scholarly journals Potencial de óleos essenciais de plantas medicinais no controle de fitopatógenos

2015 ◽  
Vol 17 (1) ◽  
pp. 45-50 ◽  
Author(s):  
M.C.M. FONSECA ◽  
M.S. LEHNER ◽  
M.G. GONÇALVES ◽  
T.J. PAULA JÚNIOR ◽  
A.F. SILVA ◽  
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Além do valor como recurso terapêutico, plantas medicinais também possuem potencial para serem utilizadas como fonte de princípios ativos contra fitopatógenos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de óleos essenciais das espécies medicinais Baccharis dracunculifolia (alecrim-do-campo), Schinus terebinthifolius (aroeirinha) e Porophyllum ruderale (arnica-brasileira) sobre o crescimento dos fungos fitopatogênicos Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli (Fop), F. solani f. sp. phaseoli (Fsp), Sclerotinia sclerotiorum (Ss), S. minor (Sm), Rhizoctonia solani (Rs), Sclerotium rolfsii (Sr) e Macrophomina phaseolina (Mp). Avaliou-se em placas de Petri o crescimento radial desses fungos em meio batata-dextrose-ágar (BDA) com cinco concentrações (0, 250, 500, 1000 e 3000 mg L-1) dos óleos essenciais. Discos de micélio (5 mm de diâmetro) de cada fungo em crescimento foram transferidos para placas de Petri que foram mantidas a 23°C no escuro por 48 horas. O óleo essencial de alecrim-do-campo foi o mais eficiente na redução do crescimento micelial de todos os fungos, com inibição completa quando se utilizou a concentração de 3000 mg L-1. A redução de crescimento variou de 29% (Fs) a 80% (Rs) a 250 mg L-1 do óleo essencial de alecrim-do-campo; a 500 mg L-1, variou de 29% (Fs) a 98% (Sr); e a 1000 mg L-1, de 41% (Fs) a 100% (Sr). A redução do crescimento dos fungos pelo óleo de aroeirinha na concentração de 3000 mg L-1 variou de 27% (Fsp) a 74% (Rs). Nessa concentração, o óleo de arnica-brasileira reduziu o crecimento micelial de Ss em 72%, o de Rs em 80% e o de Mp em 82%, sem efeitos significativos sobre o crescimento micelial de Fsp e Fop. Conclui-se que os óleos essenciais de alecrim-do-campo, aroeirinha e arnica-brasileira possuem potencial para o controle dos fungos fitopatogênicos estudados, com destaque para o óleo de alecrim-do-campo.

2007 ◽  
Vol 33 (1) ◽  
pp. 47-55 ◽  
Author(s):  
César Júnior Bueno ◽  
Márcia Michelle de Queiroz Ambrósio ◽  
Nilton Luiz de Souza

Os fungos fitopatogênicos habitantes do solo causam grandes perdas em culturas econômicas. Estes organismos produzem estruturas de resistência na ausência de hospedeiros e/ou nas condições climáticas desfavoráveis. Isto permite a sobrevivência destes organismos no solo por longos períodos de tempo. A presença das estruturas de resistência inviabiliza o controle do patógeno. O objetivo deste trabalho foi desenvolver metodologias para produzir e também para avaliar a sobrevivência das estruturas de resistência dos fungos Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici raça 2, Macrophomina phaseolina, Rhizoctonia solani AG4 HGI, Sclerotium rolfsii, Sclerotinia sclerotiorum e Verticillium dahliae. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, constituído por 6 fungos, 8 épocas de avaliação (0, 15, 30, 60, 90, 120, 150 e 180 dias do início do experimento) e duas condições: campo e laboratório. No campo, a 10 cm de profundidade, para cada época de avaliação, foram enterradas duas bolsas contendo estruturas de cada fungo. No laboratório, foram mantidos dois frascos para cada patógeno. O parâmetro avaliado foi a sobrevivência das estruturas dos fungos. Constatou-se que todas as metodologias desenvolvidas refletiram de forma positiva quanto a sobrevivência dos fungos no campo e na avaliação dessa característica em condições de laboratório.


