-o como título deste artigo porque, além de ser uma das palavras mais ouvidas no sul do país para nomear esses sujeitos, ela parece ser o epítome de uma série de processos históricos de institucionalização das homossexualidades masculinas nas classes populares do sul de Moçambique. O presente artigo, fruto de investigação etnográfica e linguística, busca analisar o léxico das línguas changana e portuguesa dentro do campo semântico da homossexualidade no sul de Moçambique e colocá-las em diálogo com as teorias feministas africanas.


Mana ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (3) ◽  
Author(s):  
Carlos Fausto ◽  
Luiz Costa

Resumo Este artigo promove uma discussão crítica sobre a “política da consideração” proposta por Kelly e Matos, em texto publicado nesta revista. O objetivo é comparar interpretações alternativas sobre o mundo indígena amazônico e daí tirar algumas consequências teórico-etnográficas. O artigo será publicado em duas partes. Na primeira, analisam-se as premissas dos autores, bem como os dados etnográficos que sustentam seus argumentos. Na segunda, esclarecem-se equívocos na interpretação da “teoria da maestria”, bem como avançam-se algumas figuras alternativas da ação e agência na Amazônia indígena. Ao final, pergunta-se a que serve uma política de donos.


Mana ◽  
2021 ◽  
Vol 27 (2) ◽  
Author(s):  
Thomas Cortado

Resumo Além de contribuir para o estudo da família afro-brasileira, o trabalho de Louis Marcelin reflete de forma original sobre a produção do espaço nas periferias populares. Em particular, mostra como o espaço habitado reproduz hierarquias raciais inseridas na longa duração do tempo histórico e como as casas agenciam corpos e territórios. Contudo, Marcelin pouco aprofundou o estatuto do espaço nas próprias configurações de casas. Este artigo enfrenta o problema através da distinção entre “quase-configurações de casas” e “configurações de casas” stricto sensu: enquanto as primeiras dependem apenas do ego a partir do qual observamos fluxos de coisas e pessoas, as segundas remetem a uma experiência mútua do espaço.


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