scholarly journals Avaliação da micoflora e ocorrência de micotoxinas em cascas de amendoim em diferentes estágios de maturação da vagem

2008 ◽  
Vol 32 (5) ◽  
pp. 1380-1386 ◽  
Author(s):  
Edlayne Gonçalez ◽  
Tiago Noel de Souza ◽  
Maria Helena Rossi ◽  
Joana D'arc Felicio ◽  
Benedito Corrêa

As cascas de amendoim (Arachis hypogaea L.) são de grande importância para confecção de cama de frangos, de gado de leite e como fonte de fibras para ruminantes, portanto a elucidação dos mecanismos de contaminação por fungos toxigênicos e por micotoxinas em amendoim é imprescindível, especialmente para que medidas preventivas possam ser tomadas. Realizou-se, este trabalho, em Junqueirópolis, Estado de São Paulo, Brasil. Os principais fungos isolados nas cascas de amendoim foram Fusarium ssp. (78,75 %), Rhizopus ssp. (14,1 %) e A. flavus (11,75 %). No solo foram isolados Penicillium spp., Fusarium spp. e Aspergillus flavus, entre outros. Aflatoxinas foram detectadas em amostras de cascas de amendoim a partir do estágio de granação em concentrações que variaram de 5,42 μg/kg a 218,52 μg/kg. Ácido ciclopiazônico e fumonisinas B1 e B2 não foram detectadas. A presença de A. flavus e aflatoxinas nas amostras, revela a importância de um controle das cascas de amendoim antes de sua utilização. Boas práticas agrícolas são indicadas para região, uma vez que a contaminação das vagens ocorreu antes da colheita.

2005 ◽  
Vol 35 (2) ◽  
pp. 309-315 ◽  
Author(s):  
Claudia Antonia Vieira Rossetto ◽  
Otniel Freitas Silva ◽  
Antonio Edílson da Silva Araújo

O objetivo deste trabalho foi avaliar a contaminação e o potencial para síntese de aflatoxinas pelos isolados do grupo Aspergillus flavus em grãos armazenados de amendoim (Arachis hypogaea L.), que foram produzidos com distintos procedimentos de calagem, de colheita e de secagem. Para isto, foram avaliadas doze amostras de grãos de amendoim, cv. Botutatu, provenientes de plantas cultivadas em área que recebeu ou não a aplicação de calcário, colhidas aos 104, 114 e 124 dias após a semeadura e secas em condições ambientais e em estufa. Aos 12 e 18 meses de armazenamento, os grãos foram tratados com hipoclorito de sódio e incubados em BDA, a 20°C, por cinco dias. As espécies do grupo Aspergillus flavus foram identificadas após incubação em meio ADM. Posteriormente, o potencial toxígeno foi avaliado pelo método da cromatografia de camada delgada. A análise da freqüência de fungos revelou que os grãos de amendoim armazenados estavam contaminados por Aspergillus spp., Penicillium spp. e Fusarium spp. Os grãos de amendoim, provenientes da colheita antecipada, apresentaram maior contaminação pelo grupo Aspergillus flavus, sendo menor a proporção destes com potencial toxígeno.


2021 ◽  
Vol 10 (2) ◽  
pp. e24910212719
Author(s):  
Andressa Alves Cabreira dos Santos ◽  
Altacis Junior de Oliveira ◽  
Taniele Carvalho de Oliveira ◽  
Anny Karoline Neves da Cruz ◽  
Mirian da Silva Almici

O amendoim (Arachis hypogaea L.) é uma das oleaginosas mais cultivadas no mundo, originária da América do Sul e pertencente à família Fabaceae. É uma cultura que se desenvolve bem em diferentes condições de temperaturas, clima e solo, de maneira que, é considerada uma planta rústica, porém, requer cuidados específicos para se obter uma boa produtividade. A cultura tem grande importância econômica por estar ligada diretamente com a indústria, por possuir alto valor nutricional, com uma composição rica em óleo e proteínas. Logo é utilizada com diversas finalidades, desde consumo in natura, torrado, confeitaria, como na indústria alimentícia onde se faz pastas, extração de óleo ou ainda para produção de farelo, destinada a alimentação animal. O cultivo do amendoim é feito em todo o Brasil. A região sudeste se destaca por ser a maior produtora, tendo São Paulo como o maior estado produtor. Desta forma, a concentração de estudos é voltada para estas áreas, bem como na região Nordeste, em que o cultivo é feito em condições de sequeiro. Tendo em vista os aspectos observados o presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de apresentar uma revisão de literatura, pois, é fundamental para auxiliar leitores com informações apropriadas, para consequente melhoria na produção desta cultura.