2006 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 42-50 ◽  
Author(s):  
César J. Bueno ◽  
Márcia M. de Q. Ambrósio ◽  
Nilton L. de Souza

A preservação de fungos fitopatogênicos por longos períodos de tempo é importante para que pesquisas possam ser realizadas a qualquer momento. Os fungos habitantes do solo são organismos que podem produzir estruturas de resistência em face de situações adversas, tais como ausência de hospedeiros e ou condições climáticas desfavoráveis para a sua sobrevivência. O objetivo deste trabalho foi desenvolver metodologias de preservação de estruturas de resistência para os fungos Fusarium oxysporum f.sp. lycopersici raça 2, Macrophomina phaseolina, Rhizoctonia solani AG4 HGI, Sclerotium rolfsii, Sclerotinia sclerotiorum e Verticillium dahliae. O delineamento foi inteiramente casualizado, com um método de produção de estruturas para cada fungo, submetido a três tratamentos [temperatura ambiente de laboratório (28±2ºC), de geladeira (5ºC) e de freezer (-20ºC)] e com dois frascos por temperatura. Mensalmente, e por um período de um ano, a sobrevivência e o vigor das colônias de cada patógeno foram avaliadas em meios de cultura específicos. Testes de patogenicidade foram realizados após um ano de preservação, com as estruturas que sobreviveram aos melhores tratamentos (temperatura) para todos os fungos. As melhores temperaturas (tratamentos) para preservar os fungos foram: a) F. oxysporum f.sp. lycopersici em temperatura de refrigeração e de freezer (5,2 e 2,9 x 10³ufc.g-1 de talco, respectivamente); b) M. phaseolina em temperatura de refrigeração [100% de sobrevivência (S) e índice 3 de vigor (V)] e S. rolfsii em temperatura ambiente (74,4% S e 1 V) e c) S. sclerotiorum e V. dahliae, ambos em temperatura de freezer (100% S e 3 V). Após um ano de preservação, somente V. dahliae perdeu a patogenicidade na metodologia desenvolvida.


2020 ◽  
Vol 11 (5) ◽  
pp. 1135-1147
Author(s):  
Talina Olivia Martínez-Martínez ◽  
Brenda Zulema Guerrero-Aguilar ◽  
Víctor Pecina-Quintero ◽  
Enrique González-Pérez ◽  
Juan Gabriel Angeles-Núñez

El garbanzo es una leguminosa, que se cultiva en dos regiones de México principalmente, noroeste (Sonora, Sinaloa y Baja california) y la región de El Bajío (Guanajuato, Michoacán y Jalisco); sin embargo, cada año la producción del cultivo está comprometida con la fusariosis vascular, una de las principales enfermedades que afectan al cultivo y que está asociada al complejo fúngico Fusarium oxysporum, Fusarium solani, Rhizoctonia solani, Macrophomina phaseolina y Sclerotium rolfsii. Una alternativa de control biológico es la aplicación de Trichoderma, la que además tiene un efecto indirecto en la nutrición de la planta. El objetivo de este estudio fue determinar el antagonismo in vitro de dos cepas de Trichoderma harzianum (T1 y T2) y su efecto como biofertilizante. Se realizaron confrontaciones in vitro contra cepas de las razas de Fusariumoxysporum f. sp. ciceris (Foc 0, 1B/C, 5 y 6), Fusarium solani, Macrophomina phaseolina (MSonora y M-GTO) y Sclerotium rolfsii. Se evaluó el efecto de T2 como biofertilizante (TB) midiendo las variables: número de flores, vainas, altura de la planta, diámetro del tallo, longitud de la raíz y rendimiento de grano. Las dos cepas de T. harzianum mostraron antagonismo en diferente escala contra los patógenos. Adicionalmente, con el tratamiento donde se aplicó T. harzianum (TB) se presentaron incrementos en el número de flores (30%), vainas (24%), altura (3%), diámetro de las plantas (3.5%), así como la longitud de la raíz (13%) y rendimiento del grano (23%).


