scholarly journals Ericaceae na região central da Cadeia do Espinhaço, Minas Gerais, Brasil

Rodriguésia ◽  
2018 ◽  
Vol 69 (4) ◽  
pp. 1789-1797
Author(s):  
Ana Carolina Rodrigues da Cruz ◽  
André Felippe Nunes-Freitas ◽  
Fabiane Nepomuceno Costa

Resumo O presente trabalho visa contribuir para o conhecimento da família Ericaceae na porção central da Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais, apresentando dados sobre riqueza, distribuição geográfica e estado de conservação das espécies. A área de estudo inclui as serras ao norte da Serra do Cipó, a Serra do Cabral e o Planalto de Diamantina, regiões que ainda não possuem dados publicados para a família. O levantamento de espécies foi realizado a partir de consultas às coleções de herbários, à literatura e em trabalho de campo. Foram levantadas 27 espécies de Ericaceae. A flora da área de estudo é mais similar à da Serra do Cipó, embora cada região apresente endemismos. Das espécies registradas duas encontram-se na Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção: Gaylussacia oleifolia Dunal e Gaylussacia setosa Kin.-Gouv. Os resultados destacam a elevada riqueza e endemismos da família na área de estudo e a urgente necessidade da realização de pesquisas adicionais a fim de gerar os subsídios para a elaboração de estratégias de conservação mais abrangentes e que protejam efetivamente a biodiversidade do Espinhaço.

Rodriguésia ◽  
2010 ◽  
Vol 61 (1) ◽  
pp. 83-94 ◽  
Author(s):  
Maria das Graças Lapa Wanderley

Resumo São descritas e ilustradas cinco novas espécies de Xyris (Xyridaceae): X. anamariae Wand. & Kral, X. fredericoi Wand., X. kralii Wand., X. nanuzae Wand. e X. piranii Wand., endêmicas da Serra do Cipó, na Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais. Xyris fredericoi, conhecida popularmente como "abacaxi-dourado", é uma das espécies com maior potencial ornamental da família, sendo proposta a inclusão da mesma na lista das espécies ameaçadas da flora brasileira.


Rodriguésia ◽  
2017 ◽  
Vol 68 (1) ◽  
pp. 159-193 ◽  
Author(s):  
Deise Josely Pereira Gonçalves ◽  
Gustavo Hiroaki Shimizu ◽  
Kikyo Yamamoto ◽  
João Semir

Resumo Vochysiaceae está representada no Brasil por ca. 160 espécies distribuídas principalmente na Floresta Amazônica, na Floresta Atlântica e no Cerrado. O Planalto de Diamantina localiza-se ao norte da Serra do Cipó e ao sul de Grão Mogol, na porção centro-sul da Cadeia do Espinhaço. Na área de estudo foram inventariadas 22 espécies pertencentes à família Vochysiaceae, distribuídas nos gêneros Vochysia (13 spp.), Qualea (5 spp.), Callisthene (3 spp.) e Salvertia (1 sp.). São apresentadas chaves para identificação e descrições morfológicas de gêneros e espécies, além de informações sobre a distribuição geográfica, comentários taxonômicos, ecológicos e ilustrações de caracteres diagnósticos.


Rodriguésia ◽  
2013 ◽  
Vol 64 (4) ◽  
pp. 817-828 ◽  
Author(s):  
Renata M. Belo ◽  
Daniel Negreiros ◽  
G. Wilson Fernandes ◽  
Fernando A.O. Silveira ◽  
Bernardo D. Ranieri ◽  
...  

Os Campos rupestres têm destaque no cenário mundial da conservação por sua enorme riqueza em espécies e alta taxa de endemismo. É considerado um ecossistema ameaçado devido à intensa e progressiva descaracterização que vêm sofrendo pela ação antrópica. O objetivo deste estudo foi descrever os padrões fenológicos reprodutivos e vegetativos em seis espécies arbustivas endêmicas dos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço, simpátricas na Serra do Cipó, Minas Gerais, e testar a relação entre suas fenofases e a estacionalidade climática. Esperamos que as espécies tenham suas fenofases fortemente relacionadas às variações entre as estações seca e úmida. As observações fenológicas foram conduzidas mensalmente nas fenofases reprodutivas (flor, fruto e dispersão) e vegetativas (queda de folhas e brotamento). De acordo com a combinação dos padrões fenológicos reprodutivos, vegetativos e sazonalidade, foi possivel distinguir quatro estratégias fenológicas para as seis espécies avaliadas. Dessa forma, o presente estudo mostrou uma grande diversidade de padrões fenológicos, mesmo considerando o pequeno número de espécies amostradas. Por outro lado, em todas as espécies as fenofases reprodutivas apresentaram um padrão significativamente sazonal, com alta concentração de espécies reproduzindo em uma dada estação do ano, sugerindo uma importância destacada da sazonalidade do clima na definição dos padrões fenológicos em campos rupestres.


