Psicologia em Estudo
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Published By Universidade Estadual De Maringa

1413-7372, 1413-7372

2021 ◽  
Vol 26 ◽  
Author(s):  
Marilda Gonçalves Dias Facci ◽  
Lucas Martins Soldera ◽  
Alvaro Marcel Palomo Alves ◽  
Adriana de Fátima Franco ◽  
Zaira Fátima de Rezende Gonzalez Leal

não se aplica


2021 ◽  
Vol 26 ◽  
Author(s):  
Pedro Magalhães Seincman ◽  
Miriam Debieux Rosa

O presente trabalho apresenta, no bojo da clínica psicanalítica, um estudo de caso permeado pelas especificidades dos contextos de urgência social no campo da migração. Entendemos como uma situação de urgência social aquela em que a falta de condições materiais a que uma parcela de pessoas é submetida se une a discursos que colocam o sujeito em posições de objetificação, de submissão ao outro no laço social, em situações, pois, de desamparo discursivo (Rosa, 2016). As elaborações teórico-clínicas estão fundadas na experiência clínica que embasou a construção do caso clínico de uma criança e seus pais, bolivianos, marcados pelas consequências do trabalho escravo e pelo diagnóstico de autismo do filho. Guiando-nos pelas movimentações oriundas desse caso, apresentamos as posições assumidas pelo psicanalista diante do contexto em que se articulam aspectos sócio-políticos do sofrimento e situações de migração forçada. Esse percurso conflui na direção de situar novas abordagens e dispositivos psicanalíticos que considerem a posição do sujeito no laço social, propondo possibilidades diante das demandas endereçadas à clínica psicanalítica nos contextos institucionais e de urgência social. Além disso, propomos a noção de rede transferencial, como instrumento que norteia o trabalho do psicanalista no contato interinstitucional, com os profissionais de outras áreas e com aqueles que se encontram em situações de urgência social.


2021 ◽  
Vol 26 ◽  
Author(s):  
Alice Queiroz Telmo Romano ◽  
Adolfo Pizzinato

O presente artigo visa abordar a recente imigração haitiana no estado do Rio Grande do Sul, explorando o significado do fenômeno migratório para mulheres haitianas. Na introdução é traçado um panorama sobre a feminização da migração, em especial da imigração haitiana. Os objetivos desta pesquisa são: (1) conhecer as diferentes trajetórias de migração de mulheres haitianas e (2) compreender como ocorrem as relações de gênero no processo migratório. Foram realizadas entrevistas narrativas com dez imigrantes, cujas perguntas se reportavam à trajetória de migração. A partir da análise das entrevistas busca-se compreender como é a trajetória de migração dessas mulheres e o que foi encontrado de semelhanças e diferenças com o que vem sendo publicado sobre migração de mulheres haitianas. Algumas questões, como idioma, família e trabalho, tiveram destaque e foram aprofundadas. Em suas falas foi observado como ser haitiana encontra-se vinculada vivência de migração. Também foi visto que suas trajetórias são marcadas por protagonismo ao decidirem migrar sozinhas para outros países. Os achados desta pesquisa oferecem um panorama ainda circunscrito e delimitado da realidade das mulheres haitianas em Porto Alegre, mas que pode servir de suporte para pensar políticas públicas e intervenções que visem tanto conscientizar a população brasileira sobre esse tema tão emergente, quanto apresentar possibilidades de acolhimento e fomentação de direitos humanos para a população imigrante e refugiada.