2011 ◽  
Vol 37 (3) ◽  
pp. 116-120 ◽  
Author(s):  
Marco Antonio Basseto ◽  
César Júnior Bueno ◽  
Haroldo Antunes Chagas ◽  
Daniel Dias Rosa ◽  
Carlos Roberto Padovani ◽  
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A incorporação de materiais vegetais específicos associados à solarização do solo tem sido um avanço promissor no controle de fungos fitopatogênicos habitantes do solo. O objetivo do trabalho foi avaliar determinados efeitos da incorporação e decomposição de brócolis, mamona, mandioca brava e mansa, no solo, em condições de microcosmo mantido em BOD (37±2ºC), sobre o micélio de Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici Raça 2, Macrophomina phaseolina, Rhizoctonia solani AG-4 HGI e de Sclerotium rolfsii. Assim, quatro ensaios idênticos foram instalados em conjunto de microcosmos, com cinco tratamentos e quatro períodos de tempo diferentes e independentes (7, 14, 21 e 28 dias). O parâmetro avaliado foi os efeitos inócuo, fungistático e fungicida dos tratamentos sobre o micélio dos fungos. Verificou-se efeito fungistático e fungicida no crescimento micelial de F. oxysporum f. sp. lycopersici Raça 2, R. solani AG-4 HGI e de S. rolfsii. Os fungos que apresentaram efeito fungistático apresentaram uma velocidade média de crescimento micelial inferior ao controle geral, que consistiu na incubação dos fungos em temperatura de 25±2ºC. O efeito fungicida ocorreu aos 21 dias de incubação para F. oxysporum e R. solani e aos 28 dias para S. rolfsii. Para M. phaseolina, observou-se apenas efeito inócuo. Associação da temperatura de 37±2ºC mais o período de tempo dos tratamentos foi o fator responsável pelos efeitos fungistático e fungicida no micélio dos fitopatógenos estudados. Essa associação também interferiu na velocidade do crescimento micelial dos fungos que apresentaram efeito fungistático.


2012 ◽  
Vol 38 (2) ◽  
pp. 123-130 ◽  
Author(s):  
Marco Antonio Basseto ◽  
César Júnior Bueno ◽  
Fabio Augusto ◽  
Márcio Pozzobon Pedroso ◽  
Mayra Fontes Furlan ◽  
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Além das brassicaceas associadas à solarização do solo, novos materiais vegetais como a mandioca e a mamona têm apresentado potencial no controle de fitopatógenos de solo. Assim, objetivou-se verificar os efeitos da incorporação e decomposição de parte aérea de brócolis, mamona e mandioca brava e mansa, associadas à solarização, em conjuntos de microcosmos, sob condições de ambiente controlado, na sobrevivência das estruturas de resistência de Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici Raça 2, Macrophomina phaseolina, Rhizoctonia solani AG-4 HGI e Sclerotium rolfsii; e identificar e apontar o(s) volátil(eis) emanado(s) pela decomposição dos materiais, que poderia(m) estar correlacionado(s) com a inativação dos fitopatógenos. Quanto à sobrevivência dos patógenos, quatro ensaios idênticos foram instalados nos microcosmos, com quatro períodos de exposição independentes (7, 14, 21 e 28 dias). A identificação dos voláteis contou com ensaios realizados sob as mesmas condições da sobrevivência, mas em frascos âmbar e com cromatografia gasosa com detectores por espectrometria de massas (GC-MS) e por ionização em chama (GC-FID), utilizando a técnica de Microextração em Fase Sólida - SPME. Os tratamentos solo+materiais vegetais, ao longo dos períodos testados, reduziram a sobrevivência das estruturas de resistência de todos os fungos. No geral, destacaram-se o brócolis e a mandioca brava, além da mandioca mansa para S. rolfsii. Os voláteis identificados foram oriundos da decomposição de brócolis, mamona e mandioca mansa. Foram identificados 26, 37 e 29 compostos voláteis para brócolis, mamona e mandioca mansa, respectivamente. Correlações positivas e negativas foram observadas entre alguns voláteis e a média dos compostos com a sobrevivência das estruturas de resistência dos fitopatogênicos.