Author(s):  
Homero Fonseca

No presente trabalho foram estudadas a ocorrência das aflatoxinas B e G em 56 amostras de farelo de amendoim provenientes de 9 fábricas de óleo da região Araraquarense, bem como uma possível correlação na produção dos dois grupos de aflatoxina. As amostras foram coletadas em quatro épocas representando material proveniente da industrialização de duas safras distintas, a saber: março e maio - safra das "águas" e julho e setembro - safra da "seca". Dos resultados concluiu-se que: a) a incidência de aflatoxina foi geral na região, pois todas as amostras estavam tóxicas; b) o nível de toxidez encontrado foi elevado (valores de 0,1 a 20,0 ppm) sendo bem mais elevado na safra das "águas" - média de 4,55 ppm, contra 2,40 ppm na "seca"; c) foi considerado que apenas 16,07% do material examinado estaria em condições de ser utilizado na composição de rações animais; d) observou-se uma elevada produção de aflatoxina G sendo maior que as B em seis amostras; e) houve correlação estatisticamente significativa, entre a produção das aflatoxinas B e G.


2006 ◽  
Vol 41 (8) ◽  
pp. 1253-1260 ◽  
Author(s):  
Eder Jorge de Oliveira ◽  
Ignácio José de Godoy ◽  
Andrea Rocha Almeida de Moraes ◽  
Antônio Lúcio Mello Martins ◽  
José Carlos Vila Nova Alves Pereira ◽  
...  

O comportamento produtivo de genótipos de amendoim (Arachis hypogaea L.) foi avaliado a partir de três diferentes métodos de adaptabilidade e estabilidade. Foram avaliadas 18 linhagens e as cultivares Runner IAC 886 e IAC Caiapó, quanto à produtividade de vagens (PV) e peso de 100 grãos (P100G), em dez ensaios de campo, no Estado de São Paulo, utilizando-se os métodos de ecovalência, Eberhart & Russel e Lin & Binns. Foram observadas diferenças significativas para o efeito de genótipo (G), ambiente (E) e interação (GxE), para as duas variáveis. As linhagens L123, L137 e L150 foram as mais produtivas, com comportamento estável e previsível. O método de Lin & Binns mostrou-se mais discriminante na avaliação da PV e do P100G, enquanto o método de Eberhart & Russel foi mais útil na indicação das linhagens com adaptabilidade ampla ou específica a determinados ambientes. Os métodos de Lin & Binns e de Eberhart & Russel foram mais informativos que o de ecovalência, na predição do comportamento das linhagens para as duas características. Foi encontrada correlação negativa entre a PV e o parâmetro Pi, e positiva entre deltaij e ômegai. Para P100G, detectaram-se as mesmas correlações de PV, além da correlação negativa entre Pi e ômegai.


Bragantia ◽  
1957 ◽  
Vol 16 (unico) ◽  
pp. 303-314 ◽  
Author(s):  
Vicente Canecchio Filho ◽  
Romeu de Tella ◽  
Armando Conagin

No presente trabalho são relatadas experiências com 16 variedades de amendoim (Arachis hypogaea, L.), recebidas dos Estados Unidos da América do Norte, do Congo Belga e de várias regiões do Brasil. Essas experiências, em número de oito, das quais três pertencentes à décima série (ano agrícola de 1953/54) e cinco compreendendo a décima-primeira série (ano agrícola de 1954/55), foram executadas nas localidades de Campinas, Ribeirão Prêto, Pindorama, Presidente Prudente e Tatuí, no Estado de São Paulo. Os resultados obtidos mostraram que, para as condições em que foram realizados os ensaios, as variedades Paulista-269, Bandeirante-263, Brasília-265, Centenário-264 e Tatuí-76, sobressairam-se das demais, notadamente a primeira, que, de um modo geral, foi bem classificada em todas as localidades, não só em relação à produção como pelo alto teor em óleo, nos frutos. A variedade Tatu-53 (testemunha), ainda bastante cultivada no Estado, classificou-se entre as piores. As maiores produções foram obtidas em terra arenosa. Nas terras roxa e roxa-misturada, também se conseguiram boas produções. Já na região representada pela terra massapê as produções foram fracas, confirmando os resultados dos anos anteriores.


1973 ◽  
Vol 30 (0) ◽  
pp. 423-439
Author(s):  
Homero Fonseca

No presente trabalho foi estudada a ocorrência das aflatoxinas B e G em 44 amostras de farelo de amendoim provenientes de 6 fábricas da região Sorocabana, bem como uma possível correlação na produção de ambas. As amostras foram coletadas em quatro épocas representando material proveniente da industrialização de duas safras distintas a saber: março e maio - safra das "águas" e julho e setembro - safra da "seca". Dos resultados concluiu-se que: a) a incidência de aflatoxina foi geral na região, pois todas as amostras estavam tóxicas; b) o nível de toxidez encontrado foi elevado (valores de 0,1 a 10,0 ppm) sendo mais elevado na safra das "águas" - média de 3,78 ppm, contra 1,74 ppm na "seca"; c) apenas 4,54% do material examinado estaria em condições de ser utilizado para rações animais; d) praticamente não houve correlação entre a produção das aflatoxinas B e G.