2021 ◽  
Vol 26 ◽  
Author(s):  
Vinícius Moreira Lima ◽  
Heloísa Bedê ◽  
Ângela Vorcaro

Este trabalho propõe uma releitura do artigo freudiano de 1925 sobre ‘Algumas consequências psíquicas da distinção anatômica entre os sexos’, seguindo a via aberta por Lacan com sua teoria da sexuação. No texto de Freud, parece haver uma proposição temporal de fundo acerca da assunção da posição sexuada, que acaba levando a um esquematismo edipiano que nem sempre dá conta da singularidade da sexuação para além dos seus arranjos normativos. Partindo daí, pode o sofisma dos três prisioneiros – pela introdução diferencial dos tempos de ‘ver’, ‘compreender’ e ‘concluir’ – auxiliar numa leitura não normativa do corpo no processo de sexuação? Desdobrando essa questão, discutiremos a importância de sustentar, com Lacan, uma diferenciação aguda e precisa entre o falo e o pênis, bem como entre a diferença sexual e a distinção anatômica entre os sexos. Concluímos apontando para os limites da norma edipiana para prever ou determinar o que será do sujeito, uma vez que, sendo o Outro barrado (e não um sistema completo de dominação), abre-se o espaço da contingência em que se revela, para cada um, a escolha inconsciente de sua posição sexuada.


2021 ◽  
Vol 26 ◽  
Author(s):  
Élide Dezoti Valdanha-Ornelas ◽  
Claire Squires ◽  
Valéria Barbieri ◽  
Manoel Antônio Dos Santos
Keyword(s):  

Transtornos alimentares, como a bulimia, são psicopatologias de etiologia multifatorial que têm nas relações familiares um dos principais fatores desencadeadores e mantenedores dossintomas. Este estudo teve por objetivo analisar as vivências das relações familiares na perspectiva de uma jovem diagnosticada com bulimia, de sua mãe e seu pai. Trata-se de um estudo de caso qualitativo, descritivo e transversal, cujo delineamento abarca a tríade pai-mãe-filha. Foram entrevistados três membros de uma família (pai, mãe e filha diagnosticada com bulimia). Os dados foram coletados por meio de roteiros de entrevista semiestruturada e analisados pela perspectiva do referencial teórico psicanalítico, a partir da construção de categorias temáticas. Os resultados mostraram que, assim como a filha, os pais também apresentaram fragilidades no seu desenvolvimento emocional, culminando em dificuldades no estabelecimento da diferenciação eu-outro nos membros da família. Essas dificuldades culminaram em vivências familiares de instabilidade, com vínculos de dependência impregnados por sensações paradoxais de invasão da intimidade e sentimentos de desamparo. Os resultados encontrados trazem avanços para o conhecimento da área, em especial no nível da compreensão das relações familiares no contexto da bulimia, e oferecem subsídios para o planejamento de ações e intervenções dos profissionais envolvidos na assistência a pacientes e familiares.


2021 ◽  
Vol 26 ◽  
Author(s):  
Paula Andréa Prata-Ferreira ◽  
Ione Vasques-Menezes
Keyword(s):  

A pesquisa objetivou compreender e avaliar o sofrimento psíquico e adoecimento do professor universitário a partir da percepção de seu trabalho e de sua relação com ele. Utilizando-se da abordagem qualitativa, foram entrevistados sete professores de instituições públicas e privadas do Estado do Rio de Janeiro, com idades entre 31 e 66 anos (M = 50; DP = 11,87). A avaliação do conteúdo se deu com o softwareIramuteq, por meio da Classificação Hierárquica Descendente (CHD). As entrevistas mostraram que o professor percebe seu trabalho como fascinante, porém neurotizante. Esse conflito pode levá-lo ao sofrimento e adoecimento. Mesmo que a admissão de novas políticas educacionais e organizacionais seja um desejo comum aos professores, foi possível notar a conquista de ações próprias, como o redesenho do trabalho (jobcrafting), como forma de lidar com as demandas laborais e criar condições que não levem ao adoecimento. 


2021 ◽  
Vol 26 ◽  
Author(s):  
Hannah Carla de Jesus Bezerra ◽  
Edmundo de Oliveira Gaudêncio ◽  
José Roniere de Morais Batista ◽  
Maria do Socorro Roberto De Lucena ◽  
Ana Raquel De Oliveira

  Este estudo teve por objetivo realizar uma revisão integrativa de literaturapara verificar o que os estudos têm abordado sobre a relação entre estresse e ansiedade em pessoas hipertensas. Para tanto, o levantamento dos estudos foi realizado nas bases PsycINFO, Portal da Capes, Scielo e Medline BVS-PSI, utilizando os descritores ‘hipertensão arterial’ and ‘estresse’ and ‘ansiedade’, e seus correspondentes na língua inglesa ‘arterial hypertension’ and ‘stress’ and ‘anxiety’ e espanhola ‘hipertensión’and ‘estrés’ and ‘ansiedad’, considerando os últimos seis anos (2013 a 2018). Foram selecionados 14 estudos. Os resultados foram agrupados em três categorias: a) o impacto causado pelo diagnóstico de doenças crônicas não transmissíveis, b) fatores psicológicos associados à hipertensão arterial e c)relação saúde física versus saúde mental: uma questão também de método. Os resultados mostraram que ansiedade e estresse, além da depressão podem apresentar-se como aspectos moduladores da hipertensão arterial. Portanto, considera-se necessária a desmistificação da lógica cartesiana entre mente e corpo, para que sejam efetivadas ações de cuidado integral dos sujeitos e de promoção à saúde. Espera-se que os resultados obtidos reafirmem a importância de considerar os aspectos psicológicos e emocionais nas doenças crônicas e que estudos futuros com diferentes delineamentos sejam desenvolvidos na área da psicologia.


2021 ◽  
Vol 26 ◽  
Author(s):  
Ana Clara de Paula Nazareth ◽  
Thiago Gomes De Castro

As pesquisas em imagem corporal creditam ao neurologista Paul Schilder (1886-1940) a definição do termo em 1935. A análise da composição do conceito pode contribuir para o entendimento de sua disseminação em uma comunidade de linguagem. Através de uma análise conceitual em fontes primárias buscou-se identificar a circulação do conceito na literatura de psicologia no início do século XX. Foram revisados artigos publicados em periódicos científicos de Psicologia e livros de Psicologia entre 1900 e 1935. Foram acessadas fontes nos idiomas espanhol, francês, inglês e português. Apenas dois artigos apresentaram referência explícita ao termo imagem corporal, enquanto os outros artigos tangenciaram ideias relativas à imagem do corpo. Já os textos dos livros de psicologia não apresentaram referências explícitas ao conceito, mas descreveram teorias alinhadas às pesquisas em percepção corporal pela literatura de processos psicológicos básicos. A compreensão geral de imagem corporal herdada pela literatura em psicologia foi antecedida por definições associadas ao esquema corporal, como a percepção de movimento e a propriocepção.


2021 ◽  
Vol 26 ◽  
Author(s):  
Giovana Ilka Jacinto Salvaro ◽  
Patrícia Mariano

O artigo busca apresentar considerações sobre a saúde mental de trabalhadoras como tema em produções acadêmicas brasileiras (2000-2016), de modo a potencializar contribuições ao debate de gênero no âmbito das relações de trabalho e do adoecimento. Para tanto, fizemos um levantamento da produção acadêmica brasileira, publicada de 2000 a 2016 e disponível na Biblioteca Virtual em Saúde – Brasil (BVS), sobre a temática saúde da trabalhadora. Do universo total de artigos localizados e analisados ao longo da pesquisa, a saúde mental foi foco de um número considerável de estudos, os quais evidenciaram, de modo geral, a relação entre a divisão sexual do trabalho e a prevalência do adoecimento de mulheres em diferentes contextos laborais. Na direção do debate proposto, 14 artigos foram selecionados pelo fato de relacionarem o tema da saúde mental a contextos profissionais produzidos como territórios femininos/masculinos de atuação e, sobretudo, por possibilitarem problematizar a desigualdade de gênero como base da divisão sexual do trabalho e da prevalência do adoecimento mental de trabalhadoras.


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