2014 ◽  
Vol 32 (1) ◽  
pp. 117-123 ◽  
Author(s):  
M.S. Lehner ◽  
T.J. Paula Júnior ◽  
R.F. Vieira ◽  
R.C. Lima ◽  
R.A. Silva ◽  
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Pouco se conhece sobre os efeitos de herbicidas em fungos patogênicos habitantes do solo que infectam os feijoeiros. Foi avaliado o efeito de herbicidas no crescimento micelial de Fusarium solani f. sp. phaseoli, F. oxysporum f. sp. phaseoli, Macrophomina phaseolina, Rhizoctonia solani, Sclerotium rolfsii e Sclerotinia sclerotiorum. Esses fungos causam as doenças de solo mais danosas do feijão. Avaliou-se, em placas de Petri, o crescimento radial desses fungos em meio batata-dextrose-ágar com cinco concentrações (0, 1, 10, 100 e 1.000 mg L-1) dos herbicidas imazamox, fomesafen, fluazifop-p-butyl, bentazon, glyphosate e S-metolachlor. O crescimento micelial de todos os fungos decresceu acentuadamente apenas com o S-metolachlor na concentração de 1.000 mg L-1. Por isso, o efeito desse herbicida também foi testado em duas concentrações (1.000 ou 12.000 mg L-1) na germinação de escleródios de S. rolfsi e S. sclerotiorum (miceliogênica) ou de S. sclerotiorum (carpogênica). Não houve efeito significativo de S-metolachlor na germinação miceliogênica de escleródios desses dois fungos. Entretanto, o S-metolachlor retardou a germinação carpogênica de escleródios de S. sclerotiorum. Os resultados sugerem que o herbicida S-metolachlor tem potencial de uso no manejo de doenças do feijão causadas por fungos de solo.


2009 ◽  
Vol 35 (1) ◽  
pp. 20-25 ◽  
Author(s):  
Márcia Michelle de Queiroz Ambrósio ◽  
César Júnior Bueno ◽  
Carlos Roberto Padovani ◽  
Nilton Luiz de Souza

Os fungos fitopatogênicos habitantes do solo podem sobreviver por vários anos nesse ambiente por meio de estruturas de resistência, causando perdas em muitas culturas, por vezes, inviabilizando o pleno aproveitamento de vastas áreas agrícolas. O uso de materiais orgânicos no solo consorciado com a técnica de solarização propicia a retenção de compostos voláteis fungitóxicos emanados da rápida degradação dos materiais e que são letais a vários fitopatógenos. O objetivo deste experimento foi à prospecção de novos materiais orgânicos que produzissem voláteis fungitóxicos capazes de controlar fungos fitopatogênicos habitantes do solo, em condições de associação com a simulação da técnica de solarização (microcosmo). Portanto, o presente trabalho consistiu de seis tratamentos (Solarizado; Solarizado+Brócolos; Solarizado+Eucalipto; Solarizado+Mamona; Solarizado+Mandioca e Laboratório) e cinco períodos (0, 7, 14, 21 e 28 dias) para avaliar a sobrevivência de quatro fungos de solo (Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici Raça 2; Macrophomina phaseolina; Rhizoctonia solani AG-4 HGI e Sclerotium rolfsii). Em cada uma das duas câmaras de vidro (microcosmo) por dia avaliado continha uma bolsa de náilon contendo as estruturas de resistência de cada fitopatógeno. Estruturas dos fitopatógenos foram mantidas também em condições de laboratório como referencial de controle. Todos os materiais quando associados à simulação da solarização propiciaram o controle de todos os fitopatógenos estudados, entretanto, foi observado variação no controle dos fungos. O tratamento que apenas simulou a solarização não controlou nenhum fitopatógeno.


2008 ◽  
Vol 34 (4) ◽  
pp. 354-358 ◽  
Author(s):  
Márcia Michelle de Queiroz Ambrósio ◽  
César Júnior Bueno ◽  
Carlos Roberto Padovani ◽  
Nilton Luiz de Souza