2005 ◽  
Vol 39 (3) ◽  
pp. 398-405 ◽  
Author(s):  
José Nelson Martins-Diniz ◽  
Rosangela Aparecida Moraes da Silva ◽  
Elaine Toscano Miranda ◽  
Maria José Soares Mendes-Giannini

OBJETIVO: Monitorar e caracterizar fungos anemófilos e leveduras de fontes bióticas e abióticas de uma unidade hospitalar. MÉTODOS: As coletas foram realizadas mensalmente e em dois períodos, do centro cirúrgico e unidades de terapia intensiva adulto e neonatal em hospital de Araraquara, Estado de São Paulo. Para coleta de fungos anemófilos foi utilizado amostrador tipo Andersen de simples estágio. A pesquisa de leveduras foi feita das mãos e de orofaringe de profissionais de saúde, bem como de superfícies de leitos e de maçanetas das áreas críticas. RESULTADOS: Foram recuperados do centro cirúrgico 32 gêneros de fungos anemófilos e 31 das unidades de terapia intensiva. Os gêneros mais freqüentemente isolados foram Cladophialophora spp., Fusarium spp., Penicillium spp., Chrysosporium spp. e Aspergillus spp. Durante o período de estudo, houve reforma e implantação de uma unidade dentro do hospital, que coincidiu com o aumento na contagem de colônias de Cladophialophora spp., Aspergillus spp. e Fusarium spp. Leveduras foram encontradas em 39,4% dos profissionais de saúde (16,7% das amostras dos espaços interdigitais, 12,1% do leito subungueal e 10,6% da orofaringe) e, em 44% das amostras do mobiliário, com predomínio do gênero Candida (C. albicans, C. guilliermondii, C. parapsilosis e C. lusitaniae) seguido por Trichosporon spp. CONCLUSÕES: Observou-se número relativamente elevado de fungos anemófilos (potencialmente patogênicos) em áreas especiais e níveis expressivos de leveduras em fontes bióticas e abióticas. O monitoramento microbiológico ambiental deve ser realizado, principalmente em salas especiais com pacientes imunocomprometidos, sujeitos à exposição de patógenos do meio ambiente, assim como, advindos de profissionais de saúde.


1973 ◽  
Vol 30 (0) ◽  
pp. 403-422
Author(s):  
Homero Fonseca

No presente trabalho foram estudadas, a ocorrência das aflatoxinas B e G, em 116 amostras de farelo de amendoim provenientes de 17 fábricas de óleo da região Paulista Nova, bem como uma possível correlação na produção de ambas. As amostras foram coletadas em quatro épocas, representando material proveniente da industrialização de duas safras distintas, a saber: março e maio - safra das "águas" e julho e setembro - safra da "seca". Dos resultados concluiu-se que: a) a incidência de aflatoxina foi geral na região, pois todas as amostras estavam tóxicas; b) o nível de toxidez encontrado foi elevado (valores de 0,1 a 20,0 ppm) sendo bem mais elevado na safra das "águas" - média de 5,50 ppm, contra 1,76 na "seca"; c) apenas 10,35% do material examinado estaria em condições de ser utilizado na alimentação animal; d) houve uma correlação fracamente positiva entre a produção das aflatoxinas B e G, estatisticamente significativa.


1973 ◽  
Vol 30 (0) ◽  
pp. 387-402
Author(s):  
Homero Fonseca

No presente trabalho foram estudadas a ocorrência das aflatoxinas B e G em 48 amostras de farelo de amendoim provenientes de 8 fábricas de óleo da região Noroeste, bem como uma possível correlação na produção dos dois grupos de aflatoxina. As amostras foram coletadas em quatro épocas representando material proveniente da industrialização de duas safras distintas, a saber: março e maio - safra das "águas" e julho e setembro - safra da "seca". Dos resultados conclui-se que: a) a incidência de aflatoxina foi geral na região, pois todas as amostras estavam tóxicas; b) o nivel de toxidez encontrado foi elevado (valores de 0,1 a 20,0 ppm) sendo bem mais elevado na safra das "águas" - média de 4,34 ppm, contra 1,83 ppm na "seca"; c) foi considerado que apenas 8,33% do material examinado estaria em condições de ser utilizado na alimentação animal; d) houve uma fraca correlação positiva entre as aflatoxinas B e G, não estatisticamente significativa.


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