Hoehnea ◽  
2009 ◽  
Vol 36 (3) ◽  
pp. 455-458
Author(s):  
Leonardo M. Versieux ◽  
Maria das Graças Lapa Wanderley

Vriesea piscatrix, uma nova espécie relacionada à Vriesea guttata G. Lodd. é descrita e ilustrada. O novo táxon é, até o momento, endêmico da Serra do Cipó, ocorrendo em matas nebulares distribuídas em meio ao campo rupestre.


1995 ◽  
Vol 9 (2) ◽  
pp. 213-229 ◽  
Author(s):  
Neuza Maria de Castro ◽  
Nanuza Luiza de Menezes

O estudo da anatomia foliar das espécies de Paepalanthus Kunth.: P. bromelioides Silv.; P. macropodus Ruhl.; P. miçrophyllus (Giull.) Kunth; P. paulinus Ruhl.; P. robustus Silv.; P. scleranthus Ruhl. e P. speciosus (Bong.) Koer. mostrou uma semelhança no número e distribuição dos feixes vasculares, Em P. robustus e, menos marcadamente, em P. speciosus, estes feixes de tamanhos diferentes, encontram-se distribuídos em séries, com os feixes menores mais próximos da epiderme adaxial. As folhas revelam características xerofíticas em diferentes graus. Chama-se a atenção para a formação de feixes vasculares anfivasais no ápice das folhas.


2008 ◽  
Vol 26 (2) ◽  
pp. 155
Author(s):  
Juliana Hanna Leite El Ottra ◽  
José Rubens Pirani ◽  
Ghillean Tolmie Prance
Keyword(s):  

2019 ◽  
Vol 20 (1) ◽  
Author(s):  
Tatiana Aparecida Rodrigues de Souza ◽  
André Augusto Rodrigues Salgado ◽  
Augusto Sarreiro Auler
Keyword(s):  

2007 ◽  
Vol 24 (1) ◽  
pp. 207-212 ◽  
Author(s):  
Luciene P. Faria ◽  
Lucas A. Carrara ◽  
Marcos Rodrigues
Keyword(s):  

O fura-barreira Hylocryptus rectirostris é uma ave endêmica das matas ciliares da região do Cerrado, considerada rara a incomum e prioritária para pesquisa. A ausência de dimorfismo sexual aparente é o padrão disseminado entre os Furnariidae, no entanto, para algumas espécies da família foram encontradas diferenças morfométricas entre os sexos, sugerindo pressões evolutivas e exigências ecológicas distintas entre machos e fêmeas. O objetivo deste trabalho foi verificar a existência de dimorfismo sexual de tamanho de uma população de H. rectirostris do Parque Nacional da Serra do Cipó, Minas Gerais, sugerindo uma hipótese capaz de explicar a diferença observada entre os sexos. Para tanto foram tomadas sete medidas corporais de 21 indivíduos (13 machos e oito fêmeas) capturados entre abril de 2004 a novembro de 2005 e sexados por meio de técnicas moleculares. Os machos apresentaram asa e cauda significativamente maiores do que as fêmeas (asa: U = 5,5, p = 0,0008; cauda: U = 8,0, p = 0,0014). Acredita-se que as diferenças estejam relacionadas à defesa territorial, tarefa executada quase que exclusivamente por machos, que mantêm territórios estabelecidos ao longo de todo ano mesmo na ausência de fêmeas. Rêmiges e retrizes mais longas incrementam a capacidade de vôo e devem favorecer os indivíduos com asas e caudas maiores durante a aquisição e defesa de territórios, processos essenciais à conquista de fêmeas e conseqüente sucesso reprodutivo.


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