Revista Fim do Mundo
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Published By Faculdade De Filosofia E Ciências

2675-3871, 2675-3812

2021 ◽  
pp. 126-146
Author(s):  
Leandro Ramos Pereira

Este artigo relaciona a crise sistêmica da década de 1970 à consolidação do poder global estadunidense. Primeiramente, argumentaremos que a crise da década não se deve à suposta crise de hegemonia estadunidense, mas ao antagonismo latente entre a autonomia relativa dos Estados Nacionais e a transnacionalização econômica – subproduto do padrão de organização da economia mundial liderado pelos Estados Unidos no pós-guerra. Adicionalmente, defenderemos que o encaminhamento da crise sistêmica consolidou os parâmetros estruturantes do seu poder interestatal – segurança/violência, moeda/finanças, produção/tecnologia – e inaugurou a era da crise estrutural do capital.


2021 ◽  
pp. 21-52
Author(s):  
Mauricio de Souza Sabadini ◽  
Fábio Antonio De Campos

O objetivo deste artigo é discutir a categoria capital financeiro, tendo como referência sua utilização no debate clássico do imperialismo. Para isso, revisitaremos autores centrais da interpretação fundante do imperialismo, como Hilferding, Hobson, Bukharin, Rosa Luxemburgo, Kautsky e Lenin, procurando apontar as possibilidades e os limites da utilização desta categoria na apreensão de fenômenos específicos do capitalismo. Ao mesmo tempo, procuraremos também indicar a importância da mediação teórica para uma adequada compreensão das relações concretas do capital financeiro, de modo a historicizar a categoria dentro do contexto socioeconômico da época.


2021 ◽  
pp. 271-306
Author(s):  
Instituto Brasileiro De Estudos Contemporâneos

2021 ◽  
pp. 105-125
Author(s):  
Fernando Savella

Este artigo aborda o problema geral da relação entre as classes e o poder político nas formações sociais capitalistas na periferia do imperialismo. Tomando como base a teoria leninista acerca do imperialismo, argumentamos que as superestruturas do modo de produção capitalista nessas regiões também se desenvolvem de maneira distinta de suas contrapartes no capitalismo central, criando um espaço social restrito que, ainda que pautado na exclusão radical das massas, se desenvolve sobre a base ativa da classe média. Para isso mobilizamos autores como Agustín Cueva, Florestan Fernandes, Nicos Poulantzas e outros para apontar a anatomia desse espaço e sua função na economia política capitalista.


2021 ◽  
pp. 181-205
Author(s):  
Bernardo Schirmer Muratt
Keyword(s):  

O presente trabalho busca analisar historicamente o capitalismo e sua inserção no subcontinente latino-americano e no Brasil, principalmente dos anos 1970 até a atualidade. A partir disso, buscamos mostrar como funcionam as relações das classes burguesas locais com o Centro capitalista em cada padrão de acumulação no subcontinente. Defende-se aqui uma visão do sistema capitalista como totalidade única em que a reprodução do sistema no Norte Global tem influência significativa nos Estados do Sul. Desse modo podemos mostrar que as burguesias da América Latina e, mais particularmente, a do Brasil possuem fortes vínculos com o Centro. Não podendo serem compreendidas adequadamente se consideradas apenas o cenário político e social circunscrito aos Estados que fazem parte.


2021 ◽  
pp. 13-19
Author(s):  
Fábio Antonio De Campos ◽  
Carlos Alberto Cordovano Vieira ◽  
Aline Marcondes Miglioli ◽  
Ivan Lucon Jacob ◽  
Editores RFM

2021 ◽  
pp. 147-180
Author(s):  
Hugo Corrêa ◽  
Eduardo Sá Barreto ◽  
Leonardo Leite

No artigo apresentamos uma interpretação sobre a relação entre crises, imperialismo e crítica social conectando dois períodos históricos distintos: o da formulação da teoria clássica do imperialismo e o período atual. Nosso objetivo foi entender como o marxismo respondeu à crise que levou à Primeira Guerra e como essa resposta poderia servir para enfrentarmos os impasses atuais. Destacamos que a pandemia de Covid-19, a emergência climática e as tensões imperialistas são dimensões entrelaçadas da crise contemporânea do capital, cujo paralelo com o processo histórico vivenciado pelo marxismo do começo do século passado deve ser encontrado na iminência da barbárie e na necessidade da crítica radical.


2021 ◽  
pp. 207-229
Author(s):  
Fabio Luis Barbosa dos Santos ◽  
Daniel Augusto Feldmann
Keyword(s):  

Diante do agravamento de problemas econômicos e sociais no contexto da pandemia, em que há um «revival» keynesiano nos países industrializados, este artigo questiona se faz sentido reviver o progressismo como uma alternativa civilizatória na América Latina. O texto faz o seguinte movimento. Incialmente, problematiza-se a ideologia do progresso. Em seguida, sobrevoa-se a situação de diferentes países latino-americanos no contexto que antecedeu a pandemia do coronavírus, para explorar a hipótese de esgotamento do progresssismo. Ao contrário de explicar o momento político atual como uma reação a avanços precedentes, sugere-se que a tentativa de conter o processo histórico de dessocialização nos marcos da crise estrutural do capitalismo implicou no recurso a práticas, dispositivos e políticas que terminaram acelerando este mesmo processo, que é detalhado no caso brasileiro. As noções de «contenção aceleracionista», «progressivismo regressivo» e «neoliberalismo inclusivo» são as chaves propostas para examinar as contradições do progressivismo e entender porque a onda progressista não abriu caminho para um mundo melhor. O texto se encerra com um paralelo entre as expectativas de um retorno keynesiano no contexto da pandemia e os limites do horizonte civilizatório progressista para enfrentar os problemas estruturais agravados por esta situação inédita.


2021 ◽  
pp. 73-104
Author(s):  
Luis Eduardo Fernandes
Keyword(s):  

O presente artigo versa por apresentar parte do debate, durante a década de 2010, entre economistas e cientistas sociais marxistas sobre o imperialismo contemporâneo. Concentramos-nos nas contribuições de intelectuais colaboradores da revista Monthly Review, como Samir    Amin, Prabhat Patnaik, Utsa Patnaik, John Smith e Intan Suwandi e suas formulações acerca do tardo-imperialismo, isto é, a fase madura e o ápice da dominação imperialista na economia mundial. Esses autores se propõem a atualizar a teoria do imperialismo através de novas pesquisas e categorias teóricas com níveis de abstração distintos como a arbitragem global do trabalho, mundialização da lei do valor, deflação da renda nos países periféricos, cadeias globais de valor-trabalho, etc. Ao fim apresentamos, em linhas gerais, as polêmicas desses autores com o geógrafo David Harvey a cerca da atualidade do imperialismo como categoria teórica.


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