A incorporação de material orgânico associada à solarização do solo é uma técnica promissora no controle de patógenos de plantas. O trabalho consistiu na prospecção de materiais vegetais promissores na produção de voláteis fungitóxicos capazes de inviabilizar as estruturas de resistência de fitopatógenos do solo. Em condição de campo foram incorporados 3 Kg/m² de folhas e ramos de brócolos, eucalipto, mamona e mandioca brava, associada ou não à solarização, visando o controle de Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici raça 2; Macrophomina phaseolina; Rhizoctonia solani AG-4 HGI e Sclerotium rolfsii. O controle foi avaliado por meio da sobrevivência das estruturas, em meios semi-seletivo específicos, aos 7, 14, 21 e 28 dias do início do experimento. Foram monitoradas as temperaturas do solo e do ar por um DataLogger Tipo CR23X (Campbell Scientific) e a porcentagem de CO2 e de O2 pelo equipamento analisador de gases (Testo 325-1). A associação da incorporação dos materiais vegetais com a solarização do solo inativou F. oxysporum f. sp. lycopersici raça 2, M. phaseolina e R. solani. O fungo S. rolfsii foi o único que não apresentou 100% de controle com solarização mais mamona durante o período estudado. A incorporação de mandioca seguido de solarização propiciou o controle de todos os fungos estudados com menos de sete dias da instalação do experimento, sendo tão eficiente quanto o brócolos na erradicação dos fitopatógenos veiculados pelo sol.


2015 ◽  
Vol 41 (4) ◽  
pp. 315-317
Author(s):  
Alice Elias ◽  
Ana Beatriz Monteiro Ferreira ◽  
César Júnior Bueno

RESUMOOs fungos fitopatogênicos habitantes de solo causam perdas econômicas em muitas culturas e são difíceis de serem controlados. Esses fungos podem ser agrupados pelos sintomas comuns que causam nas plantas, bem como pelas enzimas extracelulares que podem produzir. O objetivo do trabalho foi verificar a produção in vitro de enzimas extracelulares por fungos de solo e tentar relacionar essas enzimas com os sintomas que cada fungo causa em planta hospedeira. O ensaio foi delineado em esquema inteiramente casualizado, com dois fatores, sete fungos (Cylindrocladium spathiphylli, Rhizoctonia solani, Sclerotium rolfsii, Ceratocystis fimbriata, Sclerotinia sclerotiorum, Fusarium oxysporum f. sp. dianthi e Verticillium dahliae) mais testemunha e seis enzimas (amilase, carboximetilcelulase, lipase, lacase, catalase e gelatinase) com 10 repetições. Catalase e gelatinase foram mensuradas por escala de notas, enquanto que as demais pelo cálculo da área da coroa circular. O ensaio foi repetido e a análise foi realizada com os dados de dois ensaios. Os fungos que causam podridão na raiz ou no colo da planta apresentaram maior produção de lacase, enquanto os que causam obstrução, fendas ou até a destruição do sistema vascular demonstraram a prevalência da lipase.


2001 ◽  
Vol 19 (2) ◽  
pp. 155-158
Author(s):  
João Bosco C. Silva ◽  
Ivani T. Oliveira-Napoleão ◽  
Loeni L. Falcão

O tratamento sanitário de substratos é uma operação importante no processo de produção de mudas e no cultivo de plantas em vasos ou outros contentores. Tradicionalmente tem-se utilizado o gás brometo de metila como agente desinfetante. Entretanto, a produção deste gás deverá ser abolida até o ano 2010, forçando-se a busca de novas opções. Desenvolveu-se na Embrapa Hortaliças um equipamento que utiliza o vapor de água à baixa pressão, produzido por uma caldeira industrial, com capacidade para evaporar 30 L/h de água, para aquecer o substrato contido em uma caixa metálica cilíndrica com capacidade de 2000 L. O vapor é aplicado no fundo da caixa que contém uma camada de brita coberta com uma tela metálica de malha de 2 mm, que favorece a distribuição uniforme do vapor por toda a massa de substrato. O tempo de aquecimento é de aproximadamente 3 horas e o calor armazenado durante este período mantém a massa de substrato aquecida a temperaturas pasteurizantes, por até 4 horas após a aplicação do vapor. Para testar a eficácia do sistema avaliou-se a sobrevivência dos patógenos Ralstonia solanacearum, Fusarium oxysporum, Sclerotinia sclerotiorum e Rhizoctonia solani. Aplicou-se vapor por uma hora, não considerando o período de aquecimento, e coletaram-se as amostras após uma, duas, três ou quatro horas o início da aplicação de vapor. O tratamento por uma hora, em adição ao período de aquecimento, resultou na eliminação dos patógenos